A SIMPLIFICAÇÃO AO SERVIÇO DA FOCAGEM EM RESULTADOS O EXEMPLO DA INTRODUÇÃO DE MECANISMOS DE CUSTOS SIMPLIFICADOS NO FSE 30 de abril de 2013
1. Balanço da experiência dos custos simplificados no FSE no período de programação 2007-2013 2. Perspetivas dos custos simplificados no FSE para o período de programação 2014-2020 Os custos simplificados no FSE 2
1. Balanço da experiência de custos simplificados no FSE no período de programação 2007-2013 Os custos simplificados no FSE 3
1.1. Modalidades de custos simplificados disponíveis em 2007-2013 1.Taxas fixas de custos indiretos (flate rate): custos indiretos declarados numa base forfetária até ao máximo de 20% dos custos diretos aprovados de cada operação (a partir de 2007 para o FSE e 2009 para o FEDER); 2.Custos unitários: Custos calculados com base em escalas normalizadas de custos unitários (a partir de 2009 para o FSE e FEDER); 3. Montantes fixos (lump sums): destinados a cobrir a totalidade ou parte dos custos de uma operação, até ao limite de 50.000 de apoio público (a partir de 2009 para o FSE e FEDER). Do ponto de vista regulamentar, todo este processo de aplicação de custos simplificados foi definido, de forma detalhada, na legislação geral e específica que enquadra a atribuição de apoios. Os custos simplificados no FSE 2007-2013 4
1.2. Experiências realizadas em Portugal A primeira modalidade utilizada foi a de custos unitários aplicada nas ofertas formativas de dupla certificação, concretamente: 1. Nos cursos profissionais destinados a jovens, de forma obrigatória a todas as entidades beneficiárias privadas, independentemente do PO (POPH, RUMOS e PROEMPREGO) 2. Nos cursos de educação e Formação de jovens (CEF), apesar de não ter sido obrigatória até 31 de dezembro de 2011, teve forte adesão das entidades beneficiárias. Os custos simplificados no FSE 2007-2013 5
1.3. Características do modelo adotado nos Cursos Profissionais e nos CEF A aplicação de custos unitários foi feita com base num modelo misto que conciliou esta modalidade (aplicada a todas as despesas relativas à realização da formação) com a modalidade de custos reais (aplicada às despesas com formandos). O indicador utilizado para a definição dos custos unitários, custo/turma/ano, teve como referência o modelo de financiamento aplicado, desde 2004, pelo Ministério Educação na região de Lx nos cursos das escolas profissionais privadas. Os custos simplificados no FSE 2007-2013 6
1.4. Resultados alcançados em Portugal 1. Ganhos de eficiência ao nível dos beneficiários e da gestão face à diminuição dos custos de gestão administrativa dos projetos; 2. Maior equidade e simplificação nos procedimentos de análise dos projetos, diminuindo a discricionariedade; 3. Maior incidência do acompanhamento na componente técnicopedagógica e valorização da vertente qualitativa da formação; 4. Redução da taxa de erro e dos procedimentos ao nível da análise dos processos financeiros. Os custos simplificados no FSE 2007-2013 7
1.5. Exemplos de critérios de definição de taxas fixas (Flat Rates) de custos indiretos nos Estados-membros -Por tipo de projeto (ex. maior taxa em projetos de inovação); -Em função da dimensão financeira do projeto (ex. maior taxa em projetos com orçamento menor); - Em função do tipo de beneficiário (ex. menor taxa em organismos públicos e maior em ONG); -Para todos os tipos de medidas num PO: -Sobre todos os custos diretos elegíveis (mínimo 7%) -Sobre todos os custos diretos com pessoal (mínimo 12%) -Em inquérito da COM apresentado em 2012, 31 PO usaram a modalidade de taxa fixa (Flat Rate), 30 usaram a modalidade de custos unitários, 6 a modalidade de montantes fixos e 18 usaram, em simultâneo, duas modalidades: taxa fixa e custos unitários. Os custos simplificados no FSE 2007-2013 8
1.6. Exemplos da definição de custos unitários nos Estados-membros - Montante específico por cada participante numa medida específica de formação (nalguns casos, pago em função do resultado ex. conclusão da formação com sucesso); - Montante específico para atividades de consultoria (montante específico por sessão de orientação); - Montante para mobilidade de participantes(nacional/transacional); - Montante específico para partes específicas de uma medida apoiada. - Montante por turma e por ano com um mínimo de X alunos por turma. Os custos simplificados no FSE 2007-2013 9
2. Perspetivas dos custos simplificados FSE para o novo período de programação 2014-2020 (Versão da proposta de Regulamento das Disposições Comuns e do Regulamento FSE aprovada em Conselho de Assuntos Gerais de 20 de Abril de 2012) Os custos simplificados no FSE 10
2.1. Princípios comuns às modalidades de custos simplificados - Aplicabilidade transversal aos fundos estruturais e de investimento europeus (FEIE); - A utilizar em operações implementadas sob a forma de subvenção ou de ajuda reembolsável; - Têm de ser obrigatoriamente definidas antes da decisão de aprovação da subvenção, não podendo ser alteradas durante ou após a realização da operação. - As várias modalidades são combináveis desde que não incidam sobre as mesmas categorias de despesa. - Os documentos contabilísticos que suportam os montantes abrangidos por custos simplificados não são objeto de controlo e verificação Os custos simplificados no FSE 2014-2020 11
2.2. Condições aplicáveis à determinação dos custos simplificados -Métodos equitativos, justos e verificáveis (assentes em dados estatísticos ou outra informação objetiva); -Métodos e tabelas normalizadas de custos unitários, montantes fixos e taxas fixas aplicados nas políticas da União ou do EM para o mesmo tipo de operação e beneficiário; - Utilização das regras de custos simplificados já aplicadas nas subvenções financiadas pelo EM, para o mesmo tipo de operações e beneficiários (por exemplo, em PT nas tipologias de intervenção de apoio Cursos profissionais ). Os custos simplificados no FSE 2014-2020 12
2.3. Modalidades disponíveis em 2014-2020 - Aplicáveis a todos os Fundos - 1. FINANCIAMENTO DE CUSTOS INDIRETOS POR TAXA FIXA (flat rate) - taxa fixa até 25% dos custos diretos elegíveis. A definição da taxa fixa deve ser justificada e carece de aprovação pela Comissão. - taxa fixa até 15% dos custos diretos de pessoal elegíveis. Não é exigido ao EM que proceda a qualquer cálculo para determinação da taxa aplicável. - taxa fixa aplicável aos custos elegíveis diretos baseada nos métodos aplicáveis noutras políticas da UE para o mesmo tipo de operação e beneficiário A taxa fixa e os métodos aplicáveis nesta opção serão determinados por ato delegado adotado pela Comissão. Os custos simplificados no FSE 2014-2020 13
2.3. Modalidades disponíveis em 2014-2020 - Aplicáveis a todos os Fundos - 2. Custos unitários: custos calculados com base em tabelas normalizadas de custos unitários definidos pelos EM. 3. Montantes fixos (lump sums): destinados a cobrir a totalidade ou parte dos custos de uma operação, até ao limite de 100.000 de contribuição pública por operação. Os custos simplificados no FSE 2014-2020 14
2.4. Modalidades disponíveis em 2014-2020 - Aplicáveis exclusivamente ao FSE - - Tabelas normalizadas de custos unitários e montantes fixos para reembolso das despesas pagas pelos EM. Esta modalidade ao contrário de todas as outras regula o modo de reembolso, pela COM, das despesas pagas pelos EM aos beneficiários (carece de aprovação da COM); - Taxa fixa até 40% dos custos diretos com pessoal para determinação dos custos elegíveis remanescentes de uma operação. Não é exigido ao EM que proceda a qualquer cálculo para determinação da taxa aplicável. Os custos simplificados no FSE 2014-2020 15
2.4. Modalidades disponíveis em 2014-2020 - Aplicáveis exclusivamente ao FSE - - Definição de montantes de custos simplificados com base em projeto de orçamento aprovado ex ante pela Autoridade de Gestão. Esta opção só pode ser utilizada em projetos com apoio público inferior ou equivalente a 100.000. Permite a definição caso a caso de qualquer uma das modalidades de custos simplificados e o respetivo valor a determinar com base num projeto de orçamento acordado ex ante pela Autoridade de Gestão. - Utilização obrigatória de custos simplificados, em qualquer uma das suas modalidades, em operações com apoio público até 50.000 (com exceção das que se integrem num regime de auxílios estatais) Os custos simplificados no FSE 2014-2020 16
JAP (Joint Action Plan) - Novo instrumento financeiro de simplificação de custos para intervenções de maior dimensão (apoio público mínimo a partir de 10 000 000 ou 20% da verba afecta ao(s) PO ou de 5 000 000 no caso de projetos piloto) - Os beneficiários deverão ser organismos públicos e o seu âmbito de aplicação compreende a escolha de um projeto ou vários projetos, de um ou vários PO (monofundo ou plurifundo). - Os reembolsos serão realizados exclusivamente com base em custos simplificados, sob a forma de montantes fixos (não estando sujeito a limites máximos de apoio) ou tabelas de custos unitários, não se admitindo, contudo, o reembolso por taxa fixa (Flat Rate). Os custos simplificados no FSE 2014-2020 17
Desafios - A flexibilidade na utilização dos custos simplificados obriga os EM, e as autoridades de gestão, a selecionar, de entre as opções disponíveis, aquelas que melhor garantam a obtenção dos resultados que se pretendem atingir. - As autoridades de auditoria e de certificação devem estar envolvidas no processo de definição dos custos simplificados desde o seu início. - As autoridades passam a focar-se mais nos resultados e menos no processo, o que implica, igualmente, um maior acompanhamento dos resultados e da análise da sua qualidade. Os custos simplificados no FSE 2014-2020 18
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Para mais informações sobre os custos simplificados no período de programação 2014-2020 consultar: - Proposta de Regulamento que estabelece as Disposições Comuns relativas ao FEDER, FSE, FC FEADER e FEAMP (RDC) - Proposta de Regulamento do FSE - Proposta de Regulamento do CTE - Nota COCOF n.º 09/0025/04-PT Os custos simplificados no FSE 2014-2020 20