Regressando ao ponto de partida.

Documentos relacionados
Rota de Aprendizagem 2015/16 8.º Ano

Recursos energéticos e os desafios ambientais

Introdução à astronomia O Sistema Solar

Derretimento de gelo nas calotas polares Aumento do nível dos oceanos Crescimento e surgimento de desertos Aumento de furacões, tufões e ciclones

Actividades Económicas. A Agricultura. Trabalho realizado por: Ana Marques nº4 9ºA Ana Vitorino nº3 9ºA Patrícia Nunes nº 19 9º A

Abril Educação Fontes de energia, calor e temperatura Aluno(a): Número: Ano: Professor(a): Data: Nota:

CENTRO EDUCACIONAL SIGMA

CIÊNCIAS 9 ANO PROF.ª GISELLE PALMEIRA PROF.ª MÁRCIA MACIEL ENSINO FUNDAMENTAL

Projeto Provedor de Informações Econômico-Financeiro do Setor de Energia Elétrica

CIÊNCIAS NATURAIS 8º ANO ANO LETIVO 2015/2016 PLANO DE ESTUDOS. O aluno, no final do 8.º ano, deve atingir os objetivos em seguida apresentados:

OFICINA: POLUIÇÃO DO SOLO E PRODUÇÃO DE SABÃO RECICLADO

Abril de Daniela Alexandra Diogo

A aposta em investimento em energias renovaveis em STP

Teste diagnóstico TERRA NO ESPAÇO CIÊNCIA, TECNOLOGIA, SOCIEDADE AMBIENTE. OBSERVAÇÃO: Grelhas de observação. Listas de verificação.

FONTES DE ENERGIA. Energia. [Do gr. energéia, pelo lat. energia]. 1. Maneira como se

REQUERIMENTO. (Do Sr. Vittorio Medioli) Senhor Presidente:

NOVO MAPA NO BRASIL?

J.I.T. - Just In Time

Prof. George Sand L. A. De França

Carta Circular n.º 6/2016/DES 2016/02/04

Biogás. Página 1 de 5

Resolução Comentada Unesp

APOSTILA DE CIÊNCIAS NATURAIS

Eficiência Energética e Certificação de Edifícios

Comissão avalia o impacto do financiamento para as regiões e lança um debate sobre a próxima ronda da política de coesão

CONTRIBUTO E PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO À LEI DO CINEMA PELA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE CINEMA

A uma plataforma online de gestão de condomínios permite gerir de forma fácil e simples a atividade do seu condomínio.

14 de maio de 2013 Belo Horizonte (MG)

Rita Martins de Sousa APHES/ GHES- ISEG- UL

REGULAMENTO DO AUTOCARRO E CARRINHA

PROJETO DE LEI Nº, DE, DE, DE Senhor Presidente, JUSTIFICATIVA:

CURSO AVANÇADO EM ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA O NOVO SISTEMA SOLAR. David Luz MÓDULO CAOAL SS.

GERADORES DE EMERGÊNCIA ACCIONADOS POR MOTORES DE COMBUSTÃO

CONTRIBUTOS DA NOVA REGULAMENTAÇÃOPARA A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS. alinedelgado@quercusancn.org quercus@quercus.pt

Critério de Desenvolvimento da Embalagem de Transporte. Magda Cercan Junho/2013 São Paulo

2 Workshop processamento de artigos em serviços de saúde Recolhimento de artigos esterilizados: é possível evitar?

Regulamento Interno Férias Desportivas Verão 15

Mobilidade Sustentável em Meio Urbano Quais as medidas para uma mobilidade sustentável?

GrupoFercar. Um grupo de referência

PANORAMA DO PROGRAMA LUZ PARA TODOS E A UNIVERSALIZAÇÃO DO ATENDIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

IVA - REGIME ESPECIAL DE ISENÇÃO PREVISTO NO ARTIGO 53.º DO CÓDIGO DO IVA

Estado. Observado. Estrutura strutura da Salinidade alinidade dos Oceanosceanos. Médio

Técnico em Radiologia. Prof.: Edson Wanderley

soluções +eficientes de reabilitação de edifícios sistemas de renovação +sustentáveis sistemas energéticos +verdes Um edifício +sustentável.

Quebras de Produção Intensificam-se

Serra de Gredos AVENTURA NA MONTANHA

Eletricidade Renovável no Contexto Atual Debate sobre a evolução do mercado de eletricidade Contribuição das renováveis

Normas de Utilização do Laboratório de Fisiologia e Aspectos Práticos e Éticos da Experimentação Animal Curso de Nutrição (UFV/CRP)

Instruções para o cadastramento da Operação de Transporte e geração do Código Identificador da Operação de Transporte CIOT.

Os recursos tecnológicos na Educação de Jovens e Adultos: um diferencial no processo ensino aprendizagem.

Escola Básica Integrada 1,2,3 / JI Vasco da Gama

Tema 4 Controlo de Fontes de Energia em Veículos Eléctricos. Orientador: Prof. Dr. Paulo José Gameiro Pereirinha

física e astronomia aristotélica

Seminário Energia Soluções para o Futuro Geração Hidrelétrica. Flávio Antônio Neiva Presidente da ABRAGE

KIT CICLO PEDAGÓGICO ESTUDO DO MEIO. Propostas de investigação sobre o ambiente natural. Pedro Reis ISBN

PLANOS DE CONTINGÊNCIA, PROGRAMA DE ALERTA E PREPARAÇÃO DE COMUNIDADES PARA EMERGÊNCIAS LOCAIS

PLANO ANUAL DE ATIVIDADES BIBLIOTECA ESCOLAR

Disciplina: Eletrificação Rural

Edifício Solar XXI e Casa Termicamente Optimizada: a Arquitectura Solar Passiva no LNEG. António Rocha e Silva

Confederação Nacional do Transporte - CNT Diretoria Executiva da CNT. DESPOLUIR Programa Ambiental do Transporte

CALENDÁRIO - CURSO ENERGY MANAGER (MAIO A OUTUBRO/2011)

Campanha Passaporte Verde Plano de Ação do Estabelecimento

OS FUSOS HORÁRIOS E AS ZONAS CLIMÁTICAS DO PLANETA!

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS TURMA: 7º A

NR-12. Adaptação em pontes com talhas DEMAG TERRA E MAR. Tipo DC. Serviços FS terraemar.com.br. Representante Exclusivo

Procedimento é realizado no Hospital do Olho da Redentora, em Rio Preto Enxergar

Gestão Mercadológica. Unidade 12 - Comunicação de Marketing. Capítulo 18 - Gerenciamento da comunicação de massa

Não tome Disocor: - se tem alergia à levocarnitina ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6).

Aparelhos de localização

NUTRIÇÃO E ACUMULAÇÃO SUBSTÂNCIAS DAS PLANTAS

Bem Explicado Centro de Explicações Lda. CN 7º Ano Teste Diagnóstico: Condições que permitem a existência de Vida na Terra

O ENVELHECIMENTO NAS DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL: UMA DISCUSSÃO A PARTIR DO CENSO DEMOGRÁFICO 2010 Simone C. T. Mafra UFV sctmafra@ufv.br Emília P.

DESIDRATADOR E DEFUMADOR

Possibilidade de vida em Planetas

PROJETO DE LEI N.º, DE 2005 (Do Sr. Dr. HELENO)

AJUDA PREENCHIMENTO DA FICHA DE REGISTO DE FERTILIZAÇÃO

A profundidade do oceano é de 3794 m (em média), mais de cinco vezes a altura média dos continentes.

Entrevista com o Prof. Luiz Carlos Crozera, autor da Hipnose Condicionativa.

CURSO DECORAÇÃO DE INTERIORES

Processamento do azeite

GTMMI, Lda. Condições Gerais de Venda

ATIVIDADE DE FÍSICA PARA AS FÉRIAS 8. o A/B PROF. A GRAZIELA

TERCEIRÃO GEOGRAFIA FRENTE 4A AULA 11. Profº André Tomasini

I. Conjunto Elemento Pertinência

Sistema de Informação das Estatísticas da Justiça. SIEJ Sistema de Informação das Estatísticas da Justiça

Impactos das mudanças climáticas em cidades brasileiras

LEVANTAMENTO DOS RESÍDUOS GERADOS PELOS DOMICÍLIOS LOCALIZADOS NO DISTRITO INDUSTRIAL DO MUNICÍPIO DE CÁCERES

PROJETO DE APRENDIZAGEM

MANUAL DE INSTRUÇÕES DO MILIOHMÍMETRO MODELO MO-1200

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

Prefácio. 2. As lições são programadas para pessoas que cumpram os seguintes requisitos:

Balança Digital BEL

Sistemática dos seres vivos

Por uma prática promotora de saúde em Orientação Vocacional (Ana Bock e Wanda Aguiar)

Reformas em Portugal: As verdades que os Portugueses desconhecem. 25 de Novembro de 2008

Gestão de resíduos no ArrábidaShopping

ZA5223. Flash Eurobarometer 290 (Attitudes of Europeans Towards the Issue of Biodiversity, wave 2) Country Specific Questionnaire Portugal

Aula 03. Processadores. Prof. Ricardo Palma

PROJETO RUMOS DA INDÚSTRIA PAULISTA AMBIENTE ECONÔMICO

Transcrição:

ESCOLA SECUNDÁRIA DE SEVERIM DE FARIA CIÊNCIAS FÍSICO-QUÍMICAS 10º ANO - FÍSICA ACTIVIDADE LABORATORIAL Nº 0 ENQUADRAMENTO TEÓRICO/PRÁTICO 0 - DAS FONTES DE ENERGIA AO UTILIZADOR SITUAÇÃO ENERGÉTICA MUNDIAL E DEGRADAÇÃO DA ENERGIA AL 0.0. Leitura Data: / / 2009 Regressando ao ponto de partida. A energia proveniente do Sol está na origem das fontes de energia renováveis, como, por exemplo, a energia eólica, a energia hídrica, a energia fotovoltaica e a que resulta do aproveitamento das plantas. A energia existente nos combustíveis fósseis é também de origem solar. O petróleo, o carvão e o gás natural formaram--se a partir de plantas terrestres e de plâncton marinho, que ficaram soterradas durante milhões de anos, entre rochas sedimentares. Todos os tipos de energia têm desvantagens. As energias renováveis não são uma excepção. Muita gente acha que os geradores eólicos são inestéticos e produzem poluição sonora, que a queima de resíduos liberta gases que poluem a atmosfera de forma inaceitável, e que as culturas destinadas à produção de biocombustíveis alterariam completamente os campos e aumentariam a poluição, devido à utilização intensiva de adubos e pesticidas. Porém, as energias renováveis são menos prejudiciais ao ambiente do que as outras energias. Por isso, é necessário encontrar soluções criativas, que possam resolver os problemas encontrados. Não é possível obter, a médio prazo, fontes de energia que consigam satisfazer a voracidade energética das sociedades industrializadas, sem provocar danos irreparáveis ao meio ambiente. Mais energia pode ser sinónimo de mau ambiente e piores condições de vida. O ser humano tem de utilizar a sua criatividade e bom senso para encontrar saídas que lhe permitam fazer uso de energias alternativas e utilizar a energia de forma mais racional; esse é o caminho que pode evitar o empobrecimento da saúde humana e da diversidade biológica no planeta. Jorge Dias de Deus, "Ciência Curiosidade & Maldição", Gradiva Rómulo de Carvalho, "A energia Cadernos de Iniciação Científica, Sá da Costa Editores 1

2005 - O ano de todos os recordes Calor, ciclones... Neste ano o clima conheceu uma actividade sem precedentes, que está de acordo com o cenário previsto pelos cientistas quando têm em conta o aquecimento global provocado pelo homem. O que está a acontecer não tem paralelo com aquilo de que há memória. Ano após ano, os recordes meteorológicos continuam a cair. 2005, sob este ponto de vista, deve ficar nos anais. Até ao presente, o ano mais quente de que há registos, tinha sido 1998. Segundo a NASA, o ano de 2005 bateu o recorde que tinha sido atingido em 1998 com aproximadamente 0,6 C acima da temperatura média no período 1950-1980, quando a temperatura média da Terra foi de 14 C. Mas não é tudo, porque 2005 foi um ano sem precedente, que fica tristemente conhecido pela actividade ciclónica extrema no Atlântico Norte, o que fez com que a Organização Meteorológica Mundial (OMM) tivesse de ampliar a nomenclatura utilizada para classificar as tempestades tropicais... Variação da temperatura média do planeta a partir de 1880. Os cálculos realizados na NASA utilizam como termo de comparação a temperatura média entre 1950 e 1980. A temperatura média em 2005 situa-se 0,6 C acima do valor de referência, enquanto que em 1880 se encontrava 0,2 C abaixo.... Outros recordes de 2005, com consequências dolorosas: o furacão Wilma, formado em Outubro ao largo da Jamaica, foi o mais intenso de todos os que estão registados nos anais meteorológicos enquanto que o Katrína, em Agosto, provocou 1300 mortos tendo-se tornado na catástrofe natural que causou mais prejuízos materiais. Segundo a revista Nature, a energia dissipada pelos ciclones aumentou 80% desde 1945. Como consequência disso, as principais companhias de seguros tornaram público que o ano de 2005 tinha sido o ano em que tiveram mais encargos com o pagamento de prejuízos provocados por catástrofes naturais meteorológicas, tendo ultrapassado 200 biliões de euros. Por fim, nos antípodas de Nova Orleães, os bancos de gelo do Árctico atingiram o recorde da fragilidade: a área da superfície gelada diminuiu para 5,18 milhões de km 2 permitindo a passagem de navios em muitas zonas que eram inacessíveis sem a utilização de navios quebra-gelo... e a deriva de grandes blocos de gelo (icebergues) não pára de aumentar... Excerto livre do artigo: O clima - O equilíbrio quebrado Science et Vie Fev 2006 2

Ql - Qual foi a temperatura média da Terra entre 1950 e 1980? Q2 - Qual foi a variação de temperatura da Terra entre 1880 e 2005? Q3 - Quais são as causas apontadas para a subida de temperatura experimentada pela Terra? 3

A energia eléctrica em Portugal Observe o mapa que foi importado de http://www.dge.pt Ql - Quais são as fontes de energia que estão na origem da produção de energia eléctrica em Portugal? Represente num gráfico, considerando os valores de 2007, o peso relativo de cada uma das fontes referidas. Faça o gráfico no Excel e cole-o aqui. 4

Q2 - Qual é a energia renovável que tem maior peso na produção de energia eléctrica? Q3 - Compare a evolução da produção da energia eléctrica, entre 2000, e 2007 considerando a origem: a) hidráulica b) térmica c) eólica. O que conclui? 5

Evolução da potência instalada prevista para as energias renováveis Observe o quadro obtido de um documento obtida no sítio da DGE (www.dge.pt/arquivo/publicacoes/port.pdf) Q1 - Quais são as fontes de energia renováveis predominantes? Quais são as fontes de energia renovável que terão menos impacto nos próximos 6 anos? 6

Q2 - Tendo em conta as necessidades energéticas do país, parece-lhe que as instalações previstas irão diminuir o peso das importações de energia? Professor: António Joaquim Caeiro Ramalho 7