DISCUSSÃO PÚBLICA RELATÓRIO QUE FUNDAMENTA A CÂMARA MUNICIPAL DA MURTOSA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

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Transcrição:

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince DISCUSSÃO PÚBLICA RELATÓRIO QUE FUNDAMENTA A CÂMARA MUNICIPAL DA MURTOSA DISPENSA DE PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

SUMÁRIO O PRESENTE DOCUMENTO TEM POR OBJETIVO A FUNDAMENTAÇÃO DA DISPENSA DO PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA NO ÂMBITO DA ELABORAÇÃO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DA ZONA HISTÓRICA DA MURTOSA. ESTRUTURA-SE EM DOIS CAPÍTULOS: CAPÍTULO 1 - BREVE ENQUADRAMENTO DO CAPÍTULO 2 - FUNDAMENTAÇÃO DA DISPENSA DE PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA 1

ÍNDICE INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 BREVE ENQUADRAMENTO DO 1 BREVE ENQUADRAMENTO TERRITORIAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 2 O PLANO DER URBANIZAÇÃO DA ZONA HISTÓRICA DA MURTOSA / PU-ZHM 3 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PU-ZHM 4 A EXECUÇÃO DO PU DO ZHM CAPÍTULO 2 FUNDAMENTAÇÃO DA DISPENSA DE PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA 5 ENQUADRAMENTO LEGAL 5.1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA (ENQUADRAMENTO NO DL 232/2007 DE 15 DE JUNHO) 5.2. AVALIAÇÃO DE EVENTUAIS EFEITOS SIGNIFICATIVOS NO AMBIENTE CONSIDERANDO OS FATORES AMBIENTAIS ( E) DO N.1 DO ARTIGO 6 DO DL 232/2007) 5. 3. ANÁLISE E PONDERAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO DA PROBABILIDADE DE EFEITOS SIGNIFICATIVOS NO AMBIENTE (CONFORME ANEXO AO DL 232/2007 DE 15 DE JUNHO) 2

INTRODUÇÃO De acordo com Rosário Partidário A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) é um instrumento de avaliação de impactes de natureza estratégica cujo objetivo é facilitar a integração ambiental e a avaliação de oportunidades e riscos de estratégias de ação no quadro de um desenvolvimento sustentável (in Guia de Boas Práticas para a Avaliação Ambiental Estratégica, Agência Portuguesa do Ambiente, 2007) O objetivo principal de um procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica é assegurar que eventuais e previsíveis consequências ambientais decorrentes do processo de implementação de um determinado Instrumento de Gestão Territorial ou de um determinado Programa, sejam previamente identificadas, avaliadas e ponderadas ao longo do processo da sua elaboração e antes da sua aprovação final. O presente relatório procura responder às exigências legais expressas no Decreto- Lei 46/2009, de 20 de fevereiro, o qual estabelece a atual redação do Decreto- Lei 380/99, de 22 de setembro, e no Decreto-Lei 232/2007, de 15 de junho, que estabelece o regime jurídico específico à Avaliação Ambiental Estratégica. Nesse contexto fundamenta a decisão do município da MURTOSA em dispensar o procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica no âmbito da elaboração do Plano de Urbanização da Zona Histórica da MURTOSA. 3

CAPÍTULO 1 BREVE ENQUADRAMENTO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO DA ZONA HISTÓRICA DA MURTOSA 4

1 BREVE ENQUADRAMENTO TERRITORIAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO A área de intervenção sobre a qual incide a presente proposta de execução do PU da MURTOSA é de apenas de 3 hectares. Trata-se da Zona Histórica do Centro de Pardelhas, Concelho da Murtosa, manifesta uma ocupação existente na sua totalidade consolidada e apresenta uma envolvente onde se encontram localizados os principais equipamentos e serviços de importância estratégica para o Município. Representa a principal centralidade urbana do Concelho e o principal lugar de encontro e de sociabilidade urbana. 5

A estratégia de desenvolvimento assenta na requalificação, estruturação e beneficiação do tecido existente tratando-se, essencialmente, do enquadramento urbanístico de uma situação já construída. Do exposto, não se perspetivam quaisquer implicações de significado reconhecido na área de intervenção. É perfeitamente justificável e até mesmo aconselhável que a Câmara Municipal delibere sobre a dispensa de Avaliação Ambiental Estratégica de acordo com o estipulado. Este Centro evoluiu em torno da Praça Jaime Afreixo da qual bifurcam um conjunto de pequenas vias e vielas, as quais servem o edificado adjacente com características diversas. Uma vez que estamos a tratar de uma Zona Histórica o nível de degradação das edificações é obviamente diferente, ora encontramos edificações antigas que contribuem para a forte identidade e memória deste local como Centro tradicional da Sede de Concelho, ora construções mais recentes a contrastarem com as anteriores. No que concerne à malha e à estrutura da área de intervenção trata-se de uma estrutura típica de uma Zona Histórica, isto é, apresenta uma estrutura densa, delimitada por uma rede de arruamentos, vielas e becos estreitos, sem estacionamento ou passeios, que sustentam uma ocupação marcada por tipologias unifamiliares. 6

QUADRO 1 - ANÁLISE TERRITORIAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO. ANÁLISE TERRITORIAL DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ELEMENTOS DISSONANTES ELEMENTOS ATRATIVOS ELEMENTOS DE ANIMAÇÃO / VIVÊNCIA URBANA ELEMENTOS MARCANTES Incompatíveis com ambientes urbanos qualificados e que, por isso, será desejável analisar a sua (re) localização, de modo a minimizar os efeitos da sua presença, em termos visuais, funcionais e de estrutura, onde importa referir alguns edifícios degradados e que conflituam com os alinhamentos necessários à construção de um espaço de uso público adequado às necessidades atuais, bem com a existência de diversas edificações tipo arrecadações, localizadas nos interiores dos quarteirões, inseridas nos logradouros das edificações principais. Neste âmbito, a área de intervenção não está muito bem servida, sendo de referir apenas o Largo Central. Embora sejam pouco relevantes, os elementos de animação urbana, numa síntese de equipamentos e serviços disponíveis, são: um Centro Paroquial, um Lar de Idosos da Misericórdia, o Mercado e o Arquivo Municipal, apesar de na envolvente se encontrarem localizados outros equipamentos de relevo, como seja o Centro de Saúde, a Câmara Municipal, os Correios, e a Igreja de Pardelhas, etc. Na área em estudo são quase inexistentes, o que dificulta a legibilidade da estrutura urbana, no entanto, importa referir a Igreja de Pardelhas, bem como o Mercado, como os principais elementos marcantes da área de intervenção. 7

2 O PLANO DER URBANIZAÇÃO DA ZONA HISTÓRICA DA MURTOSA / PU-ZHM As Zonas Históricas, na generalidade, estão a sofrer um conjunto de transformações associadas às seguintes problemáticas: por um lado, problemas sociais relacionados com o abandono e perda da população, por outro, problemas de ordem urbanística ligados ao mau estado de conservação do edificado, alinhamentos urbanos "desalinhados", ausência de espaços públicos, problemas viários/circulação, falta de estacionamento, ilegibilidade urbana, dada a ausência de elementos marcantes ou de referência (praças, largos, etc.). Relacionado com a execução do PU da MURTOSA procurar-se-á imprimir uma nova dinâmica e consequentemente novas oportunidades a esta Centralidade do Concelho da MURTOSA. Deste modo, associado ao PU tentar-se-á criar um novo modelo urbano que assente na introdução de regras que, do ponto de vista urbanístico, qualifiquem e estruturem o território em análise. A atual dinâmica surge associada ao facto de não haver uma leitura coerente do espaço público, assim, o PU nasce da necessidade de contrariar tal circunstância permitir uma melhor compreensão e leitura do espaço. Associado a isto estamos a mencionar os elementos definidores de ambientes de características e vivências mais urbanas, são eles: a presença e o desenho de ruas, passeios, alinhamentos, praças, a animação e vivência quotidiana. Em suma, pretende-se que todos os elementos elencados concorram para uma legibilidade coerente do território em análise, proporcionando-lhe fácil apreensão por parte dos moradores e dos transeuntes. 8

Neste contexto, a execução do PU pretende estimular uma Estratégia de Intervenção Municipal com os meios técnicos e financeiros, sobre um território para o qual se esperam novas dinâmicas. O Plano deverá ser o motor de novas oportunidades em relação aos habitantes, que deverão ser participantes ativos neste processo, bem como criar expectativas aos promotores e incentivar a iniciativa privada, para que invistam nesta área, e nasça uma nova conjuntura nesta Zona Histórica. 9

3 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PU-NHM A elaboração do PU da MURTOSA assume 3 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS principais: OE.1 Adequar as regras de gestão urbanística à realidade do Tecido Urbano existente e consolidado que integra o Núcleo Histórico da Murtosa; OE.2 Promover a requalificação urbanística do núcleo histórico recuperando os valores da identidade e da memória e do sítio enquanto lugar de vivência e sociabilidade urbana, contribuindo, nomeadamente, para a salvaguarda e preservação das características arquitetónicas de edifícios marcantes da imagem urbana do sítio; OE.3 Ordenar e disciplinar a relação entre o espaço público e o espaço privado estabelecendo regras para a e definição de alinhamentos adequados às características do tecido urbano existente. A concretização destes objetivos irá permitir a valorização, bem como, a proteção dos valores culturais e naturais que dizem respeito à área de intervenção, designadamente, o património, a imagem, a estrutura, a memória e a identidade cultural. A área territorial abrangida pela execução do PU da MURTOSA não suscita nem pela sua dimensão, nem pelas alterações ao uso e condições de ocupação quaisquer impactes que mereçam significado. Trata-se de uma área, na sua globalidade, consolidada com cerca de 3 hectares inserida numa envolvente imediata onde se encontram os principais equipamentos e serviços de importância estratégica para o Município. 10

4 A EXECUÇÃO DO PU DO NHM A Execução do PU da MURTOSA consiste na concretização de uma ideia central: IDEIA CENTRAL: Planear a Zona Histórica da Murtosa, segundo um novo modelo urbano, introduzindo normas que procurem Qualificar e Estruturar, do ponto de vista urbanístico, o "território", baseado em alinhamentos, que permitam uma melhor compreensão e leitura do espaço de uso público, ou seja, de todo o espaço negativo da área de intervenção do plano. Procura assim, num espaço urbano perfeitamente consolidado e que representa uma das principais centralidades do Concelho: Valorizar a Imagem e a Estrutura do tecido urbano conferindo ao espaço uma Legibilidade de Fácil Apreensão. Os Elementos Marcantes assinalam e reforçam a identidade desta centralidade. Equipar e Infraestruturar. Infraestruturas e Equipamentos são a base da Qualidade de Vida; Afirmar os Valores da Memória e da Identidade. A Interpretação e Compreensão da sua História; Qualificar e Integrar os Espaços Não Construídos no Construído; Valorizar as relações de vizinhança, num Modelo de Sociabilidade e Convivialidade Atrativo e motivador de lugar de encontro e de vivência urbana. O objetivo último de qualquer Plano prende-se com o aumento dos níveis de qualidade de vida dos habitantes dos habitantes que vivenciam o território. Como tal, foram definidos componentes essenciais que ajudam a alcançar os níveis de qualidade que se pretendem para a área de intervenção, são eles: a) Sistema viário e acessibilidades O sistema viário que caracteriza a área de intervenção constituído por 11

uma rede de arruamentos de perfil reduzido; b) Passeios e estacionamento No seguimento do ponto anterior é necessário acrescentar que, na grande maioria, da área não são visíveis passeios nem quaisquer espaços delimitados para estacionamento, estando ambos associados às intervenções urbanísticas mais recentes. No que diz respeito às vias a preocupação vai no sentido da pavimentação ao nível das vias pedonais, do passeio e do estacionamento. Ao nível do desenho urbano a pavimentação é fundamental para a diferenciação de usos. É necessário, também, redesenhar os alinhamentos e promover o tratamento dos espaços públicos. c) Edificado O NH da MURTOSA apresenta, não só alguma degradação do edificado, mas também, a perda de referências urbanas e a ausência de elementos estruturantes em termos de imagem. Relativamente ao edificado pretendese construir uma imagem coerente e equilibrada, não só através da relação dos volumes com o espaço público envolvente, mas também, através dos materiais de construção utilizados e da promoção do tratamento do património edificado identificado na área de intervenção - a Igreja de Pardelhas, o Mercado Municipal, a Misericórdia, o Centro de Saúde. 12

A importância da execução do PU da Zona Histórica da Murtosa reflete-se ao nível de vários elementos. Como já foi referido anteriormente, é objetivo do Plano colmatar as falhas que existem no território do PU, ao nível urbanístico. Deste modo, elencam-se quais as medidas a tomar em cada um dos elementos identificados: a) Elementos dissonantes, o propósito é resolver a sua localização ou integração no tecido urbano, através de: a. Arranjo de espaços exteriores; b. Arquiteturas mais cuidadas nos casos de substituição de edifícios ou funções; c. Funcionalidade viária resolvida; d. Preocupação central com o tratamento da imagem. b) Elementos atrativos, tais como os espaços verdes suscetíveis de serem usados, devem ser salvaguardados nas futuras operações de loteamento. As áreas de cedência para espaços verdes devem, deste modo, assumir uma dimensão significativa e devem estar preferencialmente relacionadas entre si. c) Elementos de animação / vivência urbana, o espaço público desempenha a este nível um papel importante como local de encontro, convívio, permanência e lazer. Neste contexto, é preocupação fulcral do PU definir prioridades de investimento na área, como exemplo, reservar alguns espaços para instalação de equipamentos. Deste modo, a articulação com a iniciativa privada assume um caráter fundamental, como no caso da intervenção no interior dos quarteirões, bem como a recuperação de algum edificado, de modo, a potenciar uma atratividade diferenciada. É importante oferecer várias oportunidades de usos para estimular a utilização do espaço em que se está a intervir. d) Elementos Marcantes, são constituídos por pequenos apontamentos, como a recuperação de edifícios, pequenos largos, o pavimento e o mobiliário 13

urbano, a iluminação, mas que no conjunto nos oferecem referências e ajudam a valorizar o espaço público existente e, deste modo, auxiliam a criar mapas mentais, por parte dos habitantes e transeuntes, mapas estes importantes para a leitura do Lugar. 14

CAPÍTULO 2 FUNDAMENTAÇÃO DA DISPENSA DE PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA 15

5 ENQUADRAMENTO LEGAL O Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de fevereiro, que republica e confere nova redação ao Decreto-Lei 380/99, de 22 de setembro, introduz alterações ao regime jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial. O Decreto-Lei 232/2007, de 15 de junho, estabelece o regime de Avaliação Ambiental Estratégica. Nos termos da alínea b) do n.º2 do artigo 89.º do Decreto-Lei 46/2009, de 20 de fevereiro, o Plano de Urbanização deve ser acompanhado de Relatório Ambiental sempre que seja necessário proceder à Avaliação Ambiental, ( ) na qual se identificam, descrevem e avaliam os eventuais efeitos significativos sobre o Ambiente resultantes da aplicação do plano e as suas alternativas razoáveis que tenham em conta os objetivos e o âmbito da aplicação territorial respetivos. A alínea c) do n.º 1 do Artigo 3.º do Decreto-Lei 232/2007, de 15 de junho, estabelece que os plano e os programas qualificados como suscetíveis de ter efeitos significativos sobre o Ambiente, deverão ser sujeitos a procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica. O n.2 desse mesmo Artigo estabelece que compete à Entidade responsável pela elaboração do Plano, neste caso o Município da MURTOSA, ponderar, face aos termos de referência do plano em causa, se este é, ou não, suscetível de enquadrar projetos que possam vir a produzir efeitos significativos sobre o Ambiente. Considerando o disposto nos artigos e nos diplomas referidos é importante considerar a análise centrada na área territorial abrangida pela elaboração do Plano de Urbanização da Zona Histórica da MURTOSA. E será sobre esta área que deve ser avaliado se a execução do PU constitui ou implica eventuais efeitos significativos sobre o Ambiente. 16

Numa primeira análise, simplista, e recorrendo apenas à sensibilidade de quem observa e analisa o território, parece evidente que a reduzida dimensão da área de intervenção abrangida pelo PU (cerca de 3 hectares), sugerem indicar que da execução do PU não resultarão quaisquer efeitos significativos sobre o Ambiente. No entanto, para confirmar essa primeira impressão sobre as implicações territoriais e ambientais que decorrem da elaboração do PU da MURTOSA, cabe à Câmara Municipal, como Entidade responsável pela execução pelo PU, verificar qual a relação entre a alteração pretendida e o regime de avaliação de impacte ambiental, a aplicabilidade do disposto nos instrumentos de conservação da natureza de génese comunitária e identificar a eventual ocorrência de impactes significativos. Nesse sentido dedica-se o ponto 4 deste Relatório à fundamentação da dispensa do procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica considerando os seguintes sub-pontos: 5.1. Âmbito de Aplicação do procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica (Enquadramento no DL 232/2007 de 15 de junho) 5.2. Avaliação de eventuais efeitos significativos no Ambiente considerando os fatores ambientais (expressos na e) do n.1 do artigo 6 do DL 232/2007) 5.3. Análise e ponderação dos Critérios de determinação da probabilidade de efeitos significativos no Ambiente (conforme Anexo ao DL 232/2007 de 15 de junho) 17

5.1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA (ENQUADRAMENTO NO DL 232/2007 DE 15 DE JUNHO) De acordo com o disposto no n.º1 do Artigo 3.º do Decreto-lei 232/2007, de 15 de junho, estão sujeitas a avaliação ambiental estratégica: A área territorial a sujeitar que integra e é abrangida pela execução do PU da MURTOSA é de pequena dimensão, cerca de 3 hectares, apresenta uma ocupação existente na sua totalidade consolidada tratando-se do Núcleo Antigo do Centro de Pardelhas. Não existe qualquer património classificado na área em estudo. Assim, e considerando o disposto no referido articulado a Câmara Municipal da MURTOSA entende que o processo de execução do PU da MURTOSA dispensa a 18

Avaliação Ambiental Estratégica uma vez que da concretização das suas propostas não se perspetivam iniciativas suscetíveis de ter efeitos significativos no ambiente, nomeadamente, pelas seguintes razões: a) A alteração proposta não prevê nem enquadra a possibilidade de aprovação e concretização de projetos mencionados nos Anexos I e II do Decreto-Lei 69/2000, de 3 de maio, com a redação que lhe é conferida pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de novembro. b) A alteração proposta não incide nem produz quaisquer efeitos sobre Sítios da Lista Nacional, Sítios de Interesse Comunitário, Zona Especial de Conservação ou Zona Especial de Proteção, não estando sujeita a uma avaliação de incidências ambientais nos termos do artigo 10.º do Decreto-Lei 140/99, de 24 de abril, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto- Lei 49/2005, de 24 de fevereiro. Considera-se que a execução do PU da MURTOSA não implica iniciativas suscetíveis de produzir efeitos significativos no ambiente. O objetivo central é disciplinar e promover ações de requalificação, estruturação e de beneficiação do tecido existente. 19

5.2. AVALIAÇÃO DE EVENTUAIS EFEITOS SIGNIFICATIVOS NO AMBIENTE CONSIDERANDO OS FATORES AMBIENTAIS ( E) DO N.1 DO ARTIGO 6 DO DL 232/2007) De acordo com o Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de junho, em especial no disposto na alínea e) do n.º 1 do Artigo 6.º, os fatores ambientais a considerar no âmbito do processo de AAE, enquadram-se nas seguintes temáticas ambientais: biodiversidade, a população, a saúde humana, a fauna, a flora, o solo, a água, a atmosfera, os fatores climáticos, os bens materiais, o património cultural, incluindo o património arquitetónico e arqueológico, a paisagem e a inter-relação entre os fatores supracitados. Tendo por base os fatores ambientais apresentados a título de orientação no Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de junho, procedeu-se a uma ponderação sintética dos efeitos previsíveis do processo de execução do PU da MURTOSA sobre cada um destes fatores ambientais referenciados no referido diploma. 20

QUADRO 2 - RELAÇÃO ENTRE FATORES AMBIENTAIS EXPRESSOS NA LEGISLAÇÃO E O SEU AJUSTE AO PLANO DE PORMENOR FATORES AMBIENTAIS REFERENCIADOS NO DECRETO-LEI N.º 232/2007 PONDERAÇÃO DA PROBABILIDADE DAS BIODIVERSIDADE, FAUNA E FLORA POPULAÇÃO SAÚDE HUMANA SOLO BENS MATERIAIS ÁGUA ATMOSFERA FATORES CLIMÁTICOS PATRIMÓNIO CULTURAL PAISAGEM PROPOSTAS DO PU PRODUZIREM EFEITOS SOBRE OS FATORES AMBIENTAIS. A área territorial abrangida pelo PU integra uma área consolidada e apresenta uma envolvente imediata, onde se encontram localizados os principais equipamentos e serviços de importância estratégica para o Município. Este Fator Ambiental não tem qualquer relevância ou significado. A execução do PU tem como principal objetivo a qualificação, valorização e estruturação urbanística de uma área já consolidada. As questões do emprego e da Saúde Humana não apresentam significância, uma vez que, se trata de um tecido existente em que a elaboração do PU procura garantir a continuidade da situação existente. Será a continuidade e estruturação da situação existente o principal fator de coesão social, para além de possibilitar dinâmicas sociais interessantes, as quais poderão ter expressão sobre a qualidade de vida e bem-estar da população. Por estas razões, enquanto Fator Ambiental, no âmbito do processo de execução do PU, estes Fatores Ambientais não assumem relevância ou significado. Praticamente todo o solo que integra a área de estudo encontra-se urbanizado. As ações decorrentes da elaboração do PU da MURTOSA incidem sobre processos de enquadramento urbanístico e de requalificação da estrutura do sítio. Não se prevê quaisquer impactes resultantes das ações preconizadas na execução do PU sobre a Água. Existe abastecimento público de água com cobertura total e a funcionar numa rede pública moderna e eficiente. Não sendo expectável ao nível das ações e das propostas do PU quaisquer aumentos com significado no âmbito da impermeabilização do solo. Nem a dimensão da área abrangida pelo PU, nem as características da área consolidada, bem como eventuais alterações urbanísticas na zona assumem importância ou significado na afetação destes fatores Ambientais. Não existe Património Classificado. Tratando-se, essencialmente, do enquadramento urbanístico de uma situação já construída, da execução do PU não se espera qualquer implicação ou influência sobre este facto Ambiental. QUADRO 3 - IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE IMPACTES AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS CONSIDERANDO OS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DEFINIDOS PARA A ALTERAÇÃO DO PDM DA MURTOSA 21

FATORES AMBIENTAIS REFERENCIADOS NO DECRETO-LEI N.º 232/2007 PONDERAÇÃO DA PROBABILIDADE DA EXECUÇÃO DO PU PRODUZIR EFEITOS SOBRE OS FATORES AMBIENTAIS. OBJETIVO ESTRATÉGICO 1 OBJETIVO ESTRATÉGICO 2 OBJETIVO ESTRATÉGICO 3 BIODIVERSIDADE, FAUNA E FLORA Não Aplicável Não Aplicável Não Aplicável POPULAÇÃO Efeito Positivo pouco Não Aplicável Efeito Positivo relevante pouco relevante SAÚDE HUMANA Não Aplicável Não Aplicável Não Aplicável SOLO Efeito Positivo pouco Não Aplicável Não Aplicável relevante BENS MATERIAIS Não Aplicável Não Aplicável Não Aplicável ÁGUA Não Aplicável Não Aplicável Não Aplicável ATMOSFERA Não Aplicável Não Aplicável Não Aplicável FATORES CLIMÁTICOS Não Aplicável Não Aplicável Não Aplicável PATRIMÓNIO Efeito Positivo pouco Não Aplicável Não Aplicável CULTURAL relevante PAISAGEM Não Aplicável Não Aplicável Não Aplicável OBJETIVOS ESTRATÉGICOS 1 2 3 Adequar as regras de gestão urbanística à realidade do Tecido Urbano existente e consolidado que integra a Zona Histórica da Murtosa. Promover a requalificação urbanística do núcleo histórico recuperando os valores da identidade e da memória e do sítio enquanto lugar de vivência e sociabilidade urbana, contribuindo, nomeadamente, para a salvaguarda e preservação das características arquitetónicas de edifícios marcantes da imagem urbana do sítio; Ordenar e disciplinar a relação entre o espaço público e o espaço privado estabelecendo regras para a e definição de alinhamentos adequados às características do tecido urbano existente. Considerando os Fatores Ambientais referenciados na e) do n.1 do Artigo 6º do 22

Decreto-Lei 232/2007 constata-se, analisando e ponderando os Objetivos Estratégicos da proposta de execução do PU da MURTOSA, que não são expectáveis quaisquer efeitos significativos sobre a globalidade dos fatores Ambientais considerados. 23

5. 3. ANÁLISE E PONDERAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO DA PROBABILIDADE DE EFEITOS SIGNIFICATIVOS NO AMBIENTE (CONFORME ANEXO AO DL 232/2007 DE 15 DE JUNHO) Conforme se estipula no Decreto-Lei 232/2007, de 15 de junho, mais concretamente o Anexo referenciado pelo n.º6 do Artigo 3º do Decreto-Lei 232/2007, apresenta-se a listagem de critérios e a respetiva ponderação no âmbito da execução do PU da MURTOSA proposto. No n.º 1 do referido anexo ponderam-se as características do procedimento da execução do PU da MURTOSA considerando um conjunto de critérios de determinação da probabilidade de efeitos significativos no ambiente (Ver Quadro 3). No n.º 2 do referido anexo ponderam-se as características dos impactes e da área suscetível de ser afetada considerando um outro conjunto de critérios. 24

QUADRO 4 - ENQUADRAMENTO, ANÁLISE E PONDERAÇÃO DA PROPOSTA DE EXECUÇÃO DO PU DA MURTOSA NOS CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO DA PROBABILIDADE DE EFEITOS SIGNIFICATIVOS NO AMBIENTE EXPRESSO NO ANEXO AO DL 232/2007 E REFERENCIADOS NO N.º6 DO ARTIGO 3.º DESSE MESMO DECRETO. CRITÉRIOS PONDERAÇÃO Características do Processo de Execução do PU da MURTOSA O GRAU EM QUE O PLANO OU PROGRAMA ESTABELECE UM QUADRO PARA OS PROJETOS E OUTRAS ATIVIDADES NO QUE RESPEITA À LOCALIZAÇÃO, NATUREZA, DIMENSÃO E CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO OU PELA AFETAÇÃO DE RECURSOS. O GRAU EM QUE O PLANO OU PROGRAMA INFLUENCIA OUTROS PLANOS OU PROGRAMAS, INCLUINDO OS INSERIDOS NUMA HIERARQUIA. A PERTINÊNCIA DO PLANO OU PROGRAMA PARA A INTEGRAÇÃO DE CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS, EM ESPECIAL COM VISTA A PROMOVER O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. OS PROBLEMAS AMBIENTAIS PERTINENTES PARA O PLANO OU PROGRAMA. A PERTINÊNCIA DO PLANO OU PROGRAMA PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO EM MATÉRIA DE AMBIENTE. A área abrangida pela elaboração do PU da MURTOSA assume uma dimensão de cerca de 3 hectares. O plano incide sobre uma parcela do território do centro histórico da MURTOSA já consolidada, a qual se pretende requalificar e valorizar, não traduzindo esse processo, quaisquer repercussões em outros planos ou programas. O processo conducente à sustentabilidade que integra a área do plano tem por principal objetivo a qualificação, valorização e qualificação urbanística do tecido existente. Do processo de implementação do plano de urbanização não se esperam quaisquer impactes ou problemas ambientais. A alteração prossegue com o objetivo da qualificação e estruturação de uma área existente confirmando-a e definindo uma estrutura e uma imagem mais qualificada. 25

Considerando as características da área abrangida pela elaboração do PU da MURTOSA (Zona Histórica consolidada localizada no centro de Pardelhas), a sua dimensão territorial (cerca de 3 hectares) e os objetivos estratégicos definidos (enquadramento urbanístico e estruturação e qualificação da zona histórica), não se consideraram aplicáveis as características dos impactes e da sua área suscetível de ser afetada, referidos no Decreto-Lei 232/2007, nomeadamente os estabelecidos no n.2 do disposto no Anexo a esse diploma e que dele faz parte integrante. São eles: A probabilidade, a duração, a frequência e a reversibilidade dos efeitos; A natureza cumulativa dos efeitos; A natureza transfronteiriça dos efeitos; Os riscos para a saúde humana ou para o ambiente, designadamente devido a acidentes; A dimensão e extensão espacial dos efeitos, em termos de área geográfica e dimensão da população suscetível de ser afetada; O valor da vulnerabilidade da área suscetível de ser afetada devido a: - características naturais específicas ou património cultural; - Ultrapassagem das normas ou valores limite em matéria de qualidade ambiental, utilização intensiva do solo; Os efeitos sobre as áreas ou paisagens com estatuto protegido a nível nacional, comunitário ou internacional. 26

6 CONCLUSÕES Considerando que A execução do PU da MURTOSA proposto incide sobre uma área territorial de pequena dimensão (cerca de 3 hectares) e visa, essencialmente, qualificar e valorizar urbanisticamente a área de intervenção. A execução do PU da MURTOSA não sugere nem indicia gerar projetos sujeitos a Avaliação de Impactes de acordo com o regime previsto na alínea a) do n.º 1 do art. 3.º do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de junho. A informação disponibilizada foi confrontada com a lista positiva de projetos resumida no Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de maio, com as alterações e nova redação dada pelo Decreto-Lei n.º 197/2005, de 8 de novembro; Do cruzamento, análise e ponderação dos objetivos estratégicos definidos para o procedimento da elaboração do PU da MURTOSA com os Fatores Ambientais definidos na alínea e) do n.º1 do Artigo 6.º do Decreto-Lei 232/2007, não resultam quaisquer expectativas de gerarem efeitos significativos sobre a globalidade dos fatores Ambientais considerados; Do cruzamento, análise e ponderação dos objetivos estratégicos definidos para o procedimento da elaboração do PU da MURTOSA com os Critérios de Determinação da Probabilidade de efeitos significativos no ambiente considerados no n.1 e n.2 do Anexo ao Decreto-Lei 232/2007 e a que se refere o n.6 do Artigo 3.º do mesmo diploma, também não se perspetivam quaisquer efeitos significativos no Ambiente. 27

Entende-se Que a elaboração do PU da MURTOSA proposto não implica nem produz efeitos significativos no ambiente pelo que se considera que o presente Relatório fundamenta a dispensa do procedimento de Avaliação Ambiental Estratégica nos termos e para os efeitos do disposto no n.1 do Artigo 3.º do Decreto-Lei 232/2007, de 15 de junho. Murtosa, maio de 2012 28

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de junho (estabelece o regime a que fica sujeita a avaliação dos efeitos de determinados planos e programas no ambiente). Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de fevereiro (estabelece as bases de Ordenamento do Território). Direção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano; Guia de Avaliação Ambiental dos Planos Municipais de Ordenamento do Território Documentos de orientação DGOTDU 01/2008. Lisboa: DGOTDU; novembro 2008; ISBN 978-972-8569-44-0. Direção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano; Guia para a Avaliação Estratégica de Impactes em Ordenamento do Território. Coleção Estudos 9. Lisboa: MCOTA-DGOTDU; 2003. Direção Geral do Ambiente; Proposta para um Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável. Amadora: DGA; 2000. ISBN 972-8419-48-1. OECD - DAC, 2006. Good Practice Guide on applying Strategic Environmental Assessment (SEA) in Development Cooperation, OECD, Paris. Partidário, Maria do Rosário; Guia de Boas Práticas para Avaliação Ambiental Estratégica. Amadora. Agência Portuguesa do Ambiente; 2007. ISBN 978-972- 8577-34-6. 29