HISTÓRIA DO LEGISLATIVO Maurício Barbosa Paranaguá Seção de Projetos Especiais Goiânia - 2015
Origem do Poder Legislativo Assinatura da Magna Carta inglesa em 1215 Considerada a primeira Constituição dos tempos modernos. Exigia que o Rei Inglês João Sem-Terra convocasse representantes da sociedade inglesa para o Grande Conselho com a prerrogativa de aprovar ou não os impostos reais. O Grande Conselho inglês é o embrião do futuro Parlamento das Democracias atuais.
Origem do Poder Legislativo THOMAS HOBBES Em sua obra Leviatã, explicava racionalmente o absolutismo, partindo do princípio de que os homens em seu estado natural viviam constantemente em luta entre si, obedecendo somente a seus próprios interesses individuais ( o homem é o lobo do homem ). Assim, para organizar a sociedade e permitir seu pleno desenvolvimento, os indivíduos cediam todos os seus direito ao Estado, personificado na figura do rei, que através de um governo despótico, garantiria a segurança da nação Contrato Social.
Origem do Poder Legislativo Pensador inglês que lançou as bases da filosofia iluminista. Através de sua obra SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL, defendeu a ideia de que a liberdade individual e o direito à propriedade são elementos naturais ao ser humano. Advogou também a ideia de contrato social afirmando que o governo ideal é aquele que nasce de um contrato entre governo e sociedade civil, onde as ações governamentais devem refletir os anseios sociais. O pensamento de Locke contribuiu para a Revolução Gloriosa, primeira revolução liberal dos tempos modernos e influenciou a elaboração da Constituição dos EUA de 1787.
Origem do Poder Legislativo MONTESQUIEU Quando na mesma pessoa ou no mesmo órgão político o poder legislativo está reunido ao poder executivo não há liberdade. Também não há liberdade se o poder judicial não estiver separado dos poderes legislativo e executivo O espírito das leis, 1748 Só o poder limita o poder Defendeu a divisão e interdependência entre os três poderes de governo, o que garantiria o cumprimento das leis vigentes e a liberdade dos cidadãos.
O parlamento no Império brasileiro (1824 1889) A Constituição de 1824 (características absolutistas) Outorgada pelo Imperador D. Pedro I. Criação do Poder Moderador. Instituição de uma Monarquia vitalícia e hereditária. Voto censitário. Catolicismo como religião oficial. Submissão da Igreja ao Estado
O parlamento no Império brasileiro (1824 1889) Ato Adicional de 1834 na fase Regencial Fim da Regência Trina e criação da Regência Una. Suspensão temporária do Poder Moderador. Criação das Assembleias Legislativas Provinciais que dava direito as províncias de criar algumas leis e decidir sobre os impostos e gastos.
O parlamento no Império brasileiro (1824 1889) Parlamentarismo às avessas no Segundo Império Disfarçando suas tendências centralizadoras, em 1848 o Imperador D. Pedro II instituiu o sistema Parlamentarista, conhecido como parlamentarismo às avessas por não democratizar a vida política e sim fortalecer e camuflar o autoritarismo do Imperador.
O parlamento na República (1889...) O Parlamento na República Oligárquica (1889 1930) A Constituição de 1891 Abolição das instituições monárquicas (Senado vitalício, Poder Moderador, Conselho de Estado) Sistema de governo presidencialista. As eleições passaram a ser pelo voto direto, que continuou a ser a descoberto (não-secreto). As províncias passaram a ser denominadas estados, com maior autonomia dentro da Federação. A Igreja Católica foi desmembrada do Estado, deixando de ser a religião oficial e tornando o Brasil um Estado laico.
O parlamento na República (1889...) O Parlamento na República Oligárquica (1889 1930) A Política dos Governadores em apoio à República café-com-leite Criada pelo presidente Campos Sales, baseava-se no seguinte: os governadores de Estado davam seu apoio ao governo federal, ajudando a eleger deputados federais e senadores favoráveis ao presidente, indicados por São Paulo e Minas Gerais (política café-com-leite). Em retribuição, o presidente prometia a não intervenção federal nos assuntos internos dos Estados que o apoiassem, garantindo o continuísmo político, onde os mesmos grupos, oligarquias ou famílias se eternizavam no poder em nível federal, estadual e municipal.
O parlamento durante a era Vargas (1930-45) A Constituição de 1934 Estabeleceu o voto secreto e feminino. Constituição democrática e social; incorporou todas as decisões do Governo Provisório: o Liberdade de imprensa o Liberdade religiosa o Os três poderes o Leis trabalhistas Estabeleceu que o presidente seria eleito diretamente pelo povo, exceto o primeiro, a ser eleito por via indireta, isto é, pelo Congresso Nacional.
O parlamento durante a era Vargas (1930-45) A Constituição de 1937 Outorgada. Apelidada de Polaca por ser inspirada na constituição fascista polonesa. Concentra os poderes executivo e legislativo nas mãos do Presidente da República. Estabelece eleições indiretas para presidente, que terá mandato de seis anos. Retira do trabalhador o direito de greve. Permitia ao governo expurgar funcionários que se opusessem ao regime. Previu a realização de um plebiscito para referendá-la, o que nunca ocorreu.
O parlamento durante a Democracia Populista (1946-64) A Constituição de 1946 Promulgada. Restabelecimento da harmonia entre os três poderes: Legislativo, Judiciário e Executivo. Reafirmou o Federalismo. Mandato de 5 anos para o Presidente (com Vice). Voto direto, secreto e obrigatório, com exceção dos analfabetos e soldados. Liberal.
O parlamento durante a Democracia Populista (1946-64) Principais momentos políticos da República Populista O trabalhismo e o nacionalismo de Vargas Vargas se aproxima dos trabalhadores com a intenção de construir uma verdadeira democracia social e econômica. Em 1945, aumenta em 100% o salário mínimo, atendendo ao ministro do trabalho, João Goulart. Adotando uma postura nacionalista, lidera a campanha O petróleo é nosso, resultando na criação da Petrobrás em 1953. Início de uma conspiração ligando brasileiros e estrangeiros para derrubar Vargas Suicídio (24/08/1954).
O parlamento durante a Democracia Populista (1946-64) Principais momentos políticos da República Populista O tumultuado Governo de João Goulart (1961 64) Crise para a posse devido ao receio das elites em relação ao comunismo. Movimento da Legalidade Constitucional, liderado por Leonel Brizola que teve uma solução negociada com a instituição do Parlamentarismo (Tancredo Neves). 1963: Realização de um plebiscito que decide pela volta do presidencialismo dando plenos poderes a João Goulart. Lançamento das reformas de base (agrária, urbana, educacional, eleitoral e tributária) Marcha da Família com Deus pela Liberdade, organizada pelo exército, setores conservadores da Igreja Católica e elite contra o Governo Goulart. Golpe Militar 31/03/1964.
O parlamento durante a Ditadura militar (1964-85) Os Atos Institucionais e o fortalecimento da Ditadura Política 1973 - Início do processo de redemocratização com a primeira crise internacional do petróleo e o consequente fim do milagre econômico brasileiro. A campanha das Diretas Já e eleição indireta de Tancredo Neves iniciando a Nova República.
O parlamento durante a Nova República (1985...) A morte de Tancredo Neves e a posse do Vice José Sarney Às vésperas de tomar posse como presidente, Tancredo Neves adoece e vem a falecer no dia 21 de abril de 1985. José Sarney, o seu vice, tornou-se o novo Presidente do Brasil.
O parlamento durante a Nova República (1985...) A Constituição de 1988 Conhecida como Constituição Cidadã. Restabeleceu eleições diretas para os cargos de presidente da República, governadores de estados e prefeitos municipais. Definiu o mandato presidencial de 5 anos. Estabeleceu o direito de voto para os analfabetos. Definiu o voto facultativo para os jovens de 16 a 18 anos de idade. Sistema pluripartidário. Colocou fim a censura aos meios de comunicação, obras de arte, músicas, filmes, teatro etc.
Obrigado! Maurício Barbosa Paranaguá (62)3221-3378