CPC adota TEORIA ECLÉTICA DA AÇÃO. Que parte de outras duas teorias: b) concreta: sentença favorável. Chiovenda: direito potestativo.

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Transcrição:

1 PROCESSO CIVIL PONTO 1: CONDIÇÕES DA AÇÃO PONTO 2: CÓDIGO REFORMADO - TEORIA DA AÇÃO DOUTRINA PROCESSUAL CONTEMPORÂNEA PONTO 3: RESPOSTA DO RÉU PONTO 4: CONTESTAÇÃO 1. CONDIÇÕES DA AÇÃO ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA AÇÃO Art. 3º do CPC. CPC adota TEORIA ECLÉTICA DA AÇÃO. Que parte de outras duas teorias: a) abstrata: sentença b) concreta: sentença favorável. Chiovenda: direito potestativo. TEORIA ECLÉTICA: direito de ação é direito ao processo e ao julgamento de mérito. Quando juiz extingue o processo, sem julgamento de mérito, por falta de condições da ação, não exerceu o direito de ação, não produz coisa julgada material, art. 267, VI do CPC. Direito de ação é subjetivo, autônomo e abstrato. TEORIA CIVILISTA tratava direito material e direito de ação como sinônimos. Para essa teoria, ter direito de ação é ter direito material. Direito de ação é meramente uma extensão do direito material. O direito de ação não seria autônomo e abstrato. Ordenamento ultrapassado. 1.1 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA AÇÃO Requisitos no art. 267, VI e no 3º. A) LEGITIMIDADE DA PARTE OU LEGITIMATIO AD CAUSAM Titularidade subjetiva. Pertinência subjetiva. Caracteriza-se por ser a legitimidade ativa e passiva da ação. Necessidade de partes legítimas. Legitimidade extraordinária art. 6º do CPC permite, em determinadas circunstâncias, que a parte demande em nome próprio, mas na defesa de interesse alheio. Exemplo: ação popular. B) POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO Possibilidade jurídica do pedido é a não vedação expressa da lei, é fazer o que a lei não proíbe e não o que ela permite.

2 Para alguns doutrinadores há também a possibilidade física do pedido. C) INTERESSE DE AGIR Necessidade/utilidade de provocar o Poder Judiciário. Alguns autores acrescentam a ADEQUAÇÃO PROCEDIMENTAL sob pena de não haver interesse processual. Haverá falta de interesse processual se, descrita determinada situação jurídica, a providência pleiteada não for adequada a essa situação. 2. CÓDIGO REFORMADO - TEORIA DA AÇÃO DOUTRINA PROCESSUAL CONTEMPORÂNEA Lei 8.952/94, Lei 10.444/02 e Lei 11.232/06. Dá um olhar constitucional sobre o direito de ação. Até a reforma constitucional havia dois processos para garantir uma pretensão (processo de Conhecimento e Execução). Processo Sincrético, fase de cumprimento de sentença processo não termina mais com a sentença, a ação busca a concretização do direito, a tutela efetiva de direito material. Ação de cunho constitucional, com direito a processo justo. Para essa teoria, ação é concretização do direito do direito da parte, por meio de um processo justo tutela efetiva princípios processuais constitucionais. Tutela jurisdicional efetiva tutela sai do processo e vai para o direito material. Norma processual aberta juiz tem que verificar a incidência de norma processual conforme o caso. O direito de ação e a ação são exercidas com a resposta jurisdicional. TEORIA DA ASSERÇÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO: análise das condições da ação. Em estado de mera asserção: in status assertionis, diante da mera alegação do autor e do réu, art. 267, VI do CPC, não há julgamento do mérito. Em juízo de mérito: aferição, análise no plano do direito material, instrução processual, provas, juízo de mérito, julgamento do mérito, art. 269, I.

3 3. RESPOSTA DO RÉU Uma vez efetivada a citação, o réu possui três possibilidades: a) reconhecer a procedência do pedido, b) restar omisso, sendo revel. Revelia não é propriamente um ilícito processual, é uma possibilidade, um direito da parte. c) responder (resposta do réu) esta pode concretizar-se nas seguintes formas: c.1) Contestação c.2) Exceção c.3) Reconvenção 3.1 Disposições Gerais O prazo para todas as modalidades de resposta é de 15 dias, art. 297 do CPC. Havendo vários réus, sem diferentes procuradores, o prazo para responder é o comum, não há prazo em dobro. 3.2 Prazo para Litisconsortes com Diferentes Procuradores Art. 191 do CPC. A duplicação dos prazos beneficia tanto os litisconsortes ativos como os litisconsortes passivos. Importante que sejam diferentes os procuradores. Na expressão falar nos autos estão abrangidas todas as manifestações da parte no processo, inclusive contra-razões de recursos. Aplica-se o art. 191 somente enquanto durar o litisconsórcio. Se a parte for litisconsorte com a Fazenda Pública ou o MP, aplica-se aos dois últimos o art. 188 e, para falar nos autos o art. 191. Ao particular se aplica somente o art. 191 do CPC. Não há aplicação cumulativa do art. 188 e 191. Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes haja sucumbido. Súmula 641 do STF. 3.3 Prazos para a Fazenda Pública e o Ministério Público Art. 188 do CPC: Quádruplo para contestar e em dobro para recorrer.

4 A Fazenda Pública é a Administração Pública por qualquer de suas entidades da administração direta: União, Estados e Municípios. As empresas públicas e sociedades de economia mista não fazem jus ao benefício do prazo. Exceção: CORREIOS possuem prazo do art. 188, pois exercem monopólio da União. Autarquias e Fundações Públicas: aplica-se também o benefício. A Defensoria Pública não possui o benefício do art. 188 do CPC. Entretanto, os defensores públicos têm prerrogativas de serem intimados pessoalmente nos processos em que atuam e de gozarem em dobro de todos os prazos processuais, conforme a Lei Complementar n. 80/94. Para falar nos autos, a Fazenda Pública e o Ministério Público só têm prazo em dobro quando em litisconsórcio. Art. 299 do CPC Oferecimento simultâneo de contestação e reconvenção em peças autônomas, sob pena de preclusão consumativa. O réu pode utilizar somente uma das respostas, mas se utilizar as duas, deve fazer simultaneamente. Uma não é requisito da outra. Assim, poderá o réu reconvir sem contestar, entretanto se optar pelas duas formas de resposta, elas deverão ser simultâneas. 4. CONTESTAÇÃO Art. 300 do CPC. Contestar significa, em síntese, a impugnação do pedido do autor. A contestação é global, formal e específica (vedada a negativa geral). CONCENTRAÇÃO DA DEFESA OU EVENTUALIDADE: o réu deverá alegar toda a sua defesa na contestação, sob pena de preclusão. Cumulação eventual de defesa: quando o réu alega uma defesa para a hipótese de outra, anteriormente formulada, não ser colhida. Sendo corretamente feita a inicial, dispensa-se a qualificação das partes. O réu deverá especificar as provas que pretende produzir, conforme a parte final do art. 300. Tratando-se de prova documental, deverá juntá-la com a contestação escrita, conforme art. 396 do CPC. Antes de discutir o mérito da demanda, deverá o autor alegar, querendo, uma das matérias do art. 301 do CPC, entretanto, todas as matérias lá referidas, com exceção da convenção de arbitragem, o juiz conhecerá de ofício.

5 Análise do art. 301 do CPC: I inexistência ou nulidade da citação o autor poderá, nessa hipótese, conseguir apenas a reabertura do prazo para a apresentação de defesa, art. 214 do CPC. II incompetência absoluta a competência absoluta deve ser alegada como preliminar da contestação, art. 113, 2º do CPC; a competência relativa será argüida por meio de exceção. III inépcia da petição inicial não preenche os requisitos em lei, art. 295, parágrafo único do CPC. IV perempção art. 268, parágrafo único do CPC. V litispendência art. 301, 2º do CPC. VI coisa julgada art. 301, 3º do CPC refere-se a coisa julgada material, pois a coisa julgada formal não impede a interposição de nova ação. VII conexão art. 103 e 104 do CPC. VIII incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização o juiz determinará seja sanado o vício, art. 13 do CPC. IX convenção de arbitragem Não pode ser reconhecida de ofício. X carência de ação condições da ação: legitimidade para a causa, interesse processual e pedido juridicamente possível. XI falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. O réu não pode efetivar negativa geral, não sendo admitida a chamada defesa genérica. Deve ser feita a IMPUGANÇÃO ESPECIFICADA, dado que, na regra, presumem-se verdadeiros e existentes os fatos não impugnados. Art. 302 do CPC Efeitos da revelia presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo: I se não for admissível, a seus respeito, a confissão; II se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato; III se estivem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto; Parágrafo único. Esta regra, quanto ao ônus da impugnação especificada dos fatos, não se aplica ao advogado dativo, ao curador especial e ao órgão do Ministério Público.

6 Permite-se a negativa geral, nos casos do parágrafo único do art. 301 do CPC também à Defensoria Pública. Na contestação a impugnação poderá ser direta quanto ao fato, quando diretamente é negada a ocorrência do fato ou ainda, admite o fato, mas afirma que este não possui o efeito jurídico pretendido. Na contestação a impugnação também poderá ser indireta, alegando a existência de um outro fato impeditivo, ou de um fato modificativo, ou de um fato extintivo. Art. 303 do CPC.