Ulbrex ULBREX ASSET MANAGEMENT LTDA. Capital. Política De Gestão De Riscos

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Transcrição:

ULBREX ASSET MANAGEMENT LTDA. Política De Gestão De Riscos JUNHO DE 2016

1. OBJETO 1.1. A área de risco da ULBREX ASSET MANAGEMENT LTDA. ( ULBREX ) tem como objetivo monitorar a exposição das carteiras e fundos geridos aos fatores de risco inerentes aos investimentos realizados, buscando identificar potenciais eventos que possam vir a afetar sua performance e liquidez. 1.2. Nesta Política de Gestão de Riscos ( Política ) estão relacionados os critérios e parâmetros utilizados para gerenciamento dos tipos de riscos identificados e seus pontos de controle. 1.3. A coordenação direta das atividades relacionadas a esta Política é uma atribuição do Sr. CLAUDIO BRUNI, inscrito no CPF/MF sob o n 008.268.688-27, indicado como Diretor Responsável pela Gestão de Risco da ULBREX em seu Contrato Social, na qualidade de diretor estatutário da ULBREX ( Diretor Responsável pela Gestão de Risco ). 1.4. O Diretor Responsável pela Gestão de Risco deverá sempre verificar o cumprimento desta Política e apresentar ao diretor responsável pela gestão das carteiras e fundos de investimento, Sr. JOSE FLAVIO FERREIRA RAMOS, inscrito no CPF/MF sob o n 315.119.536-91 ( Diretor Responsável pela Gestão de Investimentos ), relatório explicitando os parâmetros de risco das carteiras. O Diretor Responsável pela Gestão de Investimentos, por sua vez, deverá tomar todas as providências necessárias para ajustar a exposição a risco das carteiras e fundos de investimento com base nos limites previstos na presente Política, no regulamento dos fundos ou documentação específica assinada com investidores para os quais sejam prestados serviços de gestão de carteiras de investimento. 1.5. A presente política ficará disponível para consulta no website da ULBREX (www.ulbrex.com), juntamente com os seguintes documentos: (i) Formulário de Referência, cujo conteúdo deve refletir o Anexo 15-II da Instrução CVM 558 de 2015; (ii) Manual de Ética e Compliance; (iii) Política de compra e venda de valores mobiliários por administradores, empregados, colaboradores e pela própria empresa (conforme incluída no Manual de Ética e Compliance); e (iv) Política de rateio e divisão de ordens entre as carteiras de valores mobiliários. 1.6. No mínimo anualmente devem ser realizados testes de aderência/eficácia das métricas e procedimentos previstos nesta Política, sendo que seus resultados deverão ser objeto do relatório anual de compliance, que deve ser apresentado até o último dia de janeiro de cada ano aos órgãos administrativos da ULBREX. 1.7. De forma a permitir o monitoramento, a mensuração e o ajuste permanentes

dos riscos inerentes a cada uma das carteiras de valores mobiliários e fundos de investimento, bem como refletir os impactos de eventuais mudanças regulatórias e conversas com outros participantes do mercado ou a correção de eventuais deficiências encontradas, dentre outras, esta Política deverá ser avaliada e revista pela ULBREX sempre que necessário ou, no mínimo, anualmente. 2. RISCO DE MERCADO 2.1. Para efeitos desta Política, define-se o risco de mercado como a possibilidade de ocorrência de perdas nas carteiras de valores mobiliários ou fundos de investimento resultantes da flutuação no câmbio, taxas de juros ou preços do mercado de ações e mercadorias. 2.2. O gerenciamento dos riscos associados a esses mercados consiste no contínuo processo de avaliação e mensuração dos impactos que poderão ser percebidos nas carteiras de valores mobiliários ou fundos de investimento e na eventual readequação das posições para fins de manutenção de eventuais limites estabelecidos no regulamento dos fundos ou documentação específica assinada com investidores para os quais sejam prestados serviços de gestão de carteiras de investimento. 2.3. Tal gerenciamento de riscos de mercado será amparado por análises qualitativas que levam em conta critérios mais subjetivos como (i) qualidade da gestão das companhias investidas, qualidade do negócio e áreas de atuação, impacto que eventuais movimentos no câmbio, taxas de juros, inflação e outras variáveis macroeconômicas teriam nos negócios das empresas investidas; e, quando aplicável, por metodologias quantitativas comumente utilizadas no mercado, tais como (i) VaR Value at Risk, e (ii) Stress Test, conforme detalhado abaixo: I. VaR Value at Risk O conceito de VaR é muito disseminado nos principais centros financeiros mundiais e permite que o risco de mercado possa ser representado por um único valor monetário, indicando a perda máxima esperada com um certo nível de confiança e para um determinado horizonte de investimento. Exceto caso disposto de forma diferente no regulamento dos fundos ou documentação específica assinada com investidores para os quais sejam prestados serviços de gestão de carteiras de investimento, o VaR será calculado para estimar uma potencial perda no valor de mercado em uma posição ou carteira para um período de 1 (um) dia e nível de confiança de 95% (noventa e cinco por cento). O VaR é calculado utilizando o método de simulação de Monte-Carlo, incorporando os

fatores de risco da carteira, volatilidades e suas correlações. Os fatores de risco consistem em: risco de taxas de juros, swap spreads, risco de crédito soberano lower grade, risco de crédito corporativo high e low grade, equity por geografia e equity por setores, moedas, volatilidade e commodities por classe (metais preciosos, agrícolas, industriais, energia). II. Stress Test O Stress Test consiste em verificar os impactos financeiros decorrentes de cenários de mercado com variações mais acentuadas nos preços e taxas. Como o cálculo de VaR apenas captura as variações nos retornos em períodos normais, o Stress Test é uma ferramenta importante para complementar o processo de gerenciamento de risco, principalmente em situações de grandes oscilações no mercado nas quais a volatilidade histórica não está prevendo essa futura oscilação. Para aplicar o Stress Test, existem algumas metodologias: a. Cenários Históricos: consiste em realizar o teste de stress utilizando-se as taxas e preços referentes a situações de stress ocorridas no passado. b. Cenários Probabilísticos: consiste em dar choques nas taxas/preços dos ativos levando em consideração o fator probabilístico do intervalo de confiança superior ao usual e sua respectiva volatilidade. c. Cenários Hipotéticos: aplica-se a cenários hipotéticos que podem ser definidos pelo Diretor Responsável pela Gestão de Investimentos. 2.4. A ULBREX atua apenas na gestão de carteiras administradas e de fundos de investimentos, de forma que o monitoramento do risco dos fundos e das carteiras também será realizado pelo administrador dos referidos veículos ( Administrador ). Com isso, o Administrador, além de manter a guarda do cadastro dos clientes da ULBREX, também fará o monitoramento do risco das carteiras e eventuais desenquadramentos de limites aos normativos vigentes aplicáveis, ao cumprimento dos limites de acordo com os contratos e regulamentos dos fundos. 2.5. É responsabilidade da Área de Compliance e Controle de Riscos, área independente da área de gestão, atuar de forma preventiva e constante para alertar, informar e solicitar providências aos gestores frente a eventuais desenquadramentos de limites de ativo ou conjunto de ativos de acordo com as políticas e manuais da ULBREX, tais como, mas não se limitando, a este Manual de Gerenciamento de Risco e ao Manual de Ética e Compliance, bem como a aderência aos normativos vigentes aplicáveis, ao cumprimento dos limites de acordo com as políticas das carteiras administradas, os contratos e regulamentos dos fundos.

2.6. A ULBREX manterá solução tecnológica de apuração de risco de mercado compatível com o porte, a natureza das operações, a complexidade dos produtos e a dimensão da exposição a risco de mercado da ULBREX e seus fundos e carteiras administradas. 3. RISCO DE CRÉDITO E CONTRAPARTE 3.1. Para efeitos desta Política, define-se o risco de crédito e contraparte como a possibilidade de ocorrência de perdas nas carteiras de valores mobiliários ou fundos de investimento resultantes do não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, da desvalorização de operações de crédito decorrente de deterioração na classificação do risco do tomador, redução de ganhos ou remunerações em razão de eventuais vantagens concedidas na renegociação e de eventuais custos da recuperação. 3.2. Adicionalmente, inclui-se também na definição de risco de crédito e contraparte (i) o risco de crédito de contraparte bancária/ liquidante, entendido como a possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros; e (ii) a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termos pactuados por parte intermediadora ou integrante de operações de crédito, tais como agentes fiduciários ou agentes de garantia e monitoramento. 3.3. Para o gerenciamento de Risco de Crédito são definidas as principais atribuições e responsabilidades do Diretor Responsável pela Gestão de Risco quanto ao Risco de Crédito e de todos os colaboradores no âmbito de suas atividades operacionais: A. Promover o gerenciamento e manter-se informado sobre os riscos mais importantes com o objetivo de possibilitar a avaliação da exposição de risco de crédito e tomar decisões em conformidade com a definição de apetite e tolerância a riscos. B. Disseminar em todos os níveis a cultura de risco de crédito e de contraparte e estimular o comprometimento dos colaboradores envolvidos. C. Manter controles internos apropriados e que conduzam a um aperfeiçoamento contínuo de seus mecanismos de gestão para identificação, medição, monitoramento e mitigação dos riscos. 3.4. A ULBREX, por meio do Diretor Responsável pela Gestão de Risco, observará nas operações que envolvam risco de crédito e de contraparte o cumprimento de

requisitos consistentes com este manual visando à mitigação dos mesmos com ações preventivas, dentre as quais destaca: A. Observar os princípios de seletividade de garantia, liquidez e diversificação dos riscos; B. Manter um cadastro de qualidade, suportado por avaliações iniciais que indiquem limites operacionais e monitoramento sempre balizados por Rating (classificação de conformidade com intervalos e padrões de mercado); C. Cumprir as exigências relativas a credenciamento, habilitação e aceitação de clientes e de instituições; e D. Selecionar adequadamente as instituições elegíveis para a liquidação de operações financeiras, bem como para a prestação de serviços fiduciários e de monitoramento de garantias. 3.5. A classificação de riscos da operação será de responsabilidade do Diretor Responsável pela Gestão de Risco e será efetuada com base em critérios consistentes e verificáveis, amparadas por informações internas e externas, contemplando: 3.5.1. Aspectos fundamentais de risco de crédito corporativo: A. Situação econômico-financeira (quadro atual e perspectivas/projeções); B. Grau de endividamento; C. Capacidade de geração de resultados; D. Fluxo de caixa; E. Administração e qualidade de controles; F. Contingências; G. Setor de atividade econômica; 3.5.2. Objetivos da operação: A. Natureza e finalidade da transação; B. Conforme aplicável, na medida em que a garantia seja relevante para a decisão com relação ao risco de crédito e de contraparte, análise das características das garantias, visando a sua exequibilidade, inclusive com relação à observância dos requisitos formais para sua constituição e às avaliações cabíveis com relação à sua suficiência e à liquidez dos ativos em caso de execução; C. Adequação dos valores desembolsados e cronograma de repagamentos ao fluxo de caixa da contraparte.

3.6. A ULBREX manterá solução tecnológica de apuração de risco de crédito e de contraparte e alocação de capital compatível com o porte, a natureza das operações, a complexidade dos produtos e a dimensão da exposição a risco de crédito e de contraparte da ULBREX e seus fundos e carteiras administradas. 3.7. A ULBREX atentará para o cumprimento dos seguintes requisitos: A. Estabelecimento de limites operacionais e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de crédito e de contraparte em níveis considerados aceitáveis pela ULBREX. B. Medição, monitoração e controle da exposição ao risco de crédito e de contraparte. C. Realização de simulações extremas, inclusive de quebra de premissas, cujos resultados devem ser considerados ao estabelecer ou rever as políticas e limites para adequação de capital. 3.8. Na hipótese de inadimplência, o Diretor Responsável pela Gestão de Risco deverá analisar caso a caso, verificando a melhor forma de recuperar o crédito, através da execução das garantias oferecidas ou por meio de ações judiciais. 3.10. Toda alocação a Risco de Crédito, quer direta ou indireta, é acompanhada e gerida continuamente, sendo parte integral da estratégia de gestão. Hedges, se oportunos, poderão ser contratados. 4. RISCO DE LIQUIDEZ 4.1. Para efeitos desta Política, define-se o risco de liquidez como (i) a possibilidade de um ou mais fundos não serem capazes de honrar efetivamente suas obrigações esperadas e inesperadas, correntes e futuras, sem afetar suas operações e sem incorrer em perdas significativas; e (ii) a possibilidade de um ou mais fundos não conseguirem negociar a preço de mercado uma posição, devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão de alguma descontinuidade no mercado. 4.2. No caso de gestão de fundos de investimento que tenham opção de resgate pelo quotista antes de seu vencimento, o gerenciamento de liquidez será realizado com periodicidade adequada ao regulamento do fundo, com base em tamanho de posições, limites de exposição setoriais e determinados grupos de risco. Será estabelecido um limite máximo de resgate esperado para cada fundo de investimento nessa situação e definido um percentual do patrimônio líquido que deverá ser mantido em ativos de liquidez imediata ou então liquidez compatível com

o prazo de resgate dos quotistas. 4.3. O risco de liquidez pode ser majorado em situações especiais de iliquidez, relacionadas a fatores sistêmicos ou eventos específicos de cada ativo. Se necessário, nessas situações a ULBREX manterá uma maior participação do patrimônio líquido de cada fundo de investimento em ativos de maior liquidez e realizará, com a periodicidade necessária, o controle e o gerenciamento da liquidez de cada ativo. 4.4. Ainda, caso julgar necessário, o Diretor Responsável pela Gestão de Risco convocará imediatamente reunião para definir medidas de prevenção e/ou contenção. Nesse sentido, as seguintes medidas, dentre outras, podem ser definidas: (i) liquidação de certos ativos a preços depreciados para fazer frente a obrigações; (ii) fechamento de fundos de investimento para resgates; e (iii) resgate mediante entrega de ativos aos cotistas, conforme regulamentação da CVM. 5. RISCO DE CONCENTRAÇÃO 5.1. No que se refere à gestão das carteiras administradas, considerando o públicoalvo, valores disponibilizados pelos investidores para gestão, bem como os ativos objeto de investimento e a própria política de investimento definida em conjunto com o cliente, a ULBREX poderá concentrar os recursos geridos em ativos de poucos emissores, buscando, via de regra e quando aplicável, sempre a mais eficiente diversificação do investimento. 5.2. Já com relação aos fundos de investimento geridos pela ULBREX, a política de diversificação será estabelecida nos próprios regulamentos de tais fundos, ficando o Diretor Responsável pela Gestão de Risco incumbido da implementação de tais políticas. 6. RISCO OPERACIONAL 6.1. Ocorre pela falta de consistência e adequação dos sistemas de informação, processamento e operações, ou de falhas nos controles internos. São riscos advindos da ocorrência de fragilidades nos processos, que podem ser gerados por falta de regulamentação interna e/ou documentação sobre políticas e procedimentos, que permita eventuais erros no exercício das atividades, podendo resultar em perdas inesperadas. 6.2. O risco operacional é tratado através de procedimentos frequentes de validação dos diferentes sistemas existentes em funcionamento na ULBREX, tais como: programas computacionais, sistema de telefonia, internet, entre outros. As

atividades de controle operacional desenvolvidas consistem no controle e boletagem das operações, cálculo paralelo de cotas dos fundos sob sua gestão, acompanhamento da valorização dos ativos e passivos que compõem as carteiras administradas, efetivação das liquidações financeiras das operações e controle e manutenção das posições individuais de cada investidor. 7. RISCO LEGAL 7.1. Decorre do potencial questionamento jurídico da execução dos contratos, processos judiciais ou sentenças contrárias ou adversas àquelas esperadas pela ULBREX e que possam causar perdas ou perturbações significativas que afetem negativamente os processos operacionais e/ou a organização da ULBREX. 7.2. A ULBREX conta com assessoria jurídica terceirizada e especializada para mitigar o risco legal na execução de suas operações e contratos. 8. RISCO DE IMAGEM 8.1. Decorre da publicidade negativa, verdadeira ou não, em relação à prática da condução dos negócios da ULBREX, gerando declínio na base de clientes, litígio ou diminuição da receita. 8.2. A ULBREX vislumbra nos meios de comunicação um canal relevante de informação para os diversos segmentos da sociedade e está aberta a atender suas solicitações, sempre que isso for possível e não existirem obstáculos legais ou estratégicos, que serão explicitados aos jornalistas quando ocorrerem. 8.3. Para mitigar o risco de imagem, a comunicação com os meios de comunicação será supervisionada pelo Diretor Responsável pela Gestão de Risco, que poderá delegar essa função sempre que considerar adequado. 9. RISCO SISTÊMICO 9.1. Decorre de dificuldades financeiras de uma ou mais instituições que provoquem danos substanciais a outras instituições, ou uma ruptura na condução operacional de normalidade do sistema financeiro em geral. 10. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 10.1. Caso ocorra alguma divergência em relação aos parâmetros estabelecidos nesta Política, o Diretor Responsável pela Gestão de Investimentos será

imediatamente informado pelo Diretor Responsável pela Gestão de Risco para que tome as medidas necessárias e os parâmetros sejam restabelecidos. 10.2. Nesse sentido, ao identificar uma potencial situação de risco, o Diretor Responsável pela Gestão de Risco deverá solicitar ao Diretor Responsável pela Gestão de Investimentos um plano de ação para reenquadramento das carteiras, sem prejuízo da adoção de medidas adicionais a serem determinadas pelo Diretor Responsável pela Gestão de Risco. 10.3. Ainda, cabe ressaltar que o controle e monitoramento do risco de mercado também é parte do processo de gestão e decisão de investimento, sendo, portanto, uma obrigação compartilhada do Diretor Responsável pela Gestão de Investimentos e Diretor Responsável pela Gestão de Risco.