Espaços sagrados e suas construções: discussão e práticas João Victor Gonçalves Ferreira Universidade Federal do Rio de Janeiro Jvferreira07@gmail.com INTRODUÇÃO O presente artigo deriva de uma pesquisa sobre a construção de espaços sagrados, que teve como recorte as festas de São Jorge realizadas na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo da pesquisa referida foi, portanto, analisar as inserções do sagrado em espaços com configurações diversas, bem como sua profundidade e durabilidade, sempre inseridos no contexto festivo. Ainda que os dados produzidos ao longo dessa pesquisa sejam a base orientadora desse artigo, o intuito central não é retomar a reflexão sobre as Festas de São Jorge. O objetivo deste artigo, ao contrário, é estabelecer uma reflexão sobre essa dinâmica de construção de espaços sagrados de forma ampla, enfatizando aqueles que não possuem uma estruturação religiosa definida. Para que essa reflexão seja desenvolvida, se faz necessário retomar conceitos que definem e baseiam nossa pesquisa. No capítulo da metodologia, o Sagrado é o primeiro conceito, que ganha a ótica espacial a partir de Eliade (1992) e Rosendhal (1996). O espaço sagrado, seu opoente espaço profano e as hierofanias são, junto ao conceito de espaço público (GOMES, 2012) os pontos de apoio para o desenvolvimento do trabalho. Na sequência, temos a apresentação da etapa operacional da metodologia, dos campos, levantamento de dados primários e relatórios de observação. O trabalho prossegue com a apresentação das categorias de espaço propostas. Com a pluralidade de espaços e configurações espaciais, foi estabelecida uma categorização que orientou a pesquisa e permitiu, através da bibliografia e de observações preliminares, que fossem feitas inserções direcionadas e diferenciadas, tanto nas observações como nos questionários aplicados. Cada categoria foi tratada
segundo suas particularidades e os resultados possibilitaram o debate mais aprofundado das construções de sagrado. O capítulo seguinte se aprofunda na análise da construção do sagrado, destacando certos espaços que denotam uma complexidade maior. Questões como a profundidade, duração e abrangência do sagrado serão analisadas nesse capítulo, bem como de que forma se constrói e que motivos isso ocorre. Por fim, um capítulo de conclusão que, muito mais do que buscar uma definição específica, visa retomar o que foi debatido e estabelecer além de uma compilação, propostas e sugestões para que o assunto seja desenvolvido e retomado em outras obras e pesquisas. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Sendo este artigo resultante de uma pesquisa maior e finalizada, levamos em conta como parte da produção metodológica não somente o caráter conceitual, mas também todo o levantamento/produção de dados obtidos em campo. Primeiramente, considerando a estruturação de todo o processo científico, analisamos a base conceitual, que promove a compreensão e possibilita a exposição da temática abordada. De grande importância para a pesquisa, o primeiro conceito aqui apresentado é o conceito espaço público (GOMES, 2012). É no espaço público que ocorrem as interações sociais, palco e substrato dos encontros, práticas e relações. Esse espaço é, para nós, o meio pelo qual observamos a construção e inserção do sagrado, que agrega ao espaço uma orientação particular, que o diferencia dos comuns, não orientados, conhecidos por espaços profanos (ROSENDAHL, 1996). Se o profano é aquele que não se configura sobre nenhuma base específica, resultante exclusivamente das ações e práticas cotidianas e não possuindo uma ordem definida por forças exteriores, o espaço sagrado é, retomando ELIADE (1992), o resultado direto de uma orientação, um espaço que apresenta configuração diferenciada e proveniente das hierofanias construídas segundo dogmas religiosos e processos ritualísticos diversos. O sagrado é, portanto, imbuído de símbolos e marcas em sua paisagem, (GIL FILHO, 2012) que para o homem religioso e também não religioso (ROSENDHAL) o despertam para uma conexão com o divino e suas crenças, e quando
materializado em um espaço, promove ainda uma desconexão entre a ordem cotidiana, o fiel e sua fé, o elevando e aproximando de suas divindades, mesmo que em temporalidades e durações diversas. Então, o sagrado impõe a assertiva da manifestação de uma ordem diferente, de uma lógica que não pertence a este mundo, e essa diferença contextualizada constitui o dilema pelo qual percebemos o sagrado. (GIL FILHO, 2012). Uma vez debatida a bibliografia e estabelecida a categorização dos espaços, que será apresentada no próximo capítulo, deu-se início as práticas de observação e levantamento de dados. Com o recorte das festas do santo católico, entre igrejas, terreiros - resultantes do processo de sincretismo religioso (FERRETI, 1995), quadras de escolas de samba, festas de rua e uma praça dedicada ao santo, foram seis espaços visitados, durante as festas e também em momentos comuns, não festivos. Os questionários e entrevistas abertas, aplicados em cinco desses espaços, foram responsáveis por munir a pesquisa de dados capazes de desenvolver esse debate. AS CATEGORIAS ESPACIAIS: AS BASES DO SAGRADO Por conta da variedade de espaços sagrados, com configurações, origens e construções particulares, não é possível analisar suas construções de forma geral, como se todo espaço sagrado fosse igual e construído de uma única maneira. Com isso, se fez necessário estabelecer uma categorização, a fim de facilitar não só a estruturação da pesquisa mas também as bases de análise. Com base na bibliografia e nas observações iniciais, foram construídas três categorias: Espaços institucionalizados, espaços externos e espaços particulares. Ainda que seja necessário apresentar ao leitor as três categorias, este artigo busca aprofundar a análise das duas últimas, por conta da complexidade que apresentam. A primeira categoria está associada ao que Rosendhal (2013) chama de território religioso, sendo na realidade a materialização desse território em um espaço. A propriedade principal dos espaços institucionalizados, que comumente são Igrejas, terreiros de matriz afro ou afrobrasileira, entre outros templos religiosos, é
que esses espaços são construídos, geridos e organizados segundo dogmas de uma religião específica, cobertos de símbolos que fazem com que, diferente de outros espaços, seja efetivamente reconhecido, por praticantes ou não da religião a qual está direcionado, como um espaço sagrado. Não é necessário ser católico para reconhecer que uma Igreja é um templo de fé e conexão com Deus, bem como não precisa ser candomblecista para reconhecer em um terreiro a religiosidade imbuída no espaço. A partir do Candomblé e também da Umbanda, por sinal, se torna mais simples a explicação da segunda categoria, os espaços externos. Ainda que se estenda a outras práticas religiosas, essa categoria está muito ligada as práticas de matriz afro por uma característica fundamental que estas possuem: As divindades cultuadas nessas religiões, como destaca MAURÍCIO (2011), são associadas a natureza, florestas, praias, campos e ruas, espaços atribuídos e designados a uma ou mais divindades, sendo por isso sagrados para os fiéis. Essa característica agregou a pesquisa uma nova abordagem visto que, se nos espaços institucionalizados as relações são direcionadas, quase que de acesso restrito aos fiéis e de reconhecimento coletivo, nos espaços externos nos deparamos com espaços que, aos olhos dos leigos são espaços profanos, cotidianos e não orientados, mas para o religioso aquele é um espaço sagrado onde práticas de fé ocorrem em momentos determinados. Um outro exemplo dessa categoria são os montes apropriados por evangélicos que, de tempos em tempos, se misturam aos aventureiros que fazem trilhas por esses espaços para realizar seus cultos e estabelecer contato com Deus em um espaço sagrado segundo a suas crenças. Para que possamos debater essa questão mais a frente, vale destacar dois pontos para instigar a reflexão do leitor: Por que algumas religiões enxergam esses espaços como sagrados? Uma segunda questão diz respeito a atuação desses grupos nesses espaços e o papel transformador que estes exercem. Como esses espaços se tornam sagrados se não são todas as pessoas presentes que estão participando dos rituais? Por fim, a última categoria é a de espaços particulares. Assim como os espaços externos, não são espaços construídos por e para práticas religiosas. A grande diferença em relação a categoria anterior é que, neste caso, são espaços não reconhecidos por nenhuma religião, além de não serem comumente explorados por práticas religiosas. Essa categoria está basicamente associada a propriedades privadas, que possuem acesso
amplo e não restrito. Bares, casas de show, agremiações de escolas de samba entre outros, atribuídos a práticas profanas quase que de forma direta, mas que em alguma circunstância específica (no caso da pesquisa, festas em homenagem a São Jorge) se apresentam sagrado ou imbuídos de sacralidade. Essa é, provavelmente, a categoria mais complexa a ser analisada. A CONSTRUÇÃO DO SAGRADO Compreender o sagrado em um espaço institucionalizado é uma tarefa mais simples que compreende-lo nas outras categorias, o que justifica a escolha por não enfatizar essa análise. Ainda assim, tentamos de forma breve apresentar a percepção que produzimos na pesquisa base. Ao pensarmos um espaço desta configuração, entendemos toda a sua construção como sagrada. Desde a entrada até o altar, passando por todos os pontos que o compõe, suas partes são construídas segundo as determinações e os dogmas religiosos, fazendo com que, ao adentrar, o homem religioso supere um limiar que o separa de sua vida cotidiana e o insere no contato direto com sua fé. Além disso, esse é, como falado anteriormente, um espaço reconhecido como sagrado pelos religiosos e não religiosos. Ao pensarmos as duas outras categorias, de fato encontramos complexidades e inserimos os nossos objetivos. Na categoria de espaços externos, duas questões foram propostas e aqui tentaremos de forma breve interpreta-las e responde-las: A primeira é sobre o conceito de sagrado. Enquanto as religiões de matriz cristã tem, de forma mais comum, o sagrado como fixo, constante e nunca misturado ao profano (Rosendhal, 1996), as religiões de matriz afro possuem uma noção de sagrado mais flexível. Corrêa associa essa interpretação as próprias práticas dessas religiões e suas ligações com a natureza. A dança, o transe e os cânticos podem ocorrer em uma praia ou uma cachoeira, mesmo que ao lado os transeuntes estejam passando e observando. O espaço é sagrado para os fiéis mesmo que práticas não religiosas sejam predominantes por que ele é encarado como a morada dos Orixás, as divindades do panteão africano. Essa associação a origem dos Deuses faz com que não sejam necessárias separações rígidas
entre sagrado e profano. Enquanto para as religiões cristãs e alguns autores esses conceitos não se associam, para os candomblecistas e umbandistas, bem como segundo a autora mencionada, o sagrado e profano coexistem, de maneira a não haver essa ruptura. Com isso, introduzimos a segunda questão, que tange a como essa categoria pode se dispor como espaços sagrados se não são todos que partilham dessa análise. Para essa explicação, retomamos a Eliade e a construção dos espaços sagrados. Para demonstrar, usamos o exemplo das ruas, ponto de encontro e circulação diária nas cidades e espaço destinado a cultos e deposição de oferendas. Quando, em situação cotidiana, os não adeptos passam por uma rua, aquele é um espaço profano e comum. Quando as mesmas pessoas passam e estão ocorrendo práticas religiosas, ainda que não sejam membros dessas religiões, as pessoas reconhecem que uma prática sagrada imbui ao espaço uma ordenação sagrada e de fé, explicitando o que o autor sugere. Segundo ele, o espaço sagrado é configurado por uma ótica particular e subjetiva, com sua sacralidade diretamente atribuída pela interpretação do observador. Se uma prática religiosa é reconhecida no espaço (como exemplo cristão, temos as peregrinações, os caminhos sagrados, que fazem com que um trajeto comum se torne a conexão e o encontro com a fé e com Deus) aquele espaço se torna sagrado. Com a atribuição da sacralidade vinculada diretamente ao observador, não é possível determinar uma conclusão ou caracterização absoluta. Nesse trabalho, de forma ampla, creditamos a essa categoria uma noção de sagrado que perpassa por momentos de caráter permanente e momentos de caráter temporário, onde marcas e práticas, quase que em um mesmo patamar, são as responsáveis por agregar esse valor ao espaço. Na categoria de espaços particulares, por sua vez, a construção é ainda mais complexa. Ao nos apoiarmos nos resultados obtidos nos questionários e entrevistas, descobrimos que o sagrado não é fixo e duradouro nesses espaços. A grande maioria das pessoas entende que são espaços profanos em sua essência, tendo práticas sagradas que ocorrem de forma esporádica. Essa característica nos aponta algo muito relevante: Enquanto o sagrado é, nas demais categorias, associado predominantemente ou ao menos parcialmente a marcas no espaço e na paisagem (GIL FILHO), aqui temos o sagrado proveniente basicamente das práticas de um ou mais grupos específicos. Não
temos, inicialmente, marcas sagradas em uma boate, por exemplo. Porém, quando colocamos uma imagem de um santo, quando ocorre uma oração, uma deposição de flor ou qualquer que seja a prática que desperte em alguém a conexão com a fé, o espaço passa por uma prática sagrada e o insere de sacralidade temporária. A diferença é, porém, que tais práticas não são sempre observadas por todos. Mais que o espaço, o sagrado se restringe a um tempo e um momento específico. Aqui observamos que essa inserção é restrita, não coletiva e observamos constantes construções e reconstruções do sagrado no espaço e não como um espaço completo. Os símbolos do sagrado, nesse caso, não são visíveis, já que moram na mente de quem se atém a fé em um momento. CONCLUSÃO O caráter subjetivo e particular do espaço sagrado, fundamental para a compreensão de sua construção é talvez o grande propulsor de tantas abordagens possíveis e desenvolvimentos futuros. Graças a ele, não temos aqui a necessidade ou capacidade de estabelecer verdades absolutas, podendo nos ater a conclusões gerais e, principalmente, a afirmativas que promovam novas discussões e possibilitem construções futuras. Ainda assim, algumas afirmativas são possíveis: Primeiramente, temos que a fé e as práticas não são e não precisam ser ligadas obrigatoriamente a um estabelecimento, templo ou espaço de culto. Para que a fé seja promovida, reproduzida e exercida, não é obrigatório estar em uma igreja, um terreiro ou sinagoga. Vale ressaltar que, em nenhum momento, estamos limitando o valor desses espaços para o homem religioso. Longe disso, temos total compreensão de que esses espaços são muito importantes para o fiel, servindo de facilitador da conexão com suas divindades e propagando a fé. Essa colocação é, portanto, somente para enfatizar que a fé não precisa desses espaços. Mesmo auxiliadores, temos que o sagrado, materialização da fé, é subjetivo e, portanto, passível de ser construído e reconstruído por e a partir do fiel, não do espaço em que se encontra. Com base na subjetividade, temos também que a construção de espaços sagrados não é necessariamente permanente e coletiva. Um espaço cotidiano pode se
tornar sagrado em um período, um momento específico e essa abrangência pode se estender a todos ou só a alguém ou um grupo. Essa particularidade é que agrega ao espaço a pluralidade de interpretações e análises, sendo inegável a possibilidade de todo e qualquer espaço passar por uma construção de sagrado ou ao menos por práticas que o transformem. Por fim, não encerrando o debate mas instigando novas produções, destacamos o conceito de territórios sagrados (Corrêa) e a lógica dos Geosímbolos e relações territoriais (Di Mèo), como novos atores e bases de analises para que a religiosidade e sua dinâmica espacial possa ser repensada, debatida e fortaleça nosso campo de pesquisa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ARRUDA, B.: As Sagas de Jorge: Festa, devoção e simbolismo. 2008. 129 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008. BRANDÃO, C. R.. Prece e folia: festa e romaria, Aparecida, São Paulo, Idéias e Letras, 2010. CLAVAL, P. A Festa religiosa. Ateliê Geográfico, 8(1), 6-29, 2014. CORRÊA, R..L.. Espaço: Um conceito-chave da Geografia. In:, I.E., GOMES,P.C.C., CORRÊA,R.L. (Org.). Geografia:Conceitos e temas. -15ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012. CORRÊA, A. de M.. La carnavalización del sagrado: la fiesta de Iemanjá en Rio Vermelho, In: SANTARELLI, S.; CAMPOS, M.M. Territorios culturales y prácticas religiosas: nuevos escenarios en América Latina, 1ªed., Bahía Blanca: Editorial de la Universidad Nacional del Sur, Ediuns, 2012. DI MÉO, G. A Geografia nas Festas. Revista PLURAIS Virtual v. 2, n. 1, 2012. Universidade Estadual de Goiás. Tradução, Maria Idelma Vieira D Abadia.
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