FUNÇÕES QUADRÁTICAS NOS LIVROS DIDÁTICOS SOB A ÒTICA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

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Transcrição:

FUNÇÕES QUADRÁTICAS NOS LIVROS DIDÁTICOS SOB A ÒTICA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS LUCICLEIDE LAVOR TERTO (UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL), NORMA SUELY GOMES ALLEVATO (UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL). Resumo O presente artigo apresenta alguns resultados de uma pesquisa desenvolvida junto à Universidade Cruzeiro do Sul São Paulo/SP, que realizou um estudo analítico de livros didáticos de Matemática de 1º ano do Ensino Médio. O objetivo da pesquisa foi analisar de que forma o livro didático apresenta o conteúdo de função quadrática sob a ótica da Resolução de Problemas. Foi utilizada a metodologia de pesquisa qualitativa, empregando, essencialmente, o método da análise de conteúdo. Este trabalho apresenta estudos sobre a importância do livro didático, orientações fornecidas pelos documentos oficiais sobre esses temas. Também desenvolve um estudo sobre a Resolução de Problemas sob a perspectiva e concepções de alguns autores de livros didáticos e pesquisadores. Em particular serão discutidas as concepções de ensinar sobre, ensinar para e ensinar através da resolução de problemas. São apresentados e analisados dados obtidos da análise de livros didáticos entre os indicados pelo MEC, e inseridos no Programa Nacional do Livro para o Ensino Médio 2009 (PNLEM/2009). Dentre os resultados obtidos, observou se que, em geral, os livros estão fortemente inseridos na concepção de ensinar para a resolução de problemas. Essa concepção configura a resolução de problemas como uma atividade que os alunos só podem realizar após a introdução de um novo conceito ou após o treino de alguma habilidade ou algoritmo de cálculo. Também se pôde constatar em que medida e sob que aspectos os livros estão de acordo com os documentos oficiais. Palavras-chave: Livro Didático, Resolução de Problemas, Função Quadrática. INTRODUÇÃO A importância de estudos sobre funções quadráticas encontra subsídios nas dificuldades dos alunos de entender esse conteúdo, levando à conseqüente necessidade de aprimorar a prática pedagógica. As funções, em especial as funções quadráticas, como um dos principais assuntos no ensino da Matemática está presente no cotidiano do aluno e em outros contextos, inclusive científicos. Quanto ao livro didático, percebe-se a insatisfação gerada pelo sentimento, por parte dos professores, de que ele não ajuda a enfrentar o desafio de tornar mais claro, para os alunos, esses assuntos. Apesar disso, atualmente ocorreu um aumento do uso de livros, por alunos do ensino médio, devido aos planos do governo de ajudar no trabalho do professor, num processo que visa a aumentar o aproveitamento nas aulas. Os livros se tornaram instrumentos importantes para o bom acompanhamento dos alunos; assim, faz-se necessário uma análise mais profunda dos conteúdos neles apresentados. A Resolução de Problemas, por outro lado, é um campo que tem despertado interesse, haja vista as referências feitas ao tema em documentos oficiais atuais, dissertações, teses e artigos. A Resolução de Problemas vem sendo apontada, nessas pesquisas e documentos oficiais, como um meio para aprender Matemática.

Portanto, o presente artigo tem como objetivo aprofundar tais estudos sobre o ensino de função quadrática, apresentados nos livros didáticos e ligados à Resolução de Problemas.. Neste trabalho é apresentada, inicialmente, a metodologia de pesquisa qualitativa, assim como o método específico adotado que foi o da análise de conteúdo. Em seguida, analisam-se como alguns documentos oficiais abordam a função quadrática e a Resolução de Problemas. Na sequência, o texto volta-se a um estudo teórico acerca da Resolução de Problemas, analisando as idéias de pesquisadores sobre o que é um problema e as concepções de ensinar "sobre", "para" e "através" de resolução de problemas. Na seção seguinte, desenvolvemos análises de um livro didático de Matemática do PNLEM 2009 e, finalmente, são apresentadas algumas considerações finais. METODOLOGIA DE PESQUISA Ao abordar, nesta seção, a pesquisa qualitativa e o método da análise de conteúdo, explicitam-se os aspectos metodológicos que fundamentaram a pesquisa, assim como alguns detalhes de seu desenvolvimento. As pesquisas qualitativas não se voltam à obtenção e apresentação de dados por recursos numéricos ou estatísticos; voltam-se mais aos processos e buscam conhecimento profundo e minucioso dos elementos pesquisados num determinado grupo ou contexto. Este paradigma de pesquisa tem apresentado crescente importância para as pesquisas educacionais. Entre as formas de coleta e análise de dados inseridos nas pesquisas qualitativas está a Pesquisa Bibliográfica que é aquela que se faz, essencialmente, sobre documentação escrita. Estudo Documental é um tipo de Pesquisa Bibliográfica, cujas fontes podem ser livros, filmes, provas, cadernos, revistas, jornais, dissertações ou teses, etc. Os dados obtidos no Estudo Documental podem ser estudados através de um método chamado Análise de Conteúdo. Para Romberg (2007), ele é um método usado quando as evidências já existem mas precisam ser selecionadas e organizadas. Em nosso estudo, serão analisados os conteúdos dos problemas sobre funções quadráticas presentes nos livros didáticos (documentos). Na Análise de Conteúdo o que está escrito ou falado, figurativamente ou simbolicamente, é o que permite identificar o conteúdo, seja ele explícito e/ou latente. Segundo Franco (2007), uma das qualidades que um bom educador deve possuir é a capacidade de analisar convenientemente um material; isso se aplica, no caso deste trabalho, ao livro didático. O professor deveria analisá-los detalhadamente, para perceber pormenores do conteúdo que são relevantes na sua prática em sala de aula. Segundo Franco (2007), a Análise de Conteúdo inicia com uma Pré-Análise quando, entre outras atividades, são escolhidos os documentos a serem analisados e faz-se uma "leitura flutuante" - contato inicial com os documentos. Em seguida, vem a tarefa de desenvolver algumas categorias, estabelecendo critérios de análise e percebendo diferenças e analogias. "Pouco a pouco, a leitura vai se tornando mais precisa, em função das hipóteses emergentes, da projeção de teorias adaptadas sobre o material e da possível aplicação de técnicas utilizadas com materiais análogos". (BARDIN, 1997, Apud FRANCO, 2007: 52).

Na análise dos dados aqui apresentados, utilizaremos uma das categorias que foram desenvolvidas na investigação completa (TERTO, 2008) que deu origem ao presente artigo. Ela refere-se às concepções em ensinar sobre, para e através de resolução de problemas. FUNÇÃO QUADRÁTICA E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NOS DOCUMENTOS OFICIAIS Nesta seção, são analisados como as funções quadráticas e a resolução de problemas figuram nos documentos oficiais. Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNEM (BRASIL, 1999) - foram elaborados para auxiliar as equipes escolares em seus trabalhos, fornecendo uma proposta para o Ensino Médio, quanto às competências indicadas na Base Nacional Comum[1]. Com relação ao conteúdo de função e que, por extensão, se aplica à função quadrática, os PCNEM apontam que o aluno deve ler, interpretar e utilizar diferentes formas de representação (tabelas, gráficos, expressões,...); identificar, analisar e aplicar valores de variáveis representados em gráficos, diagramas ou expressões algébricas; transcrever mensagens matemáticas da linguagem corrente para a simbólica e vice-versa. Os parâmetros destacam que, ao lidar com função, o aluno deve procurar e sistematizar informações relevantes, não pela aplicação de "regrinhas" treinadas, supondo a mecanização, mas pela prática de pensar no significado do problema, encaminhando a resolução com compreensão. Quanto à abordagem didática dos problemas, os parâmetros sugerem partir da vivência do aluno, trabalhando para que o problema tenha caráter de investigação. O documento considera que a resolução de problemas é uma importante estratégia de ensino, onde os alunos desenvolvem (BRASIL, 1999): [...] estratégias de enfrentamento, planejando etapas, estabelecendo relações, verificando regularidades, fazendo uso dos próprios erros cometidos para buscar novas alternativas; adquirem espírito de pesquisa, aprendendo a consultar, a experimentar, a organizar dados, a sistematizar resultados, a validar soluções [...] (p. 51) O aluno também deve compreender enunciados e formular questões; procurar, selecionar e interpretar informações; formular hipóteses e prever resultados; selecionar estratégias de resolução; interpretar e criticar resultados. Os PCNEM (BRASIL, 1999) consideram o papel formativo da resolução de problemas na Matemática, por meio da qual o aluno desenvolve hábitos de investigação, confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas. É notório que tais recomendações não são efetivamente colocadas em prática, uma vez que alguns professores não as conhecem ou não refletem e analisam sobre o verdadeiro significado de seu conteúdo. Com relação às Orientações Curriculares para o Ensino Médio - O.C. (BRASIL, 2006), se utilizadas em favor do aprendizado, estimulam a revisão de práticas pedagógicas em busca da melhoria do ensino. As O.C. tratam da escolha de conteúdos, da forma de trabalhá-los e do projeto pedagógico/organização curricular. Os mais relacionados ao presente trabalho são a escolha do conteúdo (função quadrática) e a forma de trabalhar (resolução de problemas).

Quanto à escolha de conteúdos, não há referência específica à função quadrática, mas lê-se que (BRASIL, 2006): [..] é preciso dar prioridade à qualidade do processo e não à quantidade de conteúdos a serem trabalhados. A escolha de conteúdos deve ser cuidadosa e criteriosa, propiciando ao aluno um "fazer matemático" por meio de um processo investigativo que o auxilie na apropriação de conhecimento. (p. 70) Assim, os conteúdos abordados devem dar, ao aluno, oportunidades de selecionar, organizar, conjeturar, deduzir, analisar, entre outros componentes do pensamento matemático. Nesse contexto, as O.C. sugerem, quanto à forma de trabalhar os conteúdos descartar exigências de memorização de "regras" sem significado, exercícios repetitivos de "fixação" ou aplicação direta de fórmulas (BRASIL, 2006: 70). As O.C. sugerem, também, que o professor realize um trabalho de contextualização do conteúdo, por meio da qual o aluno constrói conhecimento com significado, e que isso seja feito por meio da resolução de problemas. Vê-se, assim, que as orientações oficiais trazem uma série de indicações para o trabalho do professor em aula. Reitere-se que é essencial, de acordo com as orientações, que a resolução de problemas permite ao aluno um trabalho mais autônimo e investigativo e menos repetitivo. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Pode-se perceber, pelo que foi apresentado até aqui, a grande importância da Resolução de Problemas (R.P.) nos documentos oficiais, onde se colocam, entre outras, que a resolução de problemas é o ponto de partida para construção do conhecimento. Vários estudos destacam que problema não é um exercício mecânico, onde o aluno aplica uma fórmula ou um processo operatório: "Um problema matemático é uma situação que demanda a realização de uma seqüência de ações ou operações para obter um resultado. Ou seja, a solução não está disponível de início, mas é possível construí-la" (PIRES, 2005: 2). Em análise às idéias de vários autores, Allevato (2005) resume as concepções em sua própria definição: "uma questão será um problema se o aluno ainda não conhece os meios necessários à resolução, mas está interessado em resolvê-la" (ALLEVATO, 2005: 41). Assim, uma questão, com que se defrontar o aluno, se tornará um problema quando ela não apresentar uma solução imediata, levando o aluno a um processo de investigação para sua resolução e obtenção da solução. (TERTO, 2008) Ao analisar o que é um problema, apresentam-se, também, diferentes concepções sobre o termo "resolução de problemas". Desenvolvendo as idéias de Schroeder e Lester (1989, apud ALLEVATO, 2005), a autora analisa três concepções que serão consideradas como suporte para o presente trabalho: ensinar sobre resolução de problemas, ensinar para resolução de problemas e ensinar através da resolução de problemas. Com o fracasso da Matemática Moderna, houve necessidade de buscar alternativas para o ensino de Matemática. Segundo Allevato (2005), muitas sugestões foram estruturadas por pesquisadores e educadores matemáticos, e a resolução de problemas é fortemente considerada. Na tentativa de entender um problema e dispor os recursos para resolvê-lo, nasceu a crença de que era preciso ensinar

sobre resolução de problemas. Isto significa teorizar, descrever a Resolução de Problemas. George Polya (1994), considerado o pai da Resolução de Problemas, no livro How to Solve it (1944)[2], elaborou um "roteiro" sobre como resolver um problema, no qual devem ser seguidas 4 etapas: compreensão do problema, estabelecimento de um plano, execução do plano e retrospecto para examinar a solução obtida. Também forneceu estratégias próprias e definidas para resolver um problema, tais como: tentativa e erro organizados, procurar por padrões e generalizações, resolver primeiro um problema mais simples, reduzir à unidade e fazer um caminho inverso. Muitos pesquisadores, autores e professores seguem, ainda hoje, essa abordagem de Polya. Porém:" [...] no ensino sobre resolução de problemas estruturou-se a atividade Matemática com base em estratégias, também mantendo as generalidades, desconsiderando as aplicações e desvinculando os problemas de seu contexto específico" (ALLEVATO, 2005: 52). A Matemática tornava-se sem sentido para o aluno, que não conseguia aplicar a teoria sobre resolução de problemas na resolução efetiva do problema. As estratégias eram oferecidas "prontas" aos alunos, como receitas. Hoje sabe-se que o ideal, e que faz sentido para o aluno, é que ele próprio, ao se defrontar com um problema, descubra, perceba ou construa a estratégia adequada de resolução. Por outro lado, no ensino para resolver problemas, predomina a crença de que primeiro se deve ensinar Matemática para depois aplicá-la, ou seja, muitos professores, somente após desenvolverem a parte teórica da Matemática de determinado conteúdo, apresentam os problemas, fazendo destes uma aplicação daquele conteúdo. Allevato (2005) comenta que nessa visão, que considera a Matemática como utilitária, mesmo com a possibilidade de adquirir conhecimento matemático, o objetivo principal do ensino é ser capaz de utilizá-lo, de aplicá-lo: o professor ensina para a resolução de problemas, atividade que os alunos só podem realizar após a introdução de um novo conceito, ou após o treino de alguma habilidade de cálculo ou de algum algoritmo. Essa forma de trabalho ajuda a tornar a Matemática interessante e dotada de sentido para os alunos, mas eles podem formar uma idéia de que a Matemática sempre tem (ou deveria ter) aplicação imediata. Atualmente, a Resolução de Problemas, nos documentos oficiais e em muitas pesquisas, é considerada a base de todo o ensino de Matemática; por meio dela, o aluno deveria aprender não somente utilizar os conhecimentos que possui, mas coletar novas informações e aprender mais Matemática para resolver os problemas. Encontra-se esta concepção em Schroeder e Lester (1989, apud Allevato, 2005), que reforçam que ensinar através da resolução de problemas deve não somente ter como objetivo ensinar, mas também fazer Matemática. Allevato e Onuchic (2008) consideram o ensino através da resolução de problemas como uma metodologia, no sentido de que o problema a ser resolvido seja o ponto de partida para as atividades de aula e leve a um processo de construção de conhecimento, contribuindo para a formação dos conceitos antes mesmo da formalização em linguagem Matemática. Recomendam que o ensino de Matemática deve ocorrer em um ambiente caracterizado pela investigação e esta deve ser orientada pela resolução de problemas.[3]

Allevato (2005), mesmo defendendo a resolução de problemas como metodologia de ensino, não descarta as demais concepções, mas destaca que quando o professor adota essa metodologia, "os alunos podem aprender tanto sobre resolução de problemas, quanto para resolver novos problemas, enquanto aprendem Matemática através da resolução de problemas" (ALLEVATO, 2005: 61). ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO Nesta seção, são apresentados alguns dados e análises referentes ao livro intitulado "Matemática" (Dante, 2005).[4] A análise inicial refere-se ao ensino sobre resolução de problemas. No "Manual do Professor", no final da obra, há orientações para o trabalho com Resolução de Problemas (R.P.) em sala de aula, mostrando seu papel e seus objetivos. O autor comenta que a R.P. é fundamental para auxiliar o aluno na construção do conhecimento com significado, pelo fazer e pensar, e apresenta seus objetivos. Em seguida, o autor apresenta "As fases da resolução de um problema" em cinco etapas: compreensão do problema, elaboração de um plano de solução, execução do plano, verificação ou retrospectiva e emissão da resposta. Essas etapas são, claramente, as creditadas a Polya[5], com um pequeno desdobramento da 4ª fase em duas: a "emissão da resposta", sugerida por Dante, não consta no roteiro de Polya. Dante oferece outras sugestões para a sala de aula: que o professor comece a trabalhar com problemas simples e depois com outros mais complexos, que o aluno conte como resolveu o problema e faça a verificação do resultado, que aprenda por tentativa e erro, que descubra por si mesmo, que invente seus próprios problemas. O ensino sobre Resolução de Problemas encontra-se, portanto, no "Manual do Professor", mas no interior do capítulo não há esse tipo de tratamento. Percebemos, assim, que esta concepção está sendo empregada pelo autor para orientar os professores, e não os alunos. Talvez esteja implícita a intenção de que o professor se encarregue de ensinar sobre Resolução de Problemas aos seus alunos. Anexo 1 Passamos, a seguir, à análise do capítulo 4, dedicado às funções quadráticas. Na introdução do capítulo, é apresentado um texto por meio do qual uma situaçãoproblema é colocada, e é mostrado como chegar à lei de formação da função: Anexo 2 Esta situação corrobora o que consta no Manual do Professor: "desencadeamos o estudo de função quadrática por meio de uma situação-problema [...]" (DANTE, 2005, p.45). Observe-se que o autor não a resolve neste momento. O conteúdo vai sendo trabalhado, no livro, com seções sobre a definição, os zeros, a forma canônica, o gráfico e o vértice das funções quadráticas. Só então a situação problema é resolvida utilizando esses conceitos, 14 páginas depois da situação problema ter sido apresentada. Anexo 3 Essa forma de introduzir o estudo e os elementos iniciais e básicos de funções quadráticas, aproxima-se da concepção de ensinar através da resolução de

problemas. Inicialmente, é apresentado um problema (de cercar a quadra), e o aluno é levado a ver que se refere a uma situação envolvendo função quadrática. O problema não é resolvido, pois o aluno não dispõe dos conhecimentos necessários para isso. Dante segue possibilitando a aquisição desse conhecimento, apresentando os conteúdos necessários para, finalmente, resolver o problema. A utilização da preposição para na sentença anterior, serve para reforçar a idéia de que o ensino através da Resolução de Problemas contempla as demais concepções, quais sejam, ensinar sobre e para a R.P. Certamente, visto como metodologia, o ensino de Matemática através da resolução de problemas só se realizará de fato se o professor fizer uso adequado da proposta do livro. Ele teria que deixar os alunos resolverem o problema inicial usando seus próprios meios e conhecimentos prévios. O conteúdo apresentado no livro, entre a proposição e a resolução do problema, corresponde ao que o professor faria na etapa de formalização do conteúdo, após os alunos terem trabalhado no problema. No decurso do capítulo 4, cada fração do conteúdo é desenvolvida em uma seção. Com exceção dessa seção 4, comentada anteriormente, as demais são estruturadas com definições, demonstrações, exemplos e, ao final, problemas de aplicação da parte do conteúdo abordado: Anexo 4 Assim, a maioria das seções se insere na concepção de ensinar Matemática para a Resolução de Problemas. Essa concepção parece estar bem presente na obra, a começar pela apresentação do livro, onde o autor expõe que o aluno deve compreender as idéias básicas da Matemática para aplicá-las na resolução de problemas. E mais, que antes de resolver os problemas é necessário que o aluno estude a teoria e refaça os exemplos. Esta observação trata, pois, da concepção de ensinar para resolver problemas. Ela está presente, portanto, na forma e no momento em que é proposta a maioria dos problemas, quando se vê a repetição de uma estrutura "sequencial" de tratar o conteúdo em que é abordado o tema definindo-o, exemplificando e propondo problemas. Para resolvê-los, os alunos só precisam recorrer aos exemplos resolvidos como modelos. Apesar disso, alguns exemplos e problemas levam o aluno a investigar e compreender os conteúdos matemáticos levando a um processo de construção de conhecimento. Esses problemas, geralmente, aparecem nas subseções que o autor denominou "para refletir": Exemplo: "Justifique por que não existem dois números reais cuja soma seja 3 e cujo produto seja 7." (DANTE, 2005: 74). Eles podem ser considerados, isoladamente, na concepção de ensinar através da resolução de problemas onde o aluno, mesmo partindo do que já conhece, formula estratégias para auxiliar na resolução, alcançando, assim, a sistematização dos conceitos matemáticos. Certamente, isso vai depender, repetimos, da forma como o professor irá conduzir o trabalho com os alunos para a resolução do problema. Embora o Manual do Professor traga informações sobre Resolução de Problemas, e o capítulo de função quadrática e a seção 4 tenham iniciado com uma situaçãoproblema que sugere o ensino através da Resolução de Problemas, reafirmamos que, em geral, o capítulo sobre função quadrática está inserido fortemente na concepção de ensinar para a resolução de problemas. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo investigar de que forma o livro didático apresenta o conteúdo de função quadrática sob a ótica da Resolução de Problemas. Para atingir este objetivo foi adotada a metodologia de pesquisa qualitativa e o método utilizado foi a Análise de Conteúdo. Algumas análises sobre livros didáticos brasileiros do Ensino Médio, os documentos oficiais, no que diz respeito à função quadrática e Resolução de Problemas, e as pesquisas já realizadas nessa linha influenciaram na escolha das categorias de análise dos livros. O livro que serviu de referência (DANTE, 2005) foi analisado considerando três concepções em Resolução de Problemas. Constatou-se que ensinar sobre a resolução de problemas está presente no livro de Dante, no manual do professor. O livro analisado tem predominância na concepção de ensinar para a resolução de problemas. O ensino através da resolução de problemas também se apresenta, embora muito incipiente, no livro de Dante. O ensino através da Resolução de Problemas é de grande importância para o desenvolvimento da autonomia, criatividade, ação participativa, raciocínio e elaboração de estratégias, que são competências e habilidades que os alunos devem adquirir. Infelizmente, o ensino através da resolução de problemas é pouco presente nos livros didáticos e nas salas de aula em geral. Cabe, então, ao professor, ao adotar um livro didático, agir como mediador, orientando a aprendizagem, levando em conta os conceitos a serem construídos e ajudando o aluno a assumir a responsabilidade e um papel ativo na sua aprendizagem. Ou seja, ao iniciar o desenvolvimento de um tema com os alunos, a apresentação de um problema como ponto de partida para a aula ou conteúdo a ensinar, e a discussão das idéias centrais do tema, podem ser feitos com o apoio do livro didático. Assim, terá significado o que o aluno está aprendendo, além de ocorrer a construção de conhecimento, contribuindo também para que ele desenvolva sua capacidade de resolver problemas na própria Matemática, em outras áreas ou em sua vida. Ressalte-se, então, a importância do professor no trabalho, através da Resolução de Problemas. O livro didático, por sua vez, também auxilia e contribui no preparo dessa aula e pode ser importante no cotidiano do aluno, ajudando a ambos na organização do ensino e da aprendizagem, e do trabalho dentro e fora da sala de aula. Ele pode auxiliar a aprimorar os conhecimentos e práticas, e dar subsídios para que se possa utilizar a R.P. como metodologia. Além disso, boa parte do sucesso dos alunos depende de sua capacidade de usá-lo como material de apoio para fixar e aprender conteúdos. Com a capacidade de compilar o conhecimento, o livro cresceu em importância. Esperamos que este trabalho contribua para uma reflexão mais consciente acerca da resolução de problemas e da utilização do livro didático em sala de aula de Matemática. REFERÊNCIAS ALLEVATO, N. S. G. Associando o computador à resolução de problemas fechados: análise de uma experiência. 2005. 370 p. Tese (Doutorado em Educação Matemática) - Instituto de Geociência e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista Júlia de Mesquita Filho, Rio Claro, 2005. ALLEVATO, N. S. G.; ONUCHIC, L. R. Teaching mathematics in the classroom through problem solving. Disponível em: <>. Acesso em: 29 ago. 2008.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais para o ensino médio. Brasília, 1999.. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Orientações curriculares para o ensino médio. Brasília, 2006. DANTE, L. R. Matemática. São Paulo: Ática, 2005. FRANCO, M. L. P. B. Análise de conteúdo. 2. ed. Brasília: Líber Livro, 2007. PIRES, C. M. C. O que há de novo na velha arte de resolver problemas? [São Paulo], 2005/2006. Texto retirado do material do curso matemática nas séries iniciais. POLYA, G. A arte de resolver problemas. Tradução: Heitor Lisboa de Araújo. Rio de Janeiro: Interciência, 1994. ROMBERG, T. A. Perspectivas sobre o conhecimento e métodos de pesquisas Perspectives on scholarship and research methods. Tradução: Lourdes de la Rosa Onuchic e Maria Lúcia Boero. Bolema, Rio Claro, ano 20, n. 27, p. 93-139, 2007. TERTO, L. L. Funções Quadráticas nos livros didáticos sob a ótica da resolução de problemas. 2008. 243 p. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática)- Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo, 2008. [1] Entende-se como Base Nacional Comum o que deve ser garantido a todo cidadão brasileiro no processo de ensino-aprendizagem oferecido pela escola, independente de classe social, idade ou outro fator de descriminação. Normalmente, entende-se a base como um conjunto de disciplinas/conteúdos. [2] How to Solve it foi traduzido para o português por Heitor Lisboa de Araújo com o título A arte de resolver problemas. A edição traduzida que consultamos data de 1994. [3] As autoras apresentam uma proposta, em 7 etapas, de colocar em prática a metodologia em sala de aula. O detalhamento das etapas pode ser lido no artigo publicado, originalmente em inglês, no site do 11 th International Congress on Mathematical Education, que foi realizado em 2008, no México. Disponível em: < http://tsg.icme11.org/document/get/453>. [4] Das 8 coleções recomendadas pelo MEC para o PNLEM 2009, na pesquisa relatada em Terto (2008) foram analisado 4 livros de Matemática da 1ª série do Ensino Médio (onde se insere o conteúdo de função quadrática). [5] Há pesquisadores que afirmam que o roteiro de Polya foi elaborado, na realidade, por seus seguidores, com o objetivo de tentar dar um caráter mais operacional às idéias defendidas por ele.

Anexo 1 Figura 1: Manual do professor. (DANTE, 2005, p.23-24)

Anexo 2 Figura 2 - Situação-Problema - Introdução do Capítulo (p. 72)

Anexo 3 Figura 3 Resolução da Situação-Problema da Introdução do Capítulo (p. 85-86)

Anexo 4 Figura 4 Forma Canônica da Função Quadrática (p. 75)