Ano: 6 Turma: 61 e 6.2



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Transcrição:

COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE Programa de Recuperação Paralela 1ª Etapa 2014 Disciplina: Português Professor(a): Cristiane Lopes Ano: 6 Turma: 61 e 6.2 Caro aluno, você está recebendo o conteúdo de recuperação. Faça a lista de exercícios com atenção, ela norteará os seus estudos. Utilize o livro didático adotado pela escola como fonte de estudo. Se necessário, procure outras fontes como apoio (livros didáticos, exercícios além dos propostos, etc.). Considere a recuperação como uma nova oportunidade de aprendizado. Leve o seu trabalho a sério e com disciplina. Dessa forma, com certeza obterá sucesso. Qualquer dúvida procure o professor responsável pela disciplina. Conteúdo Leitura e interpretação; PRODUÇÃO TEXTUAL; COMUNICAÇÃO E LINGUAGEM. Recursos para Estudo / Atividades Livro Matéria referente ao conteúdo. Exercícios Caderno e livro. Caderno Matéria referente ao conteúdo.

COLÉGIO NOSSA SENHORA DA PIEDADE ENSINO FUNDAMENTAL II Área de Conhecimento: Códigos e Linguagens Disciplina: Português 1ª Etapa Tipo de Atividade: BLOCO DE RECUPERAÇÃO Professora: Cristiane Lopes Data: 22/05/32014 Nome: 6º Ano Turma: Nº As variedades linguísticas brasileiras são diversas à medida da extensão territorial do País. CONSIDERE o texto seguinte, que apresenta uma dessas variedades. TEXTO I Vancê já sabe, nha Lainha, que eu tou na mente de lhe pedir; alguém já lhe havéra de ter contado. Ela avermelhou toda: É: eu sube mesmo. Agora vancê me diga, p r o seu mesmo dizer, si d aqui por diante eu fico no direito de falar p r o seu véio no negócio, e também si já não é tempo de ir comprando a roupinha, a louça, a trastaria dûa casa. Isso ta no seu querer. Mas vancê casa antão comigo de tuda a sua vontade, não tem nem um no pensamento? Não tenho, nho Vicente. Eu não incubro a ideia de casar c o Réimundo, e ele também queria casar comigo. Agora, dêsque ele faltou c a promessa, eu não tenho prisão por ninguém. (Silveira, Valdomiro. Constância. In: Os caboclos: conto. Rio de Janeiro; Brasília: Civilização Brasileira; INL, 1975. Adaptado.) QUESTÃO 01: ASSINALE a interpretação correta de acordo com o texto. (A) Agora vancê me diga, p r o seu mesmo dizer Vicente queria que Lainha repetisse para si mesma algo. (B) Eu não incubro a ideia de casar c o Réimundo Lainha não esconderia de Vicente a intenção de Réimundo em tomá-la como esposa. (C) não tem nem um no pensamento Lainha não pensava em ninguém melhor que Vicente para ser seu esposo. (D) Agora, dêsque ele faltou c a promessa Réimundo não fez a promessa que deveria ter feito a Lainha. (E) eu não tenho prisão por ninguém. Lainha afirmou não ter compromisso com ninguém. Resposta da questão 1: [E]

As opções [A], [B], [C] e [D] apresentam interpretações incorretas dos trechos originais, pois em [A] Vicente queria que Lainha confirmasse com suas próprias palavras; [B] Lainha não negaria a sua intenção inicial de casar com Raimundo; [C] Lainha não pretendia ninguém como esposo; [D] Réimundo não cumpriu a promessa que tinha feito a Lainha. Assim, é correta apenas a opção [E]. TEXTO II Futebol de rua Luís Fernando Veríssimo Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. (I) Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo noturno. (II) Se você é homem, brasileiro e criado em cidade, sabe do que eu estou falando. (III) Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de senhora. Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam mais ou menos assim: DA BOLA A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa. (...) DAS GOLEIRAS As goleiras podem ser feitas com, literalmente, o que estiver à mão. Tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, os livros da escola, a merendeira do seu irmão menor, e até o seu irmão menor, apesar dos seus protestos. (IV) Quando o jogo é importante, recomenda-se o uso de latas de lixo. Cheias, para aguentarem o impacto. (...) DO CAMPO O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, calçada, rua e a calçada do outro lado e nos clássicos o quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se só no meio da rua. DA DURAÇÃO DO JOGO (V) Até a mãe chamar ou escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia. DO JUIZ Não tem juiz. (...) DAS SUBSTITUIÇÕES Só são permitidas substituições: a) No caso de um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer a lição. b) Em caso de atropelamento. DO INTERVALO PARA DESCANSO Você deve estar brincando. DA TÁTICA Joga-se o futebol de rua mais ou menos como o Futebol de Verdade (que é como, na rua, com reverência, chamam a pelada), mas com algumas importantes variações. O goleiro só é intocável dentro da sua casa, para onde fugiu gritando por socorro. É permitido entrar na área adversária tabelando com uma Kombi. Se a bola dobrar a esquina é córner*. DAS PENALIDADES A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar um adversário dentro do bueiro. É considerada atitude antiesportiva e punida com tiro indireto. DA JUSTIÇA ESPORTIVA Os casos de litígio serão resolvidos no tapa. *córner = escanteio (Publicado em Para Gostar de Ler. v.7. SP: Ática, 1981)

QUESTÃO 02: Em relação ao registro linguístico usado na crônica, ASSINALE a alternativa correta. (A) A linguagem é formal, como se verifica pela presença de um termo estrangeiro córner. (B) A linguagem é informal, visto que o texto é permeado de gírias, como pelada. (C) A linguagem é culta, dado o uso de termos jurídicos como litígio e penalidades. (D) A linguagem é coloquial, uma vez que predomina o vocabulário comum, do dia a dia. (E) A linguagem é rebuscada, dada a presença de termos eruditos - esférica e reverência. Resposta da questão 2: [D] O cronista usa linguagem informal e coloquial, mencionadas nas opções [B] e [D]. No entanto, a palavra pelada não é uma gíria, mas, sim, um termo que faz parte da linguagem popular, de uso comum, para designar uma partida de futebol amador realizada em local improvisado, o que elimina a opção [B] e valida a [D]. TEXTO III Muito além do gênero Em entrevista exclusiva, Luis Fernando Veríssimo fala sobre seu novo romance policial, Os Espiões. Há algo ainda a ser tentado em romances policiais que já não o foi? Quem escreve um romance policial escreve um gênero antigo, tentando sempre encontrar uma maneira nova de escrever. Quando fiz Clube dos Anjos, tentei algo. O leitor sabe, desde a primeira página, quem é o assassino; então o ponto de desenvolvimento do livro foi desvendar o motivo. Mas não há muito o que ser inventado desde que (o romancista Edgar Allan Poe) inventou o gênero. Ao inventá-lo, ele também já esgotou todas as variações. A que mais me encanta é a do narrador não confiável, aquele que conta a história, mas mente o tempo inteiro para o leitor. Além de um crime, é claro, o que necessariamente um romance deve conter para ser considerado policial? Na verdade, todo romance é uma espécie de investigação, é um desvendar por meio de uma história, há sempre um mistério, que pode estar todo contido numa mesma personalidade. Todos os livros são policiais, alguns com crime, outros não. A distinção do gênero é apenas conter o policial e a vítima, a investigação e a solução. Mas você não vê algum tipo de evolução no jeito de escrever policiais desde Poe? Há as maneiras humorísticas, por exemplo, e muitas das tentativas de romances policiais são paródias. Há também as mais pretensiosas, que tentam transformar o gênero em algo maior. Esses tipos de variações dialogam com as duas tradições clássicas. A europeia, em particular a inglesa, ambienta suas histórias muitas vezes numa cidade do interior com um crime desvendado pela capacidade dedutiva do investigador. A americana já traz o detetive particular, é mais violenta e ácida que a europeia e o investigador chega à solução do crime por meio da ação. Você reconhece em sua obra policial alguma influência decisiva de outros autores? A tradição europeia, em especial. Criei um personagem que é uma sátira a essa linha europeia, que é o Ed Mort. Parodiar o estilo europeu por meio dele foi uma homenagem que me deu prazer. VERÍSSIMO, Luiz Fernando. Muito além do gênero. Entrevista a Luiz Costa Pereira Junior. Revista Língua Portuguesa. Disponível em: < http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=11769>. Acesso em: 21 set. 2011. (Fragmento)

TEXTO IV Trecho do livro Quem matou o livro policial? [...] Assim, seguem aqui as explicações necessárias para a compreensão da trama. (Trama, ou seja, a maneira como a história está sendo contada. No caso, de como as pistas estão sendo dosadas, oferecidas aos leitores, distribuídas entre os sucessivos episódios e outras aprontações cunhadas pela habilidade do autor...). Vamos começar pelos detetives citados. Sam Spade é o tal que desvenda o mistério de O Falcão Maltês, um livro muito importante na literatura policial americana, porque introduz um tipo novo de detetive. Edgar Allan Poe criou no século XIX Auguste Dupin, que por sua vez inspirou e foi aperfeiçoado por Conan Doyle, com o maior de todos os detetives dos policiais, Sherlock Holmes, que por sua vez é ancestral de Hercule Poirot, o detetive-astro de Agatha Christie. Todos esses detetives, menos Spade, são excêntricos, detetives-espetáculo. Desses que resolvem os mistérios graças a sua inteligência poderosa, seu embatível poder de observação, capacidade de organização das pistas, discernimento sobre o que é e o que não é relevante e dedução. Ora, Dashiell Hammett, criador de Sam Spade, achava tudo isso meio que bobagem, que nenhum desses detetives estava sequer próximo do que, na realidade, era o trabalho de um detetive. Ele tinha sido um detetive particular, e achava que um detetive de novela policial deveria ser mais realista, ou seja, que o detetive deveria era sair por aí seguindo pessoas, interrogando, confrontando versões, álibis, testemunhos. Até começar a pegar quem estava mentindo. E ao descobrir o que era a mentira, ou o que estava sendo encoberto, o mistério se desvendaria e o criminoso era desmascarado. Era o detetive sem querer fazer charme (e, em muitas das histórias de Hammett, também sem nome, chamado de Continental Op, ou o detetiveoperador da agência Continental). Sam Spade é bem isso. Recusa qualquer charme, qualquer romantismo, qualquer glamour. É frio, e trata a investigação como um processo de farejamento. É um sabujo. (Tem outro ingrediente importante nesse novo tipo de policial criado por Hammett, que seria a gostosa fatal, ou seja, uma mulher linda que é uma besta-fera-dissimulada, cujo modelo pode ser a Milady, de Os Três Mosqueteiros, de Alexandre Dumas, um folhetim romântico, grande clássico da literatura do século XIX... Mas ainda não chegou o momento de falar disso.) A imaginação americana para policiais ficou muito marcada pelo Falcão Maltês. Dele tivemos filhotes excelentes, como o detetive Phillipe Marlowe, de Raymond Chandler. O caso é que é difícil para um americano imaginar-se um detetive-espetáculo, como os ingleses. Piorando esse trauma, há o fato de Auguste Dupin, do escritor americano Edgar Allan Poe, ser um personagem que vivia em Paris. Ou seja, se é para ter charme, bota o cara no Velho Continente e estamos conversados. Vamos combinar, não existe realismo em literatura, e muito menos em literatura policial. Existe sempre enredo, uma maneira de ocultar os culpados e as pistas essenciais, de apresentar o crime, de pôr o detetive na caça do criminoso, e, muito, muito, muito importante, de criar um tipo de detetive: um personagem. AGUIAR, Luiz Antonio. Quem matou o livro policial?. Rio de Janeiro: Galera Record, 2010. p. 67-69.

QUESTÃO 03: NÃO há marcas da linguagem coloquial em: (A) Ora, Dashiell Hammett, criador de Sam Spade, achava tudo isso meio que bobagem, que nenhum desses detetives estava sequer próximo do que, na realidade, era o trabalho de um detetive. (B) Sam Spade é bem isso. Recusa qualquer charme, qualquer romantismo, qualquer glamour. É frio, e trata a investigação como um processo de farejamento. É um sabujo. (C) Tem outro ingrediente importante nesse novo tipo de policial criado por Hammett, que seria a gostosa fatal.... (D) Ou seja, se é para ter charme, bota o cara no Velho Continente e estamos conversados. Resposta da questão 3: [B] As opções [A], [C] e [D] apresentam expressões típicas da linguagem coloquial: ora, meio que bobagem, tem (uso do verbo ter com sentido de haver), gostosa, bota o cara, estamos conversados. TEXTO V TEM ÁGUA NA FERVURA O cinema produzido em Santa Catarina vive atualmente uma fase de efervescência. (...) A Antropologa, de Zeca Pires, concorreu à vaga para representar o Brasil entre os filmes que desejavam disputar o Oscar. Sandra Alves filmou Rendas no Ar. O diretor Penna Filho foi contemplado no edital referente a 2010, com o projeto Das Profundezas. Os vencedores do prêmio estadual foram anunciados pelo Secretário Estadual de Turismo, que desenhou um quadro animador para o cinema. Em seu discurso de anúncio dos vencedores, o Secretário foi enfático. Ofereceu garantias de que o edital não será mais interrompido e seguirá com realização anual, acompanhando o ritmo de crescimento do Estado. (...) E não só de longas vive o cinema catarinense. O curta-metragem Qual Queijo Você Quer?, de Cíntia Domit Bittar, produzido com o prêmio de R$ 30 mil, do edital do Fundo Municipal de Cinema da Prefeitura Municipal de Florianópolis, foi selecionado para cinco importantes festivais brasileiros. QUESTÃO 04: Fonte: LIMA, Fifo. (Colaboração de Felipe Alves). Tem água na fervura. Diário Catarinense - Caderno Variedades. 14/08/2011. p. 4 (adaptado). Em relação à linguagem usada no texto, é CORRETO afirmar que: (A) tratando-se de um texto publicado no jornal, a linguagem utilizada é a popular, ou coloquial, com o objetivo de atingir o maior número possível de leitores. (B) a linguagem predominante no texto é denotativa, mas o título do texto, assim como a expressão desenhou um quadro animador apresentam linguagem conotativa (ou figurada). (C) o texto contém uma variedade de substantivos apropriadamente coletivos, como os títulos dos filmes, por exemplo. (D) o vocabulário apresenta termos específicos da área cinematográfica, caracterizando-o como um texto técnico. (E) por apresentar expressões diferenciadas e poéticas, como os títulos dos filmes, a linguagem do texto se caracteriza como linguagem literária. Resposta da questão 4: [B] O texto não apresenta termos populares, substantivos coletivos, vocabulário técnico específico da área cinematográfica, nem linguagem literária. Assim, é correta a opção [B], pois, apesar da linguagem ser predominantemente denotativa, apresenta também linguagem figurada, evidente também no próprio título.

QUESTÃO 05: Que tipo de linguagem foi empregado na figura a seguir? Resposta da questão 5: Foi empregada a linguagem não verbal. QUESTÃO 06: Em "Flávio telefonou a Carlos para felicitá-lo pelo seu aniversário." IDENTIFIQUE: o emissor: o receptor: a mensagem: o código: Resposta da questão 6: Emissor: Flávio Receptor: Carlos Mensagem: o que Flávio comunicou Código: a palavra falada QUESTÃO 07: "Código é todo o conjunto de sinais utilizados para a transmissão de uma mensagem." INDIQUE quais os códigos que podem ser utilizados: 1) quando falamos: 2) numa canção: 3) numa história em quadrinhos: Resposta da questão 7: 1) Palavras e gestos 2) Letra e música 3) Palavras, desenhos e cores QUESTÃO 08: Ao passar um telegrama o código utilizado pelo emissor é a. Resposta da questão 8: Palavra escrita

QUESTÃO 09: TEXTO VI Os textos abordam a atitude irresponsável que o homem tem com o meio em que vive e, por consequência, o descaso com as futuras gerações. ESCREVA um texto narrativo sobre o tema: ao cuidar do meu mundo, ajudo a cuidar do mundo inteiro. NSP, 100 anos de MISSÃO na EDUCAÇÃO!