O QUE É UMA EXPOSIÇÃO?

Documentos relacionados
MONTAGEM DE EXPOSIÇÃO: DA CURADORIA À EXPOGRAFIA. Renato Baldin

Curso de Capacitação para Museus Módulo IV Ação Educativa 1/26

Secretaria de Estado da Cultura

BRASIL ARTE CONTEMPORÂNEA. Programa Setorial Integrado de Promoção às Exportações da Arte Contemporânea Brasileira.

O Ecomuseu Municipal do Seixal como sistema de recursos patrimoniais e museais descentralizados no território

Estudos da Natureza na Educação Infantil

PADRÃO DE RESPOSTA REDAÇÃO CONCURSO PÚBLICO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PREFEITURA DE DUQUE DE CAXIAS/RJ PROFESSOR DE INFORMÁTICA EDUCATIVA

O Museu do Papel Moeda e o Público Sénior. Programa de Literacia Financeira

MONTAGEM DE EXPOSIÇÃO: DA CURADORIA À EXPOGRAFIA. Renato Baldin

GESTÃO E PRODUÇÃO CULTURAL por Bruna Fetter

Política Nacional de Museus Bases para a Política Nacional de Museus

Cultura Material em Exposição: Museu do Couro e do Zé Didor, Campo Maior, Piauí

MBA IBMEC 30 anos. No Ibmec, proporcionamos a nossos alunos uma experiência singular de aprendizado. Aqui você encontra:

Regulamento dos Prémios APOM

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RADIAL DE SÃO PAULO SÍNTESE DO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO 1

Memorial do Imigrante

O QUE É MUSEU? Definições e Tipologias

Museu Nacional da Arte Antiga

PLANO SETORIAL DE DANÇA. DOCUMENTO BASE: Secretaria de Políticas Culturais - SPC Fundação Nacional de Artes FUNARTE Câmaras Setoriais de Dança

A Oficina O lixo conta nossa História e suas raízes. O lixo conta nossa História

Política de Comunicação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - PCS

REGIMENTO INTERNO DO MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA PROFESSOR OSWALDO RODRIGUES CABRAL/ UFSC (PROPOSTA APROVADA NO CONSELHO DO CFH)

Município de Leiria Câmara Municipal

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

Bacharelado em Humanidades

Pretendemos aqui analisar as melhores peças publicitárias concebidas e produzidas para o meio rádio.

Conhecendo a Fundação Vale

O Indivíduo em Sociedade

DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA: e os museus com isso? Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (MA/UFG)

Plano de Trabalho Docente Ensino Médio

Curso de Especialização Educação Infantil 2ª Edição EMENTA DAS DISCIPLINAS

Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand

TEMPO AO TEMPO, NO MUSEU HERING "TIME TO TIME" IN HERING'S MUSEUM. Em Blumenau, a história e as tradições são preservadas de muitas formas e

Programa de Diálogo Intercultural para as Relações Étnico-Raciais da UNESCO no Brasil

Educação para a Cidadania linhas orientadoras

SEMINÁRIOS DE ESTUDOS AVANÇADOS EM MUSEOLOGIA. Lisboa ULHT Abril de 2011

GOVERNO DO RIO DE JANEIRO Secretaria de Estado de Cultura Plano Estadual de Cultura

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

P R O J E T O : A R T E N A E S C O L A M Ú S I C A NA E S C O L A

PREFEITURA DE ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SÃO ROQUE - SP DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO PROJETO DE CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES EDUCAÇÃO PARA A PAZ

Acessibilidade na Biblioteca Anísio Teixeira (BAT): as ações do Setor de Atendimento a Criança e ao Adolescente Surdo (SACAS).

Curso de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos

PROGRAMA DE VOLUNTARIADO PARA OS MONUMENTOS, MUSEUS E PALÁCIOS

CONTEÚDOS DE SOCIOLOGIA POR BIMESTRE PARA O ENSINO MÉDIO COM BASE NOS PARÂMETROS CURRICULARES DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Oi FUTURO ABRE INSCRIÇÕES PARA EDITAL DO PROGRAMA Oi NOVOS BRASIS 2012

COMUNICAÇÃO EDUCAÇÃO - EXPOSIÇÃO: novos saberes, novos sentidos. Título de artigo de SCHEINER, Tereza.

WEB-RÁDIO MÓDULO 2: RÁDIO

CURSOS DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

Introdução a EaD: Um guia de estudos

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - INSTITUTO DE ARTES ESCOLA DE ARTES VISUAIS DO PARQUE LAGE

MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL E BENS CULTURAIS. 1.1 Matriz Curricular Disciplinas obrigatórias

Trabalho interdisciplinar e atividade extensionista na UEPG: o projeto Portal Comunitário

BEM-VINDO AO ESPAÇO DO PROFESSOR

CENTRO DE ESTUDO DE PÓS-GRADUAÇÃO PROPOSTA DE CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Curso de Capacitação para Museus Módulo IV Ação Educativa 1/17

Midiatização: submissão de outras instituições à lógica da mídia.

SEC Que Cultura é essa? Balanço de Gestão 2007/2010

PROJETO BRINQUEDOTECA: BRINCANDO E APRENDENDO

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Roteiro de Aplicação da Economia Criativa e Inovação como critérios na FETEPS

ARTEBR EXPOSIÇÃO DE FERNANDO VILELA CIDADES GRÁFICAS

MESA-REDONDA DE SANTIAGO DO CHILE ICOM, I. Princípios de Base do Museu Integral

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Consulte sempre o site e acompanhe o desenvolvimento dos trabalhos.

ANEXO 1 - QUESTIONÁRIO

Marilia Leite Conceição

CIRCULAR Nº 2 / 2013 PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE BENS ARQUEOLÓGICOS MÓVEIS EM TERRITÓRIO NACIONAL

VII Congresso Latino-Americano de Estudos do Trabalho. O Trabalho no Século XXI. Mudanças, Impactos e Perspectivas.

A construção da. Base Nacional Comum. para garantir. Direitos e Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento

CURSOS DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

Museu Nacional de Arqueologia

PLANO ESTADUAL DE CULTURA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PLANO SETORIAL DO LIVRO E LEITURA

Ministério da Educação Secretaria de Educação Básica Diretoria de Apoio a Gestão Educacional

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS JAGUARÃO CURSO DE PEDAGOGIA

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS SOPHIA DE MELLO BREYNER - Código PLANO PLURIANUAL DE ATIVIDADES DO PRÉ-ESCOLAR E 1.º, 2.º E 3.

UTILIZAÇÃO DO AMBIENTE COLABORATIVO TIDIA-AE PELO GRUPO DE GERENCIAMENTO DO VOCABULÁRIO CONTROLADO DO SIBiUSP - BIÊNIO

Leitura e Literatura

No final desse período, o discurso por uma sociedade moderna leva a elite a simpatizar com os movimentos da escola nova.

Fragmentos do Texto Indicadores para o Desenvolvimento da Qualidade da Docência na Educação Superior.

Memória BNDES: registrando o presente para construir o futuro

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. ( ) ENED Plano de Acção

Documento Final do Seminário

PLANO DE COMUNICAÇÃO PARA MUSEUS DE PEQUENO PORTE METODOLOGIA PRIORITÁRIA

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do

(Publicada no D.O.U em 30/07/2009)

Ensino Técnico Integrado ao Médio FORMAÇÃO GERAL. Ensino Médio. Etec. Etec: Professor Massuyuki Kawano

MARKETING II. Comunicação Integrada de Marketing

CURSO DE EXTENSÃO GESTÃO DE PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO CONTEMPORÂNEA

TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS:

Mesa Redonda Novas agendas de atuação e os perfis profissionais em bibliotecas universitárias

O DIREITO ÀS MEMÓRIAS NEGRAS E A OUTRAS HISTÓRIAS : AS COLEÇÕES DO JORNAL O EXEMPLO. Maria Angélica Zubaran

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2003

HISTÓRIAS EM REDE. Programa de valorização da relação do indivíduo com a empresa, sua identidade, seus vínculos e o sentimento de pertencimento.

PROJETO DAS FACULDADES MAGSUL 2014

Ministério da Educação Secretaria de Educação Especial

Política Nacional de Participação Social

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Paula Almozara «Paisagem-ficção»

EDUCAÇÃO FISCAL PARA A CIDADANIA HISTÓRICO DO GRUPO DE EDUCAÇÃO FISCAL DO MUNICÍPIO DE LAGES

Ambientes Não Formais de Aprendizagem

Transcrição:

O QUE É UMA EXPOSIÇÃO?

O que torna as exposições diferentes entre si?

O que torna as exposições diferentes entre si? Local da exposição? Num parque Sob céu aberto... Num Museu... No corredor de um Shopping...

O que torna as exposições diferentes entre si? Tipologia dos objetos? Numismática Cédulas e moedas Vestuários Automóveis

O que torna as exposições diferentes entre si? Modo de expor? Envolvente, surpreendente... Painéis, Contemplativa... Lúdica, Interativa...

O que torna as exposições diferentes entre si? Intenção - Objetivo ao expor os objetos Apresentar um conceito Preservar a memória Vender um conceito Vender um produto

O que torna as exposições diferentes entre si? Intenção - Objetivo ao expor os objetos Tipologia dos objetos Modo de expor Local da exposição

O que caracteriza uma exposição museológica?

MUSEOLOGIA

MUSEU CENÁRIO HOMEM OBJETO

QUEM É ESSE HOMEM? visitante mas também o profissional do museu

QUE OBJETOS SÃO ESSES? Artefatos humanos; Objetos patrimonializados; Objetos semióforos.

QUE OBJETOS SÃO ESSES? Artefatos humanos; Objetos patrimonializados; Objetos semióforos Obra de Damien Hirst na exposição de 60 anos da Bienal

QUE OBJETOS SÃO ESSES? Patrimônio material Patrimônio imaterial

QUE LUGARES SÃO ESSES? MUSEU É uma instituição permanente, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberto ao público, e que adquire, conserva, estuda, comunica e expõe testemunhos materiais do homem e do seu meio ambiente, tendo em vista o estudo, a educação e a fruição.

Breve história dos museus... A partir de sua relação com o público

Hábito humano de colecionar Antigüidade Séc XVIII Séc XIX Séc XX Séc XVI Séc XVII Séc XXI

Exposições - Breve histórico das relações com o público Gabinete de Curiosidades

Exposições - Breve histórico das relações com o público

Exposições - Breve histórico das relações com o público Galerias palacianas coleções principescas

Exposições - Breve histórico das relações com o público Museus abertos Museu Ashmoleano - 1683 Museu Britânico - 1759 Museu do Louvre - 1793 Museu do Prado- 1819

Exposições - Breve histórico das relações com o público Museus abertos - Brasil Museu Nacional 1818 Museu Goeldi 1871 Museu de Belas Artes 1826

Exposições - Breve histórico das relações com o público Grandes Exposições exposições universais Palácio de Cristal - 1851

Institucionalização do museu Autoconsciência Auto-crítica e reflexão Atitudes próprias frente a sociedade

Museus como agentes sócio-culturais Diversificação de categorias de museus Especificidades dos acervos e coleções Reflexão, aprimoramento e especialização das atividades, serviços e função social

DIVERSIFICAÇÃO DE CATEGORIAS E ACERVOS

DIVERSIFICAÇÃO DE CATEGORIAS E ACERVOS

Museu se compreende como agente político Política cultural Programa de comunicação Política de comunicação Programação

"De instituições elitistas, colonizadoras, sectárias e excludentes, os museus têm procurado os caminhos da diversidade cultural, da repatriação das referências culturais, da gestão partilhada e do respeito à diferença de forma objetiva e construtiva. De instituições paternalistas e autoritárias, os museus têm percorrido os árduos caminhos do diálogo cultural e da convivência com o outro. De instituições isoladas e esquecidas, os museus têm valorizado a atuação em redes e sistemas, procurando mostrar a sua importância para o desenvolvimento socioeconômico. De instituições devotadas exclusivamente à preservação e comunicação de objetos e coleções, os museus têm assumido a responsabilidade por ideais e problemas sociais" Cristina Bruno. Museus e Patrimônio Universal V Encontro do ICOM BRASIL Recife 2007

PARTE 2

Programa de comunicação: Processos que garantam a transmissão dos conceitos gerados a partir do patrimônio material e intelectual produzido ou adquirido pelo museu, amparados pelos valores determinados nas políticas culturais e de comunicação.

Programa de comunicação: Comunicação Institucional Imprensa Imprensa Folder Cartaz

Programa de comunicação: Comunicação Institucional Imprensa Site Redes sociais Sites Redes Sociais

Programa de comunicação: Comunicação Institucional Imprensa As exposições constituem um instrumento-chave para permitir o acesso público aos acervos de museus. Podem ser inovadoras, inspiradoras e conduzir o visitante à reflexão, proporcionando ótimos momentos de prazer e aprendizagem Museums & Galleries Comission Site Redes sociais Exposição: Longa duração Temporária Itinerante Virtual

Programa de comunicação: Comunicação Institucional Imprensa Site Redes sociais Exposição: Longa duração Temporária Itinerante Virtual Ação Educativa

Programa de comunicação: Comunicação Institucional Imprensa Site Redes sociais Exposição: Longa duração Temporária Itinerante Virtual Ação Educativa Programação Cultural

Como conceber a exposição Exposição é, necessariamente, um texto sensorial que pressupõe objetos articulados de forma lógica a conformar um discurso. INTERDISCIPLINARIDADE Estratégias para trabalhar com interdisciplinaridade: Autocrático Em equipe Participativo (ampliado)

Comunicação Expositiva Modelo condutivista ruídos emissor Mensagem receptor Feedback

Modelo interacionista ruídos emissor Mensagem receptor Exposição

Modelo mediações do cotidiano emissor Mensagem receptor enunciatário/enunciador Exposição enunciatário/enunciador

O Expógrafo O acesso aos meios e canais de comunicação para emissão e recepção das mensagens só ocorrem pelo estímulo de um ou vários sentidos humanos. OBJETOS ESPAÇO VISITANTE IDÉIAS EXPOSIÇÃO LINGUAGEM DE APOIO TEMPO MUSEU PATRIMÔNIO

Por hoje é só... Vamos a apresentação dos trabalhos...