Centro Universitário da FEI. Projeto de Iniciação Científica



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Transcrição:

Centro Universitário da FEI Projeto de Iniciação Científica Um Estudo Exploratório Sobre as Qualificações e Satisfação De Engenheiros No Exercício da Profissão Orientador: Prof. Dr. Marcos Antonio Santos de Jesus Departamento: Matemática Bolsista: Pedro Henrique de Rezende Gabrioli Faria Nº FEI: 11.108.095-8 Início: Novembro de 2009 Conclusão: Outubro de 2010

1 RESUMO O presente projeto de pesquisa foi elaborado com o objetivo geral de analisar as relações entre a satisfação de engenheiro no exercício de sua profissão e as qualificações alem da graduação apresentadas por ele. Nessa pesquisa foi utilizada como amostra, selecionada por conveniência, 200 engenheiros graduados em qualquer área da engenharia e que estavam atuando como engenheiro no mercado de trabalho com no máximo 20 anos de trabalho. Como instrumento de pesquisa foi utilizado um questionário com questões fechadas. Após a coleta de dados foi elaborada uma base no software estatístico SPSS (Statistic Packed Social Science) para que pudessem ser analisados os dados e apresentados os resultados. Após a análise dos dados do presente estudo (N=200), constatou-se que as engenharias clássicas tais como: mecânica, elétrica, química e civil equivalem a 72,5% das engenharias pesquisadas. Outro resultado que chamou a atenção no presente estudo foi o grande número (98,5%) de entrevistados estarem satisfeitos com a profissão que escolheram, porém a satisfação com os rendimentos salariais foi inversamente proporcional a satisfação com a profissão (73,5%). Palavras chave: Engenheiro, qualificações, satisfação profissional.

2 1. INTRODUÇÃO O começo da terceira revolução industrial no Brasil deu-se, a partir dos anos 90 e foi caracterizada principalmente pelo grande salto da microeletrônica, da indústria da informática, avanços na química fina e também na biotecnoloigia, (Bruno e Laudares, 2000). Na mesma época também foi observado à ocorrência do fenômeno globalização, ou seja, um processo de integração mundial, influenciado principalmente pela presença de capitais estrangeiros em todos os países que procuravam se integrar a esse novo modelo de relação mundial. Nesse novo contexto, nas empresas, é inserido o trabalho de todos profissionais, inclusive o do engenheiro, que nesse momento deixou de ser apenas um profissional de mão de obra técnica especializada, para também compor dentro das empresas, as dimensões técnicas, econômicas, e sócio - administrativas. As pesquisas de Bruno e Laudares (2000) e Crivellari (2000) mostram que o trabalho do engenheiro nas empresas foi modificado em função das alterações no setor produtivo. As atribuições de um engenheiro foram ampliadas, ou seja, deixaram de ser somente técnica, para ser também econômicas e administrativas. O Engenheiro atual, ou seja, aquele recém formado entra nas empresas principalmente por meio de programas de estágio ou em períodos de trainee que seleciona os melhores ou mais adequados para os diversos setores de uma mesma empresa. Para fazer carreira nas empresas o profissional, em geral, precisa de uma sólida formação básica, técnica e de cursos complementares, como por exemplo, conhecimento de uma língua estrangeira, cursos de extensão ou de especialização e ser um atuante necessário dentro da empresa. O Engenheiro não é mais aquele profissional que logo após a conclusão do curso entre numa empresa e ali fica até aposentar-se. Na atualidade as empresas valorizam a vivência profissional deles, ou seja, é importante que tenham passados por outras empresas ou setores diferentes dentro de uma mesma empresa ou ainda realizados cursos de complementação profissional. No panorama atual, um engenheiro pode esperar mudar de emprego pelo menos quatro vezes entre a formatura e a sua aposentadoria, já que seu tempo de permanência médio na empresa é de 8,2 anos. (CONFEA, 2008). Os engenheiros ocupam posição de destaque dentro das fábricas; é considerado um agente multiplicador e difusor de novos processos de trabalho, assim tornar-se necessária a sua inserção em programas de educação continuada, de conteúdo

3 administrativo/gerencial e humanístico, que complementem sua formação técnica e possibilitem também uma melhor elaboração dos conhecimentos adquiridos através da prática do trabalho. (Laudares, 2000). Esses profissionais que acabaram de sair das universidades tem como problema a falta de experiência, coisa que os veteranos não possuem, sendo esse um fator que influencia de modo favorável a carreira dos veteranos nas empresas, assim eles conseguem uma permanência um pouco maior. Mas, como ser veterano, sem um dia ter sido iniciante? Segundo Bruno e Laudares (2000), até recentemente o engenheiro exercia atividades predominantemente técnicas, sendo responsável pela realização de parecer técnico, cálculo de projeto, desenho de peças e componentes. Atualmente com as mudanças na organização da empresa que eliminaram muitos níveis hierárquicos intermediários e com o aumento da terceirização e redução de trabalhadores, inclusive engenheiros, suas atribuições foram ampliadas e tornaram-se mais diversificadas, incluindo conhecimentos administrativos, de marketing, de técnicas gerenciais participativas, de liderança e de estrutura de custos. Na atualidade, se faz necessário que o profissional da engenharia, assim como outros profissionais de outras carreiras, tenha capacidade de atuar em vários ramos dentro de sua capacidade profissional, e não mais se prender a uma única linha de trabalho. O engenheiro precisa na sua formação acadêmica se equiparar ao padrão de exigência do mercado. (SILVA E CECÍLIO, 2007). Essa nova lógica socioeconômica mundial leva ao extremo o processo de formação acadêmica e qualificação para o trabalho, como por exemplo, se a capacidade de uma pessoa é a mercadoria que tem que vender, num mercado altamente competitivo, impõese que essa mercadoria ganhe atrativos diferenciados para ganhar espaço no mercado. É necessário capacitar-se e qualificar-se constantemente. (KOBER, 2002) apud (SILVA E CECÍLIO, 2007). Na atualidade, os engenheiros que saem das universidades não devem preocuparse somente com a formação técnica, eles devem incluir nesse rol de preocupações os fatores de diferenciação, para buscar na empresa que ele está inserido campos de atuação amplos, interferindo de maneira positiva em todos os ramos da empresa, seja administrativo, financeiro ou técnico. A programação da base teórica dada aos engenheiros nas universidades continua a mesma, mudando apenas com a modernização, porém o profissional tem que adaptar teoria à prática e se desenvolver com o que o mercado pede, ou seja, profissionais mais amplos e de conhecimentos vastos, cuja formação não pare de crescer e modernizar com os avanços da tecnologia.

4 O curso de Engenharia tem como perfil do formando egresso/profissional o engenheiro com formação generalista, humanista, crítica, reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento as demandas da sociedade. (BRASIL, Resolução 11/2002). É relevante ressaltar que no estudo desenvolvido por Papa Filho (1997) apud (Paixão, Laudares e Viggiano, 2006), foram abordadas as características de engenheiros de sucesso selecionados para amostra do referido estudo, dentre essas características foram citadas: a experiência adquirida no exercício do trabalho; a educação aprendizagem permanente. Como exemplo: atividades formais e informais vinculadas aos objetivos de atualização constante do engenheiro e a produção (publicação) de trabalhos e implantação de projetos inovadores. Com base nessa introdução teórica apresentada na revisão bibliográfica foi elaborado o presente projeto de pesquisa que tem como proposta apresentar resposta para o seguinte problema: Quais as relações entre a satisfação com a profissão que escolheu e as qualificações além da graduação do engenheiro profissional?

5 2. METODOLOGIA 2.1 Proposta de pesquisa A proposta deste estudo é levantar informações sobre as qualificações e satisfação do profissional engenheiro no exercício da profissão. 2.2 Objetivos da pesquisa Verificar se há diferença, estatisticamente significativa entre estar satisfeito ou não estar satisfeito com a profissão. Verificar ser há diferença, estatisticamente significativa entre estar satisfeito ou não estar satisfeito com os rendimentos salariais. Identificar qual foi o fator decisivo na escolha da carreira profissional. Identificar quais as qualificações além da graduação apresentadas pelos sujeitos de pesquisa. 2.3 Caracterização dos Sujeitos Os sujeitos envolvidos nesta fase do estudo foram 200 engenheiros, já graduados e atuando no mercado de trabalho há no máximo 20 anos. Eles se apresentam divididos em diversos ramos de engenharia dentre as quais as principais foram: mecânica e elétrica. A escolha desses engenheiros foi aleatória, contando com os dois gêneros: masculino e feminino. 2.4 Procedimentos de pesquisa A pesquisa foi desenvolvida em duas etapas: Na primeira etapa o questionário (anexo 1) foi aplicado a um grupo de 40 engenheiros que compuseram a amostra para o estudo piloto. O propósito desta fase foi verificar se o instrumento de coleta de dados está adequado aos objetivos de pesquisa. Ainda nessa fase, após a coleta dos dados, foram analisados resultados referentes à amostra (N=40) Nessa etapa, a fase final da pesquisa, foi também foi aplicado aos sujeitos de pesquisa (N=200), o instrumento (anexo 1) para levantamento de dados.

6 3. TRATAMENTO DE DADOS 3.1 Nível de significância Existem vários fatores que influenciam na escolha do nível de significância. Em pesquisas, como nas ciências exatas, biológicas, agronômicas, onde as variáveis são mais fáceis de mensurar, onde os instrumentos de medida são confiáveis, onde o controle de fatores intervenientes é razoável, o conhecimento da área é maior, a gravidade das conseqüências do erro menor, entre outros, permitem um maior rigor e, portanto, pode-se ser mais exigente, diminuindo o nível de significância. Contudo, em pesquisas, nas ciências humanas, que lida com pessoas, com conceitos polêmicos, instrumentos ainda não testados, as conseqüências do erro não são tão graves, entre outros, pode-se ser mais flexível. Normalmente, usa-se o nível de significância α = 0,005. 2 3.2 Testes estatísticos: A Prova de χ para uma amostra De acordo com Siegel (1975), citado por Jesus (2005), esta prova é aplicada frequentemente em pesquisas onde o cientista está interessado no número de indivíduos, objetos ou respostas que se enquadram em várias categorias. É possível classificar um grupo de pessoas segundo sejam a favor, indiferentes, ou contra determinada opinião, a fim de que o pesquisador possa comprovar a hipótese de que as reações diferem realmente em suas freqüências. O número de categorias pode ser 2 (duas) ou mais. Nesta fase da presente pesquisa, foi aplicado o teste 2 χ (qui-quadrado) para N=200, com a finalidade de verificar se a variável categórica, gênero, apresentou diferenças significativas entre o número observado de indivíduos e o respectivo número esperado, baseando-se na hipótese de nulidade. 3.3 Definição de Variáveis Segundo Kerlinger (1980), uma variável é um símbolo ao qual são atribuídos algarismos. Como exemplos, podem ser citados A, x, m ou inteligência, ansiedade, desempenho, atitude, etc. A variável x pode assumir um conjunto de valores numéricos. Uma variável A, qualquer, pode assumir os valores A 1, A 2, A 3,... A n, que podem representar os valores obtidos num dada escala, ou num outro instrumento

qualquer. A seguir, são apresentadas as variáveis de controle e de estudo para a presente pesquisa. 7 Variáveis de interesse do estudo 1. Satisfação com a carreira profissional; 2. Satisfação com rendimentos salariais; 3. Qualificação profissional além da graduação. Variáveis de Controle 1. Ser engenheiro; 2. Estar atuando no mercado de trabalho a partir de 1990; 3. Estar atuando no mercado de trabalho como engenheiro; 4. Ano de conclusão de curso. 3.4 Instrumento de Coleta de Dados (Questionário com questões fechadas) Instrumento de coleta de dados (anexo 1). Esse instrumento e do tipo lápis e papel, composto por 10 (dez) questões fechadas e outras questões como gênero, ano de conclusão, ano de ingresso no mercado de trabalho e por fim tempo em exercício da profissão.

8 4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS Todos os dados coletados através do instrumento de pesquisa (anexo 1) foram armazenados em um banco de dados vinculado ao programa SPSS (2009) versão students for Windows. Para essa etapa o projeto, analisou-se dados de 200 engenheiros. A análise a seguir é apresentada da seguinte forma: caracterização da amostra; apresentação dos resultados obtidos e por fim, a análise e discussão desses resultados obtidos na coleta de dados. Caracterização da amostra Tabela 1: Distribuição dos sujeitos por gênero. Gênero N de Engenheiros Porcentagem Masculino 157 78,5 Feminino 43 21,5 De acordo com os resultados apresentados na Tabela 1 e na Figura 1, observase que 78,5 % dos sujeitos são do gênero masculino, enquanto que 21,5 % representam o percentual de sujeitos do gênero feminino. Para verificar se houve diferença de freqüências entre os gêneros, foi aplicado o teste de qui-quadrado. De 2 acordo com os resultados encontrados no teste ( χ (1) = 64,980 e p = 0,000), observase que houve diferença significativa entre as quantidades de sujeitos do gênero masculino e feminino.

9 Figura 1: Distribuição dos sujeitos por gênero. Tabela 2: Distribuição dos sujeitos de acordo com a área de formação na engenharia. Área de formação N de Engenheiros Porcentagem Alimentos 5 2,5 Civil 28 14,0 Elétrica 36 18,0 Eletrônica 12 6,0 Materiais 9 4,5 Mecânica 67 33,5 Outra 2 1,0 Produção 13 6,5 Química 14 7,0 Telecomunicações 11 5,5 Têxtil 3 1,5 De acordo com os resultados apresentados na Tabela 2 e na Figura 2, observase que as engenharias clássicas ou tradicionais ainda prevalecem como a primeira opção de escolha da maioria dos profissionais da área de engenharia.

10 Figura 2: Distribuição dos sujeitos de acordo com a área de formação em engenharia tradicional (mecânica, elétrica, química ou civil) e engenharias novas. Tabela 3: Distribuição dos sujeitos de acordo com a Universidade em que estudou Graduação na FEI N de Engenheiros Porcentagem Sim 53 26,5 Não 147 73,5 De acordo com os resultados apresentados na Tabela 3, observa-se que 26,5% dos engenheiros entrevistados fizeram graduação na FEI, enquanto que 73,5% dos entrevistados cursaram engenharia em outras escolas. Com isso, foi aplicado o teste de qui-quadrado para verificar a diferença de freqüências. O valor encontrado no teste 2 foi igual a χ (1) =44,180 e p=0,000. Portanto, considerando-se p=0,05, como parâmetro para tomada de decisão, verificou-se que não houve diferença significativa entre as quantidades de sujeitos que cursaram a graduação na FEI e os que não cursaram. Porém pode-se perceber que a FEI tem uma grande contribuição no mercado de trabalho, pois mais de um quarto dos profissionais alocados nas vagas de engenheiros são alunos oriundos da FEI.

11 Tabela 4: Distribuição dos sujeitos de acordo com tipo de universidade que cursou a graduação Tipo de universidade N de Engenheiros Porcentagem Pública 106 53,0 Privada 94 47,0 De acordo com os resultados apresentados, verifica-se que um pouco mais que metade dos entrevistados fez a graduação em universidades públicas, (53,0%) comparados a (47,0%) que cursaram a graduação em universidades privadas. O teste para verificar as diferenças de freqüências revelou que esses valores não têm diferença estatisticamente significativa, 2 χ (4) =0,720 e p=0,396. Observa-se que não houve diferença estatisticamente significativa entre a quantidade de engenheiros oriundos de universidades públicas e de universidades privadas. Tabela 5: Curso de pós-graduação realizado: realizou mais algum curso de pós-graduação? Tipo de pós-graduação N de Engenheiros Porcentagem Especialização 179 89,5 Mestrado 11 5,5 Doutorado 2 1,0 Nenhum 8 4,0 Na Tabela 5 acima, observa-se os seguintes resultados: a grande maioria dos entrevistados 89,5% fizeram alguma especialização, seguido de 5,5% que fizeram um mestrado e apenas duas pessoas (1,0%) que fizeram o doutorado, o numero de pessoas que não realizaram nenhum curso pós-graduação é de 8 entrevistados. Tabela 6: Fez algum curso de pós-graduação na FEI? N de Engenheiros Porcentagem Sim 24 12,0 Não 176 88,0

12 De acordo com a Tabela 6 e a Figura 6, nota-se que a grande maioria 176 engenheiros (88%) não fizeram a pós-graduação na FEI e apenas 24 engenheiros (12%) cursaram algum curso após a graduação na FEI. Tabela 7: Satisfação com a profissão: você está satisfeito com a profissão que escolheu? N de Engenheiros Porcentagem Sim 197 98,5 Não 3 1,5 A predominância da resposta sim (98,5%), mostra que a profissão de engenheiro é bastante valorizada pelos próprios profissionais da área. O teste de qui- 2 quadrado χ (7) =188,180 e p=0,000, mostra uma diferença altamente significativa entre as respostas. Esses resultados são comparáveis aos resultados encontrados no estudo (CABRAL, 2008), quando no referido estudo foi encontrado que 90% dos profissionais entrevistados afirmaram estarem satisfeitos com a profissão que escolheram Tabela 8: Fator decisivo na escolha da carreira profissional. N de Engenheiros Porcentagem Gostar da profissão engenharia 187 93,5 Grande oferta de emprego 5 2,5 Boas condições salariais 6 3,0 Nenhum desses fatores 2 1,0 De acordo com os resultados apresentados na Tabela 8, é possível concluir que a maioria de profissionais dessa área escolheu a profissão por causa de gostarem da profissão engenharia. Portanto a própria carreira de engenheiro já enche os olhos dos engenheiros, desse modo podemos avaliar que a próxima geração que irá entrar no mercado de trabalho em breve e que está entrando na universidade nesse momento, também foi seduzida por paixão à engenharia. Essa paixão pela engenharia pode ser notada pela satisfação com a profissão, onde a maioria dos entrevistados está satisfeita com a profissão que escolheram.

13 Tabela 9: Trabalha na área de formação? N de Engenheiros Porcentagem Sim 181 90,5 Não 19 9,5 Os resultados apresentados na Tabela 9 mostram que apenas 9,5% dos entrevistados fizeram a graduação em engenharia e foram trabalhar em outra profissão. O teste de qui-quadrado para as diferencias de freqüências apresentou os seguintes resultados: 2 χ (8) =131,220 e p=0,000. Esses resultados, também mostram que há diferença altamente significativa entre as duas opções de respostas. Tabela 10: Pergunta: você está satisfeito com os rendimentos salariais? N de Engenheiros Porcentagem Sim 53 26,5 Não 147 73,5 Observa-se na Tabela 10, que a diferença entre o número de engenheiros satisfeitos e os não satisfeitos com seus rendimentos salariais é alta. É possível comprovar esse resultado através do teste de qui-quadrado 2 χ (9) =44,180 e p=0,000. De acordo com o resultado encontrado, a diferença é altamente significativa entre os resultados. De acordo com os resultados, observa-se que os engenheiros não estão satisfeitos com os rendimentos salariais. Porém, esse dado da pesquisa abre mais discussões, pois a maioria dos engenheiros está satisfeita com a profissão e trabalham na área de formação. Deste modo, é possível supor que um dos fatores que influenciam na permanência dos os engenheiros na profissão é a paixão pela carreira de engenharia.

14 Tabela 11: Pergunta: você mudaria de profissão? N de Engenheiros Porcentagem Sim 17 8,5 Não 183 91,5 Poucos profissionais mudariam de profissão (8,5%) e a grande maioria (91,5%) não trocaria de carreira. Essa freqüência de resposta era esperada, a partir das respostas que o questionário já havia revelado, pois um grande número de profissionais está satisfeita com a profissão e atuam nela. Porém poderia ter um numero maior que mudaria de profissão se fosse levado em conta a satisfação salarial. Relacionando algumas variáveis com a variável de satisfação salarial temos algumas respostas. Como podemos ver na tabela 12 abaixo. Tabela 12: Relação entre satisfação salarial e o gênero. N de satisfeitos Porcentagem Masculino 43 81,13 Feminino 10 18,87 Total 53 100 Observa-se na Tabela 12, que dos 53 engenheiros que estão satisfeitos com os rendimentos salariais. Desse numero de satisfeitos a grande maioria é do gênero masculino (81,13%), enquanto que as mulheres representam apenas (18,87%). Desse modo é possível supor que talvez a insatisfação das mulheres seja por terem salários mais baixos, quando comparados com os salários dos homens. As mulheres de um modo geral têm reclamado de existir diferenças no salários, quando se comparam os gêneros.

15 Tabela 13: Relação entre satisfação salarial e os cursos de pós-graduação. Tipo de pós-graduação N de Satisfeitos Porcentagem Especialização 42 79,25 Mestrado 7 13,21 Doutorado 1 1,88 Nenhum 3 5,66 Total 53 100 É possível notar Tabela 13, que a maioria dos satisfeitos fez pelo menos uma especialização (79,25%). A porcentagem de entrevistados que não realizaram nenhum tipo de pós-graduação é baixo (5,66%), porém é maior que os engenheiros que fizeram doutorado (1,88%). Dos 11 (onze) engenheiros que tinham cursado mestrado 7 (sete) estão satisfeitos com os salários que recebem, o que representa (63,63%) deles. Para os dois que cursaram doutorado, um (50%) diz está satisfeito, enquanto o outro não apresenta satisfação. Tabela 14: Relação entre satisfação salarial e se o entrevistado trabalha na área de formação. Trabalha na área de formação N de satisfeitos Porcentagem Sim 48 90,57 Não 5 9,43 Total 53 100 Ao comparar essas variáveis observa-se que a grande maioria (90,57%) trabalha na área de formação. Assim é possível supor que o fato deles terem feito especialização era o interesse em seguir de fato a carreira.

16 Considerações finais Os resultados obtidos no projeto, pode analisar a satisfação do profissional formado em engenharia em diversos campos, como por exemplo, a satisfação pessoal, no quesito em estar satisfeito com a profissão que escolheu e também a satisfação profissional, no quesito de satisfação salarial. Na análise da amostra do presente estudo, a questão salarial e satisfação com a carreira de engenheiro foi os pontos que houve maior discordância entre os resultados, pois a grande maioria dos entrevistados está satisfeito com o que faz profissionalmente, porém esses profissionais não estão satisfeitos com a remuneração que estão recebendo nas empresas. Esse resultado encontrado ratifica a afirmação de Deitos (2006), quando a autora diz que essa insatisfação vem acontecendo há alguns anos: No entanto, as políticas públicas de qualificação de trabalhadores no Brasil com vistas à formação de mão-de-obra para a produção industrial, sempre privilegiaram uma formação para dar respostas às necessidades imediatas de formação de mão-de-obra para o mercado de trabalho, não tendo como foco a formação de uma força de trabalho com domínio de conhecimentos técnicocientíficos sobre o processo de trabalho, condição para o avanço da produção industrial e para a geração de inovações tecnológicas para um relativo desenvolvimento autônomo da produção nacional. (Deitos, 2006) Por esse motivo o número de engenheiros com domínio de conhecimentos técnicos - científicos vem diminuindo e algumas engenharias vêm ganhando espaço por conterem em suas grades aulas de teor administrativo. Deste modo, os engenheiros dessas novas engenharias tem uma chance maior de se colocar no mercado de trabalho em relação a alguns engenheiros formados sem essa base administrativa. Mas muitas empresas ainda preferem engenheiros focados em alguns ramos onde estes conseguem se aprofundar mais para solucionar alguns problemas. Os engenheiros em sua maioria, como pode ser visto na Tabela 5 da análise dos

17 resultados, vem se aprofundando em determinados assuntos, fazendo cursos de pósgraduação, raramente um engenheiro não se especializa em um determinado assunto. Desse modo fica cada vez evidente a situação que leva o profissional a estar sempre à disposição para o trabalho, e sempre tendo que buscar meios de solucionar os problemas. Segundo Fujimoto (2005), Em vista da necessidade do comportamento social, entende-se que a finalidade simples e básica da educação é procurar desenvolver em cada pessoa todo o potencial de que ela possa ser capaz. A educação das pessoas pode minimizar a dificuldade de entendimento de processos e facilitar mais o entendimento não só com os dirigentes, mas também com os colegas de grupos a que pertença. (Fujimoto, 2005) Portanto, o profissional engenheiro no Brasil é muito requisitado, porém ele tem uma remuneração baixa, isso pode acarretar consequências para a próxima geração de engenheiros, e assim a demanda será menor que a que está presente hoje. Desta forma, podemos supor que a longo - prazo irá sobrar vagas de engenheiros qualificados e o setor não terá o profissional no tempo que ele precisa. Por isso a grande importação de engenheiros de outros países será uma solução para amenizar a falta desses engenheiros qualificados no Brasil. Mas, atualmente empresas como a EMBRAER valorizam os profissionais brasileiros, assim a referida empresa anualmente seleciona engenheiros das mais distintas áreas e após serem aprovados num processo seletivo, já na empresa são especializados por ela, exatamente na área que há carências em linhas de montagem de aviões. Esse fato valoriza a mão de obra nacional, especialmente os engenheiros. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Uajará Pessoa; SOUSA, Mauro Diniz; MUNIZ, Mayara Maria de Jesus, et al. Expectativas e Estratégias de Ação em Relação à inserção profissional. Revista Brasileira de Orientação Profissional. Belo Horizonte: V (9), N (2), pp. 81-96. 2009 BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia. Resolução CNE/CES 11/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 9 abr. 2002.

18 BORCHARDT, Miriam; VACCARO, Guilherme Luiz Roehe; AZEVEDO, Débora, et AL. O Perfil do Engenheiro de Produção: a visão e empresas da região metropolitana de Porto Alegre. Produção. São Paulo: v(19), n(2), 2009. BRUNO, Lúcia e LAUDARES, João Bosco. (Org.) Trabalho e Formação do Engenheiro. Belo Horizonte: Fumarc PUC, 2000. CABRAL, Patrícia Roberta, et al. Um Estudo Exploratório Sobre a Carreira profissional do Licenciado em Matemática. [anais, CD - ROM]. In: 8º CONGRESSO NACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA CONIC SEMESP. Botucatu SP: Faculdades Integradas de Botucatu, Ref. ISBN 978-85-60272-02-4. Novembro de 2008. CONFEA - Conselho Federal de Arquitetura, Agronomia e Engenharia. www.creasc.org.br/webcrea/webcrea2008/imagens/relatoriodapesquisarevisado2008.pdf. Acesso em maio de 2009. CRIVELARI, Helena. Relação educativa e formação de engenheiros em Minas gerais. In: BRUNO, Lúcia, LAUDARES, João B. (Org). Trabalho e formação do Engenheiro. Belo Horizonte: Fumarc/PUC, 2000. KERLINGER, Fred N. Metodologia da pesquisa em ciências sociais: um tratamento conceitual. Tradução de Helena Mendes Rotundo. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária Ltda, 1980. LAUDARES, João Bosco. A Qualificação/Requalificação do Engenheiro na Fábrica Globalizada: A necessidade de novos processos de trabalho. In: BRUNO, Lúcia. LAUDARES, João Bosco (Org.) Trabalho e Formação do Engenheiro. Belo Horizonte. Fumarc/PUC, 2000. LOMBARDI, Maria Rosa. Engenheiras Brasileiras: inserção e limites de gênero no campo profissional. Cadernos de pesquisa. V. 36, N. 127, jan./abr, 2006. MORAES, Carmem Sylvia Vidigal e NETO, Sebastião Lopes. Educação, Formação Profissional e Certificação de Conhecimentos: considerações sobre uma política pública de

certificação profissional. Educ. Soc., Campinas: v (26), n(93), pp. 1435-1469. Set/Dez. 2005 19 PAIXÃO, Edmilson Leite. LAUDARES, João Bosco. VIGGIANO, Adalci Righi. O ensino de engenharia e a formação do engenheiro: contribuição do programa de mestrado em tecnologia do CETEF-MG Educação Tecnológica [anais, CD - ROM]. In: XXXIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ENSINO DE ENGENHARIA. Passo Fundo, MG: Editora da Universidade de Passo Fundo, Ref. ISBN 85-7515-371-4. Setembro de 2006. SILVA, Leandro Palis. CECÍLIO, Sálua. A mudança no modelo de ensino e de formação na engenharia. Educação em Revista. Belo Horizonte: v (45). p. 61-80. jun. 2007. WITTER, G. Pesquisa científica e nível de significância. Estudos de Psicologia, v (13), n(10), pp. 55-63, 1996. DEITOS, Maria Lucia Melo de Souza (autor); BRYAN, Newton Antonio Paciulli (orient.). As politicas publicas de qualificação de trabalhadores e suas relações com a inovação tecnologica na industria brasileira. 276p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, SP, 2006. FUJIMOTO, Aparecido (autor); PAULON; Vladimir Antonio (orint.). Treinamento e educação: Qualificação profissional da construção civil. 222p. Tese (doutorado) Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Campinas, SP,2005. 24p

20 ANEXO 1: INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Questionário de Pesquisa Gênero: Masculino: Feminino: Qual o ano de conclusão do curso?... Qual o ano de ingresso no mercado de trabalho?... Qual o tempo, em anos, em exercício da profissão?... 1. Qual a sua área de formação na engenharia? ( ) Mecânica ( ) Elétrica ( ) Química ( ) Telecomunicações ( ) Eletrônica ( ) Produção ( ) Materiais ( ) Civil ( ) Têxtil ( ) Alimentos ( ) Outra 2. Cursou a graduação na FEI? ( ) Sim ( ) Não 3. Se não foi aluno da FEI, sua formação na graduação foi feita em que tipo de Universidade? ( ) Pública ( ) Privada 4. Após a graduação realizou mais algum curso? ( ) Especialização ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( ) Nenhum 5. Foi aluno da FEI em algum curso após a graduação? ( ) Sim. Qual (is)?... ( ) Não 6. Você está satisfeito com a profissão que escolheu? ( ) Sim ( ) Não 7. Qual fator foi decisivo na escolha da carreira profissional? ( ) Gostar da profissão de engenharia; ( ) Grande oferta de emprego apresentada pelo mercado de trabalho; ( ) Boas condições salariais oferecidas pelo mercado de trabalho; ( ) Nenhum desses fatores. Qual (is)... 8. Você trabalha na sua área de formação? ( ) Sim ( ) Não 9. Você está satisfeito com os rendimentos salariais? ( ) Sim ( ) Não 10. Após esses anos como engenheiro, se você tivesse hoje a oportunidade, mudaria para outra profissão? ( ) Sim ( ) Não