CURSO DE PÓS-GRDUÇÃO EM DIREITO CIVIL. ula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres (ula 22/11/2017). Extinção Especial das Obrigações. Contestação na consignação: Defesa na consignação é limitada, citado tem 15 dias para contestar, o credor pode: Que não recusou receber. Que a recusa é justificada. Que não foi no lugar pactuado. Impugnar que o não recebimento é justificado porque a consignação está em valor menor que devido. Ele deve declarar na contestação qual o valor correto, sob pena de não conhecimento da defesa. O juiz dá prazo de 10 dias para o devedor/autor complementar o valor se ele quiser, se ele complementar a obrigação será extinta, mas responde pela sucumbência e custas. Se o devedor/autor insistir no valor o juiz é quem decide o valor correto. Se o valor correto for o da inicial o credor/réu é quem paga custa e sucumbência. Se o credor falar que é R$1.200,00 e o devedor R$1.000,00, o credor pode levantar o R$1.000,00 saldo incontroverso e executar o saldo remanescente. rt. 544. Na contestação, o réu poderá alegar que: I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida; II - foi justa a recusa; 1
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do pagamento; IV - o depósito não é integral. Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação somente será admissível se o réu indicar o montante que entende devido. O devedor/autor deve verificar se a contestação se a molda ao artigo 544 do CPC, sobe pena de não conhecimento do que extrapola a contestação. Consignação judicial de objeto. Nem sempre o devedor tem que pagar, às vezes este tem que entregar. Como consigna objeto deposita em empresas de depósito, contudo, precisa pagar diária ou pedir ao juiz o depósito em próprio nome e se responsabiliza em cuidar da coisa, depositário fiel. Consignação de coisa incerta o direito de escolha via de regra é do devedor, contudo, pode ter sido pactuado que cabe ao credor (réu), que citado tem até 5 dias para apontar a qualidade da coisa que quer receber, sob pena do devedor/autor escolher, artigo 342 CC, in verbis: rt. 342. Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente. Novação. Novação extingue uma obrigação criando outra. É necessário ter animus novandi, não pode presumir, tem que surgir da vontade das partes. Não confundir novação com confissão de dívida (declaração que deve confirmação de uma obrigação e não uma nova dívida). 2
Dica: termo de confissão de dívida, se for feito de dívida antiga prescrita a obrigação continua prescrita, o ideal é fazer novação, extingue a obrigação prescrita e cria uma nova. rt. 360. Dá-se a novação: I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior; II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor; III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este. Novação pura e simples mantém a estrutura da obrigação extinta. Credor D Novação Pura e simples Credor D Novação objetiva cria uma obrigação com um novo objeto. Credor D Novação Objetiva Credor D Objeto Y 3
Novação subjetiva ativa é aquela que extingue uma obrigação a criação de uma nova obrigação, e esta tem um credor diverso da obrigação extinta (substituição do credor). Credor Novação Subjetiva tiva Credor D Novação subjetiva passiva nova obrigação. é a que tem a substituição do devedor na Voluntaria Novação subjetiva passiva Extromissão Voluntária com a anuência do devedor primitivo, este concordou em sair. Expulsão / extromissão com a saída da relação obrigacional. é aquela que o devedor primitivo não concorda rt. 362. novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste. Devedor D Credor Novação Subjetiva Passiva Credor Uma vez feita a novação só poderá ser desfeita por distrato (acordo entre as partes) ou se houver vício de consentimento. 4
Remissão. Remissão o credor perdoa o devedor e a obrigação se torna extinta. Perdão não é renúncia de solidariedade, se forem codevedores solidários e o credor confere remissão a um dos devedores a solidariedade continua ativa no tocante o valor dos outros codevedores, assim, pode o devedor que experimentou a remissão ser acionado por solidariedade na totalidade dos outro codevedores. rt. 388. remissão concedida a um dos codevedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida. Sub-rogação. Ocorre a sub-rogação quando o devedor honra dívida de codevedores em razão de obrigação solidaria, ocasião em que este devedor (o que honrou a dívida) passa a revestir-se da condição de credor dos demais coobrigados. Também ocorre a sub-rogação quando terceiro líquida dívida de determinado devedor em nome próprio, ocasião em que o terceiro sub-roga-se no direito do credor em cobrar a dívida do devedor primitivo. Nesse último caso, parte da doutrina entende que há necessidade de demonstração de interesse jurídico por parte do terceiro que líquida dívida alheia. rt. 346. sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: 5
I - do credor que paga a dívida do devedor comum; II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. Confusão. Confusão se dá quando reuni na mesma pessoa credor e devedor. Ocorre a confusão quando por alguma circunstância a figura do credor e devedor passam a concentrar-se em um único sujeito. Exemplo, filho único faz contrato de mútuo com pai solteiro de R$ 500.000,00 só que o pai vem a óbito, o filho sucede o pai e teria que pegar a ele mesmo, há confusão entre devedor e credor. rt. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. ons Estudos!!! Prof.ª. driana parecida Duarte. 6