O NÚCLEO AUDIOVISUAL DE GEOGRAFIA (NAVG) TRABALHANDO A GEOGRAFIA COM CURTAS: EXPERIÊNCIA DO PIBID SUBPROJETO DE GEOGRAFIA.

Documentos relacionados
Nilcilene Vieira Danieli Azevedo Gomes Cristiano Escobar Ramos Eilton Bernardo da Silva 1

EXPERIÊNCIAS DO PIBID DE MATEMÁTICA EM ARRAIAS (TO)

OFICINAS PEDAGOGICAS: COMO FORMA DE AUXILIO NO APRENDIZADO DOS EDUCANDOS NAS AULAS DE GEOGRAFIA

Materiais e métodos:


A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO A PARTIR DA AMPLIAÇÃO DAS FONTES HISTÓRICAS: subprojeto PIBID de História, UEG/Câmpus Pires do Rio- Goiás

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UEG UNIDADE DE QUIRINÓPOLIS

CARTOGRAFIA E ENSINO: PERSPECTIVAS DA REALIDADE

PIBID - RECURSOS DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA ENSINAR APRENDER HISTÓRIA

PIBID QUÍMICA: Proposta de interdisciplinaridade através do tema gerador a composição química da célula

Revista Educação, Arte e Inclusão. Trata-se de revista

CONSTRUÇÃO/DESCONSTRUÇÃO: REELABORANDO NOÇÕES CARTOGRÁFICAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA NO NÍVEL MÉDIO.

Programa Institucional de Bolsa de

PIBID DE MATEMÁTICA EM ARRAIAS (TO) UMA EXPERIÊNCIA DIFERENTE

OFICINA DE PRODUÇÃO DE MAPAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA

III SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PIBID-UFV

RELATÓRIO (Atividades desenvolvidas no 1 e 2 semestres de 2014) Otília Ferreira Costa

MATEMÁTICA, AGROPECUÁRIA E SUAS MÚLTIPLAS APLICAÇÕES. Palavras-chave: Matemática; Agropecuária; Interdisciplinaridade; Caderno Temático.

CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PARA O PROCESSO FORMATIVO DE ESTUDANTES DO CURSO DE LICECIATURA EM PEDAGOGIA

O ENSINO DE BOTÂNICA COM O RECURSO DO JOGO: UMA EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS.

SUBPROJETO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PIBID UFG/CAMPUS JATAI

O USO DE VÍDEOS NAS AULAS DE GEOGRAFIA NA SEGUNDA FASE DO ENSINO FUNDAMENTAL

UTILIZAÇÃO DE JOGOS EDUCATIVOS COMO MATERIAL PEDAGÓGICO DE APOIO DIDÁTICO EM GEOGRAFIA RELATO DE EXPERIENCIA¹

O OLHAR DOS FUTUROS PROFESSORES DE FÍSICA SOBRE O PAPEL DO PIBID EM SUA FORMAÇÃO

PROJETO INSTITUCIONAL PIBID/UFF: EIXOS NORTEADORES AO SEU DESENVOLVIMENTO

UNIMONTES E PIBID TRILHANDO NOVOS HORIZONTES PARA A FORMAÇÃO INICIAL DOS DOCENTES EM GEOGRAFIA

O DIÁLOGO ENTRE DOIS MUNDOS: O PIBID COMO MEDIADOR DO ESPAÇO ACADÊMCO E DAS INSTIUIÇÕES DE ENSINO BÁSICO

A importância do PIBID para a formação profissional dos licenciandos em Geografia na Unimontes 1

Pensando por este lado, o trabalho tem objetivo principal de contribuir na formação desses alunos de uma forma que chame mais a atenção e lhe traga

EXPOSIÇÃO ITINERANTE DE MAPAS NO CARIRI PARAIBANO NO CONTEXTO DAS AÇÕES DO - PIBID. ED DO CAMPO CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

Prática sócio-espacial dos alunos da Escola Municipal Guilherme Miranda de Saraiva. Arthur L. Alburquerque, Professor PME - Itaboraí

Campus de IFC - Araquari. Nº de bolsas de supervisão 3

Tipo do produto: Plano de aula

TRABALHANDO O LIVRO DIDÁTICO: Com produção de maquetes no Ensino de História Medieval

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO COLÉGIO DE APLICAÇAO/Pibid: CONTRIBUIÇÕES PEDAGÓGICAS RESUMO

CARTOGRAFIA ESCOLAR: UMA EXPERIÊNCIA DO PIBID DE GEOGRAFIA

O USO DO CINEMA COMO RECURSO DIDÁTICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

OS MAPAS SAEM DO ARMÁRIO E VÃO PARA SALA DE AULA: UMA EXPERIÊNCIA NAS ESCOLAS DO CAMPO NO CARIRI PARAIBANO. Fabiano Custódio de Oliveira 1

A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS AUDIVISUAIS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM EM GEOGRAFIA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

ISSN do Livro de Resumos:

LABORATÓRIO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA: UM AMBIENTE PRÁTICO, DINÂMICO E INVESTIGATIVO

CARTOGRAFIA NA ESCOLA: CONSTRUÇÃO DE MAPAS CULTURAIS COLÉGIO ESTADUAL MARTINS BORGES EM PIRES DO RIO

O MEIO LÚDICO COMO ESTRATÉGIA EM SALA DE AULA: JOGO EDUCATIVO SOBRE FONTES DE ENERGIA NO COTIDIANO

ENSINO DE GEOGRAFIA: A UTILIZAÇÃO DA LITERATURA DE CORDEL COMO UM RECURSO DIDÁTICO NO ESTUDO DO SEMIÁRIDO

GEOMETRIA NA SALA DE AULA: CONSTRUÇÃO DE POLIEDROS UTILIZANDO MATERIAL CONCRETO

A contribuição do PIBID na melhoria do ensino de Geografia Verônica Amparo Medeiros

CONTRIBUIÇÕES DE UMA OFICINA SOBRE GENÊRO E SEXUALIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR

PEREIRA, Ana Célia da R. Autora Professora da Escola Municipal Prof. Anísio Teixeira

O PIBID COMO DIVISOR DE ÁGUAS PARA UMA PEDAGOGIA LIVRE E CRIATIVA

CINEBIO: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR ENTRE CINEMA E BIOLOGIA NA ESCOLA

O USO DA MODELAGEM PARA CONSTRUÇÃO DOS CONCEITOS SOBRE ELEMENTO QUÍMICO E SUBSTÂNCIA NO ENSINO DE QUÍMICA RESUMO

UMA ABORDAGEM SOBRE COMO TRABALHAR COM IMAGENS DOS LIVROS DIDÁTICOS, ENQUANTO RECURSO PEDAGÓGICO NO ENSINO DE HISTÓRIA

EDITAL Nº 08/2018 SELEÇÃO INTERNA DE LICENCIANDOS PARA O PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - UFF

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília CHAMADA INTERNA Nº 07/CRFI, DE 15 DE JUNHO DE 2018

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO A PARTIR DA AMPLIAÇÃO DAS FONTES HISTÓRICAS: Ensino Médio.

O PIBID DE QUÍMICA E PESQUISA NO COTIDIANO ESCOLAR: DIÁLOGO ENTRE UNIVERSIDADE, O PROFESSOR E A ESCOLA

ANEXO II EDITAL Nº 80/2013/PIBID/UFG PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID

PIBID: A implementação de um Laboratório de Ensino de Matemática

Plano de Ensino Docente

ENSINO DE ZOOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO: AULA DE CONTRATURNO COMO ESPAÇO DE APRENDIZAGEM

A IMPORTÂNCIA DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE EM GEOGRAFIA: UMA EXPERIÊNCIA NA ESCOLA ESTADUAL DR. CARLOS GOMES DE BARROS EM UNIÃO DOS PALMARES-AL

Subprojeto: Geografia

PERSPECTIVAS E ANÁLISE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO PIBID/SOCIOLOGIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DE SOCIOLOGIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

O PIBID/BIOLOGIA UNIEVANGÉLICA - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA ESCOLA: ABORDANDO O TEMA EDUCAÇÃO SEXUAL

O PIBID LETRAS PORTUGUÊS NO COLÉGIO ESTADUAL PADRE HONORINO: INSERÇÃO DA LITERATURA POR MEIO DE CONTOS E FÁBULAS NO ENSINO FUNDAMENTAL II

RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES 2017

Sobre prática pedagógica, formação, iniciação à docência e desenvolvimento profissional docente: algumas questões iniciais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR DIRETORIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PRESENCIAL DEB

BRINCANDO COM INGLÊS: A APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA DE FORMA LÚDICA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Apresentação da Proposta Político-Pedagógica do Curso e Grade de Disciplinas

USO DE ATIVIDADES INVESTIGATIVAS NAS AULAS DE FÍSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA PARA O ESTUDO DA GRAVITAÇÃO

O ENSINO DE GEOGRAFIA DO NORDESTE BRASILEIRO ATRAVÉS DE PROJETO DE EXTENSÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília EDITAL Nº 009/CCEI, 15 DE JUNHO DE 2018

O USO DE VÍDEOS COMO INSTRUMENTO MIDIÁTICO PARA A CONSTRUÇÃO DO CONCEITO DE PAISAGEM EM GEOGRAFIA

Plano da Intervenção

2. RESULTADOS E DISCUSSÕES

PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES DESENCADEADORAS DE APRENDIZAGEM EM MATEMÁTICA: UM DESAFIO PARA BOLSISTAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA DO PIBID 1

Palavras-chave: Formação profissional; Educação matemática; Experiência profissional; Realidade escolar.

PERCEPÇÕES E VIVÊNCIA DE DOIS GRADUANDOS EM ENFERMAGEM E BIOLOGIA NO CONTEXTO DO ENSINO BÁSICO

A IMPORTÂNCIA DOS PROJETOS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA: O PIBID E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O ENSINO DA GEOGRAFIA NAS ESCOLAS PÚBLICAS

Inscrição Título do trabalho Área do Conhecimento

O REFORÇO NAS AULAS DE LÍNGUA ESPANHOLA

5º CONGRESSO NORTE-NORDESTE DE QUÍMICA 3º Encontro Norte-Nordeste de Ensino de Química 08 a 12 de abril de 2013, em Natal (Campus da UFRN)

10º Congreso Argentino y 5º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias

A IMPORTÂNCIA DA AULA DE CAMPO COMO MÉTODOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DO ENSINO-APRENDIZAGEM NA GEOGRAFIA

Palavras-chave: Formação docente. ensino de História. metodologia. técnica de seminário.

Instituto Federal Sul-Rio-Grandense Câmpus Pelotas. Universidade Aberta do Brasil

A Experiência do Pibid Música na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul: ação, reflexão e adaptação

O USO DE METODOLOGIAS ALTERNATIVAS NAS AULAS DE GEOGRAFIA COMO INSTRUMENTO DE COMPREENSÃO DO ESPAÇO URBANO

RELAÇÃO ENTRE A CONTEXTUALIZAÇÃO E A EXPERIMENTAÇÃO ACERCA DAS QUESTÕES DO ENEM EM QUÍMICA

O USO DE KITS EXPERIMENTAIS COMO FORMA DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS

Regionalização dos Aspectos Econômicos do estado do Rio Grande do Norte.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

Lucinalva Andrade Ataíde de Almeida-UFPE/CAA i Maria Geiziane Bezerra Souza-UFPE/CAA ii Iara Emanuele de Melo Gomes -UFPE-CAA iii

PLANO DE ENSINO. Curso: Pedagogia. Disciplina: Conteúdos e Metodologia de Geografia. 1 - Ementa (sumário, resumo) 2 - Objetivo Geral.

A TECNOLOGIA COMO PROPULSORA DE APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS. Aline Reis de Camargo Universidade Federal de Pelotas - UFPEL

TRILHANDO A CÉLULA EUCARIÓTICA: O LÚDICO NO ENSINO DE CITOLOGIA

CHAMADA INTERNA Nº 001/2018 (CBRA), DE 15 DE JUNHO DE 2018

Transcrição:

O NÚCLEO AUDIOVISUAL DE GEOGRAFIA (NAVG) TRABALHANDO A GEOGRAFIA COM CURTAS: EXPERIÊNCIA DO PIBID SUBPROJETO DE GEOGRAFIA. Rodrigo Siqueira da Silva Luciana Lima Barbosa Leydiane Paula da Silva 1 Orientadores: Isaac Gabriel Gayer Fialho da Rosa Rosilaine Sousa Araújo da Silva 2 RESUMO Este artigo contém uma sucinta análise sobre a utilização do audiovisual em ambiente escolar com a temática geográfica por parte do PIBID/FIC Geografia Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, juntamente as Faculdades Integradas Campo-grandenses (FIC). Discute suas contribuições para o ensino através do uso de audiovisual, ainda na primeira parte do projeto, que se baliza nas discussões teóricas dos bolsistas para compreensão do uso do audiovisual em Geografia, bem como o reconhecimento da realidade da escola participante, através da leitura e debate de seu Projeto Político Pedagógico, e de seus conteúdos programáticos em Geografia. Para tanto, utiliza-se do uso de dois artigos principais, a saber, O ensino de geografia e a linguagem de cinema (ano 2008), de Jorge Luiz Barbosa e Cinema, Geografia e Sala de aula (ano 2006), de Rui Ribeiro Campos. Palavras- chave: Geografia. Ensino. Núcleo Audiovisual de Geografia. 1 Estudantes de Licenciatura em Geografia e participantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PIBID pelas Faculdades Integradas Campo-grandenses, (FIC). 2 Isaac Gabriel Gayer Fialho da Rosa, Mestre em Educação pela (UFRJ) / Rosilaine Sousa Araújo da Silva, Mestre em Planejamento Urbano e Ambiental (UFF). Coordenadores do PIBID de Geografia das FIC.

O Núcleo de Audiovisual em Geografia (NAVG) é um projeto que se desenvolve a partir do PIBID/FIC, Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência nas Faculdades Integradas Campo-grandenses, com a participação de vinte e cinco bolsistas vinculados ao curso de Geografia, que nesta primeira fase passam por um processo de reflexão sobre as metodologias utilizadas, e em uma segunda fase terão sua atuação no Colégio Pedro II, com os alunos do ensino básico, nos segmentos de Ensino Fundamental, Ensino Médio e para o programa voltado ao ensino para jovens e adultos (PROEJA), com o objetivo de dinamizar e diversificar as aulas, tornando-as mais didáticas e interativas e possibilitando aos alunos bolsistas as primeiras experiências no campo da docência. Para tanto, há a utilização de temas geradores para serem usados dentro de sala, coerentes com o currículo e a realidade de cada turma: No Ensino Fundamental: temas cartográficos e a noção de lugar; No Ensino Médio: temas relacionados à globalização e paisagens; Programa voltado ao ensino para jovens e adultos (PROEJA): temas relacionados aos hábitos de consumo, à organização espacial do Brasil, entre outros citados nos programas do Colégio Pedro II. 3 Percebemos que as questões ambientais estarão presentes em todos os segmentos do Ensino Básico. É importante ressaltar ainda, que no subprojeto PIBID/Geografia há a pretensão, a partir do planejamento e da execução de nossas ações, que os materiais produzidos pelos alunos/as do Colégio Pedro II e pelos bolsistas se tornem um legado para o NAVG e que sejam disponibilizados para compor um acervo nas Faculdades Integradas Campo-grandenses (FIC) e que estejam acessíveis para o uso de todos os estudantes da instituição. A prática do audiovisual no ensino tem sido cada vez mais crescente entre os docentes das diversas áreas, no entanto, ainda pode ser um desafio para o professor que irá utilizá-lo. Existem diversas vertentes às quais se pode seguir para se ter um resultado produtivo em sala de aula e, principalmente, com os alunos envolvidos. 3 Programas do Ensino Médio, Ensino Fundamental e PROEJA, Colégio Pedro II. Departamento de Geografia, 2012.

Entendemos que a ciência geográfica na atualidade tem refletido a importância do sujeito na construção da sociedade. De tal forma que o individuo deixa de ser um objeto e passa a ser entendido como protagonista na construção do espaço à sua volta, criticando e modificando as políticas sociais, culturais e econômicas nas quais esteja inserido. Dentro deste contexto surgem alguns questionamentos: Como construir essas informações e conteúdos para os alunos? De acordo com Campos (2006, p.1) 4 Pode-se utilizar de músicas, slides, fotos, poesia, literatura e filmes como ilustração e para melhor compreensão do conteúdo. É sempre um instrumento para a aprendizagem. Segundo Martins (2013), podemos percorrer os seguintes caminhos: elaborar planos de aula, utilizando os principais objetos de estudo da Geografia crítica em suas variadas escalas; utilizar a linguagem cinematográfica como recurso didático; listar os principais tópicos destas teorias e fazer a ligação com a questão do filme que esta sendo produzido. O educador precisa trabalhar de forma diferenciada e atrativa para focar a atração do aluno para o conteúdo, utilizando e levando-o a trabalhar em sala de aula a linguagem cinematográfica. Porém, há alguns pontos a serem observados, para que não sejam cometidos alguns erros, entre eles: Construção da Narrativa; Ter a sensibilidade de perceber se a obra que está sendo criada tem relação com os problemas da sociedade; Se há a crítica às políticas atuantes; Quais as soluções que estão sendo apresentadas para tais problemáticas. 4 CAMPOS de Rui Ribeiro. Geografia e sala de aula. Rio Claro: Editora Contexto, 2006, p.1.

Ensinar a Geografia por meio da linguagem do Cinema possibilita aproximar os conteúdos na vida cotidiana do aluno, para que se firme os valores sociais e o compromisso com as suas atitudes desde uma escala local ao global. A partir dessas análises, o desafio é construir um material audiovisual de qualidade, e fazer uma interação entre os participantes da atividade/projeto, neste caso, entre alunos, graduandos e professores, na qual cada um possa se colocar como sujeito do processo. Desta forma, o projeto prioriza a participação direta dos alunos do Colégio, tendo por objetivo a interação por parte deles, para que se tornem produtores, autores, roteiristas, geradores de temas relacionados à disciplina de Geografia, tudo isso com a participação dos bolsistas. O Núcleo Audiovisual de Geografia pretende obter um resultado promissor com os alunos em sala durante os encontros, dinamizar e construir conteúdos a partir de diversas maneiras através do audiovisual para a produção do conhecimento geográfico. Vale ressaltar a inserção do audiovisual em sala de aula, pode causar também alguns transtornos, tanto para os alunos, quanto para os professores. Exemplo disso é o a utilização do recurso audiovisual de forma consecutiva, sem a devida construção metodológica da atividade, dessa maneira a ferramenta pode não mais instigar os discentes a atentarem ao assunto posto em discussão, como sugere (CAMPOS, 2006, p.1-2). 5 O filme, quando comum, possui um empecilho: é longo. Não deve ser somente para cobrir a falta de assunto ou para suprir a ausência de docentes em sala de aula, como fazem algumas escolas. (CAMPO, 2006, p.1-2). A partir da citação de Campos, destacamos que a escolha do filme a ser utilizado pelo docente é fundamental e que o tempo de duração deste recurso, passa a figurar como uma peça chave. Por isso, no NAVG, optamos por trabalhar e produzir com os alunos o audiovisual, que envolve uma dinâmica de interação maior com a faixa etária do ensino básico. Embora estejamos tratando aqui do inicio da caminhada do subprojeto de Geografia PIBID/FIC, entendemos que é de grande valia a participação, tanto para construção de informações e saberes sobre assuntos relacionados à Geografia, como para o entendimento da prática docente e da dinâmica da sociedade em que estamos inseridos. Deste modo o projeto NAVG está possibilitando uma melhor compreensão da disciplina de Geografia e da prática docente através da utilização da ferramenta audiovisual, para

despertar os alunos licenciandos/bolsistas para o saber Geográfico e a vontade de estar rapidamente inserido em uma sala de aula. A partir do entendimento do uso de recursos diferenciados, tais como os audiovisuais e dos temas geradores de cada segmento, estamos construindo uma multiplicidade de saberes, essencial para a formação acadêmica, cultural e social do futuro docente. 5 CAMPOS de Rui Ribeiro. Geografia e sala de aula. Rio Claro: Editora Contexto, 2006, p.1-2.

REFERÊNCIAS CAMPOS, de Rui Ribeiro. Cinema, Geografia e Sala de Aula. Rio Claro: Editora Contexto, 2006. MARTINS, Bruna Morante Lacerda; BATISTA, Marinalva dos Reis. O Ensino De Geografia e a Linguagem De Cinema: V Encontro Interdisciplinar de Educação, 2013. NUNES, Luziane; BLAAS, Josiane; DIAS, Liz Cristiane; SIMON, Adriano Luís Heck. O Uso do Cinema Como Recurso Metodológico De Aprendizagem. XXIII Congresso de Iniciação Cientifica da universidade federal de Pelotas, 2013. COLÉGIO PEDRO II. DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA. Programas de Ensino Médio, Ensino Fundamental e Proeja. Rio de Janeiro, 2012.