PORTUGAL NAÇÃO VALENTE E INDEPENDENTE É UMA COMUNIDADE DE CONCIDADÃOS CIVIS E MILITARES: IGUAIS NOS DEVERES E DIREITOS CONSIGNADOS NA CONSTITUIÇÃO João Andrade da Silva Por Portugal, com Portugal. Pelos Portugueses, com os Portugueses sob os auspícios de Abril: DEMOCRACIA: DIGNIDADE, DESENVOLVIMENTO Nunca precisaria de ler o Obra: A hora da Liberdade e ver o DVD do glorioso dia da Refundação da Pátria, o 25 de Abril 74, para me recordar que somos uma Nação valente e uma comunidade de concidadãos civis e militares iguais perante as leis e os poderes, como defende a Constituição democrática, herdeira do 25 de Abril 74, que ainda o povo mantem de pé, mas ler tal obra, sempre serve para alertar, se possível e ainda mais, a consciência desta real e jurídica igualdade. Como militar de Abril revejo-me no espírito do Movimento das Forças Armadas de 1974, que se lançou nos trabalhos de gestão e parto da democracia para todos os portugueses, na convicção de que a democracia, o fim da guerra e o desenvolvimento eram bem mais importantes para a nação do que para os militares, e esta é a postura do soldado, de acordo com a moralidade, a ética e a deontologia militares, e o comportamento de cidadania do cidadão-militar. Creio que nunca pode ser outro, o comportamento do soldado - sentir-se membro da Nação, sem se constituir numa casta, num grupo à parte, por uma discriminação positiva ou negativa. O militar honesto e probo é tão necessário aos seus concidadãos,
como o médico, embora não de um modo tão recorrente. Todavia, a necessidade das Forças Armadas têm de ser demonstrada e efetivada, através da aproximação das Forças Armadas ao seu povo. Não faz NENHUM SENTIDO que os povos estrangeiros conheçam e desfrutem bem mais da presença e utilidade dos militares nas missões de paz, do que aqui, em Portugal, isto, como já referi, é uma disfuncionalidade gravíssima que precisaria de ser corrigida. O povo Português não pode só saber que há Forças Armadas, quando há um incidente algures e a nossa força de intervenção rápida tem de ir buscar portugueses, o que, é importante, e tem de ser esclarecido aos portugueses que estas acções podem vir a acontecer com maior frequência: o mundo é instável, e há portugueses em muitos lugares de risco de moderado a muito grave. Porém, todas as tentativas internas de carácter corporativas ou externas às Forças Armadas para as Sacralizar, ou do governo para as vitimar são actos muito perigosos e no seu limite erros de lesa Pátria. A instituição militar deve de ser entendida na sua especificidade, como o juiz, o médico, o mineiro ou o pescador, e toda a especificidade do seu mister tem de ser considerado nas dimensões do risco, das competências específicas e das condições de trabalho, e, necessariamente, o que é diferente tem de ser tratado de modo diverso nos seus aspectos: logístico, remuneratório, sanitário e de segurança. Nestes termos um militar desempenha funções diferentes do juiz, do empregado dos CTT, e, muito embora, contribuindo todos com a sua honrada e preciosa parte para o engrandecimento do país serão retribuídos, pelos critérios vigentes nas sociedades democráticas que devem ser equitativos, e que, logicamente, levarão a diferenciações de vária ordem - vencimentos, planos de saúde adequados às circunstâncias de risco etc. Neste contexto, da avaliação do merecimento do trabalho, os militares têm vindo a ser objecto, desde 1989, de uma discriminação negativa em relação aos seus grupos de referência, o que é intolerável porque nos vitima, e se seria um erro fazer a casta militar, outro, tão ou mais grave é o do seu ghetto, conquanto este se tenha tornado cada vez mais geral no país, realidade insustentável, e capaz de fazer perigar, perigosamente, um dos pilares da nação, e da liberdade. É verdade que se em Nome da Nação, se podem pedir grandes sacrifícios aos militares, não podem os governos tratar-nos como servos da gleba, porque não somos, e esse comportamento avilta as Forças Armadas; é contrário ao que acontece nos países mais avançados, nomeadamente no Canadá. Não respeitar o Povo e, as Forças Armadas é acto cruel e indigno que pode conduzir o país para uma grande tragédia. Da minha parte alerto para a possibilidade da tragédia, mas não chegarei lume ao combustível, para a lançar num incêndio uma parte do povo, minoritário, por ora, embora gentes muito ansiosas pensem o contrário.
Todavia, qualquer acto precipitado só nos poderia conduzir para o caos, ou mesmo sujeitar-nos a uma intervenção estrangeira uma Força de interposição entre forças portuguesas e os interesses alemães e outros estrangeiros em Portugal. Apesar dos exaltados pensarem o contrário, até por completo desconhecimento do organigrama da estrutura logística das Forças Armadas, o caminho da mudança vai ser longo e penoso, mas fora de uma situação limite e muito evidente para os portugueses, as Forças Armadas pouco mais poderão, ou deverão fazer que NEGOCIAR COM MUITA FIRMEZA, MORAL E DETERMINAÇÃO com o governo, e reclamarem ao presidente da República que faça o que deve, e, ninguém deve criar entre os militares e o povo Português falsas e aventureiras ilusões. Contudo, perante os actos inconstitucionais, imorais e verdadeiros atentados à saúde e mesmo aos direitos humanos, como é o caso dos cortes dos 13º mês, sobretudo este e o 14º mês, como os cortes nos vencimentos, seria IMORAL, direi mesmo, ANTI - PATRIÓTICO tratar de um modo diferenciado os militares e os funcionários públicos e estes e os trabalhadores do sector privado. Face aos direitos de justiça e humanidade consignados na constituição da República todos têm de ver os seus problemas tratados com equidade, como releva de todo o artigo nº9 da Constituição, que aponta na sua alínea d) que o Estado promove a igualdade real, o que, obriga numa situação de emergência a que todos, mesmo todos, sem excepção, contribuam de um modo proporcional aos seus rendimentos para salvarem o país, e, simultaneamente, a justiça funcione com eficácia para combater a corrupção, a economia paralela etc. Quando nada disto acontece, a constituição da República é desrespeitada, e, isto, interpela o Presidente da República, o Parlamento e o Tribunal Constitucional, e, sobretudo, o POVO português, mas também, e em última instância, o alicerce de todos os poderes a Força legitima e legalmente constituída, como último suporte dos Estados - as Forças Armadas. Naturalmente que todos e os militares, em particular, desejam o regular funcionamento de todos os órgãos constitucionais do poder, para que com eficácia resolvam os problemas do país, mas se tudo ficar bloqueado as Forças Armadas nunca poderão, ou deverão ficar indiferentes. Se houver bloqueamento, a coesão social se perder, a independência se tornar residual até por um processo de privatização odioso, colocando por factos circunstanciais, como o desequilíbrio das contas públicas, todo o nosso potencial estratégico nas mãos de estrangeiros, o povo, os familiares dos militares: os seus filhos, irmãos, pais e amigos em cada vez maiores dificuldades pelo garrote da austeridade e da insolvência do país sem fim à vista, o dever moral ou a cólera podem chegar às paradas, e fazerem descer os militares das casernas e de algum ócio àquelas paradas, para definirem novos rumos para Portugal, o que, pode ser de uma gravidade extrema, mas também perante o autismo dos poderes e a inconstitucionalidade dos seus comportamentos pode ser, de facto, a salvação possível.
Face a uma tão grave situação competiria a todos, mas nomeadamente ao Presidente da República, como já referi, intervir decididamente junto o Governo e dos partidos para inverterem esta rota de implosão, desastre e tragédia. O tempo urge, porque Portugal definha e morre e o desespero apodera-se de muitos, e pode invadir as Forças Armadas, e predispô-las para actos que se não forem acompanhados pela maioria do povo serão uma catástrofe de consequências imprevisíveis, e, dificilmente, serão a nossa SALVAÇÃO. Esta é a realidade que pode ser diferente do desejado, mas a realidade é DETERMINANTE, é onde tudo acontece, ponto. Finalmente importa dizer com toda a clareza e rigor que em Democracia, pela Democracia e com a Democracia, a Negociação consequente é a primeira e única Ordem de Batalha até ao limite da ameaça da Pátria, do Pais e a Nação soçobrarem Que se lute pelo aprofundamento do 25 de ABRIL em Portugal, lado a lado, como concidadãos : Militares e Civis. Abril 2012-04-21 Andrade da silva. Ontem foi lançado o Livro a Hora da Liberdade, não conheço muitos os protagonistas, outro conheço e estou longe, muito longe deles, o meu Abril desde o dia 7 de Abril 74, passou a ser muito diferente do deles, o meu 25 de Abril é o do Povo a que pertenceu a minha mãe e a minha família, ou seja o povo que conhece o pão que o diabo amassou, todavia considero o conhecimento desta obra um imperativo de Portuguesismo e cidadania, quem não o ler ficará sempre a saber muito pouco sobre Abril, ele não conta tudo, mas conta bastante e nas emoções que retrata apresenta a grande alma de Abril. O DVD que o acompanha é de uma EMOÇÃO que leva às lágrimas, e merece tantos óscares quantos os portugueses que existem à excepção de Salazar e dos salazaristas. Um grande abraço de reconhecimento à SIC, a Pinto Balsemão, a Emídio Rangel e a realizadora Joana Pontes. Com este programa aconteceu Portugal.