REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. RENATO BARTH PIRES Juiz Federal Mestre em Direito pela PUC/SP Professor da Faculdade de Direito da PUC/SP

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Transcrição:

REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL RENATO BARTH PIRES Juiz Federal Mestre em Direito pela PUC/SP Professor da Faculdade de Direito da PUC/SP

Regimes de Previdência RGPS Leis nºs 8.213/91 e Lei 8.212/91. Composto pelos segurados obrigatórios e facultativos, que percebem seus benefícios através do INSS; RPPS Lei nº 8.112/90 e alterações. Composto pelos servidores públicos civis da União, autarquias e fundações públicas federais RPPE e RPPM Composto pelos servidores Estaduais e Municipais, sua normatização é dada pela CF no artigo 149 1º c/c artigo 40 da CF, além de leis estaduais e municipais. RPPC Este tipo de regime pode ser aberto ou fechado: Aberto - quando todos têm acesso. Ex; Titulo de capitalização previdenciária do Banco do Brasil. Fiscalizadas pela SUSEP MF; Fechado quando apenas certos empregados de uma empresa tem acesso. Ex: Telos. Fiscalizada pelo MPS; RPM Previsto nos artigos 42 e 142 da CF

Regime Geral de Previdência Social Constituição Federal artigo 201 Lei nº 8.213/91 (Lei de Benefícios do RGPS) Lei nº 8.212/91 (Lei de Custeio do RGPS) Decreto nº 3.048/99 (Regulamento da Previdência Social). Instrução Normativa INSS nº 77/2015 ( Estabelece rotinas para agilizar e uniformizar o reconhecimento de direitos dos segurados e beneficiários da Previdência Social ).

Regime Próprio de Previdência Social É o foco das nossas aulas. Previdência do servidor público da União; Regras constitucionais aplicáveis a todos os regimes próprios (União, Estados e Municípios). Regras gerais sobre custeio. Benefícios em espécie Tópicos sobre o processo judicial no regime próprio.

Regime Próprio de Previdência Social Premissas: 1) Fundamento constitucional diferente (arts. 201-202 e 40), mas princípios similares (tanto gerais quanto específicos da seguridade social art. 194); 2) Direito à Previdência Social continua a ser um direito social fundamental (art. 6º), inclusive quando se trata de Regime Próprio.

Regime Próprio de Previdência Social Constituição Federal Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: XII - previdência social, proteção e defesa da saúde; 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

Regime Próprio de Previdência Social Constituição Federal Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. [redação dada pela EC nº 41/2003]. 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, 3º, X.

Cargo em comissão exclusivo Art. 40. 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de previdência social. Lei nº 8.213/91: Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas físicas: I - como empregado: g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais.

Cargo efetivo Lei nº 8.213/91: Art. 12. O servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações, são excluídos do Regime Geral de Previdência Social consubstanciado nesta Lei, desde que amparados por regime próprio de previdência social. 1º Caso o servidor ou o militar venham a exercer, concomitantemente, uma ou mais atividades abrangidas pelo Regime Geral de Previdência Social, tornar-se-ão segurados obrigatórios em relação a essas atividades. 2º Caso o servidor ou o militar, amparados por regime próprio de previdência social, sejam requisitados para outro órgão ou entidade cujo regime previdenciário não permita a filiação, nessa condição, permanecerão vinculados ao regime de origem, obedecidas as regras que cada ente estabeleça acerca de sua contribuição.

Cargo efetivo PREVIDENCIÁRIO E CONSTITUCIONAL. LEI ESTADUAL QUE INCLUIU NO REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SEGURADOS QUE NÃO SÃO SERVIDORES DE CARGOS EFETIVOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NECESSÁRIA VINCULAÇÃO AO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. 1. O art. 40 da Constituição de 1988, na redação hoje vigente após as Emendas Constitucionais 20/98 e 41/03, enquadra como segurados dos Regimes Próprios de Previdência Social apenas os servidores titulares de cargo efetivo na União, Estado, Distrito Federal ou Municípios, ou em suas respectivas autarquias e fundações públicas, qualidade que não aproveita aos titulares de serventias extrajudiciais. 2. O art. 95 da Lei Complementar 412/2008, do Estado de Santa Catarina, é materialmente inconstitucional, por incluir como segurados obrigatórios de seu RPPS os cartorários extrajudiciais (notários, registradores, oficiais maiores e escreventes juramentados) admitidos antes da vigência da Lei federal 8.935/94 que, até 15/12/98 (data da promulgação da EC 20/98), não satisfaziam os pressupostos para obter benefícios previdenciários. 3. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente, com modulação de efeitos, para assegurar o direito adquirido dos segurados e dependentes que, até a data da publicação da ata do presente julgamento, já estivessem recebendo benefícios previdenciários juntos ao regime próprio paranaense ou já houvessem cumprido os requisitos necessários para obtê-los. (STF, ADI 4641, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 11/03/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-067 DIVULG 09-04-2015 PUBLIC 10-04-2015)

Magistrados, membros do MP e dos Tribunais de Contas Constituição Federal Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; [redação da Emenda nº 20/98]. Art. 129. [...] 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. Art. 73. [...] 3 Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40. Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios.

Magistrados, membros do MP e dos Tribunais de Contas Redação original do art. 93, VI: a aposentadoria com proventos integrais é compulsória por invalidez ou aos setenta anos de idade, e facultativa aos trinta anos de serviço, após cinco anos de exercício efetivo na judicatura ; (Portanto, admitia um regramento diferenciado para a Magistratura). Inclusão discutida no STF: ADI 3308, 3363, 4802 e 4803 (nenhuma delas julgadas Relator Ministro GILMAR MENDES primeira ação distribuída em 2004).

Características do Regime Próprio 1) Caráter contributivo e solidário (art. 40, caput ); Solidariedade contributiva? Prêmio por tempo de serviço? 2) Equilíbrio financeiro e atuarial Reformas? Emendas 20/98, 41/2003, 47/2005, 70/2012 e 88/2015. PEC 287/2016.

Custeio do Regime Próprio Constituição Federal Art. 40, caput : mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas. Art. 249. Com o objetivo de assegurar recursos para o pagamento de proventos de aposentadoria e pensões concedidas aos respectivos servidores e seus dependentes, em adição aos recursos dos respectivos tesouros, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão constituir fundos integrados pelos recursos provenientes de contribuições e por bens, direitos e ativos de qualquer natureza, mediante lei que disporá sobre a natureza e administração desses fundos.

Lei nº 9.717/98 Dispõe sobre regras gerais para a organização e o funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos militares dos Estados e do Distrito Federal e dá outras providências. Principais tópicos: Art. 1º - Regras de funcionamento e organização dos regimes próprios. Art. 2º - Contribuição do ente público não pode ser menor do que a contribuição do servidor ativo, bem maior do que o dobro desta. 1º - Tesouros respectivos cobrem os rombos. Art. 3º - Contribuição dos ativos de Estados, Municípios/DF não pode ser menor do que dos ativos da União; contribuição dos inativos e das pensões deve ser igual à dos ativos.

Lei nº 10.887/2004 Art. 4º A contribuição social do servidor público ativo de qualquer dos Poderes da União, incluídas suas autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será de 11% (onze por cento), incidentes sobre: I - a totalidade da base de contribuição, em se tratando de servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do regime de previdência complementar para os servidores públicos federais titulares de cargo efetivo e não tiver optado por aderir a ele; II - a parcela da base de contribuição que não exceder ao limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, em se tratando de servidor: a) que tiver ingressado no serviço público até a data a que se refere o inciso I e tenha optado por aderir ao regime de previdência complementar ali referido; ou b) que tiver ingressado no serviço público a partir da data a que se refere o inciso I, independentemente de adesão ao regime de previdência complementar ali referido.

Lei nº 10.887/2004 Portanto, regimes contributivos diferenciados: 1) Quem ingressou antes dos sistemas de previdência complementar e optou pelas regras anteriores, paga 11% sobre o bruto; 2) Quem ingressou depois, paga 11% só até o teto de contribuição do RGPS hoje R$ 5.531,31 (tem contribuição adicional no regime complementar 6,5% a 8,5% no Funpresp-Jud; 7,5% a 8,5% no Funpresp-Exe) 3) Quem ingressou antes, mas optou por migrar para a previdência complementar, paga também 11% só até o teto de contribuição do RGPS (tem contribuição adicional no regime complementar).

Lei nº 10.887/2004 Início dos sistemas de previdência complementar: 1) Para os servidores federais, com a Lei nº 12.618/2012; Decreto nº 7.808/2012 criou o FUNPRESP-EXE (servidores do Executivo, Legislativo, ministros e servidores do Tribunal de Contas da União); autorizado a funcionar para o Executivo pela Portaria nº 44, de 04.02.2013, da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC). Para o Legislativo, Portaria PREVIC nº 239, de 07.5.2013 Resolução STF nº 496, de 25.10.2012, que criou o FUNPRESP-JUD (membros e servidores do Poder Judiciário da União e aos ocupantes de cargos efetivos do MPU e do CNJ). Aplicável para todo membro e servidores efetivos de todo o Judiciário Federal (inclui Tribunais Superiores, CNJ e MPU) que ingressaram a partir de 14.10.2013. 2) Para os servidores estaduais e municipais, de acordo com as leis respectivas; SPPREV-COM (servidores do Estado de São Paulo que ingressaram a partir de 21.01.2013).

MP 805/2017 Art. 4º A contribuição social do servidor público ativo de quaisquer dos Poderes da União, incluídas as suas autarquias e fundações, para a manutenção do respectivo regime próprio de previdência social, será calculada mediante a aplicação das seguintes alíquotas: (Redação dada pela Medida Provisória nº 805, de 2017) I - onze por cento sobre a parcela da base de contribuição cujo valor seja igual ou inferior ao limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 805, de 2017) II - quatorze por cento sobre a parcela da base de contribuição que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS. (Redação dada pela Medida Provisória nº 805, de 2017) ADI 5809 (PSOL); ADI 5812 (AJUFE, ANAMATRA e AMB): http://www.ajufe.org/images/noticias/maior/amb-anamatra-ajufe-stf-adi-mp- 805-Inicial.pdf

No STF: EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Previdenciário. Servidor público. Contribuição previdenciária. Alíquota progressiva. Impossibilidade. Precedentes. 1. Esta Corte já decidiu que a instituição de alíquotas progressivas para a contribuição previdenciária dos servidores públicos ofende o princípio da vedação à utilização de qualquer tributo com efeito de confisco (art. 150, inciso IV, da Constituição Federal). 2. Agravo regimental não provido. (RE 346197 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 16/10/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-222 DIVULG 09-11-2012 PUBLIC 12-11-2012) CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL ALÍQUOTA PROGRESSIVA IMPOSSIBILIDADE Consoante assentado por ambas as Turmas do Supremo, ausente previsão constitucional expressa, revela-se inconstitucional ato instituidor de alíquotas progressivas de contribuição destinada à seguridade social exigida de servidor público. MULTA AGRAVO ARTIGO 557, 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Surgindo do exame do agravo o caráter manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil. (RE 679710 AgR, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 18/03/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-065 DIVULG 01-04-2014 PUBLIC 02-04-2014)

Lei nº 10.887/2004 Base de cálculo e exclusões: 1º. Vantagens não incorporáveis aos proventos de aposentadoria: RE 593.068, em regime de repercussão geral julgamento suspenso por pedido de vista do Min. Gilmar Mendes.

Contribuição de inativos e pensionistas Breve histórico sobre as contribuições dos servidores públicos: Antes de 1988: aposentadoria era prêmio por tempo de serviço, custeada pelo Tesouro da União/Estados/Município e DF. Constituição de 1988: manteve o caráter não contributivo; Emenda nº 3/93: 40, 6º: As aposentadorias e pensões dos servidores públicos federais serão custeadas com recursos provenientes da União e das contribuições dos servidores, na forma da lei. Emenda nº 20/98: equilíbrio financeiro e atuarial ; Lei nº 9.783/99: contribuição de 11% sobre o total da remuneração dos ativos, inativos e pensionistas; STF: ADIn nº 2.010: é inconstitucional a contribuição sobre inativos e pensionistas, já que nãoa autorizada pela Constituição Federal. Emenda nº 41/2003: Art. 40, caput : mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas.

Contribuição de inativos e pensionistas 1. Inconstitucionalidade. Seguridade social. Servidor público. Vencimentos. Proventos de aposentadoria e pensões. Sujeição à incidência de contribuição previdenciária. Ofensa a direito adquirido no ato de aposentadoria. Não ocorrência. Contribuição social. Exigência patrimonial de natureza tributária. Inexistência de norma de imunidade tributária absoluta. Emenda Constitucional nº 41/2003 (art. 4º, caput). Regra não retroativa. Incidência sobre fatos geradores ocorridos depois do início de sua vigência. Precedentes da Corte. Inteligência dos arts. 5º, XXXVI, 146, III, 149, 150, I e III, 194, 195, caput, II e 6º, da CF, e art. 4º, caput, da EC nº 41/2003. No ordenamento jurídico vigente, não há norma, expressa nem sistemática, que atribua à condição jurídico-subjetiva da aposentadoria de servidor público o efeito de lhe gerar direito subjetivo como poder de subtrair ad aeternum a percepção dos respectivos proventos e pensões à incidência de lei tributária que, anterior ou ulterior, os submeta à incidência de contribuição previdencial. Noutras palavras, não há, em nosso ordenamento, nenhuma norma jurídica válida que, como efeito específico do fato jurídico da aposentadoria, lhe imunize os proventos e as pensões, de modo absoluto, à tributação de ordem constitucional, qualquer que seja a modalidade do tributo eleito, donde não haver, a respeito, direito adquirido com o aposentamento. 2. Inconstitucionalidade. Ação direta. Seguridade social. Servidor público. Vencimentos. Proventos de aposentadoria e pensões. Sujeição à incidência de contribuição previdenciária, por força de Emenda Constitucional. Ofensa a outros direitos e garantias individuais. Não ocorrência. Contribuição social. Exigência patrimonial de natureza tributária. Inexistência de norma de imunidade tributária absoluta. Regra não retroativa. Instrumento de atuação do Estado na área da previdência social. Obediência aos princípios da solidariedade e do equilíbrio financeiro e atuarial, bem como aos objetivos constitucionais de universalidade, equidade na forma de participação no custeio e diversidade da base de financiamento [...] (ADI 3105, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. CEZAR PELUSO, Tribunal Pleno, julgado em 18/08/2004, DJ 18-02-2005 PP-00004 EMENT VOL-02180-02 PP-00123 RTJ VOL-00193-01 PP-00137 RDDT n. 140, 2007, p. 202-203) Reconheceu a inconstitucionalidade apenas da criação de bases de cálculo diferenciadas entre servidores federais, estaduais e municipais.

Abono de permanência em serviço Art. 2º, 5º, da Emenda nº 41/2003: valor pago ao servidor que, embora já tenha completado os requisitos para aposentadoria, opta por permanecer em atividade. Valor igual ao da contribuição previdenciária que incidiria sobre a remuneração do servidor e será pago até que este complete as exigências para a aposentadoria compulsória. Este abono vinha previsto, de forma um tanto diversa, no art. 3º, 1º, da Emenda nº 20/98, e consistia, na verdade, em regra de imunidade tributária, já que determinava a não-incidência da contribuição previdenciária sobre a remuneração dos servidores que permanecessem em atividade, mesmo já tendo completado os requisitos para a aposentadoria. Lógica financeira ou orçamentária na alteração da regra, promovida pela EC nº 41/2003. A imunidade prevista na EC nº 20/98 fazia com que nenhum valor fosse recolhido aos cofres do RPPS; ao substituir a imunidade pelo abono, a contribuição ingressa nos cofres do RPPS e valor do abono passa a ser pago pela Administração Pública.

Reflexões sobre as reformas 1) Sistemas complementares resolvem a questão financeira/atuarial para o futuro; serão necessárias reformas para os atuais servidores? Regras de transição proporcionais e razoáveis? 2) Tendência para igualar os regimes que deve ser uma via de mão dupla (contribuição do inativo, contribuição sem teto, FGTS, etc.).

Benefícios em espécie - premissas 1) Tempus regit actum ; Princípio válido no RGPS e também no Regime Próprio Exemplos: Súmula 359 do STF: Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários. Súmula 240 do STJ: A lei aplicável à pensão por morte previdenciária é aquela vigente na data do óbito do segurado. 2) Segurança jurídica, direito adquirido, proteção da confiança ou expectativa de direito?

Princípio da segurança jurídica Segurança jurídica é o conjunto de condições que tornam possível às pessoas o conhecimento antecipado e reflexivo das consequências diretas de seus atos e de seus fatos à luz da liberdade que lhes é reconhecida. Exemplos: do princípio da anterioridade em matéria tributária (artigo 150, III, b e c ), do princípio da irretroatividade da lei tributária (artigo 150, III, a ), da irretroatividade da lei penal incriminadora (artigo 5º, XXXIX e XL) e do princípio da anterioridade da lei eleitoral (artigo 16 da CF e ADIn 3.685/DF, Rel. ELLEN GRACIE). Previsibilidade dos comportamentos humanos.

Princípio da segurança jurídica Outros exemplos: garantias relativas ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada (art. 5º, XXXVI, da Constituição). O direito adquirido é aquele que, decorrente de um fato ou ato praticado de acordo com a ordem jurídica, se incorporou definitivamente à pessoa ou ao patrimônio de seu titular. E se não requerer o benefício? A lei não prejudicará... E a Constituição? STF e o direito adquirido a um regime jurídico (inúmeros precedentes)

Princípio da proteção da confiança Dimensão subjetiva da segurança jurídica. Obriga o Poder Público ao dever de respeito e tutela das expectativas que cria em razão de uma conduta sua. São os casos em que atos do Poder Público fazem emergir para o Administrado uma justa expectativa quanto à permanência dos efeitos dos atos praticados. São expressões da proteção da confiança, por exemplo, a existência de regras de transição entre regimes jurídicos, a impossibilidade de retroação de novos entendimentos, assim como o dever de coerência do Poder Público, impedindo mudanças caprichosas de critérios decisórios (Luís Roberto Barroso, prefácio em ARAÚJO, Valter Shuenquener, O princípio da proteção da confiança, 2ª ed., Niteroi: Impetus, 2016, s/ p.). CPC : "a modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada e específica, considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da confiança e da isonomia" (art. 927, 4º). O próprio legislador concluiu, assim, que a pacificação da jurisprudência em determinado sentido faz nascer para o jurisdicionado uma justa expectativa de que se deve comportar nos termos já decididos. Assim, uma revisão daquele entendimento pacificado não pode ser feito de modo a colher de surpresa o jurisdicionado, ao contrário, deve ser cercada de todas as cautelas.

Princípio da proibição do retrocesso O princípio da proibição do retrocesso no STF: Os servidores públicos, que não tinham completado os requisitos para a aposentadoria quando do advento das novas normas constitucionais, passaram a ser regidos pelo regime previdenciário estatuído na Emenda Constitucional nº 41/2003, posteriormente alterada pela Emenda Constitucional nº 47/2005 (ADI 3.504, Rel. Carmen Lúcia, DJe 09.11.2007, p. 29). O princípio da proibição do retrocesso impede, em tema de direitos fundamentais de caráter social, que sejam desconstituídas as conquistas já alcançadas pelo cidadão ou pela formação social em que ele vive. - A cláusula que veda o retrocesso em matéria de direitos a prestações positivas do Estado (como o direito à educação, o direito à saúde ou o direito à segurança pública, v.g.) traduz, no processo de efetivação desses direitos fundamentais individuais ou coletivos, obstáculo a que os níveis de concretização de tais prerrogativas, uma vez atingidos, venham a ser ulteriormente reduzidos ou suprimidos pelo Estado. Doutrina. Em consequência desse princípio, o Estado, após haver reconhecido os direitos prestacionais, assume o dever não só de torná-los efetivos, mas, também, se obriga, sob pena de transgressão ao texto constitucional, a preservá-los, abstendo-se de frustrar - mediante supressão total ou parcial - os direitos sociais já concretizados (ARE 639.337 AgR, Rel. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 15.9.2011).

Em resumo Jurisprudência do STF bastante restritiva no tema; Ou é direito adquirido, ou é mera expectativa de aquisição de direitos, que pode ser modificada por alteração constitucional ou legislativa futura. Tema para novos estudos

Benefícios em espécie Aposentadoria por invalidez permanente Aposentadoria compulsória por idade Aposentadorias voluntárias (por idade e tempo de contribuição) Aposentadorias especiais Pensão por morte Licenças maternidade, paternidade e adoção Licenças para tratamento de saúde (comum e acidentária)

Aposentadoria por invalidez permanente Incapacidade laborativa permanente do agente público, declarada por junta médica oficial (art. 186, I e 3º da Lei nº 8.112/90). Só é cabível se não for possível a readaptação ( é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica art. 24). Não depende de tempo mínimo de serviço público ou de contribuição.

Aposentadoria por invalidez permanente 1ª Regra Servidor que ingressou até 31.12.2003 (data da EC nº 41/2003), que se aposentou ou venha a se aposentar por invalidez permanente (art. 40, 1º, I, da CF/88, c/c EC nº 70/2012) Tempo mínimo Não há Cálculo do benefício Teto do benefício Reajuste Proventos integrais calculados com base na remuneração do cargo efetivo em que se der a aposentadoria quando a invalidez decorrer de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei Proventos proporcionais nos demais casos Última remuneração no cargo efetivo Paridade com os servidores em atividade

Aposentadoria por invalidez permanente 2ª Regra Servidor que ingressou depois de 31.12.2003 (art. 40, 1º, I, da CF/88 regra permanente) Tempo mínimo Não há Cálculo do benefício Teto do benefício Reajuste Proventos proporcionais ao tempo de contribuição. Proventos integrais, calculados pela média das contribuições, limitados à remuneração no cargo efetivo - se a invalidez decorrer de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei Última remuneração no cargo efetivo Sem paridade. Os proventos serão reajustados na mesma data e índices dos reajustes dos benefícios no RGPS

Lei nº 8.112/90 Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atribuições do cargo exercido. Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano: I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo; II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. Art. 186. O servidor será aposentado: 1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada.

Rol taxativo ou exemplificativo? CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ COM PROVENTOS INTEGRAIS. ART. 40, 1º, I, DA CF. SUBMISSÃO AO DISPOSTO EM LEI ORDINÁRIA. 1. O art. 40, 1º, I, da Constituição Federal assegura aos servidores públicos abrangidos pelo regime de previdência nele estabelecido o direito a aposentadoria por invalidez com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. O benefício será devido com proventos integrais quando a invalidez for decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei. 2. Pertence, portanto, ao domínio normativo ordinário a definição das doenças e moléstias que ensejam aposentadoria por invalidez com proventos integrais, cujo rol, segundo a jurisprudência assentada pelo STF, tem natureza taxativa. 3. Recurso extraordinário a que se dá provimento. (RE 656860, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Tribunal Pleno, julgado em 21/08/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-181 DIVULG 17-09- 2014 PUBLIC 18-09-2014)

Aposentadoria compulsória por idade Art. 40, II redação original 70 anos, com proventos proporcionais ao tempo de serviço; EC 20/98 mesma regra art. 40, 1º, II. EC 88/2015: Art. 40. 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos 3º e 17: II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;

Aposentadoria compulsória por idade EC 88/2015 alterou o ADCT: Art. 100. Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do 1º do art. 40 da Constituição Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União aposentar-se-ão, compulsoriamente, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, nas condições do art. 52 da Constituição Federal. Submeteu os Ministros a uma nova sabatina pelo Senado Federal (!). STF: ADI 5.316: a) deferiu em parte a cautelar para sustar a expressão; b) proibiu a aplicação do restante do art. 100 até que fosse editada a Lei Complementar (que, no caso dos Magistrados, é de iniciativa do STF art. 93). c) suspendeu toda e qualquer decisão que assegure a aposentadoria aos 75 anos a qualquer servidor antes das leis complementares

Aposentadoria compulsória por idade Lei Complementar nº 152, de 03.12.2015 Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade: I - os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações; II - os membros do Poder Judiciário; III - os membros do Ministério Público; IV - os membros das Defensorias Públicas; V - os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas. Parágrafo único. Aos servidores do Serviço Exterior Brasileiro, regidos pela Lei nº 11.440, de 29 de dezembro de 2006, o disposto neste artigo será aplicado progressivamente à razão de 1 (um) ano adicional de limite para aposentadoria compulsória ao fim de cada 2 (dois) anos, a partir da vigência desta Lei Complementar, até o limite de 75 (setenta e cinco) anos previsto no caput.

Aposentadoria compulsória por idade 1ª Regra Servidor que preencheu os requisitos até 16.12.1998 (art. 3º da EC nº 41/2003, c/c art. 40, II, da CF/88 redação original) Idade 70 anos (homem ou mulher) Cálculo do beneficio Base de cálculo Reajuste Proventos proporcionais ao tempo de serviço Última remuneração Paridade com os servidores em atividade

Aposentadoria compulsória por idade 2ª Regra Servidor que preencheu os requisitos entre 16.12.1998 e até 31.12.2003 (art. 3º da EC nº 41/2003, c/c art. 40, 1º, II, da CF/88 redação da Emenda nº 20/98) Idade 70 anos (homem ou mulher) Cálculo do beneficio Base de cálculo Reajuste Proventos proporcionais ao tempo de contribuição Última remuneração Paridade com os servidores em atividade

Aposentadoria compulsória por idade 3ª Regra Servidor que preencheu os requisitos depois de 31.12.2003 (regra permanente art. 40, 1º, II, da CF redação da EC 20/98, c/c art. 40, 3º e 8º da CF redação da EC nº 41/2003 e art. 40, 1º, II, da CF redação da EC nº 88/2015) Idade Originalmente: 70 anos (homem ou mulher) Cálculo do beneficio Teto do benefício Reajuste Hoje: 75 anos (homem ou mulher) EC nº 88/2015, c/c LC 152/2015. Proventos proporcionais ao tempo de contribuição, com base na média aritmética simples das maiores remunerações (80% de todo o período contributivo art. 1º da Lei nº 10.887/2004). Remuneração do servidor no cargo efetivo Sem paridade. Os proventos serão reajustados na mesma data e índices dos reajustes dos benefícios no RGPS

Aposentadorias voluntárias 1ª Regra Aposentadoria voluntária integral servidores que ingressaram e completaram todos os requisitos antes da EC nº 20, de 16.12.1998 (art. 3º da EC nº 41/2003 art. 40, III, da CF/88 texto original) Tempo de serviço Homem Mulher Professores Cálculo do benefício Reajuste 35 anos de serviço 30 anos de serviço 30 anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor; 25 anos, se professora Integralidade dos proventos, com base na última remuneração, permitida a incorporação de vantagens pessoais Paridade com os servidores em atividade

Aposentadorias voluntárias 2ª Regra Aposentadoria voluntária proporcional servidores que ingressaram e completaram todos os requisitos antes da EC nº 20, de 16.12.1998 (art. 3º da EC nº 41/2003 art. 40, III, da CF/88 texto original) Tempo de serviço Homem Mulher Cálculo do benefício Base de cálculo Reajuste 30 anos de serviço 25 anos de serviço Proporcional ao tempo de serviço Última remuneração, permitida a incorporação de vantagens pessoais Paridade com os servidores em atividade

Aposentadorias voluntárias 3ª Regra Aposentadoria voluntária por idade proporcional servidores que ingressaram e completaram todos os requisitos antes da EC nº 20, de 16.12.1998 (art. 3º da EC nº 41/2003 art. 40, III, da CF/88 texto original) Homem 65 anos de idade Mulher Cálculo do benefício Base de cálculo Reajuste 60 anos de idade Proporcional ao tempo de serviço Última remuneração, permitida a incorporação de vantagens pessoais Paridade com os servidores em atividade

Aposentadorias voluntárias 4ª Regra Aposentadoria voluntária por tempo de contribuição servidores que ingressaram até ou após 16.12.1998 e preencheram todos os requisitos entre 16.12.1998 e 31.12.2003 (art. 3º da EC nº 41/2003 art. 40, 1º, III, a da CF/88, com a redação da EC nº 20/98) Tempo mínimo de contribuição Requisitos básicos cumulativos Idade mínima Tempo mínimo no serviço público Tempo mínimo no cargo em que se dará a aposentadoria Homem 35 anos 60 anos 10 anos 5 anos Mulher 30 anos 55 anos 10 anos 5 anos Professores: requisitos de idade e tempo de contribuição são reduzidos em 5 anos, desde que comprovem exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. Cálculo do benefício Integralidade da remuneração no cargo efetivo Teto do benefício Reajuste Última remuneração no cargo efetivo Paridade com os servidores em atividade

Aposentadorias voluntárias 5ª Regra Aposentadoria voluntária por idade servidores que ingressaram até ou após 16.12.1998 e preencheram todos os requisitos entre 16.12.1998 e 31.12.2003 (art. 3º da EC nº 41/2003 art. 40, 1º, III, a da CF/88, com a redação da EC nº 20/98) Requisitos básicos cumulativos Idade mínima Tempo mínimo no serviço público Tempo mínimo no cargo em que se dará a aposentadoria Homem 65 anos 10 anos 5 anos Mulher 60 anos 10 anos 5 anos Cálculo do benefício Teto do benefício Reajuste Proporcional ao tempo de contribuição com base na remuneração do cargo efetivo Última remuneração no cargo efetivo Paridade com os servidores em atividade

Aposentadorias voluntárias 6ª Regra Aposentadoria voluntária integral por tempo de contribuição servidores que ingressaram até 16.12.1998 e preencheram todos os requisitos entre 16.12.1998 e 31.12.2003 (Direito adquirido à regra de transição - art. 3º da EC nº 41/2003 c/c art. 8º da EC nº 20/98) Tempo mínimo de contribuição Requisitos básicos cumulativos Pedágio* Idade mínima Tempo mínimo no cargo em que se dará a aposentadoria Homem 35 anos 20% 53 anos 5 anos Mulher 30 anos 20% 48 anos 5 anos *Pedágio: é o tempo de contribuição equivalente a 20% do período que, em 16.12.1998, faltava para atingir o tempo mínimo de contribuição **Professores: na apuração do tempo de serviço até 16.12.1998, deverá ser computado como acréscimo o percentual de 17% (homem) ou 20% (mulher), desde que a aposentadoria seja calculada exclusivamente com tempo efetivo em funções de magistério. ***Magistrados, membros do MP e de Tribunal de Contas: se homem, o tempo de serviço até 16.12.1998 terá um acréscimo de 17%. Cálculo do benefício Teto do benefício Reajuste Integralidade da remuneração no cargo efetivo Última remuneração no cargo efetivo Paridade com os servidores em atividade

Aposentadorias voluntárias 7ª Regra Aposentadoria voluntária proporcional por tempo de contribuição servidores que ingressaram até 16.12.1998 e preencheram todos os requisitos entre 16.12.1998 e 31.12.2003 (Direito adquirido à regra de transição - art. 3º da EC nº 41/2003 c/c art. 8º, 1º da EC nº 20/98) Tempo mínimo de contribuição Requisitos básicos cumulativos Pedágio* Idade mínima Tempo mínimo no cargo em que se dará a aposentadoria Homem 30 anos 40% 53 anos 5 anos Mulher 25 anos 40% 48 anos 5 anos *Pedágio: é o tempo adicional de contribuição equivalente a 40% do período que, em 16.12.1998, faltava para atingir o tempo mínimo de contribuição Cálculo do benefício Teto do benefício Reajuste Proporcionalidade dos proventos equivalentes a 70% do valor máximo que o servidor poderia obter, acrescido de 5% por ano de contribuição que supere o tempo de contribuição mais o pedágio. Última remuneração no cargo efetivo Paridade com os servidores em atividade

Aposentadorias voluntárias 8ª Regra Aposentadoria voluntária proporcional por tempo de contribuição servidores que ingressaram até 16.12.1998 e preencheram todos os requisitos após 31.12.2003 (Regra de transição - art. 2º da EC nº 41/2003) Tempo mínimo de contribuição Requisitos básicos cumulativos Pedágio* Idade mínima Tempo mínimo no cargo em que se dará a aposentadoria Homem 35 anos 20% 53 anos 5 anos Mulher 30 anos 20% 48 anos 5 anos *Pedágio: é o tempo de contribuição equivalente a 20% do período que, em 16.12.1998, faltava para atingir o tempo mínimo de contribuição **Professores: na apuração do tempo de serviço até 16.12.1998, deverá ser computado como acréscimo o percentual de 17% (homem) ou 20% (mulher), desde que a aposentadoria seja calculada exclusivamente com tempo efetivo em funções de magistério. ***Magistrados, membros do MP e de Tribunal de Contas: se homem, o tempo de serviço até 16.12.1998 terá um acréscimo de 17%. Cálculo do benefício Média aritmética simples das maiores remunerações (80% de todo o período contributivo, conforme a Lei nº 10.887/2004), com o redutor (ver quadros seguintes). Teto do benefício Última remuneração no cargo efetivo Reajuste Sem paridade. Os proventos serão reajustados na mesma data e índices dos reajustes dos benefícios no RGPS

Aposentadorias voluntárias 1º Redutor para a 8ª Regra servidor que completou os requisitos mínimos até 31.12.2005 Idade Homem/Mulher % a reduzir (3,5% ao ano) % a receber 53/48 24,5% 75,5% 54/49 21% 79% 55/50 17,5% 82,5% 56/51 14% 86% 57/52 10,5% 89,5% 58/53 7% 93% 59/54 3,5% 96,5% 60/55 0 100%

Aposentadorias voluntárias 2º Redutor para a 8ª Regra servidor que completou os requisitos mínimos a partir de 01.01.2006 Idade Homem/Mulher % a reduzir (5% ao ano) % a receber 53/48 35% 65% 54/49 30% 70% 55/50 25% 75% 56/51 20% 80% 57/52 15% 85% 58/53 10% 90% 59/54 5% 95% 60/55 0 100%

Aposentadorias voluntárias 9ª Regra Aposentadoria voluntária integral por tempo de contribuição servidores que ingressaram até 16.12.1998 e preencheram todos os requisitos após 31.12.2003 (Regra de transição - art. 3º da EC nº 47/2005) Tempo mínimo de contribuição Idade com redutor* Requisitos básicos cumulativos Tempo mínimo no serviço público Tempo mínimo de carreira Tempo mínimo no cargo em que se dará a aposentadoria Homem 35 anos *60 anos 25 anos 15 anos 5 anos Mulher 30 anos *55 anos 25 anos 15 anos 5 anos *Redutor: reduzir um ano de idade para cada ano a mais que supere o tempo mínimo de contribuição (fórmula 85/95 homem/mulher) ver quadro no próximo item Cálculo do benefício Teto do benefício Integralidade dos proventos Teto remuneratório do serviço público Reajuste Paridade com os servidores em atividade

Aposentadorias voluntárias Fórmula para aplicação do redutor da 9ª Regra Sexo H M H M H M H M H M H M Tempo de contribuição 35 30 36 31 37 32 38 33 39 34 40 35 Idade 60 55 59 54 58 53 57 52 56 51 55 50 L 95 85 95 85 95 85 95 85 95 85 95 85

Aposentadorias voluntárias 10ª Regra Aposentadoria voluntária por tempo de contribuição servidores que ingressaram até 31.12.2003 preencheram todos os requisitos a qualquer tempo (art. 6º da EC nº 41/2003) Tempo mínimo de contribuição Requisitos básicos cumulativos Idade mínima Tempo mínimo no serviço público Tempo mínimo na carreira Tempo mínimo no cargo em que se dará a aposentadoria Homem 35 anos 60 anos 20 anos 10 anos 5 anos Mulher 30 anos 55 anos 20 anos 10 anos 5 anos Cálculo do benefício Teto do benefício Reajuste Integralidade da remuneração no cargo efetivo Teto remuneratório do serviço público Paridade com os servidores em atividade

Aposentadorias voluntárias 11ª Regra Aposentadoria voluntária por tempo de contribuição servidores que ingressaram a partir de 01.01.2004, ou que não optaram pelas regras de transição dos arts. 2º e 6º da EC nº 41/2003 ou do art. 3º da EC nº 47/2005 (art. 40, 1º, III, a, da CF/88) Tempo mínimo de contribuição Requisitos básicos cumulativos Idade mínima Tempo mínimo no serviço público Tempo mínimo no cargo em que se dará a aposentadoria Homem 35 anos 60 anos 10 anos 5 anos Mulher 30 anos 55 anos 10 anos 5 anos Professores: requisitos de idade e tempo de contribuição são reduzidos em 5 anos, desde que comprovem exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio Cálculo do benefício Média aritmética simples das maiores remunerações (80% de todo o período contributivo, conforme a Lei nº 10.887/2004). Teto do benefício Reajuste Última remuneração no cargo efetivo Sem paridade. Os proventos serão reajustados na mesma data e índices dos reajustes dos benefícios no RGPS.

Aposentadorias voluntárias 12ª Regra Aposentadoria por idade servidores que ingressaram a partir de 01.01.2004, ou que não optaram pelas regras de transição dos arts. 2º e 6º da EC nº 41/2003 ou do art. 3º da EC nº 47/2005) (art. 40, 1º, III, b, da CF/88) Requisitos básicos cumulativos Idade mínima Tempo mínimo no serviço público Tempo mínimo no cargo em que se dará a aposentadoria Homem 65 anos 10 anos 5 anos Mulher 60 anos 10 anos 5 anos Cálculo do benefício Teto do benefício Reajuste Proporcional ao tempo de contribuição, com base na média aritmética simples das maiores remunerações (80% de todo o período contributivo, conforme a Lei nº 10.887/2004). Última remuneração no cargo efetivo Sem paridade. Os proventos serão reajustados na mesma data e índices dos reajustes dos benefícios no RGPS.

Aposentadorias especiais Art. 40. 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98) 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) I - portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) II - que exerçam atividades de risco; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005).

Aposentadorias especiais Normas constitucionais de eficácia limitada. Mandado de injunção: Art. 5º [...] LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;

Aposentadorias especiais MANDADO DE INJUNÇÃO - NATUREZA. Conforme disposto no inciso LXXI do artigo 5º da Constituição Federal, conceder-se-á mandado de injunção quando necessário ao exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Há ação mandamental e não simplesmente declaratória de omissão. A carga de declaração não é objeto da impetração, mas premissa da ordem a ser formalizada. MANDADO DE INJUNÇÃO - DECISÃO - BALIZAS. Tratando-se de processo subjetivo, a decisão possui eficácia considerada a relação jurídica nele revelada. APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, 1º, da Lei nº 8.213/91. (MI 721, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 30/08/2007, DJe-152 DIVULG 29-11-2007 PUBLIC 30-11-2007 DJ 30-11-2007 PP-00029 EMENT VOL-02301-01 PP-00001 RTJ VOL- 00203-01 PP-00011 RDDP n. 60, 2008, p. 134-142) Súmula vinculante 33: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.

Servidor com deficiência EMENTA Agravo regimental em mandado de injunção. Aposentadoria especial de servidores portadores de deficiência (CF/88, art. 40, 4º, I). Parcial procedência para que o pedido de aposentadoria especial seja analisado pela autoridade administrativa mediante a aplicação, no que couber, da Lei Complementar nº 142/13. Agravo regimental não provido. 1. O provimento normativo-concretizador do direito de aposentação em regime especial por servidor público alcançado na via injuncional na Suprema Corte firmou-se no sentido de se viabilizar o gozo do direito em isonomia de condições com trabalhadores da iniciativa privada. (Precedente: MI nº 721/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, Tribunal Pleno, DJe de 30/11/07). 2. Impossibilidade de o STF, em sede de mandado de injunção, substituir-se ao Parlamento na conformação dos parâmetros de aferição das condições especiais (Precedente: MI nº 844/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Rel. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, DJe de 30/9/2015). 3. Ordem concedida para viabilizar ao servidor que tenha seu pedido de aposentadoria apreciado pela autoridade administrativa competente, nos termos da Lei Complementar nº 142/13. 4. Agravo regimental não provido. (MI 6475 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 17/03/2017, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-066 DIVULG 31-03-2017 PUBLIC 03-04-2017) Portanto, também aplica a regra do RGPS.

Aposentadorias especiais Portanto: 1) Fazer requerimento administrativo, citando a jurisprudência e a súmula vinculante; 2) Verificar se o servidor não é beneficiário de mandado de injunção coletivo (são vários).

Aposentadorias especiais servidor policial EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. RECEPÇÃO CONSTITUCIONAL DO ART. 1º, INC. I, DA LEI COMPLEMENTAR N. 51/1985. ADOÇÃO DE REQUISITOS E CRITÉRIOS DIFERENCIADOS PARA A CONCESSÃO DE APOSENTADORIA A SERVIDORES CUJAS ATIVIDADES NÃO SÃO EXERCIDAS EXCLUSIVAMENTE SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS QUE PREJUDIQUEM A SAÚDE OU A INTEGRIDADE FÍSICA. 1. Reiteração do posicionamento assentado no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 3.817, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, da recepção do inc. I do art. 1º da Lei Complementar n. 51/1985 pela Constituição. 2. O Tribunal a quo reconheceu, corretamente, o direito do Recorrido de se aposentar na forma especial prevista na Lei Complementar 51/1985, por terem sido cumpridos todos os requisitos exigidos pela lei. 3. Recurso extraordinário ao qual se nega provimento. (RE 567110, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 13/10/2010, REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-068 DIVULG 08-04-2011 PUBLIC 11-04-2011 EMENT VOL-02500-02 PP-00298) ADI 3.817 mesma orientação também a partir da EC nº 20/98. Lei Complementar nº 144/2014 (servidora policial mulher); Lei Complementar nº 152/2015: revogou art. 1º, I, da LC 51/1985: portanto, aposentadoria compulsória sempre aos 75 anos (regra geral dos servidores).

Servidor ex-celetista Súmula 66 da TNU: O servidor público ex-celetista que trabalhava sob condições especiais antes de migrar para o regime estatutário tem direito adquirido à conversão do tempo de atividade especial em tempo comum com o devido acréscimo legal, para efeito de contagem recíproca no regime previdenciário próprio dos servidores públicos. STF: RE 612.358, Rel. Min. ROSA WEBER reconhecida a repercussão geral mérito ainda não julgado.

Conversão de tempo especial em comum STF: MI 4.204, Rel. Min. ROBERTO BARROSO: 1. No regime próprio de previdência dos servidores públicos, a conversão de tempo especial em comum por um fator multiplicador decorre diretamente do direito constitucional à aposentadoria especial (CF, art. 40, 4º) e não incide na proibição de cômputo de tempo ficto (CF, art. 40, 10). 2. Direito previsto no regime geral (Lei nº 8.213/1991, art. 57, 5º) que a Constituição garante no regime próprio (CF, art. 40, 12). [...]. Julgamento suspenso por pedido de vista do Min. GILMAR MENDES em 30.4.2015.

Aposentadoria especial Questões ainda em discussão: 1) Mantém a idade mínima das regras permanentes/de transição? STF: Os parâmetros alusivos à aposentadoria especial, enquanto não editada a lei exigida pelo texto constitucional, são aqueles contidos na Lei nº 8.213/91, não cabendo mesclar sistemas para, com isso, cogitar-se de idade mínima (MI 1.083, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, DJe 03.9.2010). 2) Mantém paridade/integralidade? O STF tem dito que a matéria é infraconstitucional (RE 983962 AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, DJe 08.6.2017; RE 1004811 AgR, Rel. Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, DJe 22.6.2017); ou determina que isso deva ser resolvido pela autoridade administrativa (MI 1658 AgR- AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, DJe 02.02.2015). Aposentadoria especial significa menor tempo...