CONFIANÇA DO COMÉRCIO AUMENTA PELA SÉTIMA VEZ NAS VÉSPERAS DO NATAL

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Fonte(s): Boa Vista Serviços/CDL POA.

Transcrição:

CONFIANÇA DO COMÉRCIO AUMENTA PELA SÉTIMA VEZ NAS VÉSPERAS DO NATAL O de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) atingiu 98,9 pontos em novembro, ante os 97,3 pontos observados em outubro. Na série com ajuste sazonal, o índice aumentou 1,2%, sétimo aumento consecutivo, influenciado pela melhora na avaliação das condições correntes (+3,2%), nas expectativas de curto prazo (+0,8%) e nas intenções de investimentos (+0,3%). Em relação a novembro de 2015, o Icec aumentou 23,5%, quinta taxa positiva nesta base de comparação desde julho de 2013 e a maior já registrada. O índice, no entanto, ainda se encontra na zona negativa, abaixo do nível de indiferença (100 pontos), reflexo da contínua redução das vendas do varejo, além da dificuldade de recuperação da atividade no setor, no curto prazo. Evolução do de Confiança do Empresário do Comércio (0-200) 120 110 100 90 80 70 60 ICEC ICEC com ajuste sazonal Confiança do Empresário do Comércio e Subíndices Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) 58,5 +3,2% +50,0% Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) 150,3 +0,8% +24,3% Investimentos do Empresário do Comércio (IIEC) 87,9 +0,3% +9,4% ICEC 98,9 +1,2% +23,5% 1

Icaec: avaliação das condições correntes segue melhorando. O subíndice que mede as condições correntes (Icaec) do Icec alcançou 58,5 pontos (+3,2%) na passagem de outubro para novembro, na série que considera os ajustes sazonais. Após consecutivas e expressivas quedas, a avaliação das condições correntes vem melhorando desde fevereiro deste ano. Apesar disso, o índice continua em patamar baixo. No ano, o Icaec teve a quarta variação positiva (+50%), a maior da série histórica iniciada em março de 2011, a despeito de o índice base de comparação (novembro de 2015) ter sido também muito baixo. ICAEC 58,5 +3,2% +50,0% Economia 44,8 +4,6% +138,2% Setor 57,8 +2,2% +48,7% Empresa 72,9 +2,3% +22,8% A percepção dos varejistas quanto às condições atuais melhorou novamente em novembro em relação à economia, em relação ao desempenho do setor do comércio e em relação ao desempenho da empresa. A proporção de comerciantes que avaliam as condições atuais da economia como piores é menor (e vem diminuindo), mas se mantém elevada: para 80,4% dos varejistas, a economia piorou em novembro. Este percentual é mais baixo do que o observado em outubro (81,9%) e em dezembro de 2015 (95,7%) até então a taxa mais elevada da série histórica do indicador. A avaliação dos comerciantes relativa às condições atuais da economia brasileira influenciou positivamente o Icaec nos três trimestres deste ano. O item vem apresentando variações positivas desde janeiro, após atingir a mínima histórica também em dezembro de 2015 (17,9 pontos). Entretanto, o índice, que em novembro chegou a 44,7 pontos, ainda se encontra em patamar negativo, bem abaixo do nível de indiferença (100 pontos). Embora haja a percepção de que a crise econômica esteja lentamente perdendo força, a recuperação da atividade do comércio não deverá acontecer em breve. O volume de vendas do varejo restrito recuou novamente em setembro, -1,0%, e acumula queda de -6,5% no ano, de acordo com o IBGE. No conceito ampliado, as reduções foram de -0,1%, oitava taxa negativa no ano, e de -9,2%. Em ambas as comparações, as perdas registradas estão perdendo o fôlego, mas 2

ainda superam os ritmos médios verificados ao longo de todo o ano de 2015 (-4,3% e -8,6%, respectivamente). IEEC: expectativas para os próximos meses são melhores, mas menos expressivas. O de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) alcançou 150,3 pontos em novembro, único subíndice do Icec acima do nível de indiferença (100 pontos). Na passagem mensal, as expectativas melhoraram novamente (+0,8%), o que também se repetiu na comparação anual, com a sexta taxa positiva no ano (+24,3%), o maior crescimento da série histórica do indicador nesta base de comparação. Variações positivas na comparação anual não ocorriam desde julho de 2013. IEEC 150,3 +0,8% +24,3% Economia 144,7 +1,1% +43,5% Setor 150,2 +0,9% +22,2% Empresa 156,0 +0,5% +12,3% A evolução do IEEC entre outubro e novembro foi determinada pelo aumento nas perspectivas de curto prazo relativas aos três itens que compõem o subíndice: aumentaram as expectativas quanto ao desempenho da economia nos próximos meses (+1,1%), ao desempenho do comércio (+0,9%) e ao da empresa (+0,5%). Na comparação com novembro de 2015, as perspectivas para a economia apresentaram novo aumento (+43,5%), o oitavo na base de comparação anual. Cresceram as expectativas em relação ao desempenho do setor do comércio (+22,2%), e também melhorou o otimismo dos comerciantes no curto prazo em relação ao desempenho da própria empresa (+12,3%). Na avaliação de 82,9% dos entrevistados, a economia vai melhorar nos meses à frente, percentual acima dos 80,9 registrados em outubro e dos 76,4% observados em setembro. No curto prazo, porém, ainda seguem ausentes fatores que indicam retomada da atividade do comércio, a despeito do crescimento das expectativas nos últimos meses, ainda que menos expressivo, e do arrefecimento no ritmo de queda do volume de vendas do varejo. 3

A confiança dos consumidores parou de piorar, mas as condições do mercado de trabalho seguem desfavoráveis (desemprego médio elevado e fechamento líquido de postos de trabalho). Associam-se a isso o crédito caro e a restrição da renda das famílias (endividamento elevado), o que mantêm a demanda em níveis baixos, dificultando a recuperação mais rápida do varejo. Por outro lado, a desaceleração da inflação influencia positivamente o comércio. As expectativas têm puxado a confiança dos varejistas para cima nos últimos meses, após o indicador ter atingido a mínima histórica no fim do ano passado. Entretanto, a evolução positiva não se traduz na recuperação do setor. Considerando o desempenho do comércio varejista apontado na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE, as estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) para o volume de vendas do comércio em 2016 são de -6,0% no conceito restrito e de -9,0% no conceito ampliado. IIEC: percepção sobre os estoques melhora nas vésperas do Natal. Em novembro, o subíndice que mede as condições de investimentos (IIEC) registrou 87,9 pontos (+0,3%), influenciado por novo aumento nas intenções de contratação de funcionários (+0,4%) e pela melhora na avaliação dos estoques diante da programação das vendas (+0,7%). Por outro lado, são menores as intenções de investimentos na empresa (-0,4%). O IIEC cresceu 9,4% em relação a novembro de 2015, quarto aumento anual desde janeiro de 2014. IIEC 87,9 +0,3% +9,4% Funcionários 110,8 +0,4% +25,6% Investimentos 68,8-0,4% +3,2% Estoques 84,0 +0,7% -2,4% Em novembro deste ano comparativamente a novembro de 2015, a intenção dos comerciantes em contratar funcionários está maior (+25,6%), quinta variação anual positiva também desde janeiro de 2014. O resultado favorável continua capturando a contratação de funcionários temporários para as festas de fim de ano (movimento que costuma ter início entre setembro e outubro). Apesar da estimativa de o volume de vendas ser menor neste Natal (a CNC projeta queda de -3,5% no volume de vendas), o maior fluxo de clientes nas lojas no período festivo induz o comerciante a contratar temporários. 4

Na passagem mensal, houve retração no índice que avalia as intenções de investimentos na empresa, o que mostra que o custo de captação de recursos no mercado de crédito continua elevado. Na comparação anual, porém, o aumento de +3,2% pode indicar perspectiva positiva dos comerciantes quanto à trajetória de redução das taxas de juros iniciada pelo Copom. O início do ciclo de cortes na Selic favorece as intenções de investimentos no comércio, mas o alto spread, por outro lado, ainda mantém o custo elevado. Para 70,5% dos empresários consultados em novembro, as intenções de investimento no capital social das empresas são menores, resultado melhor do que o de outubro, quando 71,5% responderam que reduziriam seus investimentos. A percepção dos comerciantes sobre os estoques diante da programação das vendas está melhor (+0,7%) nas vésperas da principal data para o varejo. Os comerciantes têm promovido o ajuste dos estoques nos meses recentes, observando com cautela a rotatividade dos produtos nas prateleiras. Os varejistas consideram que estão menos estocados em novembro comparativamente a outubro, mas não em comparação a novembro de 2015 (-2,4%). Predomina a dificuldade na retomada das vendas, e as perspectivas são negativas para este Natal, quando o volume de vendas do varejo deverá ser menor do que no Natal passado. Para 30,4% dos comerciantes consultados, os estoques estão acima do adequado em novembro. Esse percentual segue expressivo, mas vem em queda desde abril, quando atingiu 34,4%, o maior da série histórica. Conclusão: A confiança do empresário do comércio aumentou novamente em novembro. O resultado positivo do Icec nas vésperas do Natal deveu-se ao incremento dos três subíndices que compõem a confiança dos comerciantes. Melhoraram as avaliações da situação atual tanto da economia quanto do setor do comércio, quanto em relação ao desempenho da própria empresa. Variações positivas nesses dois primeiros itens têm sido observadas desde o início do ano, depois de seguidas quedas registradas desde meados de 2015. Na comparação com novembro do ano passado, as avaliações desses componentes do Icaec também evoluíram positivamente, sendo expressiva a 5

melhora da avaliação quanto ao desempenho da economia brasileira, a despeito de o índice estar situado em patamar baixo. As expectativas dos comerciantes para os próximos meses também evoluíram positivamente em novembro, mas as taxas são menos expressivas. Os três itens cresceram na passagem mensal e na comparação anual, além de estarem situados na zona positiva, acima dos 100 pontos. As intenções de investimentos aumentaram neste mês e mostram aumento também na comparação interanual. Estão maiores as intenções de contratar funcionários, e melhorou a avaliação dos estoques diante da programação das vendas, ao passo que diminuiu o intuito de investir na empresa. A atividade do comércio ainda não mostra perspectiva de recuperação no curto prazo, embora se verifique diminuição no ritmo de queda das vendas. As condições do mercado de trabalho (desemprego e elevado comprometimento da renda dos consumidores) continuam influenciando o consumo de forma negativa. Entretanto, a confiança dos varejistas tem evoluído positivamente após o indicador ter atingido a mínima histórica no fim do ano passado. Sobre a pesquisa: O de confiança do empresário do comércio (Icec) é indicador antecedente apurado exclusivamente entre os tomadores de decisão das empresas do varejo, cujo objetivo é detectar as tendências das ações empresárias do setor do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6.000 empresas situadas em todas as capitais do País; e os índices, apurados mensalmente, apresentam dispersões que variam de zero a duzentos pontos. O índice é construído a partir de nove questões. As três primeiras, que constituem o de condições atuais do empresário do comércio (Icaec), comparam a situação econômica do País, do setor de atuação e da própria empresa, em relação ao mesmo período do ano anterior. As três perguntas seguintes avaliam os mesmos aspectos, porém em relação ao futuro no curto prazo, e formam o de expectativas do empresário do comércio (IEEC). Em todas as seis primeiras perguntas, as opções de resposta são as seguintes: (i) Melhorou/Melhorará muito; (ii) Melhorou/Melhorará um pouco; (iii) Piorou/Piorará muito; e (iv) Piorou/Piorará um pouco. Além dos dados 6

nacionais, os nove componentes do Icec também são divulgados segundo as cinco regiões geográficas do Brasil. As últimas três perguntas que compõem o de investimento do empresário do comércio (IIEC) abordam questões mais específicas, relativas aos seguintes temas: (i) Expectativa de contratação de funcionários para os próximos meses (aumentar muito, aumentar pouco, reduzir pouco ou reduzir muito); (ii) Nível de investimentos em relação ao mesmo período do ano anterior (muito maior, um pouco maior, um pouco menor ou muito menor); e (iii) Nível atual dos estoques diante da programação de vendas (abaixo do adequado, adequado ou acima do adequado). Ajuste sazonal: Sujeitas ao comportamento sazonal do nível de atividade do comércio e da atividade econômica em geral, a partir de fevereiro de 2014 as séries passaram a ser dessazonalizadas através do método X-12 aditivo, permitindo a comparação mensal (mês sobre o mês anterior) dos componentes do Icec. 7