RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG



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Transcrição:

SUPERINTENDÊNCIA DE CONTROLE GERÊNCIA DE CONTROLE DE TESOURARIA ANÁLISE DE RISCO OPERACIONAL RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG Belo Horizonte 01 de Julho de 2008

1 SUMÁRIO 1. Introdução...02 2. Política Institucional para Gestão de Risco Operacional...02 3. Estrutura e Responsabilidades...03 3.1 Diretoria Responsável por Riscos Operacionais...03 3.2 Comitê de Gerenciamento de Riscos Operacionais...03 3.3 Grupo de Acompanhamento e Monitoramento dos Riscos Operacionais...04 3.4 Agentes de Acompanhamento e Risco (AAR)...04 3.5 Auditoria Interna...04 4. Metodologia para Gestão do Risco Operacional...05 5. Conclusão...05 6. Divulgação...05

2 1. INTRODUÇÃO Em Junho de 2004 o Comitê da Basiléia, composto pelos órgãos de supervisão bancária dos países mais industrializados, publicou o Novo Acordo da Basiléia, também chamado de Novo Acordo de Capital ou Basiléia II, que trata uma série de propostas discutidas e testadas por seus membros possibilitando melhoras na definição de capital mínimo para cobertura de riscos as quais as instituições estão expostas, de modo que as perdas fossem absorvidas com margem suficiente a inspirar confiança quanto à continuidade das suas atividades, mesmo em situações críticas. O Novo Acordo da Basiléia está estruturada em 3 pilares: Exigência de Capital Mínimo, que compreende as atividades de gestão de Risco Operacional, de Crédito e de Mercado, além de determinar alocação de capital para cobrir possíveis perdas; Revisão da Supervisão Bancária, refere-se às orientações aos órgãos competentes para implementação, regulamentação, acompanhamento e revisão das atividades de gestão dos riscos; e Disciplina de Mercado que propõe orientações aos órgãos de supervisão bancária a respeito das práticas relacionadas à gestão de riscos e para exigência de capital mínimo. No Brasil a gestão de Risco Operacional foi regulamentada pelo Banco Central, em 29 de junho de 2006, através da resolução 3.380, determinado a todas as instituições financeiras criarem estruturas de gerenciamento do risco operacional compatível com sua natureza e a complexidade dos seus produtos, serviços, atividades, processos e sistemas, capaz de identificar, avaliar, monitorar, controlar e mitigar o risco operacional, além de armazenar e documentar informações referentes às perdas. A estrutura deve inspecionar, identificar e corrigir as deficiências de controle e de gerenciamento do risco operacional, além prover a empresa um plano de contingência assegurando a continuidade das atividades e a limitação de perdas graves decorrentes de risco operacional. Diante desse contexto, o Conglomerado Financeiro do BMG, compreendido pelo Banco BMG S/A e demais empresas financeiras coligadas, apresentou o Diretor responsável por essa atividade, definiu sua Política Institucional e estrutura para Gestão de Risco Operacional, visando não só a conformidade legal, mas também uma oportunidade de melhoria na qualidade dos seus processos e controles. 2. POLÍTICA INSTITUCIONAL PARA GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL Desenvolvida pelos acionistas e administradores do conglomerado BMG a Política Institucional foi divulgada em 29 de junho de 2007 na intranet e está disponível para consulta de todos os seus funcionários e prestadores de serviços.

3 Fundamentada nas recomendações do Novo Acordo da Basiléia e na Resolução 3.380 do Conselho Monetário Nacional, constitui-se de princípios para estabelecer um efetivo ambiente de gerenciamento de riscos, assegurando que o cumprimento com as normas estabelecidas de governança e controle estejam em conformidade com as orientações da alta administração e a metodologia adotada, abrangendo toda a estrutura do Conglomerado BMG e serviços terceirizados relevantes para o funcionamento regular das suas atividades. Através dessa política, o Conselho de Administração determina a manutenção de todos os riscos conhecidos e potenciais do banco e das empresas prestadoras de serviços sob adequado controle, com graduação máxima de Risco Médio, em uma escala de três níveis que variam de baixo a alto risco, e planos de mitigação que evitem a exposição do conglomerado a possíveis perdas relevantes que possam afetar o fluxo de suas atividades, operações ou mesmo interromper a geração de resultados positivos para remuneração do capital de seus acionistas. Para os incidentes, ou seja, os eventos de perda efetiva, o Conselho determina a contabilização em grupamento específico, inserido no COSIF, possibilitando informações à alta administração, para seu gerenciamento, e às autoridades supervisoras. O Conglomerado BMG, reconhece que os riscos estão presentes em todos os níveis hierárquicos da instituição e demanda atenção prioritária, por isso criou uma estrutura cuja missão é identificar os processos e procedimentos para cada uma das atividades exercidas pelo conglomerado e que possua relevância dentro dos fatores de exposição a risco. 3. ESTRUTURA E RESPONSABILIDADES 3.1. Diretoria Responsável por Riscos Operacionais No dia 12 de dezembro de 2006 o Conselho de Administração nomeou o Diretor Responsável pelo Risco Operacional, tornando-o responsável pela manifestação acerca das ações a serem executadas para correção tempestiva ou definição do nível de risco a que se pode aceitar. 3.2. Comitê de Gerenciamento de Riscos Operacionais É constituído pelo Diretor de Risco Operacional, além de Superintendentes e Gerentes do Conglomerado BMG ligados com questões de administração, controle, contábil e fiscal, tesouraria análises de processos e tecnologia da informação. Este comitê deve:

4 Identificar, avaliar, monitorar, controlar e mitigar os riscos inerentes às atividades do conglomerado; Propor à Diretoria Responsável por Riscos Operacionais correções para as deficiências de controle e de gerenciamento do risco operacional; Documentar e armazenar informações de perdas decorrentes ao risco operacional; Elaborar relatórios anuais identificando e corrigindo as deficiências de controle dos riscos operacionais; Testar os sistemas de controles de riscos operacionais implementados pelo conglomerado; e Implantar, manter e divulgar processos de comunicação e informação voltados a Gestão de Risco Operacional. 3.3. Grupo de Acompanhamento e Monitoramento dos Riscos Operacionais Formado pela Gerência de Contabilidade, Gerência de Informações Gerenciais e Gerências Administrativas Regionais, exercem ações conjuntas na análise dos pontos chaves de risco e seus controles. Também avaliam os eventos de perdas, documentam os processos e a execução dos planos de ação, reportando as questões relevantes à Diretoria Responsável pelo Risco Operacional. Periodicamente o grupo está obrigado a checar se a estrutura de gerenciamento está capacitada a exercer suas funções na gestão do risco operacional do Conglomerado BMG e dos seus prestadores de serviços. 3.4. Agentes de Acompanhamento e Risco (AAR) Estão espalhados nas diversas áreas das empresas. São preferencialmente os gerentes dos setores, no entanto, na impossibilidade deles assumirem essa atividade, poderão indicar um representante e subordinar a aprovação dessa nomeação ao Grupo de Acompanhamento e Monitoramento dos Riscos. Os agentes são responsáveis por disseminar a cultura de Gestão de Risco Operacional entre os funcionários e empregar a metodologia para identificação de riscos, incidentes e controles existentes. 3.5. Auditoria Interna A auditoria interna fiscalizará a Gestão do Risco Operacional realizando testes nos controles, certificando o acompanhamento e a mitigação das perdas e identificará, por meio de relatórios, as

5 deficiências constatadas, reportando à Diretoria e ao Conselho de Administração para que manifestem sobre as ações a serem adotadas promovendo as correções necessárias. Por isso a auditoria sobre a gestão de Risco Operacional deverá fazer parte do plano anual. 4. METODOLOGIA PARA GESTÃO DO RISCO OPERACIONAL A Gestão do Risco Operacional no Conglomerado BMG consiste na identificação e revisão dos riscos, acompanhamento de incidentes e conseqüente implantação de controles permitindo melhoria contínua dos processos e maximização da eficiência no uso do capital e na escolha das oportunidades de negócios, para que o banco obtenha a melhor relação entre risco e retorno. Para suportar essas atividades foi estruturado um sistema de comunicação interna, fundamentado na divulgação de normas atinentes ao Risco Operacional na intranet e na contratação de um sistema de informática para registro dos processos de risco e de incidentes. Os gestores e funcionários indicados por eles, do Conglomerado e das empresas prestadoras de serviço, participaram de treinamento sobre o Risco Operacional e a operacionalização do sistema. 5. CONCLUSÃO Pelo exposto é possível concluir que o Conglomerado BMG concede a devida importância e investimentos para desenvolver sua gestão de risco operacional em plena consonância ao Novo Acordo da Basiléia e à Resolução 3380. Com isso agrega valor ao seu negócio, haja vista que a gestão de risco operacional permite um melhor planejamento das suas atividades, viabiliza a gestão estratégica, mapeia perdas, identifica falha e maximiza retorno sobre o investimento. 6. DIVULGAÇÃO Em atendimento ao artigo quarto da Resolução 3380, o Banco BMG torna este documento público e o disponibiliza em seu endereço eletrônico: www.bancobmg.com.br