COBA VARIANTE À EN207 LANÇO NÓ DO IP9(LONGRA)/ /FELGUEIRAS ESTUDO PRÉVIO VOLUME 4 ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL. Estradas de Portugal, E.P.E.

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VOLUME IV ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

Transcrição:

M.O.P.T.C. S.E.O.P. EP Estradas de Portugal, E.P.E. O GRANDE PORTO VARIANTE À EN207 LANÇO NÓ DO IP9(LONGRA)/ /FELGUEIRAS ESTUDO PRÉVIO VOLUME 4 ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL RESUMO NÃO TÉCNICO (VAEN.P.40.RNT) VERIFICADO COBA OUTUBRO 2005

CONCESSÃO SCUT DO GRANDE PORTO VARIANTE À EN207: LANÇO NÓ DO IP9 (LONGRA) / FELGUEIRAS ESTUDO PRÉVIO VOLUME 4 - ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL TOMO 4.1- RESUMO NÃO TÉCNICO ÍNDICE DE TEXTO 1 - INTRODUÇÃO... 1 Pág. 2 - ANTECEDENTES DO EMPREENDIMENTO... 2 3 - O QUE É ESTE DOCUMENTO?... 5 4 - PARA QUE SERVE O EIA?... 8 5 - QUAL A LOCALIZAÇÃO DESTE EIXO VIÁRIO?... 8 6 - PORQUE É NECESSÁRIO CONSTRUIR ESTE EIXO VIÁRIO?... 8 7 - QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DESTAS VIAS?... 12 8 - COMO É O ESTADO DO AMBIENTE NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO?... 15 9 - PRINCIPAIS IMPACTES POSITIVOS E NEGATIVOS... 18 10 - QUAIS OS IMPACTES AMBIENTAIS DAS DIVERSAS ALTERNATIVAS?... 20 11 - MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO E MONITORIZAÇÃO... 25 12 - CONSIDERAÇÕES FINAIS... 26.doc I

CONCESSÃO SCUT DO GRANDE PORTO VARIANTE À EN207: LANÇO NÓ DO IP9 (LONGRA) / FELGUEIRAS ESTUDO PRÉVIO VOLUME 4 - ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL TOMO 4.1 - RESUMO NÃO TÉCNICO 1 - INTRODUÇÃO O projecto rodoviário objecto do presente estudo, refere-se ao Estudo Prévio da Variante à EN207: Lanço Nó do IP9 (Longra) / Felgueiras, integrada na Concessão SCUT do Grande Porto. A Variante à EN207, entre o Nó com o IP9 junto à localidade da Longra e a cidade de Felgueiras, visa garantir a ligação do IP9 ao centro urbano de Felgueiras, mais precisamente à rede viária circular a esta cidade. A entidade proponente é o Estado Português, representado pelas Estradas de Portugal (EP, E.P.E), sendo o projecto licenciado por despacho do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Habitação. A entidade responsável pelos estudos, projecto, construção, exploração e manutenção, é a Concessionária LUSOSCUT - Auto-estradas do Grande Porto, S.A. Na rede de estradas atribuída à LUSOSCUT, integra-se a Concessão SCUT do Grande Porto, que o Governo português concessionou por um período de 30 anos, mediante concurso público e que integra a variante em estudo. 1

O projecto de traçado bem como o respectivo Estudo de Impacte Ambiental, foram elaborados pela COBA, S.A., Consultores de Engenharia e Ambiente. 2 - ANTECEDENTES DO EMPREENDIMENTO O Estudo Prévio da variante à EN207: Lanço Nó do IP9 (Longra)/Felgueiras, agora submetido a Procedimento de AIA, surge na sequência de outros estudos anteriormente apresentados. A este respeito importa assinalar que em Abril de 2003 foi submetido a Procedimento de AIA um primeiro EP e EIA onde se integrava o trecho agora em apreciação, no entanto mais abrangente e que compreendia os lanços de auto-estrada então designados por: IC25: Lanço Paços de Ferreira / Nó da EN106 (Lote 6); IC25: Lanço Nó da EN106 / Nó do IP9 (Lousada) (Lote 7); IC25: Lanço Nó do IP9 (Lousada) / Felgueiras (Lote 8). Este EP acabou por ser objecto de uma Declaração de Desconformidade ditada pela CA, em Junho de 2003, fundamentada, entre outros motivos, no facto de a EP ter apresentado soluções que, segundo a CA, contrariavam decisões tomadas pelo IA e expressas na DIA da A11/IP9: Lanço Guimarães / IP4, auto-estrada incluída no âmbito da Concessão Norte. Como consequência, foi elaborado e submetido para apreciação, em Julho de 2003, um novo EP e EIA, abrangendo os mesmos lanços de auto-estrada, mas em que as soluções do traçado correspondentes à sobreposição do IC25 com o IP9, então designadas por Soluções 1 e 2, já não foram incluídas. Em Agosto de 2003, este novo EP e respectivo EIA viriam a ser objecto de nova Declaração de Desconformidade, na sequência da qual ficou acordado avaliar os três lanços de auto-estrada em três EIA s distintos. Em Dezembro de 2003, foi novamente submetido a Procedimento de AIA um novo EP e respectivo EIA relativo ao trecho em apreciação, desde então designado por Variante à EN207; Lanço Nó do IP (Longra) / Felgueiras. Relativamente a este novo EP e respectivo EIA, após apresentação de elementos adicionais solicitados pela CA, foi emitida 2

a Declaração de Conformidade, com data de 26.05.2004, na qual se refere que...sem prejuízo de avaliação técnica subsequente, a Comissão de Avaliação considerou que o Estudo de Impacte Ambiental contém informação suficiente para dar continuidade ao actual Procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental. Posteriormente, tendo por base o Parecer Final do procedimento de AIA, a Autoridade de AIA, em 27.01.2005, emitiu a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) desfavorável aos traçados apresentados no referido Estudo Prévio, incluindo os traçados propostos para a ligação à EN101, face aos impactes negativos identificados (...). Atendendo ao interesse estratégico das vias em estudo, em particular da Variante à EN207, como meio de ligação do IP9 ao centro urbano de Felgueiras, bem como, a sua importância para a diminuição do volume de tráfego em alguns núcleos urbanos situados na proximidade (como é o caso da localidade da Longra), o potenciar o aumento da segurança na circulação viária nas vias urbanas existentes e o contributo da via para a estruturação e articulação do território, foi desenvolvido novo EP e respectivo EIA, tendo o mesmo sido submetido a Procedimento de AIA, em Julho de 2005. Este EP contempla novas soluções de traçado que tiveram em consideração os aspectos menos conseguidos e identificados nos estudos anteriores e, assim, obter novos traçados mais eficazes em termos de minimização dos impactes anteriormente identificados. Com efeito, neste último EP e respectivo EIA foram contempladas, comparativamente aos estudos anteriores, novas soluções de traçado para a Variante à EN207, bem como, para a rede viária complementar que também integra este estudo, como sejam os casos da ligação à EN207-2, do Nó da Longra e da Ligação à EN101. Na presente fase, essencialmente dada a importância que a Variante à EN207 assume no contexto regional, afigurando-se de primordial importância na ligação de Felgueiras à Rede Nacional Fundamental e independentemente da eventual solução adoptada para a Ligação à EN101, ponderaram-se soluções que dessem resposta aos comentários e pareceres resultantes do processo de avaliação referido. 3

Resumidamente, comparativamente ao estudo anteriormente sujeito a avaliação, as principais alterações a que se procedeu foram as seguidamente descritas: Distinguiram-se as alternativas em estudo para a Variante à EN207, das alternativas em estudo para Ligação à EN101, ou seja, a alternativa por que se opte para a Variante à EN207 será independente da construção, ou não, da Ligação à EN101, bem como da solução adoptada para esta ligação. No estudo de possíveis alternativas de traçado para a Variante à EN207, para além de rectificações à Alternativa 2 de traçado do anterior Estudo Prévio, visando a minimização dos impactes negativos identificados, que conduziram à Alternativa 1 actualmente em estudo, previram-se mais duas alternativas (Alternativas 2 e 3), que sendo comuns à Alternativa 1 até cerca do km 2+000, terminam na Variante à EN101, ligando a uma rotunda existente na zona de Ambroges, em Felgueiras. Com as alternativas formuladas para a Variante à EN207, visou-se essencialmente minimizar os impactes negativos identificados, essencialmente para as Quintas de Cestais (o traçado foi ripado para o limite Sul da propriedade) e Maderne (o traçado foi ripado para o limite Nordeste da quinta). O Nó da Longra, comum às 3 alternativas agora em estudo, foi também objecto de alguns ajustamentos, de modo a diminuir a afectação do conjunto habitacional identificado no lugar de Rebelo (a Norte do Nó), bem como de minimizar os impactes na ocupação do solo, eliminando dois dos ramos anteriormente considerados, continuando a permitir a ligação do IP9 à rede viária local. De acordo com os anseios da junta de Freguesia de Pedreira, a Ligação à EN207-2 (anteriormente designada de Variante da Longra (Sul)), permitirá o restabelecimento dos caminhos Sobreira Riberinho e Longra Monte da Costa. Quanto à Ligação à EN101, atendendo aos comentários efectuados em sede de Consulta Pública, foram consideradas neste estudo duas alternativas (Soluções A e B), ambas atravessando o núcleo urbano da freguesia da Várzea, embora procurando minimizar os impactes negativos identificados no anterior EIA. A Solução A, com características urbanas, tipo alameda, desenvolve-se a cotas 4

próximas do terreno natural, com ligações à rede viária local efectuadas através de rotunda de nível (Figura 2.1). A Solução B, desenvolve-se parcialmente em trincheira, eliminando-se assim a rotunda de nível com a EM564, sendo esta Estrada Municipal restabelecida por uma passagem superior (Figura 2.2). Relativamente aos estudos anteriores, estas duas Soluções foram afastadas da Igreja da Várzea, da pré-escola da Várzea e do Centro Paroquial, mais de 20 metros para Norte, de modo a provocar menores impactes na dinâmica social desta zona. Ainda na Ligação à EN101, foi eliminada a Passagem Superior (PS) que se desenvolvia sobre os terrenos da Associação para o Desenvolvimento e Progresso da Várzea, com vista a minimizar a afectação das intenções desta Organização, assegurando-se ainda desta forma, uma velocidade de circulação menor. Quanto ao Nó de Felgueiras, o qual permitirá a ligação da Variante à EN207 à EN101 (através da Ligação à EN101), encontram-se previstas duas soluções distintas (uma desnivelada e outra de nível), que se encontram dependentes das alternativa previstas para a Ligação à EN101, anteriormente referidas. 3 - O QUE É ESTE DOCUMENTO? Este documento pretende apresentar, de forma resumida, os principais aspectos abordados no Estudo de Impacte Ambiental (EIA) relativo ao Estudo Prévio da Variante à EN207: Lanço Nó do IP9 (Longra) / Felgueiras, destacando-se as informações, conclusões e recomendações de maior interesse identificadas no EIA. O EIA encontra-se desenvolvido de acordo com o quadro legal em vigor, seguindo as orientações contidas no Decreto-lei n.º 69/2000, de 3 de Maio (regulamentado pela Portaria nº 330/2001 de 2 de Abril), que transpõe para a legislação portuguesa a Directiva Comunitária 85/337/CEE de 27 de Junho, com alterações introduzidas pela Directiva N.º 97/11/CE, do Conselho de 3 de Março de 1997. 5

Terrenos da Associação para o Desenvolvimento da Várzea Centro Paroquial da Várzea Parque de S. Jorge Igreja da Várzea EP Estradas de Portugal, E.P.E. O COBA CONCESSÃO SCUT DO GRANDE PORTO VARIANTE À EN 207: NÓ DO IP9 (Longra)/FELGUEIRAS LIGAÇÃO À EN101 - Solução A ESTUDO PRÉVIO Fig. 2.1

Terrenos da Associação para o Desenvolvimento da Várzea Centro Paroquial da Várzea Parque de S. Jorge Igreja da Várzea EP Estradas de Portugal, E.P.E. O COBA CONCESSÃO SCUT DO GRANDE PORTO VARIANTE À EN 207: NÓ DO IP9 (Longra)/FELGUEIRAS LIGAÇÃO À EN101 - Solução B ESTUDO PRÉVIO Fig. 2.2

4 - PARA QUE SERVE O EIA? O papel principal do EIA é integrar a componente ambiental no âmbito do projecto, contribuindo para que as questões ambientais sejam tidas em consideração na avaliação global do empreendimento e no seu processo de licenciamento. Assim, os principais objectivos do EIA são os seguintes: avaliar a viabilidade ambiental do empreendimento; identificar e avaliar as condicionantes e os potenciais impactes ambientais associados à implementação do referido lanço; determinar, entre os potenciais impactes ambientais, aqueles que poderão vir a ser mais importantes; proceder à comparação ambiental de alternativas; definir acções e medidas a adoptar para prevenir, minimizar, compensar e/ou monitorizar os impactes considerados importantes. 5 - QUAL A LOCALIZAÇÃO DESTE EIXO VIÁRIO? O eixo viário em estudo situa-se na região de Entre Douro e Minho, desenvolvendose entre Longra e a cidade de Felgueiras. O lanço da Variante à EN207 em análise, com uma extensão de cerca de 3 km, localiza-se no concelho de Felgueiras, nas freguesias de Pedreira, Moure, Refontoura, Várzea e Varziela e insere-se na bacia hidrográfica do rio Sousa, afluente da margem direita do rio Douro. As ligações à rede viária local, serão asseguradas pela Ligação à EN207-2 e pela Ligação à EN101, que têm uma extensão aproximada de 1 050 m e 1 165 m, respectivamente (Figuras 5.1 e 5.2). 6 - PORQUE É NECESSÁRIO CONSTRUIR ESTE EIXO VIÁRIO? O Concelho de Felgueiras insere-se numa região densamente povoada, com uma intensa e variada actividade económica, com predomínio de actividades industriais, em unidades de dimensão diversa, entre as quais se destacam as indústrias têxtil, calçado, mobiliário e madeiras, destinadas tanto ao mercado interno, como à exportação. 8

N DA MAIA N DE ALFENA N DA EN 107 N DE STO. TIRSO N DA EN 14 N DA ERMIDA N DA EN 13 N COM A VARIANTE EN 101 N DA LIPOR N DO IP9 (NORTE) N DO AEROPORTO N DA PERAFITA N COM A V.I.L.P.L. N DE LOUSADA (IP9) N DA EN 106 N DE PA OS DE FERREIRA ESTE N DE `GUAS SANTAS N DE PA OS DE FERREIRA OESTE N DA PONTE DA PEDRA N DE SER A N DO IC24/IC25 N DA VIA NORTE NASCENTE N DE CUST IAS IP4 - SUBLAN O SENDIM / VIA NORTE IP4 - SUBLAN O VIA NORTE / `GUAS SANTAS N DE SENDIM VRI - N DO AEROPORTO (IC24) / IP4 IC24 - SUBLAN O FREIXIEIRO / AEROPORTO IC24 - SUBLAN O AEROPORTO / N DA MAIA (IP1) IC24 - SUBLAN O N DA MAIA (IP1) / ALFENA IC24 - LAN O ALFENA / N DA ERMIDA (IC25) IC25 - LAN O N DA ERMIDA (IC24) / PA OS DE FERREIRA IC25 - LAN O PA OS DE FERREIRA / N DA EN106 IC25 - LAN O N DA EN106 / N DO IP9 EN207 - LAN O N DO IP9 / FELGUEIRAS (EN101) IP3 A CONSTRUIR CONCESSˆO NORTE A CONSTRUIR CONCESSˆO NORTE EM EXPLORA ˆO Rev. Data Descri ªo Elab. Verif. Aprov. MOPTC S.E.O.P. Estradas de Portugal, E.P.E. CONSULTORES DE ENGENHARIA E AMBIENTE CONCESSˆO SCUT DO GRANDE PORTO VARIANTE EN 207 : N DO IP9 (Longra) / FELGUEIRAS Escalas 1:350000 700 350 0 350 m Elaborado: Verificado: Aprovado: LDC AHA AHA Substitui: Substitu do: ESTUDO PR VIO PLANTA DE LOCALIZA ˆO Numero FIGURA 5.1 Data Folha JUL. 05 1/1

Elab. Verif. Aprov. 1169 101-3 1170 1173 P=189000 GUIMARˆES 1163 562 1173 562 VARIANTE EN 101 (EXISTENTE) FIM DA VARIANTE EN 207 : N DO IP9(LONGRA)/FELGUEIRAS ALTERNATIVAS 2 e 3 P=188000 1175 1166 562 A11/IP9 562-1 562-1 207 ORIGEM DA VARIANTE EN 207 : N DO IP9(LONGRA)/FELGUEIRAS 207 N DE FELGUEIRAS LIGA ˆO EN 207 P.I.1A (A CONSTRUIR NO MBITO DO IP9) P.S.2 P.S.4 P.S.3 P.S.5 P.S.5 P.S.4 P.S.4 P.S.5A P.I.5 P.S.5B ALTERNATIVA 1 N DO IP9(LONGRA)/FELGUEIRAS FIM DA VARIANTE EN 207 : FELGUEIRAS VIADUTO LIGA ˆO EN 101 101 1183 101-4 P=187000 1182 P=186000 P.S.2 1167 P.S.1 N DA LONGRA P.I.1A P.A.1 1183 1168 EM ESTUDO LIGA ˆO EN207-2 P=185000 1184 207-2 564 CARTAS IGeoE 564-3 P=184000 LEGENDA 99 VARIANTE EN 207 : N DO IP9 (LONGRA) / FELGUEIRAS - ALTERNATIVA 1 - ALTERNATIVA 2 F:\V8\Plotdrv\Pdfdrv\pdf print-normal.plt 03/11/2005 11:57:10 / C_Gon alves E:\EP\MS\Amb\EIA\Desfinal\ADITAMENTO\RNT\FIGURA 5.2.dgn MOPTC S.E.O.P. IP4/A4 Estradas de Portugal, E.P.E. M=-10000 A11/IP9 M=-9000 207 CONSULTORES DE ENGENHARIA E AMBIENTE M=-8000 M=-7000 CONCESSˆO SCUT DO GRANDE PORTO VARIANTE EN 207 : N DO IP9 (Longra) / FELGUEIRAS M=-6000 1191 Escalas 500 1:25000 250 0 250 m M=-5000 Elaborado: Verificado: Aprovado: LDC AHA AHA - ALTERNATIVA 3 Substitui: Substitu do: M=-4000 Rev. 1189 M=-3000 Data Descri ªo ESTUDO PR VIO ESTUDO IMPACTE AMBIENTAL ESBO O COROGR`FICO VERIFICADO Numero Data JUL. 05 P=183000 FIGURA 5.2 Folha 1/1

Actualmente, as principais vias rodoviárias, que garantem o escoamento da produção local, quer industrial, quer agrícola, assegurando ainda o acesso a serviços de apoio às empresas e de uso pessoal, são as estradas nacionais, destacando-se a EN207, a EN207-2 e, ainda, a EN101, para além da rede viária municipal. O atravessamento de povoações e a construção ao longo das estradas tem sido um cenário frequente nestas vias, que apresentam características urbanas em vários e extensos trechos, com tendência para a sua densificação, como é o caso da EN207-2 que, desde Pedreira até à EN207, passando pela Longra, apresenta um quase contínuo de zonas residenciais e industriais, que se estendem, posteriormente, pela EN207, até Felgueiras. Assim, o tráfego local, regional e nacional utiliza as mesmas estradas, sobrecarregando-as, quer se trate de estradas nacionais, municipais ou caminhos; há ainda a referir o elevado tráfego de veículos pesados, que cria congestionamentos frequentes, com consequências nas condições de vida locais, criando, igualmente, dificuldades de escoamento dos produtos e bens produzidos na região. Na realidade, a rede viária existente já não comporta, em condições de segurança, o tráfego regional e local, que inclui deslocações casa-trabalho dentro do mesmo concelho e deslocações entre Felgueiras, Guimarães e outros concelhos limítrofes, incluindo um elevado tráfego de veículos. A Variante à EN207, justifica-se como uma via de ligação entre a Rede Nacional de Auto-Estradas (IP9) e a sede do concelho de Felgueiras, de acordo com o proposto no Plano Rodoviário Nacional (PRN), e dá continuidade à Variante à EN101 já existente. O concelho de Felgueiras ganhará assim uma ligação viária, quer ao Vale do Ave ou ao Vale do Tâmega, através do IP9 - Lanço Guimarães - IP4/A4, quer à Área Metropolitana do Porto, através do IC25 e do IC24, estas últimas vias igualmente integradas na Concessão SCUT do Grande Porto. 11

Por outro lado, a articulação desta Variante com a rede viária local, assegurada pelos nós de ligação, permitirá estabelecer ligações locais bastante facilitadas. Esta variante garante, assim, uma maior fluidez na circulação de passageiros e mercadorias, tanto a nível local, como nas ligações inter-regionais, ou mesmo com o exterior, por intermédio de ligações com a rede viária principal. Trata-se pois, de um projecto rodoviário importante para manter a dinâmica económica desta região e deste concelho em particular, aproximando-o, ainda, da Área Metropolitana do Porto (AMP) e do Litoral do País, tornando-o mais atractivo para a instalação de um maior e mais diversificado número de agentes económicos. 7 - QUAIS AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DESTAS VIAS? As vias em avaliação no presente estudo (Figura 5.2) são a Variante à EN207: Lanço Nó do IP9 (Longra) / Felgueiras e ainda a Ligação à EN207-2, estabelecida a partir do Nó da Longra e a Ligação à EN101, que liga o Nó de Felgueiras à EN101. Os critérios adoptados na definição do traçado da Variante à EN207 respeitaram as características técnicas de uma auto-estrada, definidas para uma velocidade base de 120 km/h e esta via terá uma largura total de 26 m. A Ligação à EN207-2 terá uma largura de 10 m, com 2 vias (uma em cada sentido), de 3,50 m e duas bermas de 1,5 m de largura. Por último a Ligação à EN101, terá características urbanas do tipo alameda, com duas vias em cada sentido (2 x 3,50 + 2 x 3,50) complementada com passeios na zona mais urbana, prevendo-se ainda, a sua adequada integração paisagística ao meio urbano em que se insere. As três alternativas de traçado para a Variante à EN207 consideradas no presente estudo, têm uma extensão aproximada de cerca de 3,10 km e apresentam traçado comum nos primeiros 2 Km, aproximadamente, divergindo a partir deste ponto, até á ligação à Variante à EN101 existente. 12

A Alternativa 1 delimita a Norte a Quinta de Maderne, terminando no troço final existente da Variante à EN101 na zona da Várzea, afectando parcialmente as Quintas de Maderne e da Granja. A Alternativa 2, localizada mais a Norte, interfere numa zona bastante reduzida com a Quinta de Maderne, passando mais a Norte na Quinta da Granja, com uma afectação superior à da Alternativa 1 e liga ao trecho em serviço da Variante à EN101, numa Rotunda existente na zona de Ambroges. Por último, a Alternativa 3, localizada a Norte das outras alternativas, tem um traçado paralelo ao Caminho Municipal existente na freguesia de Barreiras, afectando parcialmente ao Quinta da Fronteira. Termina no mesmo ponto da Alternativa 2, isto é, na Rotunda existente na zona de Ambroges. Estão previstos dois Nós de Ligação, um na zona da Longra, comum às três alternativas que, juntamente com as Ligação à EN207 e EN207-2, permitirá o acesso do IP9 às vias locais, o qual se designou por Nó da Longra. De referir que a ligação a Sul, Ligação à EN207-2, está inserida no presente estudo e prevê ligações dos caminhos Sobreira - Ribeirinho e Longra - Monte da Costa. O segundo Nó, denominado Nó de Felgueiras permitirá a interligação da Variante à EN207, com a Ligação à EN101. A geometria a adoptar para este Nó será uma consequência da opção que venha a recair sobre a Ligação à EN101, bem como, da alternativa de traçado que venha a ser escolhida para a Variante à EN207. Assim, caso se venha a optar pela Solução A da Ligação à EN101, o Nó de Felgueiras será necessariamente desnivelado, de acordo com a Alternativa de traçado escolhida para a Variante à EN207 (Rotunda desnivelada para a Alternativa 1 e semitrompete para as Alternativas 2 e 3). 13

No caso da escolha recair sobre a Solução B da Ligação à EN101, para o Nó de Felgueiras, será adoptada uma solução em rotunda de nível, independentemente da Alternativa de traçado da variante à EN207 ser a Alternativa 1, 2 ou 3. No que respeita às interferências das vias em estudo com a rede viária local, apresentam-se nos Quadros 7.1 a 7.3, as principais características dos restabelecimentos previstos para a Variante à EN207 entre o Nó do IP9 (Longra) e Felgueiras, bem como para a Ligação à EN101, de acordo com as diferentes alternativas em estudo. Quadro 7.1 - Resumo dos Restabelecimentos. Alternativa 1 da Variante à EN207 e Ligação à EN101 Rest. Tipo de km da Via a Restabelecer Auto Estrada Viés Nº Obra de arte Auto Estrada Classificação Perfil Tipo P. Transversal Perfil Transversal (grad) 1 P.S. 1 0+013 C.M. IV 0.5-5.5-0.5 2.5-11.0-5.0-11.0-2.5 100 - P.I. 1A 0+299 Nó da Longra Lig. à EN 207-2 1.5-7.0-1.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 - P.A. 1 0+585 C.R. V 0.5-4.0-0.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.1 100 2 P.S. 2 1+149 C.M. IV 0.5-5.5-0.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 3 P.S. 3 1+659 C.M. 1184 III 1.0-6.0-1.0 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 4 P.S. 4 2+202 C.M. IV 0.5-5.5-0.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 5 P.I. 5 2+670 C.M. 1175 IV 0.5-5.5-0.5 2.5-11.0-5.0-11.0-2.5 95 5.1 - - C.M. IV 0.5-5.5-0.5 - - Alternativa 1-A - Ligação à EN 101 - P.S. 5A1 2+970 Nó de Felgueiras Rotunda 1.0-8.0-2.5 2.5-7.5-5.0-7.5-2.5 100 - P.S. 5A2 3+040 Nó de Felgueiras Rotunda 1.0-8.0-2.5 2.5-7.5-5.0-7.5-2.5 100 Alternativa 1-B - Ligação à EN 101 - P.S. 5B 0+187 - Lig. EN 101 Nó de Felgueiras IV 0.5-5.5-0.5 2.5-7.5-5.0-7.5-2.5 100 Quadro 7.2 - Resumo dos Restabelecimentos. Alternativa 2 da Variante à EN207 e Ligação à EN101 Rest. Tipo de km da Via a Restabelecer Auto Estrada Viés Nº Obra de arte Auto Estrada Classificação Perfil Tipo P. Transversal Perfil Transversal (grad) 1 P.S. 1 0+013 C.M. IV 0.5-5.5-0.5 2.5-11.0-5.0-11.0-2.5 100 - P.I. 1A 0+299 Nó da Longra Lig. à EN 207-2 1.5-7.0-1.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 - P.A. 1 0+585 C.R. V 0.5-4.0-0.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.1 100 2 P.S. 2 1+149 C.M. IV 0.5-5.5-0.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 3 P.S. 3 1+659 C.M. 1184 III 1.0-6.0-1.0 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 4 P.S. 4 2+193 C.M. IV 0.5-5.5-0.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 5 P.S. 5 2+615 C.M. 1175 IV 0.5-5.5-0.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 95 Alternativa 2-A - Ligação à EN 101 - P.S. 5A 0+266 - Ramo A Nó de Felgueiras Ramo Unid. 1,0-4,0-2,5 2.5-7.5-5.0-7.5-2.5 100 Alternativa 2-B - Ligação à EN 101 - P.S. 5B 0+187 - Lig. EN 101 Nó de Felgueiras IV 0.5-5.5-0.5 2.5-7.5-5.0-7.5-2.5 100 14

Quadro 7.3 - Resumo dos Restabelecimentos. Alternativa 3 da Variante à EN207 e Ligação à EN101 Rest. Tipo de km da Via a Restabelecer Auto Estrada Viés Nº Obra de arte Auto Estrada Classificação Perfil Tipo P. Transversal Perfil Transversal (grad) 1 P.S. 1 0+013 C.M. IV 0.5-5.5-0.5 2.5-11.0-5.0-11.0-2.5 100 - P.I. 1A 0+299 Nó da Longra Lig. à EN 207-2 1.5-7.0-1.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 - P.A. 1 0+585 C.R. V 0.5-4.0-0.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.1 100 2 P.S. 2 1+149 C.M. IV 0.5-5.5-0.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 3 P.S. 3 1+659 C.M. 1184 III 1.0-6.0-1.0 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 4 P.S. 4 2+281 C.M. IV 0.5-5.5-0.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 5 P.S. 5 2+719 C.M. 1175 IV 0.5-5.5-0.5 3.0-7.5-5.0-7.5-3.0 100 Alternativa 3-A - Ligação à EN 101 - P.S. 5A 0+266 - Ramo A Nó de Felgueiras Ramo Unid. 1,0-4,0-2,5 2.5-7.5-5.0-7.5-2.5 100 Alternativa 3-B - Ligação à EN 101 - P.S. 5B 0+187 - Lig. EN 101 Nó de Felgueiras IV 0.5-5.5-0.5 2.5-7.5-5.0-7.5-2.5 100 8 - COMO É O ESTADO DO AMBIENTE NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO? O traçado desta via desenvolve-se, na generalidade, numa zona de cabeços arredondados, com encostas de declive variável e vales mais ou menos alargados, sendo o espaço marcado pela forte interacção entre processos físicos, biológicos e humanos. O clima regional é do tipo temperado com Verão seco, pouco quente mas extenso, de amplitude moderada, sendo a temperatura média anual de 13ºC e a amplitude da variação anual da temperatura de 11,9ºC. A região está sob a influência dum clima do tipo chuvoso, com um longo período húmido e curto período seco, no Verão. Os ventos mais frequentes sopram de Sudoeste seguindo-se-lhes os ventos do quadrante Sudeste. Na região ocorrem nevoeiros em todos os meses, totalizando, em média, cerca de 45 dias de nevoeiro por ano. Em termos geológicos, a região em análise é essencialmente granítica, ocorrendo também terrenos de cobertura recentes: depósitos de aterro, aluviões, coluviões e solos residuais, nomeadamente, nas várzeas do rio Sousa e da ribeira da Longra. Os solos na zona em estudo têm uma aptidão moderada para a agricultura, sendo ocupados por áreas agrícolas e minifúndios, intercalados com habitações e por povoamentos florestais nas zonas mais altas, nomeadamente após o Nó da Longra. É de 15

notar que estes solos são profundamente alterados pela actividade humana, a que correspondem, na região, a generalidade dos Solos de Terraços ou de Socalcos. Os níveis de qualidade das águas superficiais da zona em estudo, nomeadamente dos principais cursos de água como o rio Sousa, são condicionados pela descarga de águas residuais domésticas e industriais sem tratamento ou com tratamento incipiente. Tal facto é comprovado pelas análises disponíveis, as quais indicam alguma contaminação das águas superficiais; através da análise conjunta destes resultados e da ocupação do solo na área da bacia do rio Sousa e dos usos de água na região, julga-se que os esgotos domésticos, bem como as unidades pecuárias, poderão ser as principais fontes contaminantes desta natureza. Quanto aos aspectos ecológicos, é de referir que não existem áreas ecológicas classificadas. A área mais próxima, é o Sítio da Rede Natura 2000 do Alvão/Marão, onde se inclui o Parque Natural do Alvão, que se situa cerca de 15 km para Leste da área em estudo. O espaço em análise apresenta-se muito povoado (marcado pela ocupação dispersa de habitações e de numerosos núcleos populacionais), com uma rede viária bastante ramificada e um sector industrial importante (predominando o ramo têxtil, calçado e mobiliário). Assim, as principais fontes poluentes atmosféricas e de emissão de ruído, encontramse associadas à rede viária local, designadamente às EENN 207, 207-2, 101 e EM 564, entre outras. Os poluentes gerados pelos veículos automóveis, são responsáveis pela degradação da qualidade do ar e pelo aumento dos níveis de ruído, nas zonas próximas das estradas, aspectos mais sentidos nas zonas de maior ocupação, nomeadamente entre Longra e Pedreira, ao longo das EENN 207 e 207-2 e na cidade de Felgueiras. Na área em estudo predominam as zonas urbanas que se desenvolvem ao longo das principais estradas, a agricultura, nas zonas baixas e as bouças, ocupadas por floresta 16

mista de eucalipto e pinheiro, nas zonas de relevo mais acentuado. Este tipo de ocupação do solo caracteriza a paisagem, a qual apresenta uma qualidade visual elevada. As alterações sócio-económicas a que se assiste na região, com o crescimento das actividades industriais, têm, no entanto, provocado alterações ao nível da ocupação do solo, arquitectura tradicional e dos modos de vida das populações, conduzindo à degradação visual da paisagem nas áreas onde se regista uma maior pressão urbanística, tais como, Longra e Felgueiras, na zona em estudo. O concelho de Felgueiras tem registado um acréscimo contínuo de população, apresentando uma elevada densidade populacional. O facto de se localizar junto ao Vale do Ave, faz com que beneficie da dinâmica económica e demográfica desta região, o que o torna atractivo para a instalação de novos residentes. No que se refere às actividades económicas, verifica-se uma clara predominância do sector industrial. Neste sector domina a indústria têxtil e do vestuário e calçado. As actividades ligadas a este sector constituem a base de sustentação económica do concelho de Felgueiras e encontram-se por todo o espaço concelhio, com destaque para a envolvente à EN207. A actividade agrícola é desenvolvida, principalmente, como forma complementar de rendimento e de actividade, encontrando-se as explorações agrícolas de pequena e muito pequena dimensão, espalhadas um pouco por toda a zona em estudo, mas com particular destaque, nas zonas de várzea do rio Sousa e da ribeira da Longra. O sector do comércio e serviços apresenta um peso ainda reduzido, mas crescente, sendo particularmente importante o comércio e a restauração, localizados em Felgueiras e ao longo da EN207. A região em estudo é particularmente rica do ponto de vista do património, tanto na vertente arqueológica, como na vertente arquitectónica, identificando-se testemunhos numerosos e importantes desde a Pré-história a tempos recentes. 17

9 - PRINCIPAIS IMPACTES POSITIVOS E NEGATIVOS As obras de construção da Variante à EN207, bem como das Ligações à EN207-2 e à EN101, causarão importantes alterações na zona, dado que a implantação de uma via com características de auto-estrada, num terreno algo acidentado, implica a execução de importantes aterros e escavações. Da análise efectuada no âmbito do Estudo de Impacte Ambiental, identificaram-se os principais impactes ambientais negativos, a seguir referidos, associados indistintamente a ambas as alternativas: Geologia, Geomorfologia e Paisagem - modificações no terreno, associadas à movimentação de terras, pela execução de escavações e aterros e consequente degradação da paisagem, em particular no início do traçado da Variante à EN207 após o Nó da Longra. Sócio-economia - afectação directa de habitações (1 no caso da Alternativa 2, 2 no caso da Alternativa 3, 2 na Ligação à EN207-2 e 1 na Ligação à EN101), do Centro Hípico da Quinta da Granja (Alternativa 1), e das Quintas da Granja (Alternativa 2), de Maderne (Alternativas 1 e 2) e de Fronteira (Alternativa 3), bem como expropriação de terras; afectação indirecta, essencialmente em função da degradação das condições de habitabilidade, dos espaços urbanos próximos das áreas afectadas pelas obras. Áreas de uso condicionado - Ocupação de solos, com destaque para solos classificados ao abrigo dos regimes da Reserva Agrícola Nacional (RAN) e Reserva Ecológica Nacional (REN). Ruído - Níveis de ruído potencialmente elevados em torno das novas vias, com perturbação das condições de habitabilidade, com destaque para a fase de construção, mas também na de exploração, em função do tráfego que irá circular nas novas vias. Em conclusão, verifica-se que os principais impactes negativos destas vias ocorrem na fase de construção e estão, principalmente, associados a modificações do terreno e consequente degradação da paisagem, à afectação de propriedades e do uso da terra, ao 18

aumento dos níveis de ruído e à diminuição das condições de habitabilidade na proximidade da obra. Alguns destes impactes manter-se-ão durante a fase de exploração, dada a natureza permanente, outros serão temporários e minimizados com as medidas adequadas. Por seu lado, os principais impactes ambientais positivos estão principalmente associados à fase de exploração, independentemente da alternativa a adoptar, salientando-se: Melhoria da acessibilidade local e regional pela estruturação da rede rodoviária. Melhoria da acessibilidade intra e inter regional e promoção da coesão interurbana, particularmente entre o vale do Sousa e a Área Metropolitana do Porto e do Vale do Ave, dada a articulação da Variante à EN207 com o IP9 e o IC25. Melhoria dos índices de segurança e de circulação, nomeadamente na EN207, na EN207-2 e restantes estradas locais. Valorização do potencial económico da região e desenvolvimento de actividades diversas, nomeadamente de indústrias dos sectores têxtil e calçado e, também, do turismo. Fomento e incremento dos objectivos expressos em políticas sectoriais integradas e atracção de investimento. Efectivamente, os principais impactes positivos estarão associados à fase de exploração e relacionam-se com a melhoria generalizada das acessibilidades no concelho de Felgueiras, com separação do tráfego de passagem, do tráfego local, contribuindo para a melhoria das condições de habitabilidade nos aglomerados urbanos actualmente atravessados pela EN207, em particular, pela redução dos níveis de ruído e de poluição atmosférica. A Variante à EN207 terá impactes positivos muito significativos, na rede viária de Felgueiras e da região do Vale do Sousa, sendo possível circular entre Felgueiras, Lousada, Guimarães e o Grande Porto, em boas condições de fluidez e segurança, o que facilitará a circulação pessoas e bens. Assim, esta via terá reflexos positivos na qualidade de vida da população local, principalmente em Felgueiras, Longra e Várzea, e no sector 19

industrial, que constitui o motor do desenvolvimento local, não se verificando diferenças significativas entre as alternativas em estudo, quanto a estes aspectos. O Nó da Longra, e a Ligação à EN207-2, funcionarão como uma alternativa à EN207 e à EN207-2, desviando parte expressiva do tráfego do centro da Longra e Pedreira. A Ligação à EN101 permitirá, em articulação com a Variante à EN207, desviar o tráfego automóvel do centro da cidade de Felgueiras. Por outro lado, a construção da Variante à EN207 irá favorecer as ligações subregionais, aumentando a acessibilidade interna numa zona de forte implantação industrial, como é o Vale do Sousa e contribuindo para uma maior centralidade da região, favorecendo a actividade económica local e promovendo o crescimento funcional. Em síntese, a avaliação ambiental efectuada determinou a viabilidade ambiental do empreendimento, desde que sejam adoptadas as medidas de minimização dos impactes negativos identificados, preconizadas no Estudo de Impacte Ambiental. 10 - QUAIS OS IMPACTES AMBIENTAIS DAS DIVERSAS ALTERNATIVAS? Como já foi referido, a construção das vias em estudo, terá impactes negativos significativos durante a sua construção, nomeadamente sobre propriedades, algumas habitações, zonas agrícolas e a paisagem em geral, ainda que, tendo em consideração que este território é muito ocupado, estes não se possam considerar como muito graves para o meio ambiente e população residente. Comparando as alternativas em estudo para a Variante à EN207, pode-se afirmar que, na generalidade, os impactes negativos são relativamente semelhantes, identificandose seguidamente, para os principais descritores ambientais considerados, as principais diferenças entre elas. Geologia e Geomorfologia - As três alternativas de traçado, desenvolvem-se em formações geológicas e extensão idênticas pelo que, do ponto de vista geológico, não se encontram diferenças substanciais entre as mesmas. Por outro lado, as três alternativas seguem o mesmo traçado até, aproximadamente, o km 2+000, sendo neste troço comum que se encontra o 20

maior aterro e também a maior escavação em qualquer delas. Após a divergência dos traçados, as alternativas apresentam algumas diferenças, sendo que a Alternativa 1 se desenvolve, maioritariamente, em aterro, com altura máxima de cerca de 15,0 m, apresentando um défice de terras de quase 278 000 m 3, a Alternativa 2 desenvolve-se, maioritariamente, em escavação, com altura máxima de 20,0 m ao eixo, apresentando um excesso de terras de cerca de 267 000 m 3 e, por último, a Alternativa 3, tal como a Alternativa 2, desenvolve-se, maioritariamente, em escavação, com um máximo de cerca de 12,5 m ao eixo, apresentando um excesso de terras de cerca de 118 000 m 3. Globalmente, pode dizer-se que a Alternativa 1, em termos de terraplenagens, é a mais desfavorável. Relativamente às restantes alternativas, considera-se vantajosa a Alternativa 3, uma vez que as escavações atingem menores alturas, sendo ainda a solução que apresenta um balanço de terras mais equilibrado. Quanto aos terrenos afectados, a Alternativa 2 é a mais desfavorável, pelo que, em síntese, do ponto de vista dos aspectos geológicos e geomorfológicos, a Alternativa 3 da Variante à EN207 é a que se afigura mais favorável, sendo a Alternativa 2 considerada a mais desfavorável. Recursos Hídricos - Os impactes sobre a qualidade da água, associados a este empreendimento não são significativos, pelo que não são determinantes na selecção de alternativas. Contudo, tendo em consideração que a Alternativa 1 intersecta as linhas de água mais a jusante, o que leva a que as áreas de contribuição das bacias e, consequentemente, os caudais de diluição, sejam maiores, os impactes esperados serão de menor magnitude, o que leva a que esta alternativa se afigure ligeiramente mais favorável. Contrariamente, a Alternativa 3, intersectando zonas de cabeceira das sub-bacias interceptadas, leva a que os caudais de diluição sejam muito reduzidos nalguns casos, e consequentemente, induzirá impactes de maior magnitude e significância nas linhas de água em estudo. Ruído - Quanto a este aspecto, de acordo com a análise realizada, a Alternativa 2 é, ligeiramente, mais favorável do que as restantes, o que no essencial se afigura adequado, pois é representativo o facto de, ao longo da zona final do traçado, a Alternativa 2 afectar um ligeiro menor número de receptores. 21

Paisagem - Para a Variante à EN207: Lanço Nó do IP9 (Longra) / Felgueiras, a opção ambientalmente mais favorável recai sobre a Alternativa 1, visto interceptar em menor percentagem zonas agrícolas, de maior sensibilidade, tendo, ainda, uma menor percentagem de impactes de magnitude elevada ou muito elevada. Uso Actual do Solo - A zona onde se inserem os traçados das alternativas, caracterizam-se pela alternância de áreas agricultadas e áreas florestais, enquanto que as zonas urbanas se distribuem, de forma dispersa, ao longo das vias de comunicação, à excepção das zonas da Longra e de Felgueiras. Mais uma vez, face à reduzida extensão desta via, considera-se que as diferenças entre as alternativas em estudo são reduzidas. No entanto, a Alternativa 1, afectando menores áreas com ocupação agrícola, afigura-se mais favorável, contrariamente à Alternativa 3, que se afigura sob o ponto de vista da ocupação do solo, como a mais desfavorável. Aspectos Sócio-económicos - No que concerne aos impactes negativos, sobre habitações e infra-estruturas decorrentes da construção e exploração desta variante, as diferenças entre as alternativas não são significativas, uma vez que o número de edifícios a demolir é reduzido e semelhante, embora a Alternativa 1, sem afectações desta natureza, se afigure mais favorável. Como impactes negativos mais significativos, refira-se a afectação do Centro Hípico da Quinta da Granja e da Quinta de Maderne, pela Alternativa 1, da Quinta da Granja pela Alternativa 2 e das Quintas da Granja e de Fronteira, pela Alternativa 3. Julga-se, contudo que, sob este aspecto, que a afectação da Quinta da Granja pela Alternativa 2, isolando a casa de habitação do centro Hípico, é mais significativa e dificilmente minimizável, pelo que a Alternativa 2 se afigura mais desfavorável. Áreas Condicionadas - Entre as três alternativas em estudo, para a Variante à EN207, a Alternativa 1 será mais favorável, ao afectar em menor extensão solos classificados como Reserva Agrícola Nacional, já que as áreas afectadas de Reserva Ecológica Nacional são idênticas e não permitem distinguir as alternativas em estudo. Também quanto a este aspecto, considera-se que a Alternativa 3, afectando em maior extensão solos legalmente condicionados ao abrigo da RAN, será a mais desfavorável. 22

Património - No que diz respeito ao património arqueológico, a afectação do Povoado da Cimalha é idêntica para todas as alternativas, visto que este troço é comum e centra-se na base do monte onde o mesmo se localiza. Em relação ao património edificado, a Alternativa 3 apresenta-se como a mais desfavorável, ainda que afecte indirectamente apenas 2 elementos; contudo estes são os que se apresentam mais próximos da via a construir, daí que a sua afectação em termos da estrutura do imóvel e o impacte que possa ter a nível visual na sua envolvência directa, possam ter maior relevância. No que concerne às restantes alternativas, a Alternativa 2 implicará impactes negativos indirectos em dois elementos e a Alternativa 1 em apenas um, o que de certa forma permite definir a Alternativa 1 como a mais favorável. Como principal conclusão a retirar da análise efectuada, refira-se que, apesar dos impactes negativos identificados no decurso do presente estudo, não existem condicionantes ambientais que inviabilizem o empreendimento. Tendo em consideração a elevada densidade de ocupação humana da região e o tipo de povoamento, bem como a proximidade da cidade de Felgueiras, pode considerar-se que os impactes ambientais, quer negativos e positivos, associados às alternativas do Lanço Nó do IP9 (Longra) / Felgueiras da Variante à EN207, são globalmente semelhantes. Na realidade, as diferenças são pouco significativas, desde que se adoptem as medidas preconizadas com o objectivo de minimizar os potenciais impactes, associados à incomodidade causada pela via, nomeadamente a perturbação das actividades usuais, e o aumento dos níveis sonoros previstos. Contudo, apesar de não se registarem diferenças significativas quanto à significância e magnitude dos impactes identificados para cada uma das alternativas em estudo, os diferentes descritores ambientais são afectados de forma distinta, situação que se resume no Quadro 10.1. 23

Quadro 10.1 - Análise Comparativa das Alternativas Variante à EN207 Alternativa 1 Alternativa 2 Alternativa 3 Geologia e Geotecnia - + ++ Recursos Hídricos ++ + - Ruído + ++ - Paisagem ++ + - Ocupação de Solos ++ + - Sócio-Economia ++ - + Ordenamento do Território e Áreas de Uso Condicionado ++ + - Património Cultural Construído ++ + - Conclui-se assim que, do ponto de vista estritamente ambiental, e recorrendo aos aspectos ambientais que permitem distinguir as alternativas em estudo, a Alternativa 3 se afigura claramente desfavorável, comparativamente às restantes. Por seu lado, a Alternativa 1, é a alternativa que se afigura mais favorável, para a maioria dos descritores ambientais. Assim sendo, do ponto de vista ambiental, afigura-se mais favorável a opção pela Alternativa 1 de traçado para a Variante à EN207. Importa ainda referir que do ponto de vista rodoviário, a Alternativa 1 é aquela que se afigura mais adequada, pelo facto de ser a única que aproveita integralmente o troço da Variante à EN101 já em serviço. Por seu lado, no que se refere à Ligação à EN101, que se desenvolve num meio de características mais urbanas (à excepção do troço final, após a travessia do rio Sousa), pode concluir-se que a Solução B, que preconiza um troço de cerca de 300 m em galeria para esta ligação, se afigura sob alguns aspectos (geomorfologia, paisagem, ruído, entre outros), ligeiramente favorável, sendo sob o ponto de vista dos aspectos sócio-económicos, que esta solução se afigura claramente favorável, ao minimizar a perturbação sentida na zona do Parque de S. Jorge e do Parque da Igreja da Várzea, nomeadamente no que se refere à dinâmica social da zona. 24

11 - MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO E MONITORIZAÇÃO Cabe salientar que os principais impactes ambientais negativos associados ao empreendimento poderão ser prevenidos, ou atenuados, através da adopção das medidas de minimização preconizadas no EIA, sendo que as mais importantes são seguidamente apresentadas: ajustamento do traçado no Projecto de Execução, dentro do corredor de 400 m, estabelecido para minimizar os impactes pontuais identificados; definição cuidada da geometria dos taludes de escavação e aterro, de acordo com o Estudo Geológico-Geotécnico, por forma a minimizar os volumes de terras a movimentar, assim como, proceder à correcta drenagem dos aquíferos intersectados pelas escavações e ao saneamento das fundações dos aterros; cuidadosa definição dos locais de implantação dos estaleiros e áreas de empréstimo, mediante a definição de condicionantes à sua utilização, no Projecto de Execução; proceder, em acordo com os proprietários, a expropriações adicionais na zona do Centro Hípico da Quinta da Granja, por forma a permitir a reconstrução da actual pista, caso se opte pela Alternativa 1 de traçado; adequadas indemnizações, realojamentos e processos de expropriação dos terrenos afectos à obra; implementação adequada do Projecto de Integração Paisagística a desenvolver no Projecto de Execução, integrando as diversas medidas propostas; acompanhamento arqueológico das obras; instalação das barreiras acústicas propostas, a detalhar no Projecto de Execução; cuidados muito específicos no que respeita à execução da obra e minimização da perturbação induzida na população local, sobretudo no que respeita à cuidadosa gestão dos condicionamentos e/ou uso de rede viária local, tendo em consideração a proximidade das vias em relação à cidade de Felgueiras; manutenção adequada do empreendimento na sua exploração, nomeadamente do revestimento vegetal, limpeza dos sistemas de drenagem, controlo da erosão e estabilização dos taludes. 25

O Estudo de Impacte Ambiental, propõe ainda a realização de sondagens arqueológicas, prévias à obra, o acompanhamento ambiental da obra e a monitorização do ruído no decurso das fases de construção e exploração. 12 - CONSIDERAÇÕES FINAIS A avaliação ambiental efectuada considerou que o projecto da Variante à EN207 - Lanço Nó do IP9 (Longra) / Felgueiras é ambientalmente viável, perspectivando-se que a Alternativa 1 será, ambientalmente, mais benéfica para a região e concelho onde se insere. Por seu lado, no que se refere à Ligação à EN101, que se desenvolve num meio de características mais urbanas (à excepção do troço final, após a travessia do rio Sousa), pode concluir-se que Solução B, que prevê um troço de, aproximadamente, 300 m em galeria para esta ligação, se afigura sob alguns aspectos ligeiramente favorável, sendo sob o ponto de vista dos aspectos sócio-económicos, que esta solução se afigura claramente favorável, ao minimizar a perturbação sentida na zona do Parque de S. Jorge e do Parque da Igreja da Várzea, nomeadamente no que respeita à dinâmica social da zona. 26