LISBOA OCIDENTAL, SRU VIDA IMOBILIÁRIA RESPOSTAS ÀS QUESTÕES. Lisboa, 15 de Janeiro de 2007

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Transcrição:

LISBOA OCIDENTAL, SRU VIDA IMOBILIÁRIA RESPOSTAS ÀS QUESTÕES Lisboa, 15 de Janeiro de 2007 1. A LISBOA OCIDENTAL, SRU O Município de Lisboa criou a Sociedade de Reabilitação Urbana Lisboa Ocidental, SRU, em Julho de 2004. A Empresa, cujo capital é integralmente municipal, tem como objecto promover a reabilitação urbana da sua Zona de Intervenção, que envolve áreas das Freguesias de Santa Maria de Belém, Ajuda e Alcântara. Cordoaria Museu dos Coches Área Consolidada Área a Planear Área de Extensão A Lisboa Ocidental, tendo em conta as características da sua Zona de Intervenção, dividiu-a em duas áreas Área Consolidada e Área a Planear para as quais definiu estratégias distintas. Em Setembro de 2005, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) deliberou o alargamento da Zona de Intervenção, esta nova área foi denominada Área de Extensão. Para estas áreas foram definidas estratégias específicas: Para a Área Consolidada e Área de Extensão Promover e desenvolver operações para a reabilitação generalizada do edificado e dos espaços públicos, o que passa pela constituição de Unidades de Intervenção e pela elaboração e aprovação dos respectivos Documentos Estratégicos; 1

Para a Área a Planear Promover a elaboração de um Plano de Pormenor, tendo em vista a criação de um pólo dinamizador da valorização, qualificação e desenvolvimento sustentado de toda a Zona de Intervenção, dada a necessidade de inverter as tendências de envelhecimento e desertificação, através da oferta de produtos residenciais incluindo fogos dimensionados para jovens. 2. RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS 2.1. INFORMAÇÃO (MAIS DE FUNDO) ACERCA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO DA SRU ÁREAS ENVOLVIDAS, NÚMERO DE IMÓVEIS, FREGUESIAS ENFIM, INFORMAÇÃO DE CARACTERI- ZAÇÃO DA ABRANGÊNCIA DA SRU. Dados quantitativos relativos à Zona de Intervenção da Lisboa Ocidental, SRU: - Freguesias com território na Zona de Intervenção Ajuda, Santa Maria de Belém e Alcântara - Área da Zona de Intervenção (ha) - Nº Total de Edifícios 1.306 - Nº Total de Fracções 5.989 Dados quantitativos relativos às Unidades de Intervenção com Projecto Base de Documento Estratégico aprovado: - Área no solo 164.850 m2 - Nº de Edifícios 589 - Área Bruta de Construção dos Edifícios 217.000 m2 - Nº de Fracções 2.586 - Nº de Edifícios a reabilitar 432 (73%) - Área Bruta de Construção dos Edifícios a reabilitar 150.000 m2 - Custo previsto da reabilitação dos edifícios cerca de 60 milhões de euros (previsão preliminar) - Custo previsto da reabilitação do espaço público (ruas, jardins, praças e estacionamentos subterrâneos) 6 milhões de euros (previsão preliminar) - Percentagem de fracções arrendadas 50% 2

2.2. EM QUE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO ESTÃO OS TRABALHOS COORDENADOS PELA SRU NO TERRENO: JÁ ESTÃO OBRAS EM CURSO? DE QUE NATUREZA? LIDERADAS POR QUEM? A Lisboa Ocidental está em condições de aprovar 11 Documentos Estratégicos. Estes Documentos, partindo de um diagnóstico da situação actual e de um conjunto de opções estratégicas de reabilitação, definem e caracterizam as intervenções nos edifícios e apresentam propostas de reabilitação dos espaços públicos. Os nossos Documentos Estratégicos, que incluem cerca de 600 edifícios e 2.500 fracções, foram apresentados à Câmara em Março de 2006, divulgados nos termos da lei, durante o mês de Maio do mesmo ano e enviados ao Instituto Português do Património Arquitectónico ( IPPAR ), que os aprovou na generalidade. A sua aprovação e consequente transferência, para a Lisboa Ocidental, das competências municipais de licenciar e autorizar operações urbanísticas, proceder a operações de realojamento, expropriar bens imóveis e fiscalizar as respectivas obras, está dependente da aprovação pela Câmara, de um Protocolo de Cooperação entre o Município e as SRU s de Lisboa, que deverá ocorrer ainda em Janeiro de 2007. Os procedimentos de reabilitação urbana promovidos pela Lisboa Ocidental só poderão iniciar-se após a aprovação dos referidos Protocolo e Documentos Estratégicos. No entanto, a Empresa está no terreno a estudar, a planear e a realizar vistorias e inquéritos desde Junho de 2005 e desde essa data tem-se registado uma nova dinâmica nas obras particulares de reabilitação. 2.3. QUE PRÓXIMO PASSO ESTÁ NA AGENDA DA SRU? Para além da Empresa se estar a preparar para assumir as suas novas competências de licenciamento e autorização de operações urbanísticas, estão em elaboração o Plano de Pormenor da Área a Planear e os Projectos de Reabilitação do Espaço Público da Área Consolidada tendo para o efeito sido convidada uma equipa de projectistas que inclui os Arquitectos Manuel Aires Mateus e Carlos Miguel Dias e o Arquitecto Paisagista João Nunes. 3

2.4. QUE ESFORÇOS TÊM SIDO EMPREENDIDOS PARA ENVOLVER A INICIATIVA PRIVADA NO «PROJECTO» DE REABILITAÇÃO DA ZONA DA SRU? No âmbito das acções de divulgação dos Projectos Base de Documentos Estratégicos, criamos uma listagem de entidades, com actividades relacionadas com reabilitação urbana, que oferecem condições preferenciais de fornecimento de bens e serviços aos proprietários e moradores da nossa Zona de Intervenção, nas operações de reabilitação dos seus imóveis. Esta listagem será divulgada nos Documentos Estratégicos e no nosso site (em construção) e está em permanente actualização. Assim, aproveitamos a oportunidade para, mais uma vez, convidar todas as entidades (investidores, promotores, financiadores, arquitectos, engenheiros, construtores, empreiteiros, fornecedores de materiais de construção, electricistas, marceneiros, canalizadores, advogados, empresas gestoras de condomínios e de património, mediadores imobiliários, etc.) interessadas em colaborar connosco, com os proprietários e com os moradores a manifestarem esse interesse, indicando as condições preferenciais da sua colaboração, através dos seguintes contactos: Lisboa Ocidental, SRU - Sociedade de Reabilitação Urbana, EM Dra. Ana Sofia Franco Rua dos Fanqueiros, 38, 2º, 1100-231 Lisboa Telefone - 21 884 70 30; Fax - 21 884 70 31 s.franco@lisboaocidentalsru.pt 2.5. JÁ HÁ PROJECTOS DE REABILITAÇÃO PROMOVIDOS POR AGENTES PRIVADOS OU EM VIAS DE AVANÇAR? QUAIS? Sim, vários proprietários e investidores estão a aguardar a aprovação dos Documentos Estratégicos e consequente transferência das competências, para iniciarem o licenciamento das operações de reabilitação urbana dos seus imóveis junto da Lisboa Ocidental. 2.6. QUE PRINCIPAIS DIFICULDADES ENFRENTAM AS ZONAS DA SRU, EM TERMOS DE REA- BILITAÇÃO URBANA? A principal dificuldade da Lisboa Ocidental na reabilitação da sua Zona de Intervenção será a aprova- 4

ção e implementação do Plano de Pormenor da Área a Planear, que implica a conjugação de estratégias e objectivos e acções de diversas entidades, entre as quais, os principais proprietários (Ministério da Defesa Nacional, Casa Pia de Lisboa, Ministério da Educação, Ministério da Cultura e dois privados), a Câmara Municipal de Lisboa, o IPPAR e a CCDR-LVT. Este Plano de Pormenor é essencial para o êxito da operação de reabilitação da Zona de Intervenção da Lisboa Ocidental, na medida em que permitirá inverter a tendência de envelhecimento da população e desertificação da área, através da oferta de produtos residenciais, e criar um pólo dinamizador da valorização e qualificação de toda a Zona, através da criação de equipamentos de cultura e lazer e da requalificação dos espaços públicos, aumentando, assim, a sua atractividade em termos económicos, residenciais e turísticos; Como referi, este Plano está em elaboração por uma equipa de projectistas que inclui os Arquitectos Manuel Aires Mateus e Carlos Miguel Dias e o Arquitecto Paisagista João Nunes e esperamos poder apresentar, ainda no corrente mês de Janeiro, ao Presidente e à Câmara a visão e as linhas gerais deste Plano, que se pretende inovador e exemplar em termos urbanísticos e ambientais. 2.7. QUAIS CONSIDERA SEREM OS FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DA ZONA ABRANGIDA E QUE POSSAM CHAMAR O INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO PRIVADO? Para além dos factores relacionados com a forte qualidade de localização da nossa Zona de Intervenção (estar integrada na zona monumental da Ajuda Belém, a proximidade do Tejo e de alguns dos espaços e equipamentos de lazer e cultura mais relevantes da Cidade de Lisboa, etc.), os seguintes Eixos Prioritários da Lisboa Ocidental constituirão, sem dúvida, importantes factores críticos de sucesso dos investimentos imobiliários privados: i) Reabilitação do espaço público incluindo, nomeadamente: - Reabilitação generalizada das ruas, praças e jardins; - Reordenamento do estacionamento à superfície e construção de novos estacionamentos subterrâneos; - Melhoria da iluminação pública. ii) Apoio dos proprietários em todas fases das operações de reabilitação urbana (definição da intervenção, projecto, licenciamento, financiamento, obra, etc.); iii) Cumprimento rigoroso dos prazos de licenciamento definidos na Lei. 5

2.8. CONSIDERA QUE AS SRU S, DE UMA FORMA GERAL, TÊM DADO UM CONTRIBUTO DECI- SIVO PARA A DINAMIZAÇÃO DO PROCESSO DE REABILITAÇÃO URBANA EM PORTUGAL Sem duvida, o Decreto-Lei nº 104/2004, de 7 de Maio, que criou um regime jurídico excepcional para a reabilitação urbana de zonas históricas e áreas críticas de recuperação e de reconversão urbanística e a iniciativa dos principais municípios do país de, no âmbito deste diploma, criarem SRU s é um claro sinal da importância que os poderes central e local atribuem à reabilitação urbana. Este facto é já determinante para a dinamização do sector da reabilitação urbana. É, todavia, fundamental que o forte impulso que colocou a reabilitação na agenda prioritária das políticas públicas evidencie resultados concretos significativos a curto prazo, que gerem um efeito multiplicador dos investimentos públicos e privados a fazer. Na realidade, verifica-se uma grande e generalizada expectativa relativamente à actuação das SRU s. Este facto cria responsabilidades acrescidas, quer a nível do Governo e das Autarquias, na disponibilização dos instrumentos legais e fundos indispensáveis à reabilitação, requalificação e revitalização dos centros urbanos, quer ao nível das próprias SRU s, que devem ser geridas com profissionalismo, transparência, eficácia e eficiência. 6