EFEITO DE DIFRENTES PERÍODOS E USO DE SOLUÇÃO SALINA NO ENVELHECIMENTO ACELERADO EM SEMENTES DE SALSA



Documentos relacionados
XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Metodologia alternativa do teste de envelhecimento acelerado para sementes de cenoura

ENVELHECIMENTO ACELERADO EM SEMENTES DE BRÓCOLIS (Brassica oleracea L. var. italica Plenk)

TRATAMENTO DE SEMENTES DE COENTRO CONTAMINADAS POR DIFERENTES NÍVEIS DE Alternaria radicina 1

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 2139

TESTES DE VIGOR NA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE TOMATE 1

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

ENVELHECIMENTO ACELERADO COMO TESTE DE VIGOR PARA SEMENTES DE ARROZ

Ciência Rural ISSN: Universidade Federal de Santa Maria Brasil

METODOLOGIAS DE ENVELHECIMENTO ACELERADO PARA AVALIAÇÃO DO VIGOR DE SEMENTES DE TREVO VERMELHO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

NOTA CIENTÍFICA ENVELHECIMENTO ACELERADO EM SEMENTES DE BERINJELA 1

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

TESTE DE CONDUTIVIDADE ELÉTRICA EM FUNÇÃO DO PERÍODO E DA TEMPERATURA DE EMBEBIÇÃO PARA SEMENTES DE MILHETO 1

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MILHO HÍBRIDO COMERCIAL E DE PROGRAMA TROCA-TROCA

TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO PARA AVALIAÇÃO DO POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE RABANETE 1

A1-206 Avaliação da qualidade fisiológica de sementes de milho variedade (Zea mays) armazenadas em garrafas PET.

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE UMA SEMEADORA-ADUBADORA DE PLANTIO DIRETO NA CULTURA DA SOJA

INFLUÊNCIA DA INFLORESCÊNCIA NO VIGOR DE SEMENTES DE MAMONA CV BRS- NORDESTINA 1

EFEITO DO ÁCIDO GIBERÉLICO NO TRATAMENTO DE SEMENTES DE ARROZ SUBMETIDO A ESTRESSE POR BAIXA TEMPERATURA

ARTIGO. Envelhecimento acelerado modificado para sementes de coentro (Coriandrum sativum L.) e sua correlação com outros testes de vigor

EXECUÇÃO DO TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO EM PROCEDIMENTO TRADICIONAL E COM USO DE SOLUÇÃO SATURADA DE SAIS EM SEMENTES DE ALGODÃO

Alternativas metodológicas do teste de envelhecimento acelerado em sementes de coentro

Efeito da colhedora, velocidade e ponto de coleta na qualidade física de sementes de milho

AVALIAÇÃO DE TESTES DE VIGOR EM SEMENTES DE AVEIA BRANCA (Avena sativa L.) 1. EVALUATION OF VIGOR TESTS OF OAT (Avena sativa L.

PÓS GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DE FLORESTAS TROPICAIS-PG-CFT INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA-INPA. 09/abril de 2014

Teste de Envelhecimento Acelerado em Sementes de Erva-Doce.

VIII Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG- campus Bambuí VIII Jornada Científica

AVALIAÇÃO DE TESTES DE VIGOR PARA SEMENTES DE AVEIA-BRANCA (Avena sativa L.) 1

MODELAGEM MATEMÁTICA DA ABSORÇÃO DE ÁGUA EM SEMENTES DE FEIJÃO DURANTE O PROCESSAMENTO DE ENLATADOS.

AVALIAÇÃO DO VIGOR DE SEMENTES DE MELANCIA (Citrullus lunatus Schrad.) PELO TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO 1

PRODUTIVIDADE DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA EM INTEGRAÇÃO COM PECUÁRIA E FLORESTA DE EUCALIPTO

ENVELHECIMENTO ACELERADO EM SEMENTES DE RÚCULA (Eruca sativa L.) 1

TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO EM SEMENTES DE LENTILHA 1

Avaliação da germinação de sementes de fragmentos florestais receptadas em redes visando recomposição da flora local

Propagação de Acessos de Bacurizeiro (Platonia Insignis Mart.) Através da Raiz Primária de Sementes em Início de Germinação.

AVALIAÇÃO DE SUBPRODUTOS AGRÍCOLAS COMO CONDICIONADORES DE SUBSTRATOS E/OU FERTILIZANTES ORGÂNICOS PARA MUDAS

SECAGEM DE GRÃOS. Disciplina: Armazenamento de Grãos

EFEITO DO ARMAZENAMENTO NA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA DE SEMENTES DE FORRAGEIRAS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MILHO- CRIOULO SOB ESTRESSE CAUSADO POR BAIXO NÍVEL DE NITROGÊNIO

Aproveitamento dos grãos da vagem verde de soja

DENSIDADE DE SEMEADURA DE CULTIVARES DE MAMONA EM PELOTAS, RS 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI UFVJM ARIADNE SANTOS OLIVEIRA

CONSERVAÇÃO DE SEMENTES DE CAFÉ ROBUSTA (Coffea canephora) CULTIVAR APOATÃ IAC 2258 EM FUNÇÃO DO GRAU DE UMIDADE E DO AMBIENTE

Influência do número de horas de envelhecimento acelerado sobre o vigor de sementes de cenoura.

CRESCIMENTO INICIAL DO GIRASSOL cv. Embrapa 122 / V 2000 SUBMETIDO A ESTRESSE SALINO NA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP

METODOLOGIA ALTERNATIVA DO TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO PARA SEMENTES DE AZEVÉM

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

DESSECAÇÃO DE BRAQUIÁRIA COM GLYPHOSATE SOB DIFERENTES VOLUMES DE CALDA RESUMO

SECAGEM ESTACIONÁRIA DE SEMENTES DE SOJA COM AR DESUMIDIFICADO POR RESFRIAMENTO 1

POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE ABÓBORA

Armazenamento de sementes de milho híbrido tratadas com tiametoxam 1

ENVELHECIMENTO ACELERADO E DETERIORAÇÃO CONTROLADA EM SEMENTES DE TOMATE

USO DE SOLUÇÃO SATURADA DE SAL NO TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO EM SEMENTES DE PIMENTA DOCE

Doses de adubo para produção de mudas de tomate (Solanum lycopersicum)

EFEITO DO ENVELHECIMENTO MAIA, A. ACELERADO R. et al. NA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE TRIGO 1

Conceitos e Princípios Básicos da Experimentação

TAXA DE LOTAÇÃO EM PASTAGEM DE TIFTON 85 SOB MANEJO DE IRRIGAÇÃO E SEQUEIRO NO PERÍODO DA SECA*

Semina: Ciências Agrárias ISSN: X Universidade Estadual de Londrina Brasil

ESTUDOS ALELOPÁTICOS DE PLANTAS MEDICINAIS NA GERMINAÇÃO E CRESCIMENTO INICIAL DE ESPÉCIES CULTIVADAS

Influência da lignina na germinação de sementes de soja. Gláucia Cristina Moreira¹, Thales Sperger ¹, Ariberto Simon Sperger², Celso Ari Palagi³

Testes de vigor para sementes de arroz e sua relação com o comportamento de hidratação de sementes e a emergência de plântulas

AVALIAÇÃO DO VIGOR DE SEMENTES DE MELÃO PELO TESTE DE DETERIORAÇÃO CONTROLADA 1 VIGOR EVALUATION OF MELON SEEDS BY CONTROLLED DETERIORATION TEST

Sistema Baseado em Regras Fuzzy para Avaliação do Efeito de Lâminas de Irrigação na Produtividade e Diâmetro da Raiz de Cultivares de Beterraba

CALAGEM, GESSAGEM E AO MANEJO DA ADUBAÇÃO (SAFRAS 2011 E

Bebida constituída de frutos de açaí e café: Uma alternativa viável

Germinação e vigor de sementes de alfavaca-cravo (Ocimum gratissimum L.) submetidas ao envelhecimento acelerado

COMPARAÇÃO ENTRE TESTES DE VIGOR PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE TOMATE

TEOR DE UMIDADE DOS GRÃOS

COMPORTAMENTO DE HÍBRIDOS EXPERIMENTAIS DE MILHO EM CONDIÇÕES DE ESTRESSES DE SECA

SOLIDIFICAÇÃO/ESTABILIZAÇÃO DE LODO GALVÂNICO EM BLOCOS DE CONCRETO PARA PAVIMENTAÇÃO (PAVERS)

Variação Estacional de Preços de Cebola nos CEASAs de Minas Gerais

Qualidade fisiológica de sementes de jiló pelo teste de envelhecimento acelerado

EFEITO DE DIFERENTES QUANTIDADES DE HÚMUS DE MINHOCA CALIFÓRNIA VERMELHA INCORPORADOS AO SOLO E COM APLICAÇÕES DE BIOFERTILIZANTE NA CULTURA DO FEIJÃO

REVISTA CAATINGA ISSN X UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA) Pro-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

Potencial fisiológico de sementes de brássicas com ênfase no teste de envelhecimento acelerado

TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO EM SEMENTES DE AVEIA PRETA 1

MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DO VIGOR DE SEMENTES DE PEPINO 1

USO DE IMAGENS COMPUTADORIZADAS PARA AVALIAÇÃO DO VIGOR DE SEMENTES DE CAFÉ USING COMPUTERIZED IMAGES TO EVALUATE COFFEE SEED VIGOR

RELATÓRIO FINAL. AVALIAÇÃO DO PRODUTO CELLERON-SEEDS e CELLERON-FOLHA NA CULTURA DO MILHO CULTIVADO EM SEGUNDA SAFRA

Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 145

CONSULTA PÚBLICA Nº 008/2010. Revisão da Metodologia de Estabelecimento dos Limites dos Indicadores Coletivos de Continuidade

TECNOLOGIA DOS MATERIAIS

INFLUÊNCIA DE PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO NA OCORRÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS E NA PRODUTIVIDADE DE GRÃOS DE TRIGO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 455

CONTROLE DA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE SOJA EM TESTES DE SANIDADE PELO USO DA RESTRIÇÃO HÍDRICA 1

TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO EM SEMENTES DE PIMENTA 1

FARELO DE SOJA: PROCESSAMENTO E QUALIDADE

XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO

PLANEJAMENTO URBANO E DE TRANSPORTES BASEADO EM CENÁRIO DE MOBILIDADE SUSTENTÁVEL O CASO DE UBERLÂNDIA, MG, BRASIL

Influência da profundidade e da posição de semeadura na emergência e desenvolvimento de plântulas de moringa.

Número de plantas para estimação do plastocrono em feijão guandu

TESTE DE ENVELHECIMENTO ACELERADO NA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE CENOURA ACCELERATED AGING ON THE PHYSIOLOGICAL QUALITY OF CARROT SEEDS

Avaliação da influência de coberturas mortas sobre o desenvolvimento da cultura da alface na região de Fernandópolis- SP.

Poluição atmosférica decorrente das emissões de material particulado na atividade de coprocessamento de resíduos industriais em fornos de cimento.

Envelhecimento acelerado tradicional e alternativo em sementes de melancia

Eficiência da Terra de Diatomácea no Controle do Caruncho do Feijão Acanthoscelides obtectus e o Efeito na Germinação do Feijão

Transcrição:

EFEITO DE DIFRENTES PERÍODOS E USO DE SOLUÇÃO SALINA NO ENVELHECIMENTO ACELERADO EM SEMENTES DE SALSA CONCEIÇÃO, Gerusa Massuquini 2 ; ROETHIG, Elisa²; ; ESPINDOLA, Maria Carolina Grigoletto 2 ; BARBIERI, Ana Paula Piccinin 3 ; TUNES, Lilian Vanussa Madruga de³; TOSO, Vinícius³ ; PEDROSO, Daniele Cardoso ³; MENEZES, Nilson Lemos de 2 ; 1 Trabalho de Pesquisa _UFSM 2 Curso de Agronomia (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil 3 Curso de Pós-Graduação em Agronomia(UFSM), Santa Maria, RS, Brasil E-mail: g.massukini@hotmail.com; lisa.rg@hotmail.com; mcgespindola@yahoo.com.br; apaulabarbieri@yahoo.com.br; lilianmtunes@hotmail.com, viniciustoso@yahoo.com.br; danibioufsm@yahoo.com.br; nlmenezes@smail.ufsm.br. RESUMO O presente trabalho teve por objetivo avaliar a metodologia do teste de envelhecimento acelerado para avaliação do potencial fisiológico de sementes de salsa, e verificar a possibilidade do uso de solução salina e saturada de NaCl como alternativa para controle da absorção de água pelas sementes durante a realização do teste, sem reduzir sua sensibilidade. Foram utilizados quatro lotes de sementes, submetidos aos testes de germinação, emergência de plântulas, índice de velocidade de emergência e envelhecimento acelerado, empregando-se os períodos de 48, 72 e 96h, com e sem o uso de solução salina e saturada de NaCl. A utilização de solução salina e saturada de NaCl diminui a absorção de água pelas sementes durante o teste de envelhecimento acelerado, acarretando taxa de deterioração menos acentuada e resultados menos drásticos e uniformes. A exposição por um período de 48h constitui opção promissora para a avaliação do potencial fisiológico das sementes. Palavras-chave: solução salina, germinação, vigor, hortaliça 1. INTRODUÇÃO A salsa (Petroselinum crispum) tem grande valor e importância comercial, decorrente de sua utilização condimentar, largamente difundida no Brasil. Isso acarreta em demanda crescente de sementes de alta qualidade para o estabelecimento de uma agricultura mais produtiva e sustentável (ISLA, 2008). 1

Dado o fato de que a utilização de sementes de alta qualidade constitui a base para elevação da produtividade agrícola, o componente fisiológico da qualidade de sementes tem sido objeto de inúmeras pesquisas, em decorrência das mesmas estarem sujeitas a uma série de mudanças degenerativas após a sua maturidade. No entanto, verificam-se a escassez de pesquisas, principalmente as direcionadas à avaliação da qualidade fisiológica de sementes de espécies olerícolas, incluindo-se a salsa. A qualidade fisiológica das sementes tem sido caracterizada pela germinação e pelo vigor. Vigor pode ser definido como a soma de atributos que conferem à semente o potencial para germinar, emergir e resultar rapidamente em plântulas normais sob ampla diversidade de condições ambientais. Dessa forma, o objetivo básico dos testes de vigor é identificar diferenças importantes no potencial fisiológico de lotes de sementes, especialmente daqueles que apresentam poder germinativo elevado e semelhante (MARCOS FILHO, 1999b). O teste de envelhecimento acelerado é reconhecido como um dos mais difundidos para a avaliação do vigor das sementes de várias espécies cultivadas, sendo capaz de proporcionar informações com alto grau de consistência (HAMPTON e TEKRONY, 1995). Este teste consiste em avaliar a resposta das sementes, por meio do teste de germinação, após as sementes terem sido submetidas à temperatura elevada e umidade relativa do ar próxima a 100%, por determinado período de exposição (ROSSETO e MARCOS FILHO, 1995). Baseia-se no fato de que a taxa de deterioração aumenta consideravelmente quando as sementes são expostas a tais condições (NAKAGAWA, 1999). Assim, verifica-se que amostras com baixo vigor apresentam maior queda na sua viabilidade depois de expostas a situação de estresse pelo envelhecimento (MARCOS FILHO, 1999a), de modo que existe possibilidade de serem estabelecidas diferenças no potencial fisiológico das amostras avaliadas ( PANOBIANCO e MARCOS FILHO 2001). Um aspecto importante a ser considerado no teste de envelhecimento acelerado, são as diferenças na absorção de água pelas sementes que, expostas a atmosfera úmida, podem apresentar variações acentuadas no grau de umidade. Pesquisas conduzidas com espécies, que possuem sementes de pequeno tamanho, têm revelado resultados pouco consistentes devido à variação muito acentuada do grau de umidade das amostras, após o envelhecimento (RAMOS et al., 2004). Nesse sentido, vêm sendo estudadas alternativas para a condução do envelhecimento acelerado com sementes dessas espécies, como a substituição da água por soluções de sais. Dependendo da solução utilizada, são obtidos níveis específicos de umidade relativa do ar, permitindo reduzir a taxa de absorção de água, 2

a velocidade e a intensidade de deterioração das sementes (JIANHUA e MCDONALD, 1996), sem reduzir a sensibilidade do teste. Assim, esta pesquisa teve como objetivo avaliar a metodologia do teste de envelhecimento acelerado para avaliação do potencial fisiológico de sementes de salsa, bem como, verificar a possibilidade do uso de solução salina e saturada de NaCl como alternativa para controle da absorção de água pelas sementes durante a realização do teste, sem reduzir sua sensibilidade. 2. MATERIAL E MÉTODOS A pesquisa foi conduzida no Laboratório de Análises de Sementes do Departamento de Fitotecnia, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. Foram utilizadas sementes de quatro lotes de sementes de salsa, cultivar Lisa Comum. Para avaliar o desempenho das sementes de salsa quanto ao potencial fisiológico, conduziram-se os seguintes testes em cada lote: Teor de água (TA): conduzido com 5g de sementes por repetição, pelo método da estufa a 105 ºC ± 3 º C, durante 24 h (BRASIL, 2009). Germinação (G): conduzido com quatro repetições de 50 sementes, semeadas em caixas plásticas tipo gerbox, sob três folhas de papel filtro umedecidas com água destilada e esterelizada, equivalente a 2,5 vezes a massa do papel seco. As caixas mantidas em germinador (20-30 ºC), com fotoperíodo de 8 h, quando submetidas à temperatura de 30 ºC. As contagens foram realizadas aos sete e 14 dias após a semeadura, segundo os critérios estabelecidos pelas Regras para Análise de Sementes (BRASIL, 2009). Os resultados foram expressos em porcentagem de plântulas normais. Emergência de plântulas (EP): foram avaliadas quatro repetições de 25 sementes para cada lote, semeadas em bandejas de plástico, contendo areia, mantidas a uma temperatura de 30 C, em estufa. Foram feitas irrigações sempre que necessário e a avaliação ocorreu 22 dias após a semeadura, quando a emissão das plântulas tornou-se constante, computando-se a porcentagem de plântulas normais emergidas (NAKAGAWA, 1999). Índice de velocidade de emergência (IVE): realizado conjuntamente com o teste de emergência, através de contagens diárias do número de plântulas emergidas até a estabilização da emergência. Para obtenção Para cada repetição, foi calculado o índice de velocidade de emergência, somando-se o número de plantas emergidas a cada dia, dividido pelo respectivo número de dias transcorridos a partir da semeadura, conforme MAGUIRE (1962), pela fórmula: 3

IVE = E1 + E2 +... + En N1 N2 Nn Onde: IVE = índice de velocidade de emergência; E1, E2, En = número de plantas emergidas, computadas na primeira, na segunda e na última contagem; N1, N2, Nn = número de dias de semeadura à primeira, segunda e última contagem. Envelhecimento acelerado tradicional (H 2 O): conduzido com a utilização de caixas plásticas (tipo gerbox), contendo 40 ml de água e uma bandeja de tela de alumínio, onde as sementes, após pesagem (4,0 g) foram distribuídas formando uma única camada uniforme. As caixas foram mantidas em câmara do tipo BOD, a 42 C durante 48, 72 e 96 h. Decorrido cada período de envelhecimento, quatro subamostras de 50 sementes foram submetidas ao teste de germinação, seguindo metodologia descrita anteriormente, com avaliação realizada no décimo dia após a semeadura. Paralelamente, foi determinado o teor de água das sementes após cada período de envelhecimento, para verificar a uniformidade das condições do teste (MARCOS FILHO, 1999b). Envelhecimento acelerado com uso de solução salina (SS): realizado de forma semelhante ao envelhecimento acelerado tradicional, porém, adicionando-se ao fundo das caixas plásticas 40 ml de solução não saturada de sal (11 g de NaCl diluídas em 100 ml de água), estabelecendo um ambiente com aproximadamente 94% de umidade relativa, adaptando a metodologia descrita por JIANHUA e McDONALD (1996) e determinado conforme a equação de VAN T HOFF descrita por SALISBURY e ROSS (1992). Envelhecimento acelerado com o uso de solução saturada de NaCl (SSS): realizado de forma semelhante ao envelhecimento acelerado tradicional, porém, adicionando-se ao fundo das caixas plásticas, 40 ml de solução saturada de NaCl (40 g de NaCl diluídas em 100 ml de água), estabelecendo ambiente com aproximadamente 76% de umidade relativa, seguindo a metodologia descrita por JIANHUA e McDONALD (1996). Procedimento Estatístico: utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro repetições. Para comparação da metodologia, utilizou-se um trifatorial 3x3x4 (três métodos de envelhecimento acelerado, três tempos de exposição e quatro lotes de sementes). Para os teores de água não foram realizadas análises estatísticas. Os resultados foram submetidos à análise de variância e, as médias comparadas pelo teste de Tukey (α=0,05), empregando-se o programa de análises estatísticas Sisvar (FERREIRA, 2000). 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4

Os dados referentes ao teor de água das sementes de salsa foram semelhantes para os quatro lotes (Tabela 1). Este fato é importante para a execução das avaliações de envelhecimento acelerado, considerando-se que a uniformização do teor de água das sementes é imprescindível para a padronização das avaliações e obtenção de resultados consistentes (MARCOS FILHO, 2005), pois, dentro de certos limites, as sementes mais úmidas são mais afetadas pelas condições do envelhecimento acelerado. De acordo com a pesquisa de PEDROSO (2008) quando as sementes apresentam um teor de água relativamente baixo, como ocorreu nos lotes das sementes de salsa, permitem uma maior confiabilidade aos resultados obtidos nos testes de qualidade fisiológica. Os resultados do teste de germinação (Tabela 1) indicaram diferenças significativas entre os lotes de sementes de salsa, permitindo nos testes de emergência de plântulas e índice de velocidade de emergência destacar os lotes 1 e 4 como de potencial fisiológico superior e os lotes 2 e 3 como inferior. A discordância entre os resultados obtidos nos testes sugere, justamente, a necessidade de realização do maior número possível de testes antes de classificar os lotes quanto ao potencial fisiológico, pois cada teste tem um princípio diferente e fornece informações complementares para a decisão a respeito do destino final de cada lote de sementes. Tabela 1 - Qualidade inicial dos lotes das sementes de salsa pelo teor de água (TA), teste de germinação (G), emergência de plântulas (EP) e índice de velocidade de emergência (IVE). Santa Maria RS, 2010. TA G EP IVE Lotes % 1 8,1 88a 78a 11,7a 2 8,3 68b 53b 9,1b 3 8,3 55c 48b 7,2b 4 7,9 85a 81a 11,2ª CV (%) 7,3 11,5 14,2 * Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV coeficiente de variação. Examinando-se os resultados do teste de envelhecimento acelerado (Tabela 2), tanto o procedimento tradicional (48 e 72 h), com solução salina (48 e 96 h) como com solução saturada de NaCl (72 e 96 h), permitiram a separação dos lotes de sementes de salsa, proporcionando a mesma separação dos lotes verificada pela emergência de plântulas e índice de velocidade de emergência (Tabela 1). 5

Os resultados obtidos no teste de envelhecimento acelerado, conduzido de forma tradicional (96 h), com solução salina (72 h) e com solução saturada de NaCl (48 h) separaram os lotes em maior número de níveis de vigor, pois, além de indicar os lotes 1 e 4 como de potencial fisiológico superior, também detectou diferenças entre os lotes 2 e 3, não verificados no teste de germinação, emergência de plântulas e índice de velocidade de emergência. No entanto, ao se analisarem os valores de germinação após o envelhecimento tradicional notaram-se elevada redução na porcentagem de plântulas, indicando que o procedimento que utiliza 96 h de exposição não é o mais adequado para a salsa. RODO et al. (2000), RAMOS et al. (2004) e TUNES et al. (2009) constataram, também, que o estresse provocado pelo teste de envelhecimento acelerado tradicional a 42 C por 96 h foi suficiente para ocasionar uma redução expressiva da germinação de sementes de rúcula, cenoura e cevada, respectivamente. Sugere-se, portanto, o uso de 48 h de exposição com uso de solução saturada de NaCl, pois o menor período de execução é uma característica desejável em um teste de vigor, possibilita a economia de energia elétrica pelo equipamento. Tabela 2 - Porcentagem de germinação das sementes de salsa após o teste de envelhecimento acelerado tradicional (H 2 O), solução salina (SS) e solução saturada de NaCl (SSS), durante o período de exposição de 48, 72 e 96 h. Santa Maria RS, 2010. Tradicional SS SSS Lotes 48 h 72 h 96 h 48 h 72 h 96 h 48 h 72 h 96 h % 1 73ª 65a 27a 70a 80a 75a 85a 81a 77a 2 52b 28b 8b 57b 60b 55b 63b 53b 50b 3 42b 19b 1c 42b 51c 51b 55c 47b 44b 4 73ª 51a 19a 73a 83a 76a 81a 75a 75a CV(%) 10,7 4,1 5,2 * Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. CV coeficiente de variação. Os resultados médios relativos ao teor de água atingido após a realização do teste de envelhecimento acelerado tradicional, solução salina e com solução saturada de NaCl estão na Tabela 3. Observa-se que, sementes de salsa envelhecidas, no procedimento tradicional, atingiram teores de água mais elevados e variações mais acentuadas, diferindo 6

até valores de 7,3 pontos percentuais (p.p.), que excedem os limites toleráveis de 3 a 4, indicados por MARCOS FILHO (1999b). Da mesma forma, RODO et al. (2000) verificaram, para sementes de cenoura, variações de 5,0 a 9,2 p.p., consideradas excessivas, ao final do envelhecimento acelerado tradicional. Por outro lado, verifica-se que o uso de solução salina reduziu a velocidade de absorção de água pelas sementes durante o período de envelhecimento, não excedendo a variação de 2,7 p.p. do teor de água entre os lotes envelhecidos. O mesmo ocorreu com o envelhecimento com uso de solução saturada de NaCl, com variação máxima de 2,1 p.p. As condições de envelhecimento acelerado com solução salina e saturada de NaCl promoveram efeitos menos drásticos, pois, ao atingir menores teores de água (máximo de 18,35% (SS), 14,25% (SSS) enquanto o tradicional chegou a 42,41%). Desta maneira, as condições de envelhecimento com o uso de solução salina e saturada de NaCl causam efeitos menos drásticos, pois ao atingir menores teores de água, o grau de deterioração das sementes foi atenuado em relação ao normalmente verificado como uso do método tradicional (TORRES e MARCOS FILHO, 2001). Resultados semelhantes foram encontrados por TORRES (2004), com a utilização de solução saturada de NaCl no teste de envelhecimento acelerado com sementes de erva doce, em que a redução da velocidade de absorção de água pelas sementes acarretou em deterioração menos acentuada, resultados menos drásticos e mais uniformes que os obtidos com o procedimento tradicional. Este método também mostrou-se eficiente para avaliação do vigor de sementes de pepino (BHERING et al., 2000), tomate (PANOBIANCO e MARCOS FILHO, 2001), melão (TORRES e MARCOS FILHO, 2003) e rúcula (RAMOS et al., 2004). Em contrapartida, este procedimento não se mostrou adequado para a avaliação do vigor de sementes de alface e brócolos (RIBEIRO e CARVALHO, 2001) e de melancia (BHERING et al., 2003). Tabela 3 - Teor de água (TA) das sementes de salsa após o teste de envelhecimento acelerado tradicional (H 2 O), solução salina (SS) e solução saturada de NaCl (SSS), durante o período de exposição de 48, 72 e 96 h. Santa Maria RS, 2010. Tradicional SS SSS Lotes 48 h 72 h 96 h 48 h 72 h 96 h 48 h 72 h 96 h 1 20,42 33,47 36,02 15,62 13,15 12,85 11,23 11,09 11,89 % 7

2 20,30 35,42 40,12 18,35 13,11 13,44 12,52 11,56 14,12 3 25,38 36,03 42,41 18,33 14,01 14,83 11,10 13,23 14,25 4 18,23 30,25 35,12 16,23 12,27 12,55 11,09 11,78 12,45 Os resultados deste trabalho confirmam que o uso de solução salina e saturada de NaCl contribui para o aprimoramento da metodologia do teste de envelhecimento acelerado na avaliação do vigor de sementes de salsa pois, além de utilizar o mesmo equipamento do procedimento tradicional, proporciona condições para absorção de menores quantidades de água e de maneira mais uniforme pelas sementes. 4. CONCLUSÕES A utilização de solução salina e saturada de NaCl diminui a absorção de água pelas sementes de salsa durante o teste de envelhecimento acelerado, acarretando uma taxa de deterioração menos acentuada e resultados menos drásticos e mais uniformes. A exposição por um período de 48 h constitui opção promissora para a avaliação do potencial fisiológico das sementes. 5. REFERÊNCIAS BHERING, M.C. et al. Métodos para avaliação do vigor de sementes de pepino. Revista Brasileira de Sementes, v. 22, n. 1, p.171-175, 2000. BHERING, M.C. et al. Avaliação do vigor de sementes de melancia (Citrullus lanatus Scherad.) pelo teste de envelhecimento acelerado. Revista Brasileira de Sementes, v. 25, n.1, p. 1-6, 2003. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbs/v28n3/10.pdf Acesso em: 27 jul. 2010. doi: 10.1590/S0101-31222006000300010. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília, 2009. 399p. FERREIRA, D. F. Análises estatísticas por meio do SISVAR para windows versão 4.0. In: REUNIÃO ANUAL DA REGIÃO BRASILEIRA DA SOCIEDADE INTERNACIONAL DE BIOMETRIA, 45., São Carlos. Anais... São Carlos: UFSCAR, 2000. p. 225-258. HAMPTON, J. G.; TEKRONY, D. M. Handbook of vigour test methods. 3. ed. Zurich: ISTA, 1995.117p. ISLA. A Super Semente. Notícias. Coentro para o Brasil. Porto Alegre, 2001. Disponível em: < http://isla.com.br/cgi-bin/artigo.cgi?id_artigo=86>. Acesso em: 18 nov. 2008. 8

JIANHUA, Z.; MCDONALD, M. B. The saturated salt accelerated aging test for small seed crops. Seed Science and Technology, v.25, p. 123-131, 1996. MAGUIRE, J. D. Spead of germination-aid in selection and evaluation for seedling emergence and vigour. Crop Science, v.2, n.1, p.176-177, 1962. MARCOS FILHO, J. Testes de vigor: importância e utilização. In: KRZYZANOWSKI, F. C; VIEIRA, R. D; FRANÇA NETO, J.B. Vigor de Sementes. Conceitos e Teses. Londrina, 1999 a. p.1.1-1.21. MARCOS FILHO, J. Testes de vigor: importância e utilização. In: KRZYZANOWSKI, F. C; VIEIRA, R. D; FRANÇA NETO, J.B. Vigor de Sementes. Conceitos e Teses. Londrina, 1999 b. p.3.1-3.24. MARCOS FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba: FEALQ, 2005, 495p. NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseado do desempenho das plântulas. In: KRZYZANOWSKI, F. C; VIEIRA, R.D; FRANÇA NETO, J.B. Vigor de Sementes. Conceitos e Teses. Londrina, 1999. p. 2-1/2-24. PANOBIANCO, M.; MARCOS FILHO, J. Envelhecimento acelerado e deterioração controlada em sementes de tomate. Scientia Agrícola, v.58, n.3, p. 525-531, 2001. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/sa/v58n3/a14v58n3.pdf > Acesso em 11 abr 2010. doi: 10.1590/S0103-90162001000300014. PEDROSO, D. C. Associação de Alternaria spp. com sementes de apiáceas: métodos de inoculação e influência na qualidade fisiológica. Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria RS. 118f. (Dissertação de Mestrado). RAMOS, N.P. et al. Envelhecimento acelerado em sementes de rúcula (Eruca sativa L.). Revista Brasileira de Sementes, v. 26, n.1, p. 98-103, 2004. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbs/v26n1/a15v26n1.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2010. doi: 10.1590/S0101-31222004000100015. RODO, A. B. et al. Metodologia alternativa do teste de envelhecimento acelerado para sementes de cenoura. Scientia Agrícola, v. 57, n.1, p. 289-292, 2000. ROSSETTO, C.A.V.; MARCOS FILHO, J. Comparação entre os métodos de envelhecimento acelerado e de deterioração controlada para avaliação da qualidade fisiológica de sementes de soja. Scientia Agricola, v. 52, n.2, p. 123-131, 1995. RIBEIRO, F.C.; CARVALHO, N.M. The saturated salt accelerated aging method seems to act lencentry on carrot, lettuce and broccoli seeds germination. In: INTERNATIONAL SEED TESTING CONGRESS SEED SYMPOSIUM, 26., 2001, Angers. Abstracts Zürich: ISTA, 2001. p.39-40. 9

SALISBURY, F. B.; ROSS, C. W. Plant physiology. 4 ed. Belmont: Wadsworth, 1992. 682p. TORRES, S. B. Teste de envelhecimento acelerado em sementes de erva-doce. Revista Brasileira de Sementes, v. 26, n.2, p. 20-24, 2004. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/rbs/v26n2/24485.pdf>. Acesso em: 20 jul. 2010. doi: 10.1590/S0101-31222004000200004. TORRES, S. B.; MARCOS FILHO, J. Teste de envelhecimento acelerado em sementes de maxixe (Cucumis anguria L.). Revista Brasileira de Sementes, Brasília, DF, v. 23, n. 2, p. 108-112, 2001. TORRES, S.B.; MARCOS FILHO, J. Accelerated aging of melon seeds. Scientia Agrícola, v. 60, p. 77-82, 2003. TUNES, L.M. et al. Teste de envelhecimento acelerado em cevada. Magistra, v. 21, n.2, p. 111-119, 2009. 10