DEFICIÊ CIA, ESPORTE E IDE TIDADE. Prof. Dr. Patrícia Silvestre de Freitas Universidade Federal de Uberlândia CAPES/C PQ O objetivo deste estudo foi analisar como o grupo distinto de deficientes físicos utiliza o esporte para se deslocar socialmente, se agrupar e ser identificado pelos seus componentes e pela sociedade. Esta pesquisa é de caráter qualitativo, partindo de uma abordagem teórica da produção historiográfica dessa área do conhecimento, e pode ser caracterizada como documental de caráter descritivo. Foram utilizados documentos oficiais na forma de leis e decretos, cartas propostas, anteprojetos, boletins informativos, jornais, revistas de circulação interna, revistas especializadas, livros, dissertações de mestrado e teses de doutorado que pudessem auxiliar na compreensão do objeto de estudo. Os materiais consultados foram encontrados primordialmente nas bibliotecas da Universidade Federal de Uberlândia, Universidade Metodista de Piracicaba, Biblioteca Nacional Rio de Janeiro, sites do Governo Federal, entre outros. Como referencial teórico, a teoria do processo civilizador e das configurações, de Norbert Elias, foi utilizada para sustentar a discussão posta nesse estudo. A deficiência divide-se em quatro áreas distintas: deficiência física, deficiência visual, deficiência auditiva e deficiência mental. Neste estudo optou-se por trabalhar com o grupo de deficiência física em função de dois fatores: primeiro, a minha experiência foi centrada nessa área e, segundo, por ser o grupo de maior expressão no esporte adaptado no Brasil. Dentro desse quadro, faz-se importante entender o conceito de deficiência física. De acordo com Costa (1993:43), é Toda e qualquer alteração no corpo humano, resultado de um problema ortopédico, neurológico ou de má formação, que leva o indivíduo a uma limitação ou dificuldade no desenvolvimento de alguma tarefa motora. Dentro do universo da deficiência física, encontra-se ainda uma diversidade de tipos de deficiência com características e seqüelas peculiares, causadas por fatores como lesões medulares, paralisia cerebral, acidente vascular cerebral, amputações, poliomielite, entre outros que são incorporados e organizados no esporte para deficientes.
Essas considerações e estudos já realizados no campo da Educação Especial e Educação Física Adaptada nos possibilitaram parâmetros para compreender e discutir a questão ora posta neste estudo: diferentes grupos de deficientes são identificados por diferentes meios. O deficiente físico tem utilizado o esporte como um meio de identificação interna e externa (nós, eles). Diante dessa hipótese, o objetivo desta pesquisa foi analisar de que maneira e por que o grupo distinto de deficientes físicos utiliza o esporte como meio de identificação própria e com a sociedade, para se agrupar e se deslocar socialmente. Neste estudo, entende-se identidade não como um fato ou uma estrutura estática, mas antes um processo dinâmico em que os outros interagem com nós, com eu e o reconstroem. Ao entender esta pesquisa como um processo em construção, cujo planejamento precisa ser refeito de acordo com as necessidades do trabalho e cujo investigador parte para um estudo munido dos seus conhecimentos e de suas experiências com hipóteses formuladas com o único objetivo de serem modificadas e reformuladas à medida que vão avançando (Lüdke e André, 1986), optou-se pela pesquisa qualitativa por ser a forma mais adequada para entender a natureza do fenômeno social em análise. Partindo de uma abordagem teórica da produção historiográfica dessa área do conhecimento a partir do século XIX, este estudo pode ser caracterizado como documental de caráter descritivo, pois fez-se necessário resgatar documentos oficiais que serviram de fontes de informação factuais que direcionaram e sustentaram o desenvolvimento da pesquisa. Foram utilizados documentos oficiais na forma de leis e decretos, cartas propostas, anteprojetos, boletins informativos, jornais, revistas de circulação interna, revistas especializadas, livros, dissertações de mestrado e teses de doutorado que pudessem auxiliar na compreensão do objeto de estudo. Os materiais consultados foram encontrados primordialmente nas bibliotecas da Universidade Federal de Uberlândia, Universidade Metodista de Piracicaba, Biblioteca Nacional Rio de Janeiro, sites do Governo Federal, entre outros. Porém, ao localizar o deficiente em um momento singular da constituição de sua identidade, é necessário estar atento para a utilização de fontes documentais. Nessa perspectiva, ao utilizar esses documentos neste estudo, houve a preocupação de não recorrer a eles apenas para solicitar o contexto histórico do objeto investigado, correndo o risco de
perder de vista a complexidade das relações da sociedade e dos indivíduos, mas, a partir deles, observar sinais, indícios, na tentativa de alargamento das fontes primárias. Nesse sentido, houve a necessidade de trazer para as discussões a teoria do processo civilizador e das configurações de Norbert Elias, na tentativa de possibilitar uma maior compreensão dos fatos históricos, bem como para utilizá-la na compreensão da identificação do grupo de deficientes físicos. O objetivo da teoria do processo civilizador é utilizar os processos históricos, partindo de um conceito de civilização como suporte para explicar as mudanças na conduta e sentimentos humanos rumo a uma direção específica não planejada, para elaborar modelos de análises, ou mesmo fornecer elementos para uma teoria do desenvolvimento das condutas sociais (Garrigou e Lacroix, 2001). Nada na história indicou que as mudanças ocorridas com o ser humano em longo prazo tenham sido realizadas com planejamento, com intencionalidade. 1 A análise histórica do deficiente por meio da teoria do processo civilizador permitirá notar com clareza a estrutura mutável da sociedade e que a formação de cada indivíduo ou grupo depende da evolução histórica, do padrão social e das estruturas das relações humanas que se movimentam no tempo. A mudança na forma como as pessoas deficientes foram sendo identificadas e diferenciadas nas diversas sociedades, desde os tempos mais remotos, não foi conseqüência de uma mutação de pensamentos e atitudes de uma pessoa isoladamente ou de apenas uma geração. Foi causada pela desarticulação de velhos grupos com seus costumes ou de uma mudança na posição social de determinados grupos (Elias e Scotson, 2000). O processo pelo qual o deficiente, de uma forma geral, vem passando se insere nas transformações sofridas pela sociedade e nas alterações ocorridas paulatinamente nas estruturas da personalidade de indivíduos que a formam, evoluindo em uma inter-relação indissolúvel, caracterizando o processo civilizador. As idéias de doença, enfermidade, nojo, ainda veiculadas na sociedade atual, são resquícios de idéias preconcebidas no processo civilizatório, que gerou erroneamente a idéia 1 Em seus estudos Elias almejava encontrar evidências empíricas que dessem conta de explicar as mudanças sociais ocorridas ao longo dos séculos, e por anos utilizou estudos da sociedade do século XV ao XIX, analisando os conceitos de cultura e civilização na Alemanha e na França, os costumes e éticas nesse período e suas relações nas mudanças de comportamento nos altos e médios estratos da sociedade no oeste europeu. O estudo da civilização ocidental moderna foi para o autor apenas relativo, servindo de lente de aumento para a lógica das evoluções que encontramos em todas as partes. O estudo da história é um meio para elaborar modelos que são o próprio objetivo da sociologia.
de convivência diferenciada em função de uma minoria que poderia pôr em risco a integridade das pessoas. Certamente a idéia do estigma não foi concebida e implantada em sucessivas gerações por séculos, assim, como as ações do Estado mais tarde. São nada mais que o problema geral de mudança histórica, que não foi racionalmente planejada, mas não reduzida a aparecimentos e desaparecimentos aleatórios de modelos desordenados. Esse tecido básico, resultante de muitos planos e ações isolados, pode dar origem a mudanças e modelos que nenhuma pessoa isolada planejou ou criou. Dessa interdependência de pessoas surge sui generis, uma ordem mais irresistível e mais forte do que a vontade e a razão das pessoas isoladas que a compõem (Elias, 1993:194). Toda essa reorganização de relacionamentos se fez acompanhar de correspondentes mudanças na estrutura da personalidade do homem, cujo resultado provisório é a forma de conduta e de sentimentos civilizados. E o que se pode compreender com essas mudanças é o surgimento, na mentalidade humana, da modelagem do maleável aparato psicológico. Por meio dessas mudanças experimentadas em longo prazo, a identificação individual ou de grupos, está diretamente relacionada com a representação que o indivíduo ou grupo faz de si mesmo, da credibilidade aceita ou recusada pelos outros e do momento do processo civilizatório em que a sociedade se encontrava (Elias, 1994a). Pôde-se observar que o processo de identificação do grupo de deficiente se dá sobre três pontos de vista fundamentais: a identificação pela área médica, a identificação pela área educacional e a identificação feita pelo Estado. A identificação feita pela área médica, ao separar a deficiência de outros tipos de minorias, foi uma das formas mais específicas de visualizar e identificar o grupo. O deficiente mental e o deficiente físico, a partir do século XIX foram diagnosticados e tratados pela área médica, inicialmente internados em hospitais psiquiátricos, asilos ou simplesmente escondidos em casa e tratados como doentes. Esse diferente processo de identificação, aliado ao processo civilizatório de longa duração, trouxe mais tarde vieses de identificação dos diversos tipos de deficiência pela sociedade em geral. Os deficientes visuais e surdos-mudos foram identificados pela linha educacional, ou seja, a partir da organização de instituições especializadas no final do século 19. Se, por um
lado, esse fato proporcionou a separação desses indivíduos da sociedade, por outro lado propiciou o agregamento dessas pessoas. O Estado, como unidade de sobrevivência e com o objetivo de proteção dos indivíduos, iniciou um processo de inclusão do deficiente nas leis e decretos na tentativa de exclusão e separação de grupos diferentes. Posteriormente, conceitos e aprendizados sobre essa parcela da população vão sendo redirecionados e assimilados em leis e decretos governamentais. Essas formas de identificação foram feitas com o olhar de outros e, por muito tempo, analisadas e julgadas conforme o entendimento por eles experimentado, fato que leva a compreender apenas um lado da moeda. Esses procedimentos seriam capazes de auxiliar na compreensão de uma construção social da civilização como uma forma específica e particular de configuração social. Tratar sobre a identidade de grupos minoritários é sempre uma questão complexa, principalmente a daqueles que, na visão geral da população, são marginalizados. Grupos que por longos anos foram identificados e tiveram como identidade nós o que os outros, como médicos, professores, políticos, construíram. Ao excluir o deficiente físico do convívio comum, como aconteceu em diversos momentos na história, reconheceu-se sua existência ainda que fosse difícil de identificá-la claramente. Essa dificuldade de identificação gerou tensões para quem definia e para quem era definido e pensar o eles ou o nós constituiu um grande desafio. O indivíduo sofreu no decorrer do processo de civilização, cada vez mais cedo, um controle também cada vez mais complexo e mais estável. Dessa forma, essa teia ou ações que envolvem grupos específicos, como o de deficiente físico, tornou-se progressivamente mais complexa, fazendo-o comportar-se de acordo com os padrões instalados socialmente. Porém, só a partir de uma perspectiva de longa duração, pela comparação de épocas passadas, é possível perceber, apesar desses resquícios civilizatórios, o quanto mudou e vem mudando a condição do deficiente na sociedade. Essa mudança não aconteceu de uma maneira desestruturada e aleatória. Examinada de perto, a sucessão de iniciativas a favor da solução desse problema social revela uma determinada ordem. Certamente os padrões de controle e a prática social mudaram consideravelmente nos últimos séculos. O poder se instaurou em diversos grupos dentro de uma sociedade fundada
sobre estruturas de poder específicas. Ao serem essas estruturas substituídas, ao longo do processo, mudou-se também a estratégia de diferenciação entre os grupos. Nesse processo, a exclusão não estava em oposição à inclusão. Fazem parte de um mesmo processo em que o deficiente é a sociedade. Ele é incluído pela humilhação, negação de sua característica de ser humano, pelo incomum. A exclusão torna-se, então, o princípio do processo de individualização. Assim é que a sociedade, à medida que cresce, individualiza-se e estabelece relações mais complexas. É essa individualidade que vai permitir o aparecimento de práticas como a do esporte para deficientes na sociedade cada vez mais diferenciada. Pode-se observar que, como grupo e identidade reconhecida por seus componentes, esse processo se deu há pouco tempo, quando se utilizou, entre outras configurações, o esporte, para agregar, discutir, conhecer e estabelecer relações entre eles. O esporte é um processo social que oferece um meio de relações sociais, nas quais os deficientes físicos medem sua força, agilidade, competência, mas também significa recolocarse em uma configuração social (Elias e Dunning, 1992). A dicotomia deficiência e esporte veio de um movimento mundial iniciado com a segunda Grande Guerra na tentativa de reabilitar os indivíduos traumatizados vertebromedulares. O esporte, como prática para pessoas deficientes físicas, efetivou-se na Inglaterra, no ano de 1944, mais precisamente em Aylesbury, onde foi construído o Hospital de Stoke Mandeville com o objetivo de receber, tratar e reabilitar indivíduos lesados medulares. Com a influência da linha americana que enfatizava o esporte competitivo como processo de reabilitação, o esporte chegou ao Brasil em 1958 pelas mãos de duas pessoas portadores de paraplegia, Robson Sampaio e Sérgio Del Grande, que tiveram seu processo de reabilitação realizado nos Estados Unidos, que, desde 1952, introduziram nos hospitais a iniciação esportiva no processo de reabilitação (Freitas, 1997). Ao retornarem após reabilitação, em 1958, e tendo tomado contato, entre outros esportes, com o basquetebol sobre rodas, trouxeram para o Brasil essa modalidade. A partir desse momento, o esporte passou a ser, não intencionalmente, um campo fértil para o agregamento e identificação de grupo de pessoas.
Certamente a importância dos lugares de sociabilidade como associações, agremiações, clubes, centros esportivos, hospitais, centros de reabilitação, bares, restaurantes, entre outros, é a de permitir que os indivíduos observem agregações através de categorias que eles interiorizaram. Tão logo essas formas elementares de vida coletiva sejam percebidas pelos indivíduos, elas adotam uma definição social cada vez mais sistemática e reconhecida pelos outros e por eles (Elias e Dunning, 1992). O inicio do esporte para deficientes físicos no Brasil nos anos cinqüenta, entre outras ações, possibilitou a formação de grupos de deficientes físicos, o que, segundo a teoria elisiana, mostra que o objetivo da diferença entre grupos sociais provém com muita freqüência de uma busca consciente da semelhança, na construção social dos traços específicos de um grupo como processo não planejado como tal, que toma indivíduos espalhados mesmo fora das relações sociais diretas entre eles (Garrigou e Lacroix, 2001). Como se pôde observar anteriormente, o deficiente praticava e disseminava o esporte no Brasil através de uma organização específica de um grupo, sem que a área da Educação Física, em função de seus paradigmas, tivesse alguma referência a essa população ou informações sobre a prática de atividades esportivas competitivas e todas as especificidades que envolviam essa prática, como classificação dos esportes, regras, adaptações de materiais, entre outros. Na verdade, o esporte para deficientes físicos no Brasil se desenvolveu, por muito tempo, paralelamente, sem que a área de Educação Física tomasse conhecimento dessa clientela. Esse fato gerou por vários anos, a participação de pessoas voluntárias em vários setores, como fisioterapia, técnicos de equipes, árbitros. No decorrer do século XX, o esporte passou a ser, cada vez mais, um fator importante de auxílio na formação e expressão da identidade do grupo de deficientes físicos. Ao utilizá-lo como meio de identificação, os deficientes físicos geram outras figurações, como regras, organizações e modalidades específicas, proporcionando o aparecimento de subgrupos com identidades próprias, tais como paralisados cerebrais, lesados medulares, amputados, e um campo profissional específico com médicos, fisioterapeutas, professores de educação física, árbitros, dirigentes, jogadores, jornalistas, entre outros. Certamente o ambiente esportivo proporciona a ampliação de possibilidades e gera a identificação com o semelhante, formando grupos de interesses parecidos. Essa forma de agrupamento possibilitou que os indivíduos estabelecessem vínculos sociais a partir da busca
consciente da semelhança. Assim, ao articular a organização de grupos, é a formação psíquica dos indivíduos que articula o processo de agrupamento e diferenciação e passa a se reconhecer por meio de categorias percebidas pelos outros: deficientes físicos. Dessa forma pode-se reconstituir a modelagem psíquica de indivíduos que são pouco a pouco pensados como diferentes e, pensando-se como tais, transformam sua prática. O que resultou desse processo foi uma etapa da organização e construção de um grupo social que é identificado pelo outro e pelos seus componentes. Na verdade, ao fazer emergir o aspecto mimético das práticas esportivas e apontar vínculos com a estrutura da sociedade de hoje, este estudo tentou mostrar um aspecto singular do esporte e trilhou um caminho de investigação ainda pouco explorado, tentando não manter a discussão de que o esporte foi idealizado para pessoas saudáveis, mas que, como prática social, todos os grupos podem se encontrar nele, possibilitando a construção de uma lógica própria, que, no caso deste estudo, é o esporte adaptado. O esporte adaptado, como prática social, proporciona oportunidades de informação e visualização de possibilidades que estimulam indivíduos a compor grupos em determinados lugares, principalmente lugares em que eles poderão se reencontrar ou lugares em que poderão descobrir os outros, assim como aconteceu na formação dos primeiros clubes esportivos de deficientes. Através do esporte, o deficiente físico encontrou meios de reconstruir sua identidade. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Ministério da Ação Social. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Política acional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Brasília: CORDE, 1992a. 31p. COSTA, Alberto M. - O esporte com pessoas portadoras de deficiência no Brasil. Uma visão Crítica. In III SEMI ÁRIO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA DA FEF, (1993 Campinas). Anais...Campinas UNICAMP: Faculdade de Educação Física 1993 pp. 64-65. ELIAS N. A sociedade dos Indivíduos, Rio de Janeiro. Ed. Jorge Zahar, 1994a.
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