Curso de Extensão Projeto Conhecimento sem Fronteiras Direito do Consumidor e os Planos de Saúde Titulo IV Natureza Contratual dos Planos de Saúde Capitulo I Do Contrato Individual e Familiar A Lei 9.656/98 tem previsão para a formulação do contrato de adesão individual, bem como familiar, ou seja o vinculo contratual entre a operadora de plano de saúde e o beneficiário é respectivamente firmado entre uma pessoa jurídica com uma e mais pessoas físicas do mesmo grupo familiar. Percebe-se então que estamos falando que neste grupo familiar vigorará o vinculo afetivo e/ou sanguíneo, ou seja, pais, filhos, avós, primos (agregados) e em algumas hipóteses genros e noras. Referida regulamentação é facilmente encontrada no endereço eletrônico da Agencia Nacional de Saúde Suplementar, donde aproveitamos e transcrevemos in albis o artigo 3º, da Resolução Normativa nº. 195/2009: Art. 3º Plano privado de assistência à saúde individual ou familiar é aquele que oferece cobertura da atenção prestada para a livre adesão de beneficiários, pessoas naturais, com ou sem grupo familiar. Neste plano, mesmo com a morte do seu titular, os beneficiários não perderão o vinculo contratual com a operadora de plano de saúde, assumindo as obrigações decorrentes do seu vinculo.
Capítulo II Do Contrato Coletivo Empresarial Além do contrato individual ou familiar acima apresentado, há também a possibilidade do vinculo contratual com a operadora de plano de saúde ser realizado com outra pessoa jurídica, independentemente da sua personalidade ser pública ou privada. Outrossim, referido vinculo oferecerá obrigatoriamente a cobertura da atenção prestada à população delimitada e devidamente vinculada a pessoa jurídica contratante mediante regime de contratação celetista (CLT) ou Estatutária. Além dos vínculos acima, poderão ser beneficiários desta natureza contratual, desde que previsto expressamente no contrato: I - os sócios da pessoa jurídica contratante; II - os administradores da pessoa jurídica contratante; III - os demitidos ou aposentados que tenham sido vinculados anteriormente à pessoa jurídica contratante, ressalvada a aplicação do disposto no caput dos artigos 30 e 31 da Lei nº 9.656, de 1998; IV os agentes políticos; V os trabalhadores temporários; VI os estagiários e menores aprendizes; e
VII - o grupo familiar até o terceiro grau de parentesco consanguíneos, até o segundo grau de parentesco por afinidade, cônjuge ou companheiro dos empregados e servidores públicos, bem como dos demais vínculos dos incisos anteriores. III Do Contrato Coletivo por Adesão Entendemos ser contrato coletivo por adesão para fins de contratação de planos de saúde, aqueles em que os contratantes serão pessoas jurídicas, porém a população beneficiada por esta pessoa jurídica contratante não possuem vínculos celetista ou estatutário, mas de caráter profissional, classista ou setorial. Neste sentido, o artigo 9º, e seus incisos discriminam quem são as pessoas que poderão ser beneficiadas por esta natureza contratual, vejamos: Art 9o Plano privado de assistência à saúde coletivo por adesão é aquele que oferece cobertura da atenção prestada à população que mantenha vínculo [1] com as seguintes pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial: I conselhos profissionais e entidades de classe, nos quais seja necessário o registro para o exercício da profissão; II sindicatos, centrais sindicais e respectivas federações e confederações; III associações profissionais legalmente constituídas; IV - cooperativas que congreguem membros de categorias ou classes de profissões regulamentadas; V - caixas de assistência e fundações de direito privado que se enquadrem nas disposições desta resolução; VI - entidades previstas na Lei no 7.395, de 31 de outubro de 1985, e na Lei no 7.398, de 4 de novembro de 1985; e 1º Poderá ainda aderir ao plano privado de assistência à saúde coletivo por adesão, desde que previsto contratualmente, o grupo familiar do beneficiário titular até o terceiro grau de parentesco consanguíneo, até o segundo grau de parentesco por afinidade, cônjuge ou companheiro.
Outrossim, independentemente do vinculo contratual adotado para fins de formulação de contratos de planos de saúde, o beneficiário final sempre poderá pleitear seus direitos junto as autoridades e poderes públicos competentes. Bibliografia e fonte GARCIA, Leonardo de Medeiros, Direito do Consumidor : código comentado, jurisprudência, doutrina, Decreto n. 2.181/1997. 7. Ed. rev., ampl. E atual. Pela Lei n. 12.291/2010, pela MP n 518/2010, que trata sobre o Cadastro Positivo, e pelas novas Súmulas do STF e do STJ / Niterói : Impetus, 2011. NUNES, Luis Antônio Rizzatto, Curso de direito do consumidor : com exercícios / Rizztto Nunes. 4. Ed. São Paulo : Saraiva, 2009. FILOMENO, José Geraldo Brito, Manual de direitos do consumidor / José Geraldo Brito Filomeno. 11. Ed. São Paulo : Atlas, 2012. RODRIGUES, Mauro Sérgio, Processo civil do consumidor bancário - doutrina do equilíbrio contratual : uma resposta ao modus operandi bancário / Mauro Sérgio Rodrigues. Campinas, SP : Millennium Editora, 2011. DESSAUNE, Marcos046.661.441-10esvio produtivo do consumidor : o prejuízo do tempo desperdiçado / Marcos Dessaune. São Paulo : Editora Revista dos Tribunais, 2011. FIGUEIREDO, Leonardo Vizeu, Curso de direito de saúde suplementar : manual jurídico de planos e seguros de saúde / Leonardo Vizeu Figueiredo. São Paulo : MP Ed., 2006. VENOSA, Sílvio de Salvo, Direito civil: teoria geral das obrigações e teoria geral dos contratos / Sílvio de Salvo Venosa. 6. Ed. 2. Reimpressão São Paulo : Atlas, 2006 (Coleção direito civil; v. 2). www.planalto.gov.br www.tjmt.jus.br www.ans.gov.br FONTE: GONÇALVES, CARLOS ROBERTO, DIREITO CIVIL BRASILEIRO, VOL 4, ED SARAIVA.
TARTUCE, FLÁVIO, MANUAL DE DIREITO CIVIL, VOL ÚNICO, 4ª. ED., MÉTODO. Queiroz, Mônica. Direito civil IV (contratos em espécie e atos unilaterais). / Mônica Queiroz. São Paulo : Saraiva, 2012. (Coleção saberes do direito ; 18). Leitura Complementar: O código civil de 2002 disciplina, em vinte capítulos, vinte e três espécies de contratos nominados (art. 481 à 853) e cinco de declarações unilaterais de vontade (art. 854 à 886 e 904 à 909), além dos títulos de créditos, tratados separadamente (art. 887 à 926). Contém ainda um título referente as obrigações por atos ilícitos ( Da responsabilidade civil art. 927 à 954). Artigos 1 à 10 do Código de Defesa do Consumidor; Artigos 1 à 12 da Lei 9.656/98 que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. Exercício Obrigatório: O de prestação de serviços de telefonia móvel pode ser classificado como: a) Unilateral, paritário, gratuito e real; b) Paritário, oneroso, Unilateral e Adesão; c) Adesão, bilateral, Execução continuada e definitivo; d) Plurilateral, instantâneo, Adesão e Consensual. Tratando-se de contrato de plano de saúde, julgue verdadeiro (V) ou falso (F): ( ) Os contratos de planos de saúde não estão submetidos as prerrogativas do Código de Defesa do Consumidor, mas tão somente ao Código Civil; ( ) Por tratar-se de contrato de adesão, cabe aos consumidores aderentes acatar ou não as clausulas constante no previamente no contrato, não podendo alegar ignorância ou pleitear sua revisão em juízo; ( ) O objeto contratual dos planos de saúde é a contraprestação pecuniária em face a prestação dos serviços médicos, hospitalares e odontológicos. ( ) O contrato de plano de saúde na atualidade classifica-se como paritário, bi ou plurilateral e de execução continuada.