DIAGNÓSTICO DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO

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Transcrição:

MPS - Ministério da Previdência Social SPS - Secretaria de Previdência Social DIAGNÓSTICO DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO BRASÍLIA, ATUALIZADO EM 27/02/2003

ASPECTOS CONCEITUAIS, ESTRUTURA E FATORES CONDICIONANTES

A PREVIDÊNCIA POSSUI DOIS GRANDES OBJETIVOS Garantir a reposição de renda dos seus segurados contribuintes quando não mais puderem trabalhar Evitar pobreza entre as pessoas que, por contingências demográficas, biológicas ou acidente não possam participar, por meio do mercado de trabalho, do processo de produção da riqueza nacional

BENEFÍCIOS ESPECIAIS Existem contribuições não-monetárias à sociedade que embasam o direito à percepção de benefícios. Ex.: aposentadoria a ex-combatentes. Requerem definição de uma fonte de financiamento específica e adequada, que não seja a folha salarial tradicional

A PREVIDÊNCIA SOCIAL ESTÁ INSERIDA EM UM CONCEITO MAIS AMPLO QUE É O DA SEGURIDADE SOCIAL FOLHA DE SALÁRIOS (exclusiva para pagamento de benefícios da Previdência) FATURAMENTO LUCRO LÍQUIDO FINANCIAMENTO

ESTRUTURA DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO TRABALHADORES DO SETOR PRIVADO Obrigatório, nacional, público, sistema de repartição, subsídios sociais, benefício definido: teto de R$ 1.561,56. Admite Fundo de Previdência Complementar. Administrado pelo INSS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS Obrigatório, público, níveis federal, estadual e municipal, sistema de repartição, beneficio definido = última remuneração. Admite Fundo de Previdência Complementar. Administrado pelos respectivos governos MILITARES FEDERAIS Obrigatório, público, nível federal, sistema de repartição, benefício definido = última remuneração Administrado pelo governo federal. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR Optativo, Privado, administrado por fundos de pensão abertos ou fechados, sistema de capitalização, fiscalizado pelo MPS e MF

SISTEMAS DE REPARTIÇÃO X CAPITALIZAÇÃO SISTEMA DE REPARTIÇÃO SIMPLES Recursos recolhidos dos contribuintes atuais são destinados a cobrir os gastos com os aposentados de hoje É um pacto social entre gerações, em que os ativos financiam os inativos. Exemplo de países: Brasil, EUA, França, Alemanha, Espanha. SISTEMA DE CAPITALIZAÇÃO Baseado na idéia de poupança individual Cada segurado realiza contribuições que são depositadas em uma conta específica e acumuladas ao longo da vida ativa do trabalhador No momento da aposentadoria, terá direito a receber de volta uma renda vitalícia baseada na contribuição ao sistema, acrescido dos rendimentos do capital Exemplo de país: Chile

POR QUE A ADOÇÃO DO REGIME DE CAPITALIZAÇÃO É INVIÁVEL NO BRASIL? IMPLICA EM 3 TIPOS DE CUSTOS PARA A SOCIEDADE ( CUSTOS DE TRANSIÇÃO ) EM FUNÇÃO DE: continuidade do pagamento dos atuais inativos por um período de cerca de 50 anos até a cessação dos seus benefícios reconhecimento das contribuições passadas feitas pelos trabalhadores que desejam formar as suas contas individuais subsídio ou pagamento de benefício assistencial a pessoas que não têm capacidade de acumular fundos para a aposentadoria ALGUMAS ESTIMATIVAS DOS CUSTOS DE TRANSIÇÃO PARA A CAPITALIZAÇÃO INSTITUIÇÃO FIPE (1997) IBGE/IPEA (1997) FGV/RJ (1997) BANCO MUNDIAL (1995) CUSTOS DE TRANSIÇÃO 255% do PIB (RGPS e Servidores Públicos) 218% do PIB (RGPS) 250% do PIB (RGPS) 188% do PIB (RGPS) Fonte: Informe de Previdência Social (fev/98)

Em 2002, a necessidade de financiamento da Previdência foi de R$ 70,8 bilhões, sendo R$ 17,0 bilhões do RGPS e R$ 53,8 bilhões da Previdência dos servidores públicos. Para 2003, estima-se que a necessidade de financiamento chegue a R$ 80,1 bilhões. Receita, Despesa e Necessidade de Financiamento do Regime Geral de Previdência e Regime dos Servidores Públicos (em R$ bilhões e como Proporção do PIB 2001 a 2003) sem contribuição patronal Em R$ bilhões correntes 2001 2002 2003 * % PIB % PIB % PIB I - REGIME GERAL - INSS (12,8) (1,1) (17,0) (1,3) (23,8) (1,5) Contribuições ( Arrec. Líquida ) 62,5 5,2 71,0 5,5 81,6 5,1 Benefícios Previdenciários 75,3 6,3 88,0 6,8 105,4 6,6 II - PREVIDÊNCIA DOS SERVID. PÚBLICOS (50,1) (4,2) (53,8) (4,1) (56,3) (3,5) Contribuições 6,3 0,5 7,2 0,6 7,7 0,5 Despesa c/ Inativos e Pensionistas 56,4 4,7 61,0 4,7 64,0 4,0 União (25,9) (2,2) (28,6) (2,2) (30,1) (1,9) Contribuições 2,2 0,2 3,1 0,2 3,6 0,2 Despesa c/ Inativos e Pensionistas 28,1 2,3 31,7 2,4 33,6 2,1 Estados (21,0) (1,7) (21,9) (1,7) (22,8) (1,4) Contribuições 3,7 0,3 3,7 0,3 3,7 0,2 Despesa c/ Inativos e Pensionistas 24,6 2,1 25,5 2,0 26,4 1,7 Municípios (3,2) (0,3) (3,3) (0,3) (3,5) (0,2) Contribuições 0,5 0,0 0,5 0,0 0,5 0,0 Despesa c/ Inativos e Pensionistas 3,7 0,3 3,8 0,3 3,9 0,2 TOTAL (63,0) (5,2) (70,8) (5,5) (80,1) (5,0) Fontes: MPS, MF/SRF, MF/STN, MPOG/Boletim Estatístico de Pessoal; INSS; PLOA 2003 e MF/MPOG/Reprogramação Orçamentária 2003 * Em 2003, dados do Regime Geral INSS = Reprogramação Orçamentária 2003 OBS.: PIB 2001 = SCN/IBGE; PIB 2002 = PLOA 2003; PIB 2003 = Reprogramação Orçamentária 2003

Em 2002, a necessidade de financiamento da Previdência foi de R$ 56,2 bilhões, sendo R$ 17,0 bilhões do RGPS e R$ 39,2 bilhões da Previdência dos servidores públicos. Para 2003, estima-se que a necessidade de financiamento chegue a R$ 64,8 bilhões. Receita, Despesa e Necessidade de Financiamento do Regime Geral de Previdência e Regime dos Servidores Públicos (em R$ bilhões e como Proporção do PIB 2001 a 2003) com contribuição patronal de 2:1 Em R$ bilhões correntes 2001 2002 2003 * % PIB % PIB % PIB I - REGIME GERAL - INSS (12,8) (1,1) (17,0) (1,3) (23,8) (1,5) Contribuições ( Arrec. Líquida ) 62,5 5,2 71,0 5,5 81,6 5,1 Benefícios Previdenciários 75,3 6,3 88,0 6,8 105,4 6,6 II - PREVIDÊNCIA DOS SERVID. PÚBLICOS (37,0) (3,1) (39,2) (3,0) (41,0) (2,6) Contribuições 19,4 1,6 21,8 1,7 23,0 1,4 Despesa c/ Inativos e Pensionistas 56,4 4,7 61,0 4,7 64,0 4,0 União (21,1) (1,8) (22,2) (1,7) (23,0) (1,4) Contribuições 7,0 0,6 9,4 0,7 10,7 0,7 Despesa c/ Inativos e Pensionistas 28,1 2,3 31,7 2,4 33,6 2,1 Estados (13,7) (1,1) (14,5) (1,1) (15,4) (1,0) Contribuições 11,0 0,9 11,0 0,8 11,0 0,7 Despesa c/ Inativos e Pensionistas 24,6 2,1 25,5 2,0 26,4 1,7 Municípios (2,3) (0,2) (2,4) (0,2) (2,5) (0,2) Contribuições 1,4 0,1 1,4 0,1 1,4 0,1 Despesa c/ Inativos e Pensionistas 3,7 0,3 3,8 0,3 3,9 0,2 TOTAL (49,8) (4,2) (56,2) (4,3) (64,8) (4,1) Fontes: MPS, MF/SRF, MF/STN, MPOG/Boletim Estatístico de Pessoal; INSS; PLOA 2003 e MF/MPOG/Reprogramação Orçamentária 2003 * Em 2003, dados do Regime Geral INSS = Reprogramação Orçamentária 2003 OBS.: PIB 2001 = SCN/IBGE; PIB 2002 = PLOA 2003; PIB 2003 = Reprogramação Orçamentária 2003

No Brasil, cerca de 77,3% das pessoas com 60 anos ou mais recebem benefícios de alguma instituição de seguridade social, incluindo benefícios assistenciais e a Previdência dos servidores públicos 81 79 77 BRASIL: Idosos de 60 anos ou mais que recebem aposentadoria ou pensão - 1992 a 1999 (Em %) 79,4 79,1 78,4 78,1 77,7 77,3 76,0 76,3 76,1 76,7 77,3 % 75 73 71 Homens 73,7 Brasil 73,7 70,7 73,2 74,8 74,9 75,3 75,8 69 68,8 67 Mulheres 65 64,8 63 Fonte: Microdados PNAD Elaboração: IPEA 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999

Fonte: IBGE Elaboração: SPS/ MPS Nos próximos 50 anos, deverá ser mantida a tendência observada nas últimas décadas de queda da taxa de crescimento populacional no Brasil 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% 3,0% 2,5% 1,9% Taxa de Crescimento Populacional média anual por década 1960/2050 1,5% 1,4% 1,2% 1,0% 0,5% 0,9% 0,6% 0,4% 0,2% 0,0% 1960/1970 1970/1980 1980/1990 1990/2000 2000/2010 2010/2020 2020/2030 2030/2040 2040/2050

Os idosos no Brasil representam 8,6% da população, o que equivale a um contingente de 14,5 milhões de pessoas. Em relação a 1991, houve um crescimento de 35,6% na quantidade total de pessoas idosas Brasil: População Total por Faixa Etária (1991-2000) 1991 2000 Var. % 2000/1991 TOTAL 146.825.475 169.799.170 15,6% 0 a 14 anos 50.988.432 50.266.122-1,4% 15 a 59 anos 85.114.338 104.997.019 23,4% 60 anos ou mais 10.722.705 14.536.029 35,6% % 60 anos ou mais / TOTAL 7,3% 8,6% - Fontes: Censos 1991 e 2000, IBGE.

O aumento do contingente de idosos deve-se basicamente a dois fatores: diminuição da taxa de natalidade... 5% Taxa de Natalidade* (1890 a 2050) - Brasil 4,7% 4,6% 4,6% 4,5% 4,5% 4,5% 4,4% 4,3% 4% 3,9% Taxa Bruta de Natalidade 3% 2% 3,2% 2,4% 2,0% 1,8% 1,6% 1,5% 1,4% 1,4% 1% 0% 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050 Fonte: IBGE * Taxa Bruta de Natalidade = Número de Nascidos Vivos / Total da População Obs. (1): Dados a partir de 2002 são projeções.

...e ao aumento da expectativa de vida, que em 2001 atingiu 68,9 anos, sendo 65,1 para homens e 72,9 para as mulheres Evolução da Expectativa de Vida ao Nascer no Brasil (1991 a 2001) 74 72 70 69,8 68,1 72,0 68,4 72,3 68,6 72,6 68,9 72,9 Anos 68 66 64 66,0 62,6 64,4 64,6 64,8 65,1 62 60 58 56 1991 1998 1999 2000 2001 Ambos os Sexos Homens Mulheres Fonte: IBGE. Elaboração: SPS/ MPS

Expectativa de Vida, em anos 89 86 83 80 77 74 71 68 65 72,9 68,9 65,1 Para a Previdência, o conceito mais adequado é o da expectativa de sobrevida. Assim, um homem de 50 anos tinha, em 2001, uma expectativa de sobrevida de mais 23,4 anos, isto é, chegará aos 73,4 anos 75,4 71,7 68,1 Expectativa de Vida no Brasil 2001 75,7 72,1 68,6 76,1 73,0 69,9 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Idade 76,7 74,1 71,4 77,8 75,6 73,4 79,6 77,9 76,1 82,3 81,2 79,9 Todos Homens Mulheres 86,4 85,8 85,4 Fontes: IBGE

As projeções indicam que a população mais idosa (topo das pirâmides) aumentará cada vez mais seu contingente em relação às pessoas mais jovens (base das pirâmides) Pirâmides Populacionais no Brasil (Em Milhões de Pessoas) 80+ 70-74 60-64 50-54 40-44 30-34 20-24 10-14 0-4 80+ 70-74 60-64 50-54 40-44 30-34 20-24 10-14 0-4 1980-10 -8-6 -4-2 0 2 4 6 8 10 Homens 2020 Mulheres -10-8 -6-4 -2 0 2 4 6 8 10 Homens Mulheres 80+ 70-74 60-64 50-54 40-44 30-34 20-24 10-14 0-4 80+ 70-74 60-64 50-54 40-44 30-34 20-24 10-14 0-4 2000-10 -8-6 -4-2 0 2 4 6 8 10 Homens 2050 Mulheres -10-8 -6-4 -2 0 2 4 6 8 10 Homens Mulheres Fonte: IBGE

A década de 90 foi marcada pela deterioração das relações formais de trabalho, com queda de 13,7 pontos percentuais na participação dos trabalhadores com carteira assinada entre 1990 e 2000. Por outro lado, verificou-se um aumento da participação dos conta-própria e empregados sem carteira BRASIL: Estrutura da População Ocupada (1990 a 2002 janeiro a novembro) 4,5% 4,5% 4,4% 4,4% 4,3% 4,5% 4,7% 4,6% 4,6% 4,6% 4,6% 4,2% 4,1% 18,5% 20,3% 21,0% 21,1% 21,9% 22,1% 23,0% 23,4% 23,3% 23,8% 23,6% 23,2% 22,6% 19,3% 21,0% 22,2% 23,2% 23,9% 24,2% 25,1% 25,0% 25,7% 26,6% 27,9% 27,2% 27,8% 57,7% 54,2% 52,3% 51,3% 49,9% 49,1% 47,2% 47,0% 46,4% 45,0% 44,0% 45,3% 45,5% 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Empregados c/ carteira assinada Empregados s/ carteira assinada Conta-própria Empregador Fonte: Pesquisa Mensal de Emprego - PME/IBGE

REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

Milhões Entre 1994 e 2002, a quantidade de benefícios pagos pela Previdência aumentou 38,6%, passando de 15,2 milhões para 21,1 milhões. Segundo o IBGE, para cada beneficiário da Previdência Social há, em média, 2,5 pessoas beneficiadas indiretamente. Assim, em 2002, a Previdência beneficiou 74 milhões de pessoas, ou seja, 41,2% da população brasileira! 22,0 16,5 11,0 5,8 Benefícios Pagos pela Previdência Social Urbano / Rural 1994 a 2002 Em milhões de benefícios 15,2 15,7 5,8 16,5 5,8 17,5 5,9 18,2 6,1 18,8 6,3 19,6 20,0 6,5 6,6 21,1 6,9 5,5 9,4 9,9 10,7 11,6 12,1 12,6 13,1 13,4 14,3-1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Urbano Fonte: Anuário Estatístico da Previdência Social - AEPS; Boletim Estatístico de Previdência Social - BEPS Rural

390,00 380,00 O valor médio real dos benefícios da Previdência Social atingiu R$ 389,14 em 2002, o que representa um crescimento de 27% em relação a 1994 Valor Médio dos Benefícios Pagos pela Previdência Social 1993 a 2002 Em R$ de dez/02 (INPC) 384,77 389,14 370,00 370,98 360,00 350,00 359,78 364,90 340,00 341,45 330,00 329,70 320,00 310,00 300,00 317,97 313,29 306,29 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Fontes: Anuário Estatístico da Previdência Social; Boletim Estatístico da Previdência Social

100 A combinação do aumento da quantidade de benefícios pagos com o incremento do valor médio destes condicionou ao aumento da despesa nos últimos anos. Com o menor crescimento da receita, verificou-se um crescimento da necessidade de financiamento, que passou de R$ 400 milhões em 1995 para R$ 17 bilhões em 2002, em termos nominais Arrecadação Líquida, Benefícios Previdenciários e Saldo Previdenciário 1995 a 2002 Em R$ bilhões correntes 88,0 80 75,3 60 40 32,6 40,6 40,4 47,2 44,1 53,7 46,6 58,5 49,1 65,8 55,7 62,5 71,0 32,2 20 0-20 (0,4) (0,2) (3,1) (7,1) (9,4) (10,1) (12,8) (17,0) 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Fonte: INSS Arrecadação Líquida Despesas com Benefícios Previdenciários Saldo Previdenciário

MAS O QUE ESTÁ POR TRÁS DA NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL?

1. POLÍTICAS DE FOMENTO A VÁRIOS SEGMENTOS Existem subsídios legais concedidos a alguns setores que não contribuem pela regra geral, e sim por regras diferenciadas. Em 2002, as chamadas renúncias previdenciárias foram estimadas em R$ 10,08 bilhões. Para 2003, as renúncias devem chegar a R$ 11,05 bilhões. Renúncias de Arrecadação da Previdência Social 2000 a 2003 Em R$ bilhões correntes Segmento 2000* 2001* 2002* 2003* Segurado Especial 2,85 3,20 3,55 3,89 SIMPLES 1,94 1,40 1,55 1,70 Entidades Filantrópicas 1,68 1,79 1,99 2,18 Empregador Rural - Pessoa Física e Jurídica 0,68 0,77 0,85 0,93 Empregador Doméstico 0,18 0,20 0,22 0,24 Clube de Futebol Profissional 0,05 0,06 0,07 0,07 Exportações - Emenda Constitucional nº 33 - - 1,30 1,42 CPMF (Renúncia de Receita e Aumento da Despesa) 0,35 0,47 0,55 0,61 Certificados da Dívida Pública - CDPs 0,08 0,03 0,02 - Total das Renúncias 7,81 7,92 10,08 11,05 Fonte: GFIP, IDÉIA, Fluxo de Caixa - INSS * Valores estimados, sujeitos a revisão

1,60% 1,40% Excluindo-se os impactos das renúncias, chegar-se-ia, em 2002, a uma necessidade de financiamento de 0,53% do PIB Necessidade de Financiamento da Previdência Social com e sem renúncia ncia fiscal % do PIB 2000 a 2003 1,49% 1,31% 1,20% 1,07% % do PIB 1,00% 0,80% 0,91% 0,80% 0,60% 0,40% 0,20% 0,53% 0,41% 0,21% 2000 2001 2002 2003 * Necessidade de financiamento verificada Necessidade de financiamento se não houvesse Renúncia Fonte: GFIP; IDÉIA; INSS; SCN/IBGE; PLO 2003; Reprogramação Orçamentária 2003 Elaboração:SPS/MPS * Projeção Obs.: PIB 2001 = SCN/IBGE; PIB 2002 = PLOA 2003; PIB 2003 e Necessidade de Financiamento 2003 = Reprogramação Orçamentária 2003

mais de 10 2. POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE RENDA VIA AUMENTO REAL DO SALÁRIO MÍNIMO Dentre os 21,1 milhões de benefícios pagos em 2002, 65,9% possuíam o valor de um salário mínimo, o que representa um contingente de 13,9 milhões de beneficiários. Com os reajustes reais no valor do salário mínimo, milhões de beneficiários têm o seu poder aquisitivo elevado, o que impacta significativamente na redução da pobreza 0,1% Distribuiçã ção o da Quantidade de Beneficiários, segundo faixas de valores dos benefícios Em Pisos Previdenciários rios (Posiçã ção o dez/2002) Pisos Previdenciários 9-10 8-9 7-8 6-7 5-6 4-5 3-4 2-3 0,0% 0,1% 0,9% 2,0% 3,0% 4,4% 4,7% 6,9% 1-2 12,0% = 1 65,9% 0 2 4 6 8 10 12 14 Fontes: Boletim Estatístico da Previdência Social Milhões de Beneficiários

Excluindo os efeitos do reajuste real do salário mínimo, a necessidade de financiamento chegaria a 0,99% do PIB em 2002 1,4% Necessidade de Financiamento do RGPS, se não n o houvesse reajuste real do salário mínimo m a partir de 2000 e se não o houvesse renúncia ncia fiscal % do PIB 1999 a 2002 1,31% 1,2% 1,07% 1,0% 0,97% 0,91% 0,99% % do PIB 0,8% 0,6% 0,85% 0,84% 0,4% 0,41% 0,53% 0,2% 0,26% 0,21% 0,0% Fonte: SPS/MPAS; GFIP; IDÉIA; INSS; IBGE; PLO 2003 Elaboração:SPS/MPS Obs.: PIB 2001 e 2002 = PLO de 2003 1999 2000 2001 2002 Necessidade de financiamento verificada Necessidade de financiamento se não houvesse Renúncia Necessidade de financiamento sem aumento real do salário mínimo

3. POLÍTICA DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA DA ÁREA URBANA PARA A RURAL Em 2002, a necessidade de financiamento da área rural representou 86,9% da necessidade total. Nos anos anteriores, a necessidade de financiamento foi essencialmente rural. Arrecadação Líquida, Despesa com Benefícios Previdenciários e Saldo Previdenciário - Urbano e Rural (1997 a 2002) - Valores em R$ milhões correntes - Ano Clientela Arrecadação Líquida (a) Benefícios Previdenciários (b) Saldo (a b) 1997 1998 1999 2000 2001 2002 TOTAL 44.148 47.249 (3.101) Urbano 42.670 38.182 4.488 Rural 1.478 9.067 (7.589) TOTAL 46.641 53.743 (7.102) Urbano 45.301 43.872 1.429 Rural 1.340 9.870 (8.531) TOTAL 49.128 58.540 (9.412) Urbano 47.801 47.886 (85) Rural 1.327 10.654 (9.328) TOTAL 55.715 65.787 (10.072) Urbano 54.172 53.614 558 Rural 1.543 12.173 (10.630) TOTAL 62.492 75.328 (12.836) Urbano 60.651 60.711 (60) Rural 1.841 14.617 (12.776) TOTAL 71.028 88.027 (16.999) Urbano 68.726 70.954 (2.228) Rural 2.302 17.072 (14.770) Fonte: Fluxo de Caixa INSS; Boletim Estatístico da Previdência Social; Informar/INSS

CONCLUI-SE QUE, POR TRÁS DA NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, EXISTE Política de subsídios a atividades filantrópicas, a micro e pequenas empresas, a trabalhadores domésticos e do campo, a empresas rurais, a exportação da produção rural e até a atividades desportivas Uma política de distribuição de renda por meio de aumentos reais conferidos ao salário-mínimo Uma política de transferência de renda da área urbana para a rural

Com as regras atuais, o cenário futuro aponta para uma necessidade de financiamento relativamente controlada no curto e médio prazos. Nos próximos 18 anos, essa necessidade deverá permanecer entre 1,38% e 1,69% do PIB. Este cenário abre algumas janelas de oportunidades para que a discussão sobre ajustes no RGPS seja feita com menos urgência, ao longo das próximas 2 décadas Projeção da Necessidade de Financiamento em relação ao PIB 2002 a 2021 2,0% % PIB 1,5% 1,38% 1,39% 1,38% 1,41% 1,43% 1,45% 1,48% 1,50% 1,52% 1,54% 1,56% 1,57% 1,58% 1,59% 1,60% 1,61% 1,63% 1,66% 1,69% 1,0% 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Fonte e elaboração: SPS/MPS Obs.: Nesta projeção são consideradas hipóteses de crescimento de longo prazo do PIB de 3,5%, inflação de 3,5% ao ano e de reajustes do salário mínimo e dos demais benefícios correspondentes à variação da inflação; no curto prazo, foi utilizado o cenário do Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2003.

Evolução da Idade Média de Aposentadoria por Tempo de Contribuição Urbana 1998-2002 54,0 53,2 53,0 51,8 52,0 52,3 52,0 Idade, em anos 51,0 50,0 49,0 48,9 48,0 47,0 46,0 1998 1999 2000 2001 2002 Fonte: SINTESE/DATAPREV

COM UM CENÁRIO DE RELATIVO CONTROLE DA NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO EM RELAÇÃO AO PIB E COM O GRADATIVO AJUSTE NAS CONCESSÕES DAS ATCs, O FOCO NO RGPS DEVE PASSAR POR MEDIDAS DE CARÁTER GERENCIAL Combate à sonegação e fraudes Melhoria nos serviços de atendimento Incentivos à filiação e contribuição Ampliação do esforço de recuperação de créditos Aumento da arrecadação

Em 1999, 34% dos brasileiros viviam abaixo da linha de pobreza. Se não fosse a Previdência, este percentual seria de 45,3%, ou seja, a Previdência foi responsável por uma redução de 11,3 pontos percentuais no nível de pobreza, o que significa que 18,1 milhões de pessoas deixaram de ser pobres. Previdência e Pobreza no Brasil 1999 Descrição Quantidade de Pessoas 1999 % sobre Total População Total 160.336.471 100,0 Nº de Pobres Observado (a) 54.514.400 34,0 Nº de Pobres se não houvesse Previdência (b) 72.632.421 45,3 (b) (a) 18.118.021 11,3 Fonte: PNAD 1999 Elaboração: DISOC/IPEA Obs: Linha de Pobreza = R$98,00

O grau de pobreza entre os idosos é substancialmente inferior ao da população mais jovem e, caso não houvesse as transferências previdenciárias, a pobreza entre os idosos triplicaria. Grau de Pobreza por Idade 1999 80 70 % de pobres 60 50 40 LINHA DE POBREZA ESTIMADA CASO NÃO HOUVESSE TRANSFERÊNCIAS DA PREVIDÊNCIA 30 20 LINHA DE POBREZA OBSERVADA 10 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 Fonte: PNAD 1999 Elaboração: DISOC/IPEA Obs: Linha de Pobreza = R$98,00 Idade (em anos)

A maior parte da renda dos idosos provém da Previdência. Em 1999, 54,1% da renda de um homem idoso provinha de aposentadoria, enquanto 35,6% era oriunda do trabalho. No caso das mulheres, a aposentadoria representava 44,3% e a pensão contribuía com 33,3% do rendimento, enquanto apenas 12,0% provinha do rendimento do trabalho. Renda dos Idosos, por Fonte de Rendimento Participação % - 1995 a 1999 60% 50% 40% 30% 50,6% 48,8% 39,2% 39,1% HOMENS 50,0% 40,2% 53,3% 54,1% 35,4% 35,6% 60% 50% 40% 30% MULHERES 49,2% 45,0% 45,9% 45,6% 31,8% 30,3% 31,8% 31,1% 44,3% 33,3% 20% 20% 10% 9,5% 10,9% 9,0% 10,7% 9,7% 0,7% 1,1% 0,8% 0,6% 0,6% 10% 12,0% 11,9% 11,6% 11,3% 12,0% 11,2% 11,9% 11,0% 8,4% 10,5% 0% 1995 1996 1997 1998 1999 Rendimento do Trabalho Rendimento de Aposentadoria Rendimento de Pensão Outros Rendimentos 0% 1995 1996 1997 1998 1999 Rendimento do Trabalho Rendimento de Aposentadoria Rendimento de Pensão Outros Rendimentos Fonte: Perfil dos Idosos Responsáveis por Domicílios no Brasil - 2000, IBGE. Obs. (1): Foram utilizados os microdados das PNADs de 1995 a 1999. Obs. (2): Idoso = Pessoa com 60 anos ou mais.

ESTUDO DE CASO: IMPACTOS QUALITATIVOS DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS EM COMUNIDADES DA AMAZÔNIA - LIVRO AMAZÔNIA CIDADÃ* Valorização das tradições e cultura locais (uso comunitário dos recursos, sendo o idoso o principal provedor) Seguro agrícola na entressafra Dinamização da economia local Financiamento de pequenas produções Fixação do homem no campo Diminuição da mortalidade infantil Fomento da cultura da documentação (entrada no mundo conhecido pelo Estado) Aumento das representações políticas municipais, estaduais e nacionais de indígenas e outros povos da região Diminuição da prostituição infantil, devastação ecológica, tráfico de drogas e violência rural * ALVAREZ, Gabriel Omar. Amazônia Cidadã: Previdência Social entre as populações tradicionais da região norte do Brasil: MPAS, 2002. 195 p., il. (Coleção Previdência Social, Série Especial, V.L.). Fotografia de: Nicolas Reynard.

BRASIL: : CONTRIBUINTES X NÃO- CONTRIBUINTES DA POPULAÇÃO OCUPADA TOTAL* - 2001 - Existem 40,7 milhões de brasileiros que estão fora do sistema previdenciário, o que representa 57,7% da população ocupada total... CONTRIBUINTES (a) NÃO- CONTRIBUINTES (b) TOTAL (c=a+b) % de Cobertura (a/c) % de Não- Cobertura (b/c) 29.883.440 40.696.703 70.580.143 42,3 57,7 Fonte: PNAD 2001/IBGE Elaboração: Secretaria de Previdência Social/MPS * Pessoas de 10 anos ou mais. Exclui militares e estatutários.

...mas nem todos podem contribuir. EXCLUINDO (i) pessoas que recebem menos de 1 salário mínimo e (ii) pessoas com idade inferior a 16 anos e superior a 59 anos, chega-se a 18,7 milhões de pessoas potenciais contribuintes à Previdência Social POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO CONTRIBUINTES X POTENCIAIS CONTRIBUINTES POR POSIÇÃO NA OCUPAÇÃO NA POPULAÇÃO OCUPADA RESTRITA* - 2001 Contribuintes Potenciais Contribuintes Total % de Cobert. (A) (B) (C) (A/C) Emprega dos 22.886.767 7.671.263 30.558.030 74,9 Empregados com carteira 21.464.289-21.464.289 100,0 Empregados sem carteira 1.422.478 7.671.263 9.093.741 15,6 Trabalha dor Doméstico 1.554.479 1.780.123 3.334.602 46,6 Trabalhador doméstico com carteira 1.443.737-1.443.737 100,0 Trabalhador doméstico sem carteira 110.742 1.780.123 1.890.865 5,9 Por conta-própria 2.219.627 8.222.945 10.442.572 21,3 Empregador 1.698.505 1.042.283 2.740.788 62,0 Não re munerados** 6.118 6.878 12.996 47,1 TOTAL 28.365.496 18.723.492 47.088.988 60,2 Fonte: PNAD 2001/IBGE Elaboração: Secretaria de Previdência Social/MPS * Pessoas de 16 anos a 59 anos e com rendimento igual ou acima de 1 salário-mínimo (R$ 180,00 = set/01). Exclui militares e estatutários. ** São trabalhadores que não recebem rendimentos do trabalho, mas possuem outras fontes de renda

PREVIDÊNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO

PREVIDÊNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO Regimes Próprios da União: Poder Executivo Poder Judiciário Poder Legislativo Militares Possibilidade propiciada pela Constituição de 88 e pelo RJU (Lei 8.112/90) Todos os 27 Estados e DF; 2.140 Municípios (38,5% do total). Os demais 3.419 Municípios estão vinculados ao RGPS/INSS. Fonte: SPS/MPS

Quantidade de Servidores da União, Estados e Capitais Ente Ativos Inativos Pensionistas União 1 851.372 538.426 404.279 Estados 2.560.958 1.035.576 514.173 Capitais 2 332.117 93.182 44.401 Total 3.744.447 1.667.184 962.853 Fonte: Boletim Estatístico de Pessoal dez-02/mpog; Secretarias de Administração Estaduais e Secretarias de Administração Estaduais 1 Posição em nov/02, excluindo-se os servidores de empresas públicas e sociedades de economia mista 2 Não há informações sobre Boa Vista/RR, Manaus/AM, Rio Branco/AC e Rio de Janeiro/RJ

As regras de concessão e valor do benefício são distintas entre RPPS e RGPS Regras de Elegibilidade e Cálculo do Benefício Aposentadoria por Tempo de Contribuição (ATC) - Regra de Transição - Aposentadoria por Tempo de Contribuição (ATC) - Regra Permanente - RPPS - Tempo de Contribuição = 35/30 anos para homem/mulher + pedágio - Idade Mínima = 53/48 anos para homem/mulher - Valor do Benefício = último salário - sem teto* - Tempo de Contribuição = 35/30 anos para homem/mulher - Idade Mínima = 60/55 anos para homem/mulher - Valor do Benefício = último salário, sem teto* RGPS NÃO HÁ - Tempo de Contribuição = 35/30 anos para homem/mulher - Sem idade mínima - Valor do Benefício = 80% dos melhores salários desde jul/94 x Fator Previdenciário - com teto Fonte: SPS/MPS * Dispositivo constitucional que prevê teto não foi regulamentado.

As regras de tempo mínimo de contribuição e permanência para acesso a benefício são distintas entre RPPS e RGPS Tempo mínimo de contribuição e permanência para acesso a benefício Aposentadoria por Tempo de Contribuição - ATC RPPS - 10 anos no Setor Público, 5 anos no cargo em que se dá a aposentadoria - tempo faltante para completar 35/30 anos de tempo de contribuição pode ser averbado com tempo de contribuição no RGPS RGPS - 35/30 anos de tempo de contribuição Fonte: SPS/MPS

As regras de reajuste dos benefícios são distintas entre RPPS e RGPS Regras de Reajuste do Benefício RPPS - Vinculação entre ativos e inativos ("paridade") RGPS - Preservação do valor real do benefício (nos últimos anos, INPC) Fonte: SPS/MPS

Os tipos de contribuintes são distintos para cada Regime de Previdência Contribuintes do RGPS e do RPPS Segurados/Contribuintes Pessoa s Física s Contribuintes Pa trona is RPPS Servidor Público de Cargo Efetivo (Art. 40 da Constitiução Federal) União, Estados e Municípios RGPS Em pregado Trabalhador Avulso Contribuinte Individual Segurado Especial Em pregado Doméstico Facultativo Em presa Urbana Empregador Rural Pessoa Física Empregador Rural Pessoa Jurídica Em pregador Doméstico Clube de Futebol Fonte: SPS/MPS

As alíquotas e bases de incidência de contribuições previdenciárias diferem conforme o Regime Alíquotas e Bases de Incidência Contribuintes Pessoas Físicas RPPS Contribuintes Pessoas Físicas Alíquotas Base de Incidência Na União - 11% Remuneração Total do Servidor Servidor Público de Cargo Efetivo (Art. 40 da Constitiução Federal) Nos Estados e Municípios - Conforme legislação própria RGPS Remuneração Total do Servidor Contribuintes Pessoas Físicas Alíquotas Base de Incidência Empregado, Trabalhador Avulso 7,65%, 8,65%, 9% e 11% Salário até o teto de contribuiç ão* e Empregado Doméstico conforme faixa de salário Rendimento até o teto de Contribuinte Individual 20% contribuição* Valor delcarado pelo contribuinte Facultativo 20% até o teto de contribuição* 2,1% (inclui contribuiç ão ao Comercialização da Produç ão Rural Segurado Especial seguro acidente de trabalho) * Atualmente o valor do teto de contribuição e benefício previdenciário é de R$ 1.561,56 Fonte: SPS/MPS

As alíquotas e bases de incidência de contribuições previdenciárias diferem conforme o Regime Alíquotas e Bases de Incidência Contribuintes Patronais RPPS Contribuintes Patronais Alíquotas Base de Incidência Conforme legislação própria União, Estados e Munícipios até o limite de duas vezes a alíquota de contribuição do Remuneração Total do Servidor servidor RGPS Contribuintes Patronais Alíquotas Base de Incidência Total da folha salarial sem teto de Empresa Urbana 20% contribuição 2,1% (inclui contribuição ao Comercialização da Produção Rural Empregador Rural Pessoa Física seguro acidente de trabalho) Empregador Rural Pessoa 2,6% (inclui contribuição ao Comercialização da Produção Rural Jurídica seguro acidente de trabalho) Salário do empregado até o teto de Empregador Doméstico 12% contribuição Clube de Futebol 5% Receita Bruta Fonte: SPS/MPS

Evolução da Quantidade de Ativos, Inativos e Pensionistas Civis e Militares da União sem Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista - 1995 a 2002 - (Em milhares de pessoas) 1000,0 950,0 900,0 850,0 800,0 750,0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 * Ativos 981,9 975,8 958,2 897,9 931,1 927,4 896,0 851,4 Inativos e Pensionistas 802,7 859,6 875,9 912,7 926,3 931,9 937,4 942,7 Fonte: Boletim Estatístico de Pessoal dez-2002/mpog * Posição em nov/2002

Idade Média de Ingresso no Serviço Público Federal por Concurso Público 1995 a 2002 Ano Idade 1995 31 1996 33 1997 34 1998 33 1999 33 2000 35 2001 33 2002* 34 Fonte: Boletim Estatístico de Pessoal dez-2002/mpog * Posição em nov/2002

A estrutura etária do funcionalismo implica continuidade da tendência de custos crescentes Distribuição Etária dos Servidores Civis do Executivo Federal (posição em nov/02) IDADE Qtde % Até 40 anos 132.048 28,8 De 41 a 50 anos 204.677 44,6 De 51 a 60 anos 102.350 22,3 Mais de 60 anos 19.632 4,3 Total 458.707 100,0 Fonte: Boletim Estatístico de Pessoal dez-2002/mpog

Idade média de aposentadoria (Integral e Proporcional) dos Servidores Civis no Poder Executivo Posição em Dezembro 70 60 57 58 56 57 55 56 53 53 54 55 56 54 Idade Média (em anos) 50 40 30 20 10 0 1999 2000 2001 2002 * Homens Mulheres Ambos Fonte: SIAPE/SRH/MPOG; Boletim Estatístico de Pessoal dez/02 * Posição em novembro/2002 Obs.: A amostra utilizada no cálculo corresponde à parcela dos servidores que possuem em seu cadastro a informação referente à data da aposentadoria

Valor Médio dos Benefícios Previdenciários no Serviço Público Federal e no RGPS (média de dezembro/01 a novembro/02) R$ correntes SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Valores (R$) Executivos (civis) 1 2.272,00 Ministério Público da União 12.571,00 Banco Central do Brasil 7.001,00 Militares 4.265,00 Legislativo 7.900,00 Judiciário 8.027,00 RGPS Aposentadorias por Tempo de Contribuição 744,04 Aposentadorias por Idade 243,10 TOTAL DOS BENEFÍCIOS 2 374,89 Fontes: Boletim Estatístico da Previdência Social; Boletim Estatístico de Pessoal dez-02 / SRH/MPOG; STN/MF 1 Exclui Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista; inclui Administração Direta, Autarquias, Fundações, Ministério Público da União e Banco Central do Brasil 2 Inclui benefícios previdenciários e acidentários, e exclui benefícios assistenciais

11,7 anos É o tempo médio de serviço dos servidores anterior à entrada no Regime Próprio da União, ou seja, em média o servidor trabalhou 11,7 anos antes de ingressar na União. Este tempo pode ter sido exercido tanto no RGPS como em algum outro regime próprio.

A soma do descasamento entre contribuições e benefícios projetados para todos os atuais integrantes do RPPS da União/Estados (civis e militares) em 2001 é igual a R$ 673, 3 bilhões (61% do PIB). Isso inviabiliza a adoção de regime baseado na capitalização plena Passivo Atuarial da União e dos estados (R$ milhões 2001) Estado Ativos Inativos Patrimônio Líquido Déficit Atuarial São Paulo 19.327 28.189 NI 47.516 Rio de Janeiro 21.666 25.865 7.824 39.706 Minas Gerais 11.344 16.545 2.209 25.679 Rio Grande do Sul 8.743 12.753 1.703 19.793 Bahia 6.446 9.401 1.255 14.591 Paraná 720 13.848 918 13.596 Santa Catarina 3.596 9.035 12.631 Pernambuco 4.565 6.659 NI 11.225 Outros Estados 32.652 43.607 4.018 72.241 TOTAL ESTADOS 109.059 165.902 17.927 256.978 Civis 46.104 132.050-178.154 Militares 61.634 176.531 238.165 TOTAL UNIÃO 107.738 308.581 416.319 TOTAL UNIÃO/ESTADOS 216.797 474.483 17.927 673.297 Fonte: Avaliações atuariais, DRAAs e projeções atuariais enviados à CGAET.

UNIÃO - Poder Executivo Civis (Massa Aberta*) Estimativa da Evolução da Necessidade de Financiamento - 2003 a 2030-30,0 20,4 25,1 20,6 25,4 15,2 17,5 14,8 17,8 15,5 18,4 15,9 19,0 16,4 19,5 16,9 20,0 17,3 20,5 17,7 21,0 18,3 21,6 18,9 22,2 19,2 22,6 19,4 22,9 19,5 23,1 19,6 23,3 19,6 23,4 19,6 23,5 19,7 23,6 19,6 23,7 19,7 23,8 19,6 23,8 19,6 23,9 19,7 24,0 19,8 24,2 19,9 24,4 20,0 24,6 20,2 24,8 27,5 25,0 22,5 20,0 17,5 15,0 12,5 10,0 2029 2030 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 Valores em R$ bilhões Com a contribuição da UNIÃO Sem a contribuição da UNIÃO Fonte: SPS/MPS * Considera a reposição de servidores

Evolução da Necessidade de Financiamento dos Militares, desconsiderando contrapartida da União - 2002 a 2032-10,8 10,9 11,0 11,1 11,3 11,4 11,5 11,6 11,7 11,9 12,0 12,2 12,4 12,6 12,9 13,1 13,2 13,5 13,8 14,0 14,0 14,1 14,2 14,4 14,5 15,1 16,0 15,7 15,9 16,0 16 15 14 13 12 11 10 2030 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 R$ Bilhões 2031 Fonte e

UNIÃO - Poder Executivo - Civis e Militares (Massa Aberta*) Estimativa da Evolução da Necessidade de Financiamento - 2003 a 2030-34,3 41,4 24,1 28,4 23,8 28,9 24,6 29,6 25,2 30,2 25,8 30,9 26,3 31,5 26,9 32,1 27,5 32,8 28,2 33,5 29,0 34,3 29,4 34,8 29,8 35,4 30,2 35,8 30,5 36,2 30,7 36,5 30,9 36,7 31,2 37,1 31,5 37,5 31,7 37,7 31,7 37,8 31,8 37,9 32,0 38,2 32,2 38,6 32,4 38,9 33,1 39,7 33,7 40,5 34,1 41,0 42,50 40,00 37,50 35,00 32,50 30,00 27,50 25,00 22,50 20,00 2030 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 Valores em R$ bilhões Fonte: SPS/MPS * Considera a reposição de servidores Com a contribuição da UNIÃO Sem a contribuição da UNIÃO

Problemas e Diretrizes - Regime Próprio dos Servidores Públicos - 1 2 3 PROBLEMAS DIRETRIZES Diferenciação entre os regimes previdenciários no Brasil (Regime Geral de Previdência Social RGPS X Regime Próprio de Previdência Social). Passivo atuarial dos atuais servidores públicos, ativos e inativos do regimes próprios de previdência, bem como distorções do atual regime próprio dos servidores públicos. Passivo atuarial do regime previdenciário dos militares federais, bem como distorções existentes neste regime. Possível aprovação do Projeto de Lei Complementar n.º 9, de 1999, estabelecendo para os novos servidores públicos o teto de benefício previsto no RGPS. Estabelecimento de regras que reduzam o passivo atuarial dos regimes próprios e corrijam as distorções do sistema. Estabelecimento de regras que melhorem a situação do regime previdenciário, no que tange ao passivo atuarial. Além disso, é necessária a revisão de benefícios não embasados em princípios previdenciários.

A REFORMA DA PREVIDÊNCIA É NECESSÁRIA. ESTE É O MOMENTO DE A SOCIEDADE REFLETIR SOBRE COMO VIABILIZAR NO LONGO PRAZO UM SISTEMA PREVIDENCIÁRIO SOCIALMENTE JUSTO E ECONOMICAMENTE VIÁVEL