Ano 9 Nº 37 Out/Nov/Dez 2008



Documentos relacionados
A criança e as mídias

As 10 Melhores Dicas de Como Fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso

O papel do CRM no sucesso comercial

Proteger nosso. Futuro

PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL O GUIA PARA COMEÇAR A TER SUCESSO NAS FINANÇAS

Escola: Escola Municipal Rural Sucessão dos Moraes

EXERCÍCIO E DIABETES

7 alimentos que sabotam a dieta sem você perceber. Até mesmo as comidas consideradas "magras" pedem consumo moderado

Diogo e Olívia. Livro de atividades. Patrícia Engel Secco Ilustrado por Edu A. Engel

Empresário. Você curte moda? Gosta de cozinhar? Não existe sorte nos negócios. Há apenas esforço, determinação, e mais esforço.

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 3 Planejando a Ação Voluntária

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

Porque evitar o "NÃO" e a linguagem negativa. M. H. Lorentz

A Maior Triagem Odontológica do Mundo. Tá, entendi. Agora, como eu vou fazer isso?

W W W. G U I A I N V E S T. C O M. B R

3 Dicas MATADORAS Para Escrever s Que VENDEM Imóveis

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

Convivendo bem com a doença renal. Guia de Nutrição e Diabetes Você é capaz, alimente-se bem!

Educação Infantil - Ensino Fundamental - Ensino Médio. Atividade: Reflexão sobre Amadurecimento e Relacionamento Interpessoal

Receitas de sobremesas do programa SESI Cozinha Brasil fazem sucesso no verão

Em algum lugar de mim

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

BMS15SET05-livreto_v2 APROV.indd 1

Falta de tempo, filhos, casa e trabalho, múltiplas tarefas. Este é o cenário vivenciado por muitas das mulheres brasileiras atualmente.


Voluntário em Pesquisa: informe-se para decidir! Qual documento garante que os meus direitos serão respeitados?

No E-book anterior 5 PASSOS PARA MUDAR SUA HISTÓRIA, foi passado. alguns exercícios onde é realizada uma análise da sua situação atual para

DETOX. 5 RECEITAS DETOX PODEROSAS E FÁCEIS DE FAZER por Rosi Feliciano

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia?

Você sabia. As garrafas de PET são 100% recicláveis. Associação Brasileira da Indústria do PET

Região. Mais um exemplo de determinação

Agora que tenho diabetes... O que posso fazer para permanecer no controle?

#10 PRODUZIR CONTEÚDO SUPER DICAS ATRATIVO DE PARA COMEÇAR A

CONFLITO DE SER MÃE EMPREENDEDORA

OS 4 PASSOS ALTA PERFORMANCE A PARTIR DE AGORA PARA VOCÊ COMEÇAR A VIVER EM HIGHSTAKESLIFESTYLE.

MINHA HISTÓRIA NO NOVOTEL

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

Transcriça o da Entrevista

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Antes de tudo... Obrigado!

Seis dicas para você ser mais feliz

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

ENTRADA Salada Requintada

5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet

Como fazer contato com pessoas importantes para sua carreira?

Segundo Relatório de Intercâmbio de Longa Duração

A.C. Ilustrações jordana germano

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO

COMO É O SISTEMA DE ENSINO PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO CANADÁ

Quais são os sintomas? O sucesso no controle do diabetes depende de quais fatores? O que é monitorização da glicemia? O que é diabetes?

10 Dicas Matadoras para o Viajante Corporativo. Ou como fazer uma viagem de negócios sem stress (e ainda se divertir!)

Obedecer é sempre certo

Aprendendo a ESTUDAR. Ensino Fundamental II

A CD BABY APRESENTA: Criando Eventos de Sucesso no Facebook Catorze regras para lotar os seus shows

Como se preparar para a semana de provas

O CAMINHO PARA REFLEXÃO

Campanha da Rede Asbran alerta este mês sobre consumo de açúcar

CALENDÁRIO 2014 MATERIAIS COMPLEMENTARES DIA 1 DE AGOSTO DIA DO ESTUDANTE

ÍNDICE. Introdução. Os 7 Segredos. Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão. \\ 07 Segredos Milionários

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário

E-book Como Diminuir Diabetes em 30 dias

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã

Diminua seu tempo total de treino e queime mais gordura

ações de cidadania Atendimento direto ECE-SP recebe a comunidade com equipe qualificada e atividades orientadas Revista Linha Direta

10 DICAS PARA USAR AS REDES SOCIAIS SEM PREJUDICAR O SEU NEGÓCIO

Feira de troca: trocar é mais divertido do que comprar

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

Manual prático de criação publicitária. (O dia-a-dia da criação em uma agência)

O Programa Educativo Apetece-me chegou ao Pré-Escolar.

Educação Financeira: Uma questão de Valores? Ricardo Nogueira Patrícia Otero

MEU PLANO DE AÇÃO EM MASSA 7 PASSOS PARA UM INCRÍVEL 2015!

METRÔ RIO NA RMS JUNHO E JULHO 2010 MOBILIZAÇÃO, SENSIBILIZAÇÃO E MONITORAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS TELEFONE, , RÁDIO E MÍDIAS SOCIAIS

Informações Acadêmicas - Intercâmbio

Guia Prático ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA PARA BANCAR A FACULDADE

AVALIE ENSINO MÉDIO 2013 Questionário do Estudante

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1

Produtividade e qualidade de vida - Cresça 10x mais rápido

SocialDB Social Digital Library

Como escrever melhor em 5 passos simples

18/11/2005. Discurso do Presidente da República

Lucas Liberato Coaching Coach de Inteligência Emocional lucasliberato.com.br

APOSTILA DE EXEMPLO. (Esta é só uma reprodução parcial do conteúdo)

?- Período em que participavam das aulas.

Operador de Computador. Informática Básica

Duração: Aproximadamente um mês. O tempo é flexível diante do perfil de cada turma.

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV

Guia do uso consciente do crédito. O crédito está aí para melhorar sua vida, é só se planejar que ele não vai faltar.

COMO SE TORNAR UM VOLUNTÁRIO?

Gestão da TI. Os custos escondidos da. Conheça os custos escondidos na gestão amadora da TI e pare de perder dinheiro.

Visite nossa biblioteca! Centenas de obras grátis a um clique!

COMO TER UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL?

NÚMERO. Alimentação: Sustentável. Receitas deliciosas. O seu dia a dia muito mais saboroso. CHICO SARDELLI DEPUTADO ESTADUAL PV

Programa Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) Campanha de Prevenção e Controle de Hipertensão e Diabetes

Mobilidade Urbana Urbana

Transcrição:

Ano 9 Nº 37 Out/Nov/Dez 2008

Editorial É 10 anos de relacionamento de verdade com muita satisfação que venho novamente falar com você, leitor, sempre buscando trazer novidades e temas cada vez mais importantes quando o assunto é qualidade de vida no tratamento do diabetes. Como coordenador da Central de Relacionamento (Accu-Chek Responde) há quase seis anos, junto à nossa equipe de 22 profissionais, tenho muito orgulho em comemorar os 10 anos de vida do serviço. Hoje oferecemos a todos os usuários da linha Accu-Chek uma Central com um atendimento diferenciado e personalizado, incluindo um canal exclusivo de atendimento para os usuários do Sistema de Infusão Contínua de insulina. Nossa Central é apoiada por um Programa de Relacionamento que procura cada vez mais estar ao lado de nossos clientes, seja pelo envio de materiais educativos, informativos, seja pelas pesquisas de avaliação da terapia e satisfação, mas principalmente pela oportunidade do contato diário pelo nosso canal de atendimento 0800 77 20 126 ou pelo nosso e-mail brasil.accuchekresponde@roche.com. Agora podemos comemorar junto com você as conquistas alcançadas no nosso serviço de atendimento com destaques nos índices de satisfação e qualidade oferecidos a quem busca sempre o melhor sistema de gerenciamento e controle do diabetes com a linha Accu-Chek. Com nossa nova sede da Unidade Diabetes Care contamos atualmente com instalações mais modernas, aliadas à ampliação da equipe de agentes de atendimento, tudo para oferecer cada vez mais o melhor suporte no gerenciamento do seu diabetes. Nesta edição trazemos uma reportagem sobre o Dia Mundial do Diabetes, comemorando o crescimento e participação de entidades importantes em torno do assunto. O Dia do Diabetes é festejado com o já conhecido Alerta Azul, no qual a cor azul ilumina pelo mundo todo importantes ícones arquitetônicos e sedes de entidades envolvidas com o tema. No Brasil, o Cristo Redentor será novamente um dos ícones escolhidos para a campanha deste ano. Graças a essa iniciativa, o tema vem ganhando destaque e está havendo maior conscientização da população sobre a necessidade de se cultivarem hábitos saudáveis como a prática de atividades físicas, uma alimentação balanceada e, o mais importante, a realização do controle diário da glicemia. Além disso, pela primeira vez trazemos uma matéria especial sobre viajantes aventureiros, conhecidos como mochileiros, com depoimentos e histórias interessantes para quem pretende viajar pelo mundo afora sem gastar muito, dicas para os mochileiros de primeira viagem acertarem o roteiro, assim como orientações importantes sobre como lidar com seu diabetes durante seus percursos de viagem e aproveitar ao máximo o prazer de viajar. Pois viajar é sempre preciso. Portanto aproveite as dicas dos nossos mochileiros e o final de ano que vem chegando e ponha o pé na estrada! Boa viagem e boa leitura! Alexandre Baccaro Coordenador Accu-Chek Responde Diana Basei 2 DE BEM COM A VIDA

Índice / Expediente Especial Qual o tamanho do mundo? 4 EXPEDIENTE - Ano 9 Nº 37 Out/Nov/Dez 2008 Conselho Editorial Cristina Uzêda de A. P. Xavier Apoio Ana Carolina Gomiero Fernanda Villalobos Marcus Miranda Em Foco Alerta em azul 8 Projeto Gráfico e Produção Grupo Lopso de Comunicação Fone: (11) 2714-5400 Fax: (11) 2714-5420 Diretora Geral - Ana Maria Sodré Diretora Administrativa - Fernanda Sodré Jornalista Responsável - Gisleine Gregório - MTb 26986-SP Redação - Jornalistas: Caio Ramos, Camila Balthazar, Kamila Barbosa e Mariana Tinêo Revisora - Isabel Gonzaga Criação - André Teixeira, Hudson Calasans, Iuri P. Augusto Comercial - Cristiana Domingos De Bem Com a Vida é uma publicação da Roche Diagnóstica Brasil Ltda. Caixa Postal: 1513, CEP 05321-900, São Paulo- SP. Telefone: 0800 77 20 126 (ligação gratuita). As correspondências deverão ser enviadas para Calçada das Palmas, 20, 2º andar C. C. Alphaville. CEP 06453-000. Barueri - SP. As opiniões expressas em artigos e entrevistas são de responsabilidade dos entrevistados, não refletindo necessariamente a opinião desta revista. As matérias e artigos desta publicação podem ser reproduzidos desde que citada a fonte. Accu-Chek Performa e Accu-Chek Multiclix são marcas Roche. Registro ANVISA 10287410616 e 10287410243. www.accu-chek.com.br ISSN 1678-3042 Dr. Explica10 Variabilidade glicêmica 13 Convivendo Sou voluntária com muito orgulho! Nutrição 16 Receitas 17 Farmácia em Destaque 21 Accu-Flash 22 Passatempo 23 DE BEM COM A VIDA 3

Matéria Especial Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. (...) Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser (...). Trecho do livro Mar sem fim, de Amyr Klink. Qual o tamanho do mundo? Camila Balthazar Dependendo da ambição e do conceito de viagem, podese determinar quão longe serão os lugares, quanto custará chegar lá e qual será o tipo de vivência. Ônibus ou avião. Hotel ou albergue. Restaurante ou supermercado. Mochila ou mala. Os mochileiros fizeram suas escolhas. Oprimeiro passo é decidir viajar. Feito isso, escolher o destino pode ser a parte mais fácil. Tantos lugares desconhecidos, tantas opções ao seu alcance, tantos, tantos, tantos. Viajar pelo prazer de vivenciar a cidade, o povo. Viajar sem priorizar o álbum maravilhoso de fotografias que você poderá montar quando voltar, mas sim as histórias que poderá contar. Viajar sem saber que terá que acordar às 8h30 para o café da manhã, encontrar o grupo da excursão às 9h para ir ao primeiro museu, ter duas horas para ver as obras, almoçar em tal restaurante e já sair correndo para conseguir ver o máximo das atrações turísticas imperdíveis. Enquanto muitas pessoas viajam dessa forma, há várias outras pelo mundo que carregam apenas uma mochila nas costas. São os mochileiros. Seu primeiro passo também é decidir viajar, mas certamente o segundo não é procurar uma agência de viagens. Não há roteiros fixos, mas há planejamento, que pode ser alterado a qualquer instante. O sonho de muitos mochileiros é o mesmo: dar a volta ao mundo. E muitos conseguem. 4 DE BEM COM A VIDA

Gabriel Barbosa Filho é editor do site Mochila Brasil. Com apenas 19 anos, ele já conheceu seis países. Sempre com sua mochila nas costas. Em poucas palavras, ele define o que motiva tantas pessoas a viajarem dessa maneira: Mais do que olhar os lugares, a gente participa deles. Você conhece o povo, a cultura, a realidade do local. Tudo isso sem um guia apontando para onde você deve ir e o que deve ver. Gabriel conta que ele leva um guia de mão quando leva e antes de viajar faz uma pesquisa na internet. Também converso muito com as pessoas do local. Elas ajudam bastante e dão muitas informações. É incrível, mas algumas vezes a pessoa viaja com você para o levar ao lugar, afirma. Em sua opinião, o povo local é mais receptivo com mochileiros do que com turistas que carregam malas. Quem viaja dessa forma garante que o contato com as pessoas e com o lugar é mais intenso. Gabriel afirma que é impossível não voltar mudado. Você se desapega da vida do dia-a-dia. Conhece outra pessoa em você mesmo. Eber Guny, de 24 anos e editor do site Mochilão Sem Fronteiras, tem uma opinião muito parecida com a de Gabriel. Ele conta que a viagem transforma seus valores. Descubro minhas potencialidades e limites. Aprendo a respeitar as diferenças, as opiniões. Volto com mais vontade de ajudar as pessoas. Mesmo que eu fique milionário, vou continuar viajando como mochileiro. Culturas encontram-se; desencontram-se. O aprendizado é diário. Cheguei. E agora? Colocar a mochila nas costas tem praticamente o mesmo significado de esquecer que existem hotéis. Campings e albergues são as duas formas mais comuns de acomodação. Quase sempre os campings são mais baratos e o couchsurfing é gratuito. Já os albergues, conhecidos como hostels, são uma das formas mais econômicas de viajar sozinho. Em geral, oferecem quartos coletivos que podem ter de quatro a mais de 20 camas e banheiro dentro ou fora do quarto. Também é possível haver quartos femininos e masculinos. Toalha e roupa de cama podem estar inclusos na diária ou precisar ser alugados. A estrutura também varia, mas a maioria tem cozinha, lavanderia, internet e café da manhã. O ambiente do hostel é outro momento para conhecer mais pessoas e culturas. Para jantar, é legal preparar uma comida brasileira e oferecer aos outros hóspedes, por exemplo. Essa é uma boa hora para conhecer outras pessoas, diz Eber. Aliado a isso, está a economia. Restaurante? Talvez, só no final da viagem, diz Eber. Ele afirma que sempre compra o que precisa no mercado e leva para cozinhar no albergue. Viajar de mochila é sempre mais econômico, porém mesmo quem não está com o dinheiro contado muitas vezes opta por viajar assim, o que mostra que esse espírito está mais na cabeça do mochileiro do que no bolso. Além dos gastos com acomodação e alimentação, o mochileiro deve se preocupar com a passagem para sair da sua cidade e chegar ao seu destino (seja de avião, ônibus, trem), transporte entre as cidades, tickets de entrada em museus, shows etc., seguro saúde, passaporte e visto. O mesmo roteiro pode ter valores diferentes para cada pessoa. Eber explica que cada um administra seus gastos e não existe um valor fixo. A única coisa que se O que não pode faltar na mochila:* Nécessaire com medicamentos: aqueles que você já toma, analgésicos, antitérmicos, band-aids, pastilha para dor de garganta, gaze, esparadrapo, lenços de papel Toalha de banho pequena Protetor solar e labial Câmera fotográfica Guarda-chuva ou capa de chuva Almofada de pescoço inflável (pra viagens de ônibus) Pochete invisível (para colocar dinheiro debaixo da roupa) Cadeados de segredo para trancar os compartimentos da mochila Itens de higiene Sacola para colocar as roupas sujas ou úmidas Diário para escrever as histórias e anotar o nome dos lugares mais interessantes Boné ou chapéu Saco de dormir que suporte baixas temperaturas, que também servem como lençol e cobertor Guia de viagem Canivete multiúso Cartão de crédito internacional Cópias dos documentos Pen drive para colocar as fotos da viagem e liberar espaço na câmera ou para trocar músicas e fotos com novos amigos * Informações adaptadas do site Mochilão Sem Fronteiras DE BEM COM A VIDA 5

Matéria Especial Fotos: divulgação Viajar de mochila é sempre mais econômico, porém mesmo quem não está com o dinheiro contado muitas vezes opta por viajar assim, o que mostra que esse espírito está mais na cabeça do mochileiro do que no bolso. precisa para fazer um mochilão é saber que ele existe. A partir disso, só precisa ter vontade e tempo para pesquisar o destino, as opções de passagens, a cultura do local, tipo e tamanho de mochila etc. Tanto para mochileiros de primeira viagem quanto para experts, a internet é um ótimo meio de tirar dúvidas, compartilhar experiências e ficar por dentro de tudo. Existem vários sites, blogs e comunidades no Orkut. Todos possuem fóruns de discussão e a maioria possui editores bastante prestativos. Viajando com seu diabetes Quem tem diabetes deve procurar manter os hábitos alimentares e o horário das refeições, levar a medicação e a insulina bem acondicionadas e balas ou tabletes especiais para evitar hipoglicemia, lembra o Dr. Marcello Bronstein, professor de Endocrinologia da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, é importante levar o aparelho de glicemia, as receitas médicas, um cartão de identificação junto com os documentos e realizar os testes glicêmicos com mais freqüência. Outra dica é tentar estar sempre em grupo e que alguém da equipe e também do hostel ou do camping saibam que você tem diabetes e estejam orientados sobre o procedimento a ser realizado em caso de hipoglicemia. Sempre que viaja, Guilherme Moravia Matos, 33 anos, presta atenção às indicações médicas. Com diabetes tipo 1, ele conta que, quando está fora de casa e sai da sua rotina, o controle e a freqüência de testes de monitoramento são maiores. Esses cuidados são necessários, pois a alimentação muda e, às vezes, em viagens muito longas, o sono é comprometido e perco a noção do horário de aplicação de insulina, diz. O primeiro mochilão de Guilherme foi em 2006. Foram 12 dias entre as cidades de Buenos Aires e Mendoza, na Argentina. Depois disso, ele já foi para o Peru em 2007 e para o Chile em 2008. Ao comparar o primeiro mochilão com o último, Guilherme vê que hoje já tem mais facilidade para comunicar-se, encontrar albergues, negociar, controlar gastos e até mesmo planejar. Muitas vezes a gente acha que consegue fazer várias coisas em um mesmo dia, mas depois percebe que fica muito cansativo. Aprendi a dosar e alternar dias mais tranqüilos com dias mais agitados, conta. Ele já está fazendo planos para o Roteiros Eber Guny BRASIL Sugestão do Eber Guny Roteiro: Travessia Paraty Trindade (RJ) Duração: 4 dias Paraty Pouso do Cajaíba Martins de Sá Cairuçu das Pedras Ponta Negra Praia do Sono Laranjeiras - Paraty AMÉRICA DO SUL Sugestão do Eber Guny Roteiro: Buenos Aires, Patagônia Duração: 22 dias Puerto Iguazu (lado argentino das cataratas) Buenos Aires Rio Gallegos Punta Arenas Puerto Natales (Torres del Paine Circuito de trilhas W em 6 dias) El Calafate (Glaciar Perito Moreno) Buenos Aires Sugestão do Gabriel Barbosa Filho Roteiro: Bolívia e Peru Duração: 1 mês Corumbá (MS) - Puerto Quijarro (Colômbia) - Santa Cruz Vallegrande La Higuiera - Sucre Potosí Uyuni Cochabamba Copacabana Isla del Sol Puno (Peru) Cusco Choquequirao Aguas Calientes Machu Picchu Cusco Lima 6 DE BEM COM A VIDA

ano que vem e pesquisando roteiros na Patagônia, no México e na Colômbia. Para mim, tão bom quanto viajar é planejar. Gosto bastante de pesquisar e estudar sobre o local, a cultura. Compro livros, troco informações em fóruns na internet, explica. O sentimento que o faz optar por esse tipo de viagem é parecido com o de outros mochileiros. Carregando apenas uma mochila nas costas, sinto-me mais livre e independente. Posso me locomover com mais facilidade e ainda faço contato com pessoas de culturas diferentes. Assim como Guilherme, Eduardo Botelho, 38 anos, é outro apaixonado por viagens. Ele gosta da possibilidade de conhecer lugares e sua realidade, conversar com as pessoas e viver seu dia-a-dia. Além disso, quanto menor o custo, mais lugares posso conhecer, diz. Seu envolvimento com os mochilões começou em 2005, quando fazia seu mestrado na Espanha. Morei dois anos em Barcelona e viajei principalmente para França e Itália. Gosto de conhecer bem o lugar. Quando viajo, fico pelo menos três ou quatro dias em cada cidade. Além de albergues, Eduardo já se hospedou várias vezes na casa de pessoas através dos sites Hospitality Club e Couch Surfing, em que pessoas de todo o mundo podem se cadastrar para oferecer um pouso para viajantes ou buscar um quando estão viajando. É maravilhoso e já conheci pessoas fantásticas assim. É verdade que pode haver receio de ficar na casa de alguém que você não conhece, mas há ferramentas que você pode usar para eliminar os possíveis problemas, como analisar bem o perfil do usuário. Nunca me dei mal e também já hospedei pessoas na minha casa e foi ótimo, conta. O diabetes tipo 1 não é um empecilho para suas viagens. A única vez que Eduardo teve problemas foi em uma viagem à Alemanha. Deixei um estoque de insulinas na Bélgica e, quando cheguei a Berlim, vi que a viagem seria prolongada em dois dias. Levei minha receita médica, mas as farmácias não aceitam prescrições de fora do país. Eu precisaria ir a um médico particular, o que seria caro. Para não alterar o roteiro, reduzi a dosagem por dois dias até que voltasse à Bélgica, relata. Após esse episódio, ele intensificou ainda mais seus cuidados e sempre leva mais insulina que o necessário, sua receita médica, além de fazer monitoramento com mais freqüência. Além disso, é importante levar um tubo/garrafinha com álcool gel para garantir a limpeza ao fazer o monitoramento e a aplicação da insulina no trem, ônibus, ou naqueles lugares em que é difícil o acesso à água. Guilherme Moravia Matos Férias Nem todo mundo pode passar meses ou anos viajando. No entanto, mochilão não significa viagens longas e sim um estilo de viagem. Eber Guny, por exemplo, já fez mochilão de três dias. Não é regra ter que sair do Brasil, mas o impacto cultural-idiomático é maior lá fora. Sávio Mourão Henrique, proprietário do Casa Club Hostel, na Vila Madalena, em São Paulo, revela que o brasileiro não tem o hábito de viajar e ficar em hostels. Ainda há pouca divulgação a respeito de albergues no Brasil e, por isso, recebemos principalmente estrangeiros. Mas acredito que, aos poucos, os brasileiros aprenderão que ao optar por esse tipo de acomodação podem, além de economizar, conhecer outras culturas. O Brasil oferece opções para quem gosta de praia, campo, montanhas. Além disso, outro bom roteiro é a América do Sul, que está aqui do lado e o câmbio ainda favorece aos brasileiros. Sem mais desculpas para não viajar, basta querer aproveitar as férias de fim de ano e quem sabe mudar seu conceito de viagem. E o melhor: viajando no verão, sua mochila certamente ficará mais leve. Sites www.mochileiros.com www www.mochilabrasil.com.br www.mochilaosemfronteiras.com.br www.voudemochila.com.br www.brasildemochila.com www.couchsurfing.com.br www.hospitalityclub.org DE BEM COM A VIDA 7

Em Foco Alerta em azul Mariana Tinêo Usando a cor azul para iluminar grandes ícones locais, países de todo o globo se unem na luta pelo controle do diabetes. No dia 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Diabetes. Nessa data, profissionais de saúde, pacientes, familiares, cuidadores e entidades ligadas ao manejo do diabetes realizam ações efetivas para informar, conscientizar e alertar as pessoas, em todo o mundo, sobre os perigos de uma doença silenciosa que mal controlada pode causar muitas complicações. A data comemorativa foi instituída pela Federação Internacional do Diabetes (IDF sigla em inglês), entidade que agrega mais de 200 associações, distribuídas por mais de 160 países, em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados surpreendentes sobre a epidemia do diabetes e a importância de seu controle levaram a Organização das Nações Unidas (ONU) a reconhecer e apoiar a data, em 2006. Neste ano o tema da campanha será o mesmo de 2007: diabetes em crianças e adolescentes. Para o IDF, o assunto merece destaque porque o diabetes na infância é freqüente. No caso do diabetes tipo 1, no qual o organismo pára de produzir insulina, as mortes ocorrem devido à falta de diagnóstico. Já no tipo 2, além do diagnóstico tardio, há falta de recursos para tratamento em várias partes do mundo, por razões econômicas ou geográficas, o que também causa o falecimento de muitas crianças. Fotos:Divulgação Círculo azul O círculo azul é o símbolo internacional da luta contra o diabetes. Foi escolhido em 2007 para comemorar o reconhecimento da campanha pela ONU e representar a união das comunidades globais em torno do tema. Sendo assim, para celebrar o Dia Mundial do Diabetes, os países que aderiram à campanha iluminarão de azul seus principais edifícios e monumentos. Em 2007, foram iluminados de azul 279 monumentos e edifícios símbolos pelo mundo. Em 2008, a IDF espera atingir a marca de 500 ícones, aumentando ainda mais o número de pessoas com acesso a informação correta sobre a doença. A lista de edifícios e monumentos já comprometidos com a luz azul é grande: o Obelisco, em Buenos Aires; o Federation Square, na Austrália; o Instituto de Pesquisa e Reabilitação em Diabetes e Doenças Endócrinas e Metabólicas de Bangladesh (Birdem sigla em inglês), em Bangladesh; o City Hall, na Bélgica; o Hotel De Ville, na França; a Torre Mail, no México; o hotel Burj al Arab, em Dubai; a Calvary Presbyterian Church, nos Estados Unidos; nosso Cristo Redentor, entre muitos outros. Além disso, diversos eventos foram programados para este ano, como um concurso de fotos, organizado pelo Departamento de Endocrinologia Pediátrica da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos; o Encontro Nacional de Diabetes, na República Dominicana; o Seminário Público de Diabetes, na Índia; a Exposição Global, em 8 DE BEM COM A VIDA

Barbados; a Caminhada no Canadá; a Parada Nacional do Diabetes, em Porto Rico; a Semana Mundial do Diabetes, na Malásia; o Acampamento de Diabetes, também na Malásia; a Feira do Dia Mundial do Diabetes, em Taiwan; a Campanha de Conscientização do Diabetes, na China, entre diversas outras ações. Para a campanha de 2008 a IDF utilizou o círculo azul na produção de 10 mil frisbees (brinquedos tipo discos - chamados de círculos voadores) para divulgar e dar suporte financeiro à campanha. Para arrecadar fundos, alguns grupos mais entusiasmados já começaram suas ações, como o piloto australiano Youcef Cummings, que está pilotando a moto do Dia Mundial do Diabetes em corridas pela região do Oriente Médio, numa carreata de solidariedade. Em novembro, um grupo do Vale do Silício, no México, vai usar um carro de corrida oficial do Dia Mundial do Diabetes - um Fusca 1969 no rali Baja 1000. A equipe, chamada Desert Dingo Team, pretende levantar fundos para o programa Vida para uma Criança. Já na Itália, a Associação de Diabetes local uniu-se à Liga dos Campeões, do Inter Futebol Clube, para que as crianças desenhem o logotipo do Dia do Diabetes no campo de futebol durante as partidas de 10 e 16 de novembro. Os jogadores pretendem assinar bolas e camisetas que serão depois leiloadas. Comemoração Nacional No Brasil, sob a coordenação da Federação Nacional das Entidades de Diabetes (Fenad) foram elaborados materiais educativos, para informar a população em relação Produtos e orientações às causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e complicações da doença, e planejados eventos por todas as regiões. Uma das principais ações será realizada pela Associação Nacional dos Diabéticos (Anad), em São Paulo, no dia 16 de novembro, no Colégio Madri Cabrini. Lá qualquer pessoa poderá fazer exame de detecção do diabetes e aproveitar para ter pés, boca, olhos, pressão arterial, hemoglobina glicada, condição vascular, entre outros fatores, avaliados por profissionais especializados, gratuitamente. A campanha inclui ainda orientação e educação em diabetes, especialmente na área de nutrição. Este ano o tema da campanha da Anad é Um ano em um dia. A intenção é que cerca de 10 mil pessoas façam os testes de glicemia e que os pacientes sejam atendidos prontamente, para poderem atuar de forma preventiva nos cuidados com o diabetes. Além disso, a Anad pede em seu site que as pessoas participem da campanha, iluminando de azul suas casas na noite de 14 de novembro, registrando o ato com a máquina fotográfica e enviando a imagem com alguns dados para o site (www.anad.org.br). Todo o material será enviado para a IDF para contabilizar o alcance da campanha. Também em São Paulo, na Estação Alto do Ipiranga do metrô, será realizada a campanha da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), cuja sede já está toda iluminada de azul. No dia 14, haverá testes glicêmicos e orientação às pessoas com diabetes e à população sobre os cuidados com a condição. Toda a equipe de profissionais e voluntários que atuará na campanha do dia 14 estará trajando azul. No município de Eusébio, no Ceará, será realizado o Projeto Soteria: Transdisciplinaridade na Saúde do Portador de Diabetes, que tem o objetivo de levar informação às pessoas que moram longe dos centros especializados, incentivando o diálogo entre médico e portador no planejamento dos cuidados com a doença. A realização do Dia Mundial do Diabetes tem tido resultados positivos ao longo dos últimos anos. A prova disso é a facilidade que uma pessoa com diabetes tem hoje para encontrar produtos e orientações. Hoje os pontos de venda, ou seja, as lojas e farmácias oferecem a solução completa para o cliente. As grandes redes criaram espaços específicos para quem tem diabetes dentro de suas lojas, com profissionais treinados e espaço físico mais organizado, onde é possível encontrar desde fitas, insulinas, aparelhos, até guloseimas diet e produtos ortopédicos, comenta Fernanda Villalobos, gerente de produto para o varejo da Roche Diagnostics. Segundo ela, algumas redes promovem palestras de orientação, especialmente sobre alimentação, para as pessoas com diabetes, num esforço para melhorar a prestação de serviço. Para Fernanda, o Varejo também tem o papel de educar as pessoas em relação ao diabetes, por isso, no dia 14 de novembro, atuará na ampliação das campanhas de detecção, já que a grande preocupação atual é o enorme grupo de pessoas que não sabe que tem a doença. WWW As ações do Dia Mundial do Diabetes podem ser acompanhadas por meio dos sites: www.anad.org.br www.idf.org www.accu-chek.com.br www.diamundialdodiabetes.org.br www.adj.org.br DE BEM COM A VIDA 9

Dr. Explica Variabilidade glicêmica Caio Ramos Um novo parâmetro de análise da glicemia Com o exame de hemoglobina glicada, ou A1C, é possível se ter uma idéia se o controle glicêmico durante os últimos dois ou três meses tem sido eficaz. A A1C mede a quantidade de glicose que é incorporada ao sangue (hemoglobina) nesse período. Esse exame tem sido o principal parâmetro para que o médico possa dizer se a pessoa com diabetes está bem controlada ou não, informa a Dra. Denise Franco, endocrinologista e coordenadora de educação da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ). Se o exame der um resultado inferior a 7%, o controle glicêmico tem sido bom. No entanto, se o resultado for acima desse valor, deve-se procurar mudar a terapêutica. Alguns pesquisadores perceberam, porém, que entre um grupo de pacientes com o mesmo valor do teste de A1C o risco do desenvolvimento de retinopatia diabética era diferente. No grupo de pacientes que faziam terapia intensiva com múltiplas doses de insulina e automonitorização freqüente, o risco de desenvolver retinopatia foi três vezes menor que no grupo de pacientes que não fazia terapia intensiva, apesar do mesmo valor de hemoglobina glicada. A causa, então, deveria estar em oscilações mais freqüentes da glicemia, ou seja, na maior variabilidade glicêmica, fenômeno que se dá quando os níveis de glicemia apresentam picos e vales, o que ocorreu no grupo que não fazia terapia intensiva. Assim, duas pessoas podem ter um valor de hemoglobina glicada de 7%. Uma delas, por exemplo, com valores glicêmicos variando entre 400 e 40mg/dl no mesmo dia, enquanto que o outra com níveis mais estáveis, variando entre 200 e 120mg/dl. Para a primeira pessoa, há uma oscilação muito grande. No outro caso, a glicemia varia pouco e os valores estão mais próximos dos considerados normais. No entanto, de acordo com o resultado do teste de BEM COM A VIDA 10DE

hemoglobina glicada, ambos são iguais. Avaliando os valores de glicemia e a variabilidade glicêmica ao longo de três meses e não apenas a A1C é que podemos dizer quem está realmente bem controlado. Assim, analisar a variabilidade glicêmica é uma forma de analisar a real situação do paciente, fazer os ajustes adequados da terapia e proporcionar um controle glicêmico melhor, afirma a Dra. Denise. A variabilidade glicêmica complementa a informação fornecida pelo exame de hemoglobina glicada, proporcionando uma noção precisa da intensidade das oscilações, diz o Dr. Augusto Pimazoni Netto, coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A importância da variabilidade glicêmica foi alvo de um estudo publicado no começo do ano no prestigioso jornal científico Diabetes, da Associação Americana de Diabetes. No trabalho, os cientistas concluem que uma elevada variabilidade da glicemia pode favorecer mais o surgimento de futuras complicações cardiovasculares do que um nível glicêmico constantemente elevado. A variabilidade glicêmica complementa a informação fornecida pelo exame de hemoglobina glicada, proporcionando uma noção precisa da intensidade das oscilações Além disso, a avaliação da hemoglobina glicada e da variabilidade glicêmica quando somadas, contribuem muito para a avaliação do risco de complicações futuras, esclarece o Dr. Pimazoni. Sistema informatizado Para se verificar a variabilidade glicêmica, a maneira mais fácil é utilizar um recurso informatizado. Atualmente, existem sistemas e dispositivos de análise fornecidos pela indústria farmacêutica para os profissionais de saúde. Esses sistemas permitem a transferência dos dados dos monitores de glicemia para o computador, gerando gráficos e tabelas que permitem uma análise mais clara da situação do paciente, tanto para o profissional de saúde quanto para o próprio paciente e, conseqüentemente, um melhor gerenciamento do controle glicêmico e do diabetes. Esses recursos estão cada vez mais difundidos, estando presentes em clínicas, hospitais e até mesmo consultórios. A tendência é que se tornem de uso comum entre os especialistas em diabetes. Um desses dispositivos, que possibilita a transmissão dos dados do monitor de glicemia por meio de 11 DE BEM COM A VIDA

Dr. Explica raios infravermelhos, é usado pelo Dr. Pimazoni no Hospital do Rim e Hipertensão. Aplicamos o método em 50 pessoas, e os resultados têm sido muito interessantes, em termos de auxiliar o médico na conduta terapêutica, comenta o médico. Com esses sistemas, não é mais necessário fazer anotações das glicemias em uma tabela ou um diário e levá-la ao médico. Isso é mais difícil e, muitas vezes, diminui a adesão da pessoa, que pode se esquecer de anotar os resultados, comenta a Dra. Denise. É importante lembrar que para que tais sistemas gerem resultados úteis, a pessoa com diabetes deve fazer seus testes regularmente e não se esquecer de levar o monitor de glicemia nas consultas. Os gráficos e tabelas das glicemias são um recurso mais didático, tornando fácil identificar os dias e mesmo os momentos exatos em que houve uma variação muito grande da glicemia. Eles podem relacionar uma hiperglicemia a um abuso cometido em uma festa, por exemplo. Além disso, fica menos dificultoso para o médico explicar a importância e a necessidade do controle e da aplicação da medicação ou da insulina nos horários corretos, comenta a Dra. Denise. O conceito da variabilidade glicêmica ainda é recente, mas tem sido bastante discutido no meio médico e considerado um parâmetro relevante. Logo, as pessoas com diabetes terão mais essa ferramenta na busca por uma melhor qualidade de vida. Se você tem interesse em conhecer mais, procure seu médico. Dor de cabeça A nutricionista Juliana Baptista, 30 anos, foi diagnosticada com diabetes tipo 1 aos 9 anos de idade. Ela conta que passou a usar um sistema informatizado de análise da variabilidade glicêmica há cerca de três anos, nas consultas com a Dra. Denise. Sempre achei importante observar as oscilações das minhas glicemias. Além disso, a Dra. Denise pede para que façamos o teste de glicemia antes da refeição e após duas horas. Agora, consigo ter uma visão melhor do meu controle. Segundo Juliana, os gráficos permitem identificar os horários em que é necessário melhorar a dose de insulina ou a quantidade de alimentos ingeridos. Ela diz que foi possível perceber que sua glicemia pós-prandial estava alta e que, em razão disso, tinha um pouco de dor de cabeça. Eu aumentava a insulina, mas após cerca de quatro horas, tinha hipoglicemia. Hoje em dia, isso foi resolvido. Mudamos a dose de insulina e melhoramos a alimentação. A dor de cabeça melhorou. Conseguimos identificar onde estava o problema, explica. Correndo O biólogo Mark Barone, 27 anos, descobriu o diabetes tipo 1 aos 10 anos de idade. Ele tem um sistema informatizado de análise da variabilidade glicêmica instalado em seu próprio computador. Faço doutorado em fisiologia humana e participo de um projeto sobre o diabetes tipo 1. Procuro fazer o melhor uso possível das tecnologias que têm se mostrado úteis, e entendi que esse sistema poderia me auxiliar. Baroni envia os dados para a análise da Dra. Denise, por e- mail. Ele conta que, quando passou a usar o recurso, havia começado a utilizar o sistema de infusão contínua (SIC) e tinha uma variabilidade glicêmica muito grande. Os gráficos ajudaram o biólogo a se adaptar à nova terapêutica. Além disso, eles permitem identificar ocasiões em que comete alguns pequenos abusos, como festas. Agora, Barone diz estar mais preparado para enfrentar esses dias atípicos, em que a rotina é alterada. O sistema também ajudou o biólogo em sua atividade esportiva, a corrida. Ele mede a glicemia antes, durante e após os treinos, e conta que com os recursos do sistema tornou-se mais fácil observar que tem, eventualmente, hipoglicemias enquanto corre, e hiperglicemias em seguida. Conseguimos ajustar a insulina e a alimentação para que a corrida não interferisse negativamente. Na verdade, tem que ser o contrário. Uma atividade assim tem que beneficiar a pessoa com diabetes. BEM COM A VIDA 12DE

Convivendo Sou voluntária com muito orgulho! Kamila Barbosa Ser voluntário é doar energia e praticar a generosidade. É responder a um impulso básico: o desejo de ajudar, de colaborar, de compartilhar alegrias, de aliviar sofrimentos, de melhorar a qualidade da vida em comum. Compaixão, solidariedade, altruísmo e responsabilidade são sentimentos profundamente humanos; e são também virtudes cívicas. As histórias que você lerá a seguir correspondem a pessoas diferentes, de Estados brasileiros distintos, mas que se assemelham em duas questões: todas têm o diabetes e auxiliam quem tem diabetes. A troca de emoções, de sensações, de sentimentos, mas principalmente de experiência é o que move cada uma dessas voluntárias. Não seria triste imaginar que a gente Sylvia já perdeu a conta de quanto tempo vem se doando para outras tem 69 anos e que não fez nada na vida pessoas. Já trabalhou por décadas em instituições para crianças deficientes que valeu a pena? e pacientes idosos. Há cerca de 14 anos é voluntária da Adisa, associação Sylvia Lacerda, 69 anos, pedagoga aposentada, da qual foi fundadora e presidente. Atualmente dedica dois dias da semana para atender idosas com diabetes, às quais chama carinhosamente de tem diabetes tipo 1 ASSOCIAÇÃO DOS DIABÉTICOS DE SALVADOR (ADISA) - BAHIA meninas. A maior parte de seu trabalho é administrativa, como organizar passeios, aulas de dança, artes e bordado, marcar médicos e fazer com que os medicamentos cheguem às associadas. Mas Sylvia se diverte e aprende ainda mais quando está em contato direto com as meninas, durante as reuniões às segundas e quintas-feiras. Nós que temos diabetes passamos a aceitar ainda mais quando convivemos com pessoas na mesma situação. Quando tem aula de dança, eu danço também. Elas dão risada porque me requebro toda. Quando é uma música que eu sei, entro na sala já cantando. Passamos sempre tardes muito agradáveis, conta. Sylvia diz que ser voluntária lhe dá muita satisfação interior, pois ver o progresso daqueles que precisam lhe faz um bem enorme. Algumas pessoas gostam de jogar, outras, de passar o tempo conversando e eu, de ser voluntária. Quando trabalhava como pedagoga, sempre achava uma tarde livre para me dedicar às pessoas que precisassem. Imagine agora que estou aposentada! Devo ajudar mesmo. Fato marcante: Comumente, quando uma menina nova chega, percebemos que fica um pouco reservada, mas com o tempo vai se tornando prestativa. Outro dia recebi da filha de uma dessas meninas um agradecimento por escrito, dizendo que antes de freqüentar nossa instituição a mãe já não se preocupava com ela mesma e vivia triste, mas que agora queria me agradecer, porque a mãe tinha mudado. Era alegre e toda semana, já na véspera, ficava se preparando para ir à reunião. Isso traz uma satisfação enorme e uma sensação de dever cumprido. Não seria horrível imaginar que a gente tem 69 anos e que não fez nada que valeu a pena? 13 DE BEM COM A VIDA

Convivendo Dou o tratamento que gostaria de receber! Ser voluntária é muito gratificante A biblioteca pública da cidade foi o local que Maria Isabel, Maria Isabel Martins, 46 anos, tem diabetes tipo 1 uma paranaense bem-humorada, escolheu para buscar informações quando descobriu que tinha diabetes. O trabalho como ASSOCIAÇÃO PARANAENSE DO DIABÉTICO JUVENIL (APAD) PARANÁ voluntária começou dois meses depois. No início freqüentava as palestras, bingos e festas da Apad. Seu interesse era imenso e logo foi chamada para auxiliar também como secretária, e pensou: Se era para ser útil, por que não? Maria Isabel conta que tem muita afinidade com crianças e idosos. Existem muitos rebeldes, mas as diferenças de comportamento são interessantes. Há crianças que trocam o lanche na escola, que não querem tomar insulina porque têm medo da agulha, ou que roubam doces em casa; e idosos que pensam que não têm mais idade pra se preocupar e que então podem comer de tudo. É nessa hora que fazemos a diferença. Medicação e tiras de teste são a grande preocupação de Maria Isabel, que hoje é vice-presidente da Associação. Não adianta a pessoa tomar a insulina e não fazer o teste. Se ela estiver com a taxa normal e tomar a mesma dose, vai ter uma hipoglicemia severa. Se estiver com a taxa alta e tomar a mesma dose de insulina vai permanecer com a taxa alta, alerta. A voluntária diz que aprende muito. O voluntário que tem diabetes aprende a compreender e a dar valor aos sentimentos de cada indivíduo. Conhecemos a sensação que aquela criança e aquele idoso estão tendo. Sabrine Fernandes, uma mineira de sotaque delicado, A gente aprende muito lendo e se informando, mas o aprendizado é bem maior quansoas com diabetes. Descobriu o diabetes como tantos pode ser considerada um exemplo para muitas pesdo estamos em contato com outras pessoas, outros: após sentir os principais sintomas e confirmar com o exame de sangue. A diferença é que trocando experiências de vida. Sabrine Fernandes, 30 anos, psicóloga, tem diabetes tipo 1 dição. Talvez até tenha sido fácil para ela, já que desde o início aceitou muito bem sua nova con- ASSOCIAÇÃO DE DIABETES DE JUIZ DE FORA (ADJF) - MINAS GERAIS sempre gostou muito de se alimentar adequadamente. Adepta de receitas com legumes, verduras e frutas, aprendeu rápido a calcular as porções. Um empecilho nessa trajetória, entretanto, foi conseguir dizer não para o doce mais famoso de sua região e pelo qual é apaixonada até hoje: o doce de leite. Mas ela deu um jeitinho de driblar a situação optando pela forma diet. Sabrine lembra que também teve que aprender a lidar com algo que sempre teve receio: sangue e agulha. Contudo, a vontade de ser independente foi maior, e logo superou essa dificuldade. Foi quando conheceu a Associação e começou a fazer parte de um grupo que assistia a palestras sobre o diabetes. Na época estava na faculdade e se interessou pela vida daqueles que também freqüentavam a instituição. Um trabalho da universidade sobre voluntariado despertou-a: Por que não ajudar mais? Foi exatamente isso que resolveu fazer depois de se formar. E hoje vem dedicando boa parte de seu tempo para atender mães de crianças com diabetes. E a cada reunião, Sabrine aprende também. Hoje, procura passar para as mães que atende força para ajudá-las a enfrentar a condição da melhor forma possível. Conta que ver o resultado de seu trabalho é altamente gratificante. É o que mais compensa. Ajudar as pessoas a encararem e lidarem melhor com o diabetes, o preconceito, a superproteção aos filhos. Não deve ser assim. Aprendemos muito lendo, mas o aprendizado é bem maior quando estamos em contato com outras pessoas, trocando experiências de vida. Fato marcante: O meu primeiro contato com essas mães me marcou muito. Eu estava começando na profissão e perguntei em uma das reuniões como era ser mãe de uma criança com diabetes. Uma das mulheres respondeu que era difícil e que nunca quis aquilo para seus filhos (os dois tinham o diabetes), mas que estava aprendendo a lidar com aquela situação. Contou que por muito tempo ela queria ser a única a aplicar a insulina, a alimentá-los, só ela podia monitorizar, não os deixava ir para aniversários, não ficava tranqüila quando estavam fora de casa. Mas com a nossa ajuda essa mãe estava aprendendo a mudar suas atitudes, a deixá-los mais independentes. BEM COM A VIDA 14DE

Procuro dar a eles o tratamento que gostaria de receber. Ser voluntária é muito gratificante. Fato marcante: Conheci uma moça de 24 anos, com diabetes e que passava madrugadas em baladas e adorava tomar cuba-libre (bebida feita com rum e Coca-cola). Não tomava insulina e já estava com o rim comprometido. Um dia convidei-a para me ajudar a organizar um congresso em São Paulo. Ela aceitou. Nosso trabalho seria buscar patrocínio, fretar o ônibus e conseguir hotel para 33 pessoas. Durante um jantar, fiz com que ela se sentasse ao meu lado, comesse legumes e tomasse apenas refrigerante diet. Conversamos muito. Na volta, ela conheceu um rapaz no ônibus e eles passaram horas batendo papo. Consegui convencê-la a visitar minha médica. Hoje é outra pessoa: casou-se com o rapaz do ônibus, formou-se em Direito, está com o peso certo, o diabetes dela está controlado; é uma pessoa exemplar. Minha médica até comentou: foi um milagre, pois o histórico dela era uma loucura. Sinto-me feliz de servir de exemplo a outras pessoas. Cristina Gross, 29 anos, cirurgiã-dentista, tem diabetes tipo 1 ASSOCIAÇÃO RIO-GRANDENSE DE APOIO AO DIABÉTICO (ARAD) RIO GRANDE DO SUL Há cinco anos Cristina começou a freqüentar a Associação de Porto Alegre, participando das reuniões. Logo começou a se envolver mais com os trabalhos voluntários. Hoje, ela faz questão de ir pessoalmente às escolas para fazer testes de medição de glicemia, orientar quanto ao diabetes e ainda brincar com as crianças. Para ela, ver as pessoas melhorando, aprendendo a cada dia e cuidando da saúde é altamente gratificante. Tenho diabetes há 23 anos, e tenho aprendido muito na Associação. O convívio com outras pessoas é excelente, pois, entre outras coisas, nos mostra as aflições do dia-a-dia, e essa troca de experiências é magnífica. A ARAD faz um trabalho maravilhoso, dando apoio não só a quem tem diabetes como também às famílias dessas pessoas. Sinto-me gratificada por fazer parte dessa Associação. Cristina nunca teve problemas em aceitar o diabetes, e por conviver muito bem com ele, incentiva as pessoas a terem a mesma atitude. Todos nós podemos ter uma vida completamente normal, nunca deixei de me divertir, sair com meus amigos, viajar, estudar. Tenho uma vida profissional bem ativa como dentista e nisso também o diabetes nunca me atrapalhou, basta ter um controle adequado. Ser voluntário Por que podemos e devemos ser voluntários? Porque com certeza vamos aumentar as nossas chances de dedicar um pouco do nosso tempo àqueles que precisam, compartilhar anseios, aprender e ensinar. Você também pode destinar uma hora por dia, um dia inteiro ou uma semana a quem precisa. O tempo é você que decide! Não é necessário estar ligado diretamente à causa. Qualquer pessoa é bem-vinda. Para obter mais informações, procure uma associação na sua cidade. Há Centros de Voluntários que funcionam em todo o país para ajudar você a encontrar uma oportunidade de ação voluntária, como o portal www.portaldovoluntario.org.br, que disponibiliza associações em todos os Estados brasileiros. E ainda, se você tem interesse em lidar com quem tem diabetes, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) disponibiliza em seu site (www.diabetes.org.br) a relação de associações de pessoas com diabetes em todo o Brasil. Fato marcante: Tenho um paciente em meu consultório que não cuidava de sua saúde e inúmeras vezes o convidei para ir às reuniões na Associação. Ele me questionava como eu, tendo diabetes, podia ser dentista e ter uma vida saudável como qualquer pessoa jovem da minha idade. Ele imaginava que uma pessoa há mais de 20 anos com diabetes já teria certamente alguma seqüela, uma conseqüência do diabetes mal cuidado. Expliquei-lhe que não é bem assim e ele entendeu. Hoje me liga contando que está indo ao médico, fazendo o controle, dieta e exercícios regularmente. Seu médico lhe diz que está com os exames ótimos. Sinto-me feliz de servir de exemplo a outras pessoas. 15 DE BEM COM A VIDA

Nutrição Saúde entre o Natal e o Ano Novo Camila Balthazar Cena típica das festas de fim de ano: a mesa farta de comida com várias opções de entrada, pratos principais e acompanhamentos. Ao lado, outra mesa reservada para sobremesas e bebidas. Para comemorar, família e amigos comem e bebem até terem experimentado um pouco de tudo, se não muito de tudo. A nossa cultura comemora qualquer evento com um banquete ou uma ida ao restaurante. O final da história todo mundo já conhece e provavelmente já viveu mais de uma vez. Um festival de exageros. Para diminuir o peso na consciência e no estômago, você resolve adotar aquela dieta que ouviu alguém dizer que faria enquanto repetia o prato pela terceira vez. Para voltar à linha, é só fazer a dieta desintoxicante amanhã. Grande ilusão. De acordo com a nutricionista Isabela Pimentel, tudo que você faz de ruim para o seu organismo fica registrado. O abuso em uma refeição provoca lesões irreversíveis nas artérias, nos rins, na visão. A pessoa apenas se ilude ao dizer que dará a volta por cima e recompensará amanhã. Ela pode até minimizar os danos, mas não compensará tudo que fez de ruim. Ainda segundo a nutricionista, o único segredo que existe para o dia seguinte é retomar a rotina de alimentação saudável. Consumir quatro porções de frutas ao dia, peixe, legumes em abundância, água, caldos de legumes, frangos ou carne magra cozida, iogurte magro desnatado. A dieta desintoxicante, que parecia ser sua justificativa para cometer excessos sem preocupação, não existe. Mas isso não sugere que as festas serão menos divertidas. Nessas datas, é comum o excessivo consumo de bolos recheados e tortas doces com muitos ovos, creme de leite e chantilly, carnes gordurosas como leitão, lingüiça, pratos com alto teor de carboidratos e pobres em fibras como farofas e até mesmo de bebidas alcoólicas, que comprometem o controle do diabetes, diz Isabela. Para ela, quem tem diabetes pode aproveitar as festas sem afetar e descontrolar sua glicemia. Para isso, a primeira atitude é focar o controle da quantidade de alimentos. Em segundo lugar, é importante ter à mesa outras opções que tenham menos gorduras de origem animal, mais fibras e equilíbrio na quantidade de carboidratos. Assim, a alimentação pode ser controlada também nos dias de festa. O prazer da festa não está no prato de comida. Não precisamos de um banquete para poder curtir o Natal, por exemplo. Precisamos de saúde, além de estar com as pessoas que amamos, afirma a nutricionista. Quem for preparar a ceia de Natal deve lembrar de considerar que o lombo suíno é uma carne muito mais magra que o leitão, que pratos com arroz e frutas secas ou legumes são mais bonitos, coloridos e atrativos, e que a sobremesa pode ser substituída por frutas frescas e secas. Isso não significa que as outras opções devam deixar de existir, mas a família deve apoiar quem tem diabetes e oferecer alternativas atrativas, agradáveis e saudáveis. Não precisa haver uma separação: isso é para quem tem diabetes e isso é para quem não tem. Tudo pode ser servido para que todos experimentem. Com certeza a ceia será mais leve, saudável e trará menos problemas a todos. Segundo ela, o excesso em quem tem diabetes pode causar o aumento brusco da glicemia, tontura, malestar e sensação de desconforto gástrico. É importante manter hábitos saudáveis, praticar atividades físicas com avaliação médica, controlar o estresse, não fumar. Dentro desse contexto, se você ingerir algum alimento que não faça parte da dieta, a palavra-chave é moderação. Com essa palavra em mente, é possível comemorar as festas de fim de ano sem culpa. Mas Isabela faz um aviso: Costumamos brincar que o grande problema não é o que a pessoa come entre o Natal e o Ano Novo, mas o que ela come entre o Ano Novo e o Natal. O bom senso não deve ser esquecido durante o ano inteiro. BEM COM A VIDA 16DE

Receitas Tomates recheados Ingredientes: ½ maço de alface crespa limpa 6 tomates vermelhos grandes e firmes 200g de ricota fresca 150g de peito de peru cortado em cubinhos ¼ de xícara de chá de salsinha picada 4 colheres de sopa de azeite de oliva extravirgem ½ cebola ralada 6 azeitonas verdes picadas sal e pimenta-do-reino a gosto 1 colher de sopa de sementes de papoula 1 limão cortado em 6 gomos Modo de preparo: Corte as folhas de alface em tiras finas e reserve. Lave os tomates, corte a parte superior como se fosse uma tampa. Delicadamente, retire toda semente e deixe de cabeça para baixo para escorrer todo líquido. Em um recipiente, misture a ricota, o peito de peru em cubinhos, a salsinha picada, o azeite de oliva, a cebola ralada, as azeitonas verdes picadas, o sal e a pimenta-do-reino. Recheie os tomates e salpique sementes de papoula para decorar. Forre um travessa rasa com a alface picada. Distribua os tomates recheados e sirva com o limão cortado. Rendimento: 6 porções Tempo de preparo: 20 minutos Grau de dificuldade: Fácil Fotos: Alex Villegas Informações nutricionais por porção: Calorias: 191kcal Carboidratos: 10,2g Proteínas: 8,7g Gorduras: 13,9g Recorte e colecione 17 DE BEM COM A VIDA

Receitas Lombo suíno com pêras Ingredientes: Para o lombo 1 peça de lombo suíno com aproximadamente 1,2kg sem gordura 1 xícara de vinho branco 1 cubo de caldo de galinha dissolvido em 300ml de água 1 cebola picada 2 folhas de louro 1 pitada de pimenta-do-reino 1 colher de chá de sal 3 colheres de sopa de óleo de canola Para o molho Raspas da assadeira após o lombo ter sido assado 1 ½ xícara de água quente 1 colher de sopa de farinha de trigo lombo do tempero e leve para dourar todos os lados da carne. Coloque o lombo numa assadeira. Coe a marinada, regue a carne com o caldo e leve para assar em forno pré-aquecido a 200º C por 1 ½ hora. Preparo do molho: Após o lombo assado, acrescente 1 ½ xícara de água quente na assadeira e raspe para descolar o resíduo. Transfira o líquido para uma panela e acrescente a farinha de trigo. Deixe cozinhar por 10 minutos. Se necessário acrescente mais água. Passe este molho numa peneira fina e sirva com o lombo. Preparo das pêras: lave as pêras em água corrente, descasque e corte em 6 pedaços cada uma. Coloque os pedaços das pêras na água com limão. Aqueça a margarina numa frigideira e doure as pêras. Acrescente a água com adoçante e deixe as pêras cozinharem até que fiquem macias. Sirva as pêras ladeadas ao lombo. Para as pêras 2 pêras grandes não muito maduras ½ xícara de água com suco de 1 limão 1 colher de sopa de margarina 1 colher de sobremesa de adoçante para forno e fogão dissolvido em ½ xícara de água Modo de preparo: Preparo do lombo: No dia anterior, tempere o lombo suíno com o vinho, o caldo de galinha dissolvido na água, a cebola, as folhas de louro, a pimenta e o sal. Deixe a carne neste tempero por 24 horas na geladeira. Em uma panela grande, aqueça 4 colheres de sopa de óleo de canola, retire o BEM COM A VIDA 18DE Rendimento: 6 porções Tempo de preparo: 3 horas Grau de dificuldade: Médio Informações nutricionais por porção: Calorias: 410kcal Carboidratos: 12,4g Proteínas: 39,3g Gorduras: 21,8g Recorte e colecione

Taça de frutas com creme e farofa Ingredientes: 1 fatia de mamão formosa 2 fatias de abacaxi 3 unidades de kiwi 1 fatia de melão 2 copos de iogurte natural desnatado ¾ xícara de creme de leite light 2 colheres de sopa de adoçante para forno e fogão 4 colheres de sopa de flocos de aveia 4 colheres de sopa de crisps de arroz light ½ xícara de chá de damasco e uva-passa bem picadinhos Modo de preparo: Corte as frutas em cubos médios e distribua em 6 taças grandes. Misture o iogurte natural desnatado com o creme de leite light e o adoçante. Cubra as frutas com esse creme e leve para gelar. Misture os flocos de aveia com o crisp de arroz e as frutas secas. Coloque essa farofa sobre o creme somente na hora de servir. Recorte e colecione Rendimento: 6 porções Tempo de preparo: 20 minutos Grau de dificuldade: Fácil Informações nutricionais por porção: Calorias: 158kcal Carboidratos: 28g Proteínas: 5,8g Gorduras: 4,5g 19 DE BEM COM A VIDA

Receitas Pavê de amendoim festivo Ingredientes: 1 xícara de amendoim torrado sem pele, sem sal triturado 2 colheres de sopa de amendoim torrado sem sal para decorar 2 ½ copos de leite desnatado 2 colheres de sopa de amido de milho 1 gema de ovo passada na peneira 5 colheres de sopa de doce de leite dietético 5 colheres de sopa de creme de leite light 2/3 de pacote de biscoito de água Modo de preparo: Coloque numa panela 2 copos de leite desnatado e misture o amido de milho. Adicione a gema de ovo e 3 colheres do doce de leite dietético. Leve ao fogo até formar um creme homogêneo. Acrescente o amendoim triturado e deixe cozinhar por mais 2 minutos. Desligue o fogo, deixe esfriar e adicione o creme de leite light batendo ligeiramente. Misture o restante do leite com o restante do doce de leite dietético. Molhe os biscoitos de água aos poucos e distribua num refratário médio. Alterne uma camada de biscoito com uma camada de creme de amendoim. Finalize com o creme de amendoim. Decore com os amendoins inteiros e leve para gelar. Dica: esta sobremesa fica mais saborosa se preparada na véspera. Rendimento: 9 porções Tempo de preparo: 30 minutos Grau de dificuldade: Fácil Informações nutricionais por porção: Calorias: 285kcal Carboidratos: 25,8g Proteínas: 11,2g Gorduras: 16,7g Agradecimento: Paulo Pampolin/Hype BEM COM A VIDA 20DE Sergio Arno, chef de cozinha Elaboração e cálculo nutricional: Nutricionista Isabela C. Pimentel Recorte e colecione