Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima, (14/08/2017) Continuação de execução de alimentos, e ordem hereditária.

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Registro: DECISÃO MONOCRÁTICA. Agravo de Instrumento Processo nº Relator(a): Fábio Podestá

Transcrição:

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima, (14/08/2017) Continuação de execução de alimentos, e ordem hereditária. Execução alimentos Artigo 523 do CPC Penhora cumprimento sentença, cabe para todos os comprimentos de sentença, prazo 15 dias úteis para pagamento espontâneo, se não pagar multa de 10% + honorários de 10%, e ainda determinará o juiz o ofício para o protesto. Meio de Defesa: impugnação no prazo de 15 dias úteis (art. 525 CPC), independente de penhora ou nova intimação. Cabe Agravo de Instrumento da improcedência da impugnação e se for procedente a impugnação cabe apelação porque foi extinta a execução. Artigo 528 do CPC Prisão, especifico para alimentos. Três dias para justificar ou pagar. Defesa: justificativa do inadimplemento art. 528 2º, comprovação de fato que gera a impossibilidade absoluta, exemplo, estar preso, estar internado na UTI e for profissional autônomo sem renda que não seja proveniente do trabalho. Se perder o emprego entra com ação revisional, não cabe justificativa (entrar com ação antes de ficar em dívida), se esperar a execução para pedir a revisão não impede a prisão civil. Não precisa aguardar três meses de atraso para executar, atrasou um mês já dá para executar, a prisão é as últimas três parcelas, mais que três meses é considerado verbas indenizatórias e só cabe penhora. Se não pagar e não justificar, o juiz manda de ofício o protesto, para determinar a negativação do nome no SPC / SERASA. Pode penhorar até 50% do salário se tiver emprego o executado, exemplo, paga 20% do salário pode penhorar os 30% até totalizar 50%. 1

Prazo de prisão em regime fechado, de 1 a 3 meses, normalmente a primeira vez o juiz determina 1 mês, reincidência 2 meses, terceira vez 3 meses. Quando é preso o valor que não pagou irá virar penhora, não pode prender no por este valor. O credor dos alimentos pode optar pela penhora ao invés da prisão do devedor, artigo 528 8 CPC. Foro: competência para julgar o juiz que julgou a ação de alimentos, contudo, prerrogativa do seu domicílio do credor dos alimentos 9º. Artigo 911 do CPC Prisão / Penhora, a aplicação do artigo 911 CPC serve para executar título extra judicial de alimentos, que são decorrentes de separação e divórcio. A critério do credor poderá ser estipulado o procedimento do artigo 528, ou seja, poderá ocorrer prisão. No tribunal de justiça, o juiz tem mandado desmembrar as ações que demandam sobre dois ritos na mesma ação, pois, os ritos são completamente distintos, enquanto um são 30 dias para a pessoa se defender o outro são apenas três dias, então normalmente se entra com um incidental do artigo 523 e outro do 528, propondo simultaneamente. Ordem vocacional hereditária. Com o falecimento do autor da herança sem testamento ab intestado segue a ordem vocacional do artigo 1829 CC, herdeiros legítimos. Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais. 2

Descendentes; Ascendentes (pais, avós, bisavós); Cônjuge ou convivente sobrevivente; Irmãos (2º grau); Sobrinhos e tios (3º grau). Sobrinho tem preferência sobre os tios (artigo 1843 CC). Quarto grau: primos, tio avô e sobrinho neto, aqui não tem preferência são divididas em partes iguais. O código civil de 2002 não coloca o Estado na ordem vocacional hereditária, caso não exista ninguém da família o Estado precisa ingressar com a ação para pedir a herança, isso significa que o estado perdeu o benefício da Saisine. A sucessão no Código Civil é tratada com base no princípio de Saisine, que é a transmissão, desde logo, dos bens do de cujus aos seus herdeiros. Após a morte, a herança vai automaticamente para os herdeiros legítimos, o inventário apenas serve para formalizar essa transmissão. Quando tem herdeiro necessário (descendente, ascendente, cônjuge) não pode dispor de mais que 50% da herança por testamento ou doação como garantia da legítima. A doação feita da parte legitima pode ser anulada por ação de doação inoficiosa. Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima. 3

Sucessão dos descendentes. 1ª Hipótese. H o mem morreu em 2017 O mais próximo exclui o mais remoto. H e r d a m 5 0 % p o r c a b e ç a c a d a f i l h o. F ilho 1 Filho 2 ( p r é - m o r t o ) m o r r e u e m 2 0 1 6. Ne t o 1 (25%) Ne to 2 ( 2 5 % ) 2ª hipótese. Homem morre u em 2017 O s n e t o s 1 e 2 h e r d a m 2 5 % c a d a p o r r e p r e s e n t a ç ã o d o p a i p r é - m o r t o e m 2 0 1 6. F ilho 1 (p r é - m o r t o 2 0 1 6 ) Filho 2 ( p r é - m o r t o 2 0 1 6 ) N e to 3 Ne to 1 Ne t o 2 3 3. 3 % o u 1 / 3 3 3. 3 % o u 1 / 3 3 3. 3 % o u 1 / 3 Q u a n d o r e c e b e n a m e s m a c l a s s e é p o r c a b e ç a. C o l o c a r p o r c e n t a g e m e f r a ç ã o. Quando tem herdeiro pós morto (herdeiro que morreu antes de receber sua parte do quinhão hereditário), primeiro faz a sucessão que já está em andamento, depois faz a outra no mesmo inventário (são dois impostos de ITCMD), quem recebe a herança do primeiro inventário é o espólio do segundo (pós morto). seu inventariante. A procuração para o advogado é do espólio, representado por 4

No registro de imóveis se colocar 33,3%, costuma dar problema porque não fica 100%, logo, o ideal é colocar também em fração, caso contrário o cartório manda de volta para retificar o formal de partilhar, pois, falta uma parte para os 100% (para quem fica?), o certo é colocar o percentual e em fração mesmo se foi redondo, herdeiros pares. Contudo, no posto fiscal eletrônico na hora de preencher a guia do ITCMD para a Fazenda tem que colocar 3,34% para um dos herdeiros, senão não fecha o sistema, alguém vai recolher um pouco mais de imposto. Sucessão sem descendentes 1ª Hipótese. AVÔS PATERNOS AVÔS MATERNOS PAI (herda 50%) MÃE (herda 50%) FILHO (morto em 2017, não tem descendentes) O filho falecendo não deixando descendentes a herança vai para os ascendentes. 2ª Hipótese. AVÔS PATERNOS AVÔS MATERNOS PAI (herda 100%) MÃE (pré-morta em 2016) FILHO (morto em 2017, não tem descendentes) 5

Lembrando que a representação só se dá em linha reta para descendente, nunca para ascendente, assim nesta hipótese o pai recebe 100%. Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente. 3ª Hipótese. Avô paterno 25% Avó paterna 25% Avô materno 50% Avó materna (pré-morto em 2016). PAI (pré-morto 2016) MÃE (pré-morta em 2016) FILHO (morto em 2017, não tem descendentes) Exceção da exceção: metade para cada linha. paternos (25% cada) e 50% para o avô materno. 50% para os Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente. 1º Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas. 2º Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna. (Grifo nosso). 6

4ª Hipótese. Avô paterno Avó paterna Avô paterno Avó paterna Avô materno Avó materna (pré-morta 2016) PAI 1 (pré-morto 2016) PAI 2 (pré-morto 2016) MÃE (pré-morta em 2016) FILHO (morto em 2017, não tem descendentes) Se tiver mais um pai (pai biológico e pai socioafetivo), e tem avô e avó paterna do segundo pai também, a sucessão se dá de acordo para que se advoga. Se para os avós paternos, tese que deve ser dividido em três partes iguais, se para os avôs maternos que deve ser dividido em metade para cada linha sucessória. Sucessão pura do cônjuge sobrevivente Cônjuge que falece e não tem descendente nem ascendente, vai para o cônjuge sobrevivente de acordo com o regime de bens. Regime Universal. Universal 50% de meação direito adquirido dela e não recolhe imposto, mais os outros 50% vai receber por sucessão, precisa recolher imposto de ITCMD da sucessão são 50%, as custas judiciais e no cartório é sobre o total 100%. Quando ingressar com a ação do inventário, as custas recolhem pelo total, monte-mor (judicial), as vezes é mais viável fazer pelo cartório, escritura pública é outra tabela, logo mais barato. 7

Separação absoluta. Separação absoluta o cônjuge morreu não deixando ascendente e nem descendentes, o cônjuge sobrevivente recebe 100% na sucessão e recolhe ITCMD sobre 100%, não tem meação. Parcial Nos bens comuns 50% de meação direito adquirido dela e não recolhe imposto, mais os outros 50% vai receber por sucessão e recolhe imposto Nos bens particulares o cônjuge sobrevivente recebe 100% na sucessão e recolhe ITCMD sobre 100%, não tem meação. Quando o cônjuge / companheiro sobrevivente não concorre com os descendentes do de cujos, artigo 1829 I: (Usaremos como exemplo a morte do homem). Se casado em regime de Comunhão Universal Bens (pacto). Homem Mulher (50% meação) Filho 1 (25% sucessão) Filho 2 (25% sucessão) Casados com comunhão universal, homem falece, 50% dele vai para os filhos (dois filhos), mulher 50% por meação, filho1 25%, filho2 25% por sucessão. Ela não tem direito a sucessão. 8

Se casado no regime de Separação Obrigatória (imposição da lei). Homem (96 anos) Mulher (19 anos) Filho 1 (50 % ou 25%) Filho 2 (50 % ou 25%) 0% meação dos bens adquiridos antes do casamento, e 50% meação nos bens adquiridos após o casamento Separação obrigatória, o homem morrendo, os bens adquiridos antes do casamento não têm meação, vai para os filhos dele, a mulher não concorre. Nos bens adquiridos depois do casamento tem direito a meação 50%, súmula 377 STF, salvo se fez pacto antinupcial para afastar a aplicação da súmula 377 STF, os outros 50% vai para os filhos. Súmula 377: No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento. Se casado no Regime de Comunhão Parcial e o de cujus não deixar bens particulares. Quando não deixa bens particulares, pode ter deixado bens comuns. Mulher tem 50% da meação e os outros 50% vai para os filhos. Aqui ela não concorre pois, já tem a meação. Quando o cônjuge sobrevivente concorre com os descendentes do de cujus Separação absoluta ou total, por pacto. 1ª hipótese. Se não tiver o pacto da não concorrência afastando a súmula 377 STF, o cônjuge terá direito a divisão por partes iguais entre ele e os descendentes. 9

Homem Mulher (0% meação, 33.3% na sucessão) Filho 1 (33.3% sucessão) Filho 2 (33.3% sucessão) Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. 2ª hipótese. Contudo, se o cônjuge sobrevivente for ascendente (mãe) dos herdeiros (próprios filhos) que concorrer, terá direito a no mínimo 1/4 parte, para o caso de ter 4 filhos ou mais, mulher 25% 1/4 parte, o restante 3/4 ou 75% dividido pelos 4 filhos, 3/16 (18,75%) para cada filho. Homem Mulher (25% ou 1/4 na sucessão) F1 F2 F3 F4 (3/16 ou 18,75% para cada filho= 75 %) 3ª hipótese. Porém, se não concorrer com seus próprios filhos a sucessão será por partes iguais e por cabeça. No exemplo, uma esposa e 5 filhos, sendo um deles fora do casamento. Filho fora do casamento (1/6) Homem Mulher (1/6 na sucessão) F1 F2 F3 F4 (1/6 para cada) 10

Separação final nos aquestos, por pacto. Aplica-se tudo igual à Separação absoluta ou total. Comunhão parcial de bens. Quando o de cujus deixou bens particulares (adquiridos antes do casamento) e bens comuns (adquiridos na constância do casamento). 1ª hipótese. Bens adquiridos antes do casamento, mulher não tem meação e concorre na sucessão em partes iguais e por cabeça, artigo 1832, I, CC. Homem Mulher (0% meação, 33.3% na sucessão) Filho 1 (33.3% sucessão) Filho 2 (33.3% sucessão) 2ª hipótese. Bens adquiridos depois do casamento, mulher tem meação e não concorre na sucessão: (50 % dele) Homem Mulher (50% meação) Filho 1 (25% sucessão) Filho 2 (25% sucessão) Onde tem meação não tem sucessão, e onde não tem meação tem sucessão. Quem herda não meia, quem meia não herda, quem não meia e nem herda fica na miséria! (Sílvio Venoso). 11

Artigo 1790 CC foi considerado inconstitucional, aplica-se a união estável as regras do artigo 1829 CC. Ementa: DIREITO DAS SUCESSÕES. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DISPOSITIVOS DO CÓDIGO CIVIL QUE PREVEEM DIREITOS DISTINTOS AO CÔNJUGE E AO COMPANHEIRO. ATRIBUIÇÃO DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. Possui caráter constitucional a controvérsia acerca da validade do art. 1.790 do Código Civil, que prevê ao companheiro direitos sucessórios distintos daqueles outorgados ao cônjuge pelo art. 1.829 do mesmo Código. 2. Questão de relevância social e jurídica que ultrapassa os interesses subjetivos da causa. 3. Repercussão geral reconhecida. (RE 878694 RG / MG - MINAS GERAIS REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Aparecida Duarte. 12