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Transcrição:

VI EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DA DESPESA 6.1 Enquadramento Legal A despesa pública é definida no n.º 1 do artigo 15 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE), como sendo todo o dispêndio, pelo Estado, de recursos monetários ou em espécie, seja qual for a sua proveniência ou natureza, com ressalva daqueles em que o beneficiário se encontra obrigado à sua reposição. São condições para a assunção e realização da despesa, que ela seja legal, se encontre devidamente inscrita no Orçamento do Estado aprovado, tenha cabimento na correspondente verba orçamental e seja justificada quanto à sua economicidade, eficiência e eficácia, segundo prescreve o n.º 2 do artigo acima indicado. Pelo disposto no artigo 11 da lei supracitada, compete aos órgãos e instituições que integram o Subsistema do Orçamento do Estado, dentre outras responsabilidades, preparar e propor os elementos necessários para a elaboração do Orçamento do Estado e avaliar os processos de execução orçamental e financeira. A execução do Orçamento do Estado de 2015 rege-se pelas regras estabelecidas na Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio, que aprova o Orçamento do ano, na Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, que cria o SISTAFE, na Lei n.º 14/2014, de 14 de Agosto, alterada e republicada pela Lei n.º 8/2015, de 6 de Outubro, concernente à Organização, Funcionamento e Processo da Secção de Contas Públicas do Tribunal Administrativo, na Lei n.º 6/2012, de 8 de Fevereiro, que aprova o Regime Jurídico das Empresas Públicas, Regulamentos do SISTAFE, da Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado e Regulamento das Empresas Públicas, aprovados, respectivamente, pelos Decretos n.º 23/2004, de 20 de Agosto, n.º 15/2010, de 24 de Maio e n.º 84/2013, de 31 de Dezembro; pelas Circulares n.º 04/GAB-MF/2015, de 8 de Julho e n.º 05/GAB-MF/2015, de 28 de Outubro, ambas do Ministro da Economia e Finanças, referentes à Administração e Execução do Orçamento e ao Encerramento do Exercício, respectivamente, Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos (MAF), aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 181/2013, de 14 de Outubro, do Ministro das Finanças; Instruções sobre a Execução do Orçamento do Estado, emitidas pela Direcção Nacional da Contabilidade Pública, em 31 de Outubro de 2000 e nas Instruções de Execução Obrigatória do Tribunal Administrativo, de 29 de Dezembro de 2008. Relativamente à responsabilidade financeira dos gestores públicos, o n.º 5 do artigo 66 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, estabelece que O Estado tem direito de regresso sobre todo o funcionário público que cause, por seu acto ou omissão, prejuízos ao Estado. 6.2 - Considerações Gerais Neste capítulo, são apresentadas as principais constatações da análise efectuada à informação sobre as despesas, constante da Conta Geral do Estado, e das auditorias realizadas a 366 projectos de investimentos executados por diversas entidades de âmbito Central e Provincial. Nessas auditorias, foram apurados projectos de investimentos inscritos no Orçamento do Estado contemplando despesas que, pela sua natureza, são de Funcionamento, o que constitui uma violação das normas sobre a elaboração e execução dos orçamentos, bem como da assunção, autorização ou pagamento de despesas públicas ou compromissos, conforme o VI-1

disposto na alínea b) do n.º 3 do artigo 98 da Lei n.º 14/2014, de 14 de Agosto, alterada e republicada pela Lei n.º 8/2015, de 6 de Outubro. Verificou-se, igualmente, o uso de fundos de projectos de investimentos no pagamento de despesas fora dos objectivos para os quais tais projectos foram inscritos no Orçamento do Estado. Este facto configura desvio de aplicação, nos termos do estabelecido no n.º 1 do artigo 78 do Título I do Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos, aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 181/2013, de 14 de Outubro, do Ministro das Finanças. Em alguns processos dos projectos executados, há registo de pagamentos de despesas de anos anteriores sem que, no Orçamento de 2015, esteja inscrita a verba Despesas por Pagar de Exercícios Anteriores ou Despesas por Pagar, para suportá-las. Nos termos do n.º 3 do artigo 15 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro, as despesas só podem ser assumidas durante o ano económico para o qual tiverem sido orçamentadas. As referentes a anos anteriores devem ser contabilizadas em rubrica específica no Orçamento do Estado, segundo dispõe o n.º 1 do artigo 83, do Título I do Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos (MAF). Das entidades auditadas, 4 não facultaram os Planos de Actividades, as Memórias Descritivas que detalham os objectivos e as actividades a serem desenvolvolvidas no âmbito dos projectos de investimentos executados, contrariando o estabelecido no n.º 1 do artigo 4 da Lei n.º 14/2014, de 14 de Agosto, todas as entidades públicas, são obrigadas a fornercer, com toda urgência e de preferência a qualquer outro serviço as informações e processos que lhes forem pedidos. Não foram submetidos ao Ministério da Economia e Finanças os Contratos-Programa das empresas Transportes Públicos da Beira E.P., Empresa Municipal de Transportes de Maputo E.P., Imprensa Nacional de Moçambique E.P., Regadio do Baixo Limpopo E.P., Empresa de Desenvolvimento Maputo Sul E.P., Rádio Moçambique E.P., Hidráulica do Chókwè E.P., Empresa Nacional de Parques de Ciência e Tecnologia E.P., e Televisão de Moçambique E.P;. Na celebração de contratos de pessoal, empreitada de obras, fornecimento de bens, prestação de serviços, consultoria e arrendamento, nem sempre se obedeceu às normas e procedimentos legalmente instituídos no Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto n.º 15/2010, de 24 de Maio, e demais legislação aplicável. Em alguns projectos auditados, apuraram-se despesas acima dos montantes dos respectivos contratos, sem que se tivesse elaborado qualquer adenda, contrariando-se o preceituado na alínea b) do n.º 1 do artigo 54 do Regulamento atrás aludido, segundo o qual a alteração do valor contratual deve ser fundamentada e celebrada a respectiva apostila. Nos termos do estipulado no n.º 1 do artigo 78, Título I do Manual de Administração Financeira e Procedimentos Contabilísticos, aprovado pelo Diploma Ministerial n.º 181/2013, de 14 de Outubro, do Ministro das Finanças, configura desvio de aplicação, aquela despesa que não observar o correcto enquadramento em um ou mais dos classificadores da célula orçamental. Por outro lado, nenhuma despesa pode ser assumida, ordenada ou realizada sem que, sendo legal, se encontre inscrita, devidamente, no Orçamento do Estado aprovado, tenha cabimento VI-2

na correspondente verba orçamental e seja justificada quanto à sua economicidade, eficiência e eficácia, à luz do disposto no n.º 2 do artigo 15 da Lei n.º 9/2002, de 12 Fevereiro. 6.3 Análise Global da Evolução da Execução Orçamental da Despesa A evolução da execução orçamental da Despesa, de 2011 a 2015, com base na informação colhida das Contas Gerais do Estado desses anos, é apresentada no quadro e gráfico seguintes. Execução do Orçamento da Despesa Quadro n.º VI.1 Evolução da Execução do Orçamento da Despesa Valor Peso % Valor Peso % Valor Peso % Valor Peso % Valor Peso % Funcionamento 70.989 55,5 83.805 57,7 95.655 52,5 118.470 52,2 117.836 58,7-0,5 66,0 Investimento 51.012 39,9 53.457 36,8 72.301 39,7 87.036 38,3 64.078 32,0-26,4 25,6 Operações Financeiras 5.935 4,6 7.983 5,5 14.235 7,8 21.543 9,5 18.577 9,3-13,8 213,0 Despesa 127.935 100,0 145.245 100,0 182.191 100,0 227.049 100,0 200.491 100,0-11,7 56,7 PIB 365.334 407.903 470.472 526.495 589.294 Índice de Inflação 1,0209 1,0420 1,0256 1,0350 Crescimento Anual da Despesa 13,5 25,4 24,6-11,7 Crescimento da Despesa no Período 13,5 42,4 77,5 56,7 Crescimento anual do PIB 2011 2012 2013 2014 11,7 15,3 11,9 11,9 Despesa/PIB 35,0 35,6 38,7 43,1 34,0 Fonte: Mapas III, IV e V da CGE (2011-2015). Taxa de inflação média acumulada entre 2012 e 2015 {(1,0209*1,042*1,0256*1,0350) -1}*100 = 47,3%. 2015 (Em milhões de Meticais) Var. % 15/14 Var. % 15/11 De 2011 a 2015, a despesa total executada, registou taxas de crescimento anuais de 13,5%, em 2012, 25,4%, em 2013, 24,6%, em 2014 e uma diminuição de -11,7%, em 2015. Neste último ano, houve uma diminuição de 36,3 1 pontos percentuais, relativamente a 2014. Gráfico n.º VI.1 Evolução da Execução do Orçamento da Despesa Fonte: Mapa III, IV e V da CGE (2011-2015) e Quadro 7 da CGE de 2015. 1 (-11,7)-(+24,6)=-36,3 VI-3

No exercício económico de 2015, as Despesas de Funcionamento reduziram 0,5% e as de Investimento, 26,4%, relativamente ao ano de 2014. Sobre a evolução da execução da despesa, pode-se assinalar que: a) A proporção da despesa em relação ao PIB teve uma tendência crescente de 2011 a 2014, com taxas de 35,0%, 35,6%, 38,7%, e 43,1%, respectivamente. Em 2015 a relação foi de 34,0%, a menor do quinquénio, representando uma redução de 9,1 pontos percentuais, relativamente a 2014; b) As Operações Financeiras, em 2015, registaram uma redução de 13,8%; c) As Despesas de Funcionamento tiveram sempre, ao longo do quinquénio, um peso superior ao das Despesas de Investimento, sendo que, em 2015, a diferença foi de 26,7 pontos percentuais (p.p.), superior à de 2014, que foi de 13,9%; d) De 2011 a 2015, o crescimento das Despesas de Funcionamento foi de 66,0%, das de Investimento, 25,6% e das Operações Financeiras, 213,0%; e) O crescimento acumulado da Despesa, em termos nominais, foi de 56,7%. Considerando a taxa de inflação média acumulada, no período, de 47,3%, apura-se um crescimento real de 6,5% 2. 6.4 Execução Global do Orçamento da Despesa Segundo a Classificação Funcional A execução da Despesa, por funções, com destaque para os sectores económicos e sociais, é apresentada no Quadro n.º VI.2. Nele, são indicadas as principais sub-funções dos Sectores/Instituições prioritários, comparando-se as respectivas dotações orçamentais com a sua execução, incluindo as Operações Financeiras. 2 Taxa de crescimento real da despesa no quinquénio: {(1,567/1,472)-1} *100=6,5% VI-4

Quadro n.º VI.2 Execução do Orçamento da Despesa, Segundo a Classificação Funcional Sectores Económicos e Sociais Valor % Peso % Educação 45.563 41.815 91,8 24,0 Ensino Geral 14.394 12.997 90,3 7,5 Ensino Superior 8.820 6.648 75,4 3,8 Serviços Distritais - SDEJT 22.349 22.171 99,2 12,7 Saúde 21.560 18.399 85,3 10,6 Sistema de Saúde 18.298 15.151 82,8 8,7 HIV/SIDA 96 96 100,0 0,1 Serviços Distritais - SDSMAS 3.165 3.152 99,6 1,8 Infra-estruturas 28.743 21.592 75,1 12,4 Energia e Recursos Minerais 2.421 1.967 81,2 1,1 Estradas 20.319 15.044 74,0 8,6 Águas 3.748 2.560 68,3 1,5 Obras Públicas 2.255 2.022 89,7 1,2 Agricultura e Desenvolvimento Rural 13.193 11.366 86,1 6,5 Agricultura 6.023 5.112 84,9 2,9 Mar e Pescas 1.808 1.123 62,1 0,6 Serviços Distritais 5.232 5.050 96,5 2,9 Acções para o Desenvolvimento Rural (MIC e MAE) 130 81 61,9 0,0 Sistema Judicial 4.609 4.238 92,0 2,4 Sistema Judicial 4.609 4.238 92,0 2,4 Outros Sectores Prioritários 6.130 5.035 82,1 2,9 Acção Social 5.348 4.273 79,9 2,5 Trabalho e Emprego 782 762 97,4 0,4 Sectores Económicos e Sociais 119.799 102.446 85,5 58,8 Restantes Sectores 73.851 71.846 97,3 41,2 Despesa sem Encargos da Dívida e Operações Financeiras 193.650 174.292 90,0 100,0 Encargos da Dívida 7.622 7.622 100,0 Operações Financeiras 25.154 18.577 73,9 Despesa 226.425 200.491 88,5 Fonte: Mapa I-1-2 da CGE de 2015. Mapa III. Dotação Actualizada (Em milhões de Meticais) Execução Observa-se, neste quadro, que o nível de execução dos sectores económicos e sociais, em termos globais, foi de 85,5% e o dos Restantes Sectores, de 97,3%. A execução da despesa total fixou-se em 88,5%, com as Operações Financeiras a registarem uma execução de 73,9% e os Encargos da Dívida, 100,0%. Relativamente ao peso, na Despesa, sem Encargos da Dívida, verifica-se, ainda, no mesmo quadro, que o Sector da Educação é o que apresenta maior expressão, com 24,0%, seguido dos sectores das Infra-estruturas e da Saúde, com 12,4%, e 10,6%, respectivamente. Os Serviços Distritais-SDEJT, no sector da Educação, constituem 12,7% e, nas Infraestruturas, as Estradas, representam 8,6%. VI-5

As instituições indicadas no Quadro n.º VI.3, a seguir, registaram baixas taxas de execução, na Componente Investimento Interno. Quadro n.º VI.3 Instituições com Baixas Taxas de Execução 50A003741 Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa 4.202 2.319 55,2 37A000841 Fundo de Fomento Pesqueiro 38.786 19.867 51,2 37A001141 Instituto Nacional de Inspecção do Pescado 25.040 10.313 41,2 41A002041 Instituto Nacional de Normalização e Qualidade 39.192 1.898 4,8 41A002141 Instituto para a promoção da Pequenas e Médias Empresas 11.561 2.359 20,4 41A001741 Instituto para a promoção de Exportações 0 0 0,0 Código Fonte: Mapa I-1-2 CGE de 2015. Entidade (Em mil Meticais) Despesas de Investimento Interno Dotação Actualizada Realização % 118.781 36.756 30,9 Como se pode ver, o grau de execução das despesas variou de 4,8% a 55,2%. Ao Instituto para a Promoção das Exportações não foi alocado qualquer valor. Relativamente a este assunto, no Relatório do Governo sobre os Resultados da Execução Orçamental da CGE em análise, não consta qualquer comentário. Porém, já em sede de Pedido de Esclarecimentos, o Governo afirmou que são ( ) despesas realizadas com recurso à Receitas Consignadas e Próprias, a execução revelou-se baixa pelo facto de a sua cobrança durante o exercício económico não ter sido suficiente e, por outro lado, ter havido atraso no lançamento de concursos, onde muitos só foram aprovados em Dezembro. Este facto devia ter sido corrigido no âmbito das alterações orçamentais ocorridas durante o exercício económico em apreciação, à luz do Decreto n.º 11/2015, de 10 de Junho, que atribui aos titulares dos órgãos e instituições do Estado competências para proceder a alterações das dotações orçamentais. Por outro lado, uma melhor planificação evitaria tais constrangimentos, sendo que na orçamentação e execução, deve-se ter em atenção os princípios de anualidade e de equilíbrio previstos nas alíneas a) e g), respectivamente, do n.º 1 do artigo 13 da Lei n.º 9/2002, de 12 de Fevereiro. Neste caso, está-se perante a violação das normas sobre a elaboração e execução dos orçamentos, bem como da assunção, autorização ou pagamento de despesas públicas ou compromissos, como vem preceituado na alínea b) do n.º 3 do artigo 98 da Lei n.º 14/2014, de 14 de Agosto. 6.5 Execução Global da Componente Funcionamento do Orçamento Na Componente Funcionamento, foram despendidos 117.835.943 mil Meticais, dos quais, 52.782.641 mil Meticais (44,8%) correspondem às despesas de Âmbito Central, 34.198.606 mil Meticais (29,0%), do Provincial, 28.847.263 mil Meticais (24,5%), do Distrital, e 2.007.433 mil Meticais (1,7%), do Autárquico. VI-6

Quadro n.º VI.4 Distribuição das Despesas de Funcionamento por Âmbito Do total executado nesta componente, 99,7% foi em Despesas Correntes, assumindo as Despesas de Capital uma participação de apenas 0,3%. No Quadro n.º VI.5, que se segue, é apresentada a dotação e execução da Componente Funcionamento e das Operações Financeiras. A realização das despesas de Funcionamento foi de 99,8%, com as Despesas Correntes e as de Capital a registarem níveis de realização de 99,8% e 97,7%, respectivamente. Quadro n.º VI.5 Execução Global da Componente Funcionamento e Operações Financeiras CED Âmbito Designação Correntes (Em mil Meticais) Execução Peso Valor % 1 Despesas Correntes 117.682.066 117.435.619 99,8 99,7 11 Despesas com o Pessoal 64.397.371 64.299.301 99,8 54,6 12 Bens e Serviços 22.585.403 22.512.012 99,7 19,1 13 Encargos da Dívida 7.621.940 7.621.940 100,0 6,5 14 Transferências Correntes 19.919.514 19.860.054 99,7 16,9 15 Subsídios 2.213.391 2.213.391 100,0 1,9 16 Exercícios Findos 162.694 158.118 97,2 0,1 17 Demais Despesas Correntes 781.752 770.803 98,6 0,7 2 Despesas de Capital 409.884 400.324 97,7 0,3 21 Bens de Capital 409.884 400.324 97,7 0,3 Componente Funcionamento sem Operações Financeiras Despesas Peso Capital Dotação Orçamental Peso Central 52.566.462 44,8 216.178 54,0 52.782.641 44,8 Provincial 34.078.780 29,0 119.826 29,9 34.198.606 29,0 Distrital 28.782.944 24,5 64.319 16,1 28.847.263 24,5 Autárquico 2.007.433 1,7 0 0,0 2.007.433 1,7 117.435.619 100 400.324 100 117.835.943 100,0 Peso 99,7 0,3 100,0 Fonte: Mapa III da CGE de 2015. (Em mil Meticais) Peso 118.091.950 117.835.943 99,8 100,0 24 Operações Financeiras 25.153.574 18.577.050 73,9 100,0 241 Operações Activas 10.306.200 3.729.676 36,2 20,1 242 Operações Passivas 14.847.374 14.847.374 100,0 79,9 Fonte: Mapas III e V da CGE de 2015. Nas Despesas Correntes, as Despesas com o Pessoal têm o peso de 54,6%, os Bens e Serviços, de 19,1% e as Transferências Correntes, de 16,9%. As Operações Financeiras foram realizadas em 73,9%, com as Operações Activas a situaremse em 36,2% e as Passivas na totalidade. VI-7

Em mil Meticais Novembro de 2016 6.5.1 Execução da Componente Funcionamento do Orçamento de Âmbito Central As despesas da Componente Funcionamento, de Âmbito Central, nos últimos cinco anos, são apresentadas no quadro e gráfico a seguir. Quadro n.º VI.6 Execução da Componente Funcionamento do Orçamento de Âmbito Central (Em mil Meticais) Designação 2011 2012 2013 2014 2015 Var. % 15/11 Despesas com o Pessoal 13.711.535 15.425.163 18.268.767 21.989.952 20.230.509 47,5 Crescimento anual - 12,5 18,4 20,4-8,0 Restantes Despesas 24.553.471 28.877.779 29.359.434 36.824.891 32.552.132 32,6 Crescimento anual - 17,6 1,7 25,4-11,6 38.265.007 44.302.941 47.628.202 58.814.843 52.782.642 Crescimento do Período - 15,8 24,5 53,7 37,9 Fonte: Mapa III da CGE (2011-2015). Em relação ao ano de 2011, a despesa executada no exercício económico de 2015 apresenta um crescimento de 37,9%, tendo as despesas de 2012, 2013 e 2014, registado taxas de crescimento de 15,8%, 24,5% e 53,7%, respectivamente. As Despesas com o Pessoal cresceram 47,5% e as Restantes Despesas, 32,6%, em 2015. Gráfico n.º VI.2 Execução da Componente Funcionamento do Orçamento de Âmbito Central 70.000.000 60.000.000 50.000.000 40.000.000 30.000.000 20.000.000 24.553.471 28.877.779 29.359.434 36.824.891 32.552.132 Restantes Despesas Crescimento anual Despesas com o Pessoal 10.000.000 0-10.000.000 13.711.535 15.425.163 18.268.767 21.989.952 20.230.509 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: Mapa III da CGE (2011-2015). A execução de uma amostra de 70,0% das despesas de funcionamento de organismos de Âmbito Central, seleccionada com base no volume do orçamento alocado a cada entidade, é apresentada no Quadro VI.7, a seguir. VI-8

Quadro n.º VI.7 Execução das Despesas de Funcionamento Âmbito Central Ordem Designação 2011 Peso 2012 Var. 12/11 Peso 2013 1 Presidência da República 1.025.681 2,7 1.156.798 12,8 2,6 1.343.318 16,1 2,8 1.610.362 19,9 2,7 1.437.470-10,7 2,7 40,1 2 Forças Armadas de Defesa de Moçambique 2.753.952 7,2 2.931.606 6,5 6,6 3.715.555 26,7 7,8 4.966.130 33,7 8,4 3.621.454-27,1 6,9 31,5 3 Ministério do Interior 3.689.261 9,6 4.115.712 11,6 9,3 5.548.999 34,8 11,7 7.011.296 26,4 11,9 5.957.910-15,0 11,3 61,5 4 Serviço de Informações e Segurança do Estado 867.118 2,3 964.365 11,2 2,2 1.276.733 32,4 2,7 1.620.499 26,9 2,8 1.197.786-26,1 2,3 38,1 Var. 13/12 Peso 2014 Var. 14/13 Peso 2015 Var. 15/14 (Em mil Meticais) Peso Var.( %) 15/11 5 Embaixadas e Outras Representações Diplomáticas 1.071.645 2,8 907.640-15,3 2,0 1.029.091 13,4 2,2 1.219.370 18,5 2,1 1.323.793 8,6 2,5 23,5 6 Autoridade Tributária de Moçambique 2.329.210 6,1 3.049.497 30,9 6,9 3.236.828 6,1 6,8 3.752.537 15,9 6,4 3.794.538 1,1 7,2 62,9 7 Direcção Geral de Impostos 3.462.209 7,3 5.127.702 48,1 8,7 454.638-91,1 0,9-8 Universidade Eduardo Mondlane 1.379.516 3,6 1.416.630 2,7 3,2 1.764.238 24,5 3,7 1.974.872 11,9 3,4 2.006.975 1,6 3,8 45,5 9 Ministério da Saúde 1.071.503 2,8 2.232.898 108,4 5,0 2.531.463 13,4 5,3 3.976.306 57,1 6,8 4.073.781 2,5 7,7 280,2 10 Encargos da Dívida - Central 3.501.045 9,1 4.125.408 17,8 9,3 3.969.731-3,8 8,3 5.192.930 30,8 8,8 7.621.940 46,8 14,4 117,7 11 Transferências às Famílias - Central 2.506.695 6,6 3.771.941 50,5 8,5 2.867.207-24,0 6,0 4.054.918 41,4 6,9 3.226.855-20,4 6,1 28,7 12 Subsídios - Central 5.237.980 13,7 5.240.235 0,0 11,8 3.371.331-35,7 7,1 2.671.334-20,8 4,5 2.213.391-17,1 4,2-57,7 Amostra 25.433.605 66,5 29.914.742 17,6 67,5 34.116.702 14,0 71,6 43.178.255 26,6 73,4 36.930.532-14,5 70,0 45,2 38.265.007 100 44.302.941 15,8 100 47.628.201 7,5 100 58.814.843 23 100,0 52.782.641-10 100,0 37,9 Amostra 66,5 67,5 71,6 73,4 70,0 Fonte: CGE (2011-2015) - Mapas III-5-1. VI-9

No exercício económico de 2015, os Encargos da Dívida Central tiveram um peso de 14,4%, o Ministério do Interior, 11,3%, o Ministério da Saúde, 7,7%, a Autoridade Tributária de Moçambique, 7,2%, as Forças Armadas de Defesa de Moçabique, 6,9% e as Transferências às Famílias, 6,1%, do total das despesas de funcionamento. As outras instituições apresentam uma percentagem inferior a 6,0%. As despesas de funcionamento de Âmbito Central cresceram 37,9%. Nas instituições da amostra seleccionada, a taxa média situou-se em 45,2% e por instituições, são de destacar os incrementos verificados no Sector da Saúde (280,2%) e os Encargos da Dívida Central (117,7%). Relativamente a 2014, verifica-se uma redução nos valores executados pelo Sector da Direcçao Geral dos Impostos (91,1), das Forças Armadas de Moçambique (27,1%), dos Serviço de Informações e Segurança do Estado (26,1%), as Transferências às Famílias (20,4%), dos Subsídios-Central (17,1%) e do Ministério do Interior (15,0%), enquanto os Encargos da Dívida-Central, as Embaixadas e Outras Representações Diplomáticas, o Ministério da Saúde, Universidade Eduardo Mondlane e Autoridade Tributária de Moçambique registaram acréscimos de 46,8%, 8,6%, 2,5%, 1,6% e 1,1%, respectivamente. A Direcção Geral de Impostos a que, em 2011 e 2012, não foi alocada qualquer dotação, nos anos de 2013 e 2014, registou uma execução crescente, tendo, em 2015, observado uma redução bastante expressiva, em relação ao ano anterior (91,1%). 6.5.2 Execução da Componente Funcionamento do Orçamento de Âmbito Provincial As despesas da Componente Funcionamento de Âmbito Provincial, segundo a classificação económica, constam do Quadro n.º VI.8, bem como a comparação entre os valores da dotação actualizada e os da respectiva execução. Quadro n.º VI.8 Execução da Componente Funcionamento de Âmbito Provincial CED Valor Peso 1 Despesas Correntes 34.187.817 34.078.780 99,7 99,6 11 Despesas com o Pessoal 17.906.453 17.869.987 99,8 52,3 12 Bens e Serviços 5.038.300 5.025.626 99,7 14,7 14 Transferências Correntes 10.977.885 10.929.230 99,6 32,0 16 Exercícios Findos 98.091 97.636 99,5 0,3 17 Demais Despesas Correntes 167.087 156.300 93,5 0,5 2 Despesas de Capital 122.329 119.826 98,0 0,4 21 Bens de Capital 122.329 119.826 98,0 0,4 Designação Fonte: Mapa III da CGE de 2015. Dotação Orçamental Execução (Em mil Meticais) 34.310.146 34.198.606 99,7 100,0 A realização da despesa foi de 34.198.606 mil Meticais, o equivalente a 99,7%, da dotação de 34.310.146 mil Meticais. Quanto ao peso, no conjunto, as Despesas com o Pessoal representam 52,3% e as Transferências Correntes, 32,0%. VI-10

6.5.3 Execução da Componente Funcionamento do Orçamento de Âmbito Distrital As despesas da componente funcionamento de Âmbito Distrital, segundo a classificação económica, são apresentadas no Quadro n.º VI.9, a seguir. Quadro n.º VI.9 Execução da Componente Funcionamento do Orçamento de Âmbito Distrital CED Valor Taxa Peso 1 Despesas Correntes 28.839.748 28.782.944 99,8 99,8 11 Despesas com o Pessoal 26.244.001 26.198.805 99,8 90,8 12 Bens e Serviços 2.359.940 2.353.076 99,7 8,2 14 Transferências Correntes 191.536 190.620 99,5 0,7 16 Exercícios Findos 44.272 40.444 91,4 0,1 2 Despesas de Capital 66.024 64.319 97,4 0,2 21 Bens de Capital 66.024 64.319 97,4 0,2 Designação Fonte: Mapa III da CGE de 2015. Dotação Orçamental (Em mil Meticais) Execução 28.905.772 28.847.263 99,8 100 A taxa de execução destas despesas foi de 99,8%, sendo que, as Despesas Correntes situaram-se no mesmo nível de execução (99,8%) e as de Capital, 97,4%. As Despesas com o Pessoal representam 90,8%, os Bens e Serviços, 8,2%, as Transferência Correntes, 0,7%, os Bens de Capital, 0,2% e os Exercícios Findos, 0,1%. 6.5.4 Fundo de Compensação Autárquica Pelo disposto no número 1 do artigo 43 da Lei n.º 1/2008, de 16 de Janeiro, que define o Regime Financeiro, Orçamental e Patrimonial das Autarquias Locais e o Sistema Tributário Autárquico, o Fundo de Compensação Autárquica é destinado a complementar os recursos orçamentais das autarquias. O montante do Fundo de Compensação Autárquica é objecto de uma dotação própria e é constituído por 1,5% das receitas fiscais previstas no ano económico, nos termos do n.º 2 do mesmo artigo. O Orçamento do Estado de 2015 fixou o limite de 2.013.478 mil Meticais, para o Fundo de Compensação Autárquica, na Componente Funcionamento. Desta dotação, foram transferidos 2.007.432 mil Meticais, correspondente a 99,7% Do montante transferido, destacam-se, pelo seu peso de 18,6%, 9,1%, 8,8% e 6,5%, as Autarquias da Cidade de Maputo, da Beira, da Matola e de Nampula, respectivamente. VI-11

Quadro n.º VI.10 Execução do Fundo de Compensação Autárquica PROVÍNCIA Código Autarquia Sub-total Sub-total Sub-total Sub-total Sub-total Sub-total Sub-total NIASSA CABO DELGADO Sub-total NAMPULA Sub-total ZAMBÉZIA TETE MANICA SOFALA INHAMBANE GAZA MAPUTO Sub-total CIDADE DE MAPUTO Dotação Orçamental Lei n.º 2/2015, de 07 de Maio Valor % Peso 90B000141 Lichinga 43.316 43.316 100,0 2,2 90B000241 Cuamba 26.776 26.776 100,0 1,3 90B000341 Metangula 8.250 8.250 100,0 0,4 90B000441 Marrupa 15.744 15.744 100,0 0,8 90B000541 Mandimba 9.611 9.611 100,0 0,5 103.697 103.697 100,0 5,2 90C000141 Pemba 38.939 38.939 100,0 1,9 90C000241 Montepuez 22.307 22.307 100,0 1,1 90C000341 Mocímboa da Praia 17.687 17.687 100,0 0,9 90C000441 Mueda 12.140 12.140 100,0 0,6 90C000541 Chiúre 17.523 17.523 100,0 0,9 108.596 108.596 100,0 5,4 90D000141 Nampula 131.430 131.430 100,0 6,5 90D000241 Angoche 31.306 31.306 100,0 1,6 90D000341 Ilha de Moçambique 21.194 21.194 100,0 1,1 90D000441 Nacala 68.853 68.852 100,0 3,4 90D000541 Monapo 18.002 18.002 100,0 0,9 90D000641 Ribáuè 23.744 23.744 100,0 1,2 90D000741 Malema 20.357 20.357 100,0 1,0 314.885 314.884 100,0 15,7 90E000141 Quelimane 61.270 61.270 100,0 3,1 90E000241 Gúruè 29.724 29.724 100,0 1,5 90E000341 Mocuba 24.434 24.434 100,0 1,2 90E000441 Milange 15.982 15.982 100,0 0,8 90E000541 Alto Molócuè 14.371 14.371 100,0 0,7 90E000641 Maganja da Costa 8.330 8.330 100,0 0,4 154.111 154.111 100,0 7,7 90F000141 Tete 50.922 50.922 100,0 2,5 90F000241 Moatize 11.977 11.977 100,0 0,6 90F000341 Ulónguè 8.376 8.376 100,0 0,4 90F000441 Nhamayábuè 5.580 5.580 100,0 0,3 76.855 76.855 100,0 3,8 90G000141 Chimoio 70.800 70.800 100,0 3,5 90G000241 Manica 16.926 16.926 100,0 0,8 90G000341 Catandica 8.568 8.568 100,0 0,4 90G000441 Gondola 13.793 13.793 100,0 0,7 90G000541 Sussundenga 21.120 21.120 100,0 1,1 131.206 131.206 100,0 6,5 90H000141 Beira 188.055 183.427 97,5 9,1 90H000241 Dondo 33.745 33.745 100,0 1,7 90H000341 Marromeu 11.300 11.300 100,0 0,6 90H000441 Gorongosa 17.135 17.135 100,0 0,9 90H000541 Nhamatanda 12.830 12.830 100,0 0,6 263.064 258.436 98,2 12,9 90I000141 Inhambane 45.155 45.155 100,0 2,2 90I000241 Maxixe 45.173 45.173 100,0 2,3 90I000341 Vilankulo 18.593 18.593 100,0 0,9 90I000441 Massinga 11.608 11.608 100,0 0,6 90I000541 Quissico 7.258 7.258 100,0 0,4 127.787 127.787 100,0 6,4 90J000141 Xai-Xai 49.675 49.675 100,0 2,5 90J000241 Chibuto 29.684 29.684 100,0 1,5 90J000341 Chókwè 21.245 21.245 100,0 1,1 90J000441 Manjacaze 8.803 8.803 100,0 0,4 90J000541 Macia 13.960 13.960 100,0 0,7 90J000641 Bilene 5.147 5.147 100,0 0,3 128.514 128.514 100,0 6,4 90K000141 Matola 176.714 176.714 100,0 8,8 90K000241 Manhiça 23.029 23.029 100,0 1,1 90K000341 Namaacha 19.316 17.900 92,7 0,9 90K000441 Boane 11.718 11.718 100,0 0,6 230.777 229.361 99,4 11,4 90L000141 Maputo 373.987 373.987 100,0 18,6 Fonte: Mapa L da Lei n.º 2/2015, de 07 de Maio, e Mapa III - 3 da CGE de 2015. (Em mil Meticais) Transferência 2.013.478 2.007.432 99,7 100,0 VI-12

6.5.5 Concessão de Subsídios No âmbito do Relatório e do Parecer sobre a Conta Geral do Estado, o TA aprecia, dentre outras matérias, as subvenções, subsídios, benefícios fiscais, créditos e outras formas de apoio concedidos, directa ou indirectamente, segundo dispõe a alínea d) do n.º 2 do artigo 14 da Lei n.º 14/2014, de 14 de Agosto. Apresenta-se, a seguir, a evolução da execução dos subsídios concedidos. Quadro n.º VI.11 Execução dos Subsídios (Em mil Meticais) Peso Subsídios 2011 2012 Var. 2013 Var. 2014 Var. 2015 Var. A Empresas: 435.522 593.073 36,2 761.023 28,3 1.015.116 33,4 1.013.624-0,1 45,8 Televisão de Moçambique E.P. 179.211 258.345 44,2 286.782 11,0 354.905 23,8 338.147-4,7 15,3 Rádio Moçambique E.P. 236.337 266.831 12,9 342.383 28,3 441.312 28,9 434.554-1,5 19,6 Hidráulica do Chókwè E.P. 19.974 28.168 41,0 57.729 104,9 62.413 8,1 73.748 18,2 3,3 Imprensa Nacional de Moçambique 8.213 8.967 9,2 10.363 15,6 31.577 204,7 16.337-48,3 0,7 Regadio do Baixo Limpopo E.P. Empresa de Desenvolvimento de Maputo Sul E.P. Parque Nacional de Ciência e Tecnologias de Maluana 1.450 23.276 1.505,8 45.195 94,2 50.921 12,7 70.281 38,0 3,2 60.000 7.486-87,5 18.571 148,1 41.443 123,2 45.122 8,9 2,0 - - - - - 32.545-35.434-1,6 Aos Preços: 4.634.860 4.647.163 0,3 2.610.309-43,8 1.656.217-36,6 1.199.767-27,6 54,2 Empresa Municipal de Transportes de Maputo 132.131 449.708 240,3 176.856-60,7 230.879 30,5 251.376 8,9 11,4 Transportes Públicos da Beira 50.790 137.492 170,7 61.519-55,3 88.167 43,3 82.623-6,3 3,7 Associação Moçambicana de Panificadores 358.818 64.673-82,0 602.224 831,2 403.136-33,1 597.688 48,3 27,0 Combustíveis 4.093.121 3.747.053-8,5 1.549.590-58,6 723.300-53,3 58.308-91,9 2,6 Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários 97.936 248.237 153,5 220.120-11,3 210.735-4,3 209.772-0,5 9,5 5.070.381 5.240.236 103,3 3.371.332 64,3 2.671.333-20,8 2.213.391-17,1 100 Crescimento da Despesa face ao ano base 3,3 (33,5) (47,3) (56,3) Taxa de Inflação Anual 10,4 2,1 4,2 2,6 3,5 Fonte: Anexo Informativo 4 da CGE (2011-2015). Taxa de inflação média acumulada entre 2012 e 2015 {(1,0209*1,042*1,0256*1,0350) -1}*100 = 47,28%. Mostra-se, no quadro, que foram gastos 2.213.391 mil Meticais em Subsídios, no ano em apreço, tendo sido alocados 1.013.624 mil Meticais (45,8%), a Empresas e 1.199.767 mil Meticais (54,2%), aos Preços. No que respeita à evolução dos subsídios, registou-se um crescimento de 3,3%, em 2012 seguido de diminuições de 33,5%, em 2013, 47,3%, em 2014 e 56,3%, em 2015. Esta última variação foi influenciada pela queda de 27,6% dos subsídios aos preços, particularmente de 91,9% nos combustíveis. VI-13

Das empresas beneficiárias dos subsídios, em 2015, a Rádio Moçambique E.P., a Hidráulica de Chókwè E.P., o Regadio do Baixo Limpopo e a Empresa de Desenvolvimento de Maputo Sul, E.P. apresentam prejuízos. A empresa Transportes Públicos da Beira E.P. teve lucros, no mesmo exercício, mas a sua situação líquida final é negativa, pelo facto de o agregado da situação inicial e dos proveitos ser inferior à totalidade dos custos. Quadro n.º VI.12 Resultado Líquido das Empresas Subsidiadas Empresa Situação Liq. Inicial Proveitos Custos Situação Liq. Final 1 2 3 4 5=(3-4)+2 Rádio Moçambique E.P. (811.668,39) 643.686,11 709.736,69 (877.718,97) Hidráulica do Chókwè E.P. (88.940,00) 15.726,00 146.894,00 (220.108,00) Regadio do Baixo Limpopo E.P. (530,30) 163.086,44 165.136,54 (2.580,40) Empresa de Desenvolvimento de Maputo Sul E.P. (693.777,21) 123.935,89 8.911.040,52 (9.480.881,84) Transportes Públicos da Beira (86.031,00) 151.223,00 136.909,00 (71.717,00) Televisão de Moçambique 75,54 539.685,36 575.366,38 (35.605,48) Fonte: Anexo Informativo 3 da CGE-Apuramento definitivo de resultados (Em Mil Meticais) 6.6 - Execução da Componente Investimento do Orçamento Na Componente Investimento, foram gastos 64.077.888 mil Meticais, dos quais 49.328.952 mil Meticais (77,0%) correspondem a despesas de Âmbito Central, 9.124.695 mil Meticais (14,2%), do Provincial, 4.442.284 mil Meticais (6,9%), do Distrital e 1.181.957 mil Meticais (1,8%), do Autárquico. Quadro n.º VI.13 Despesas de Investimento por Âmbito e Tipo de Financiamento Âmbito Interno Financiamento Peso Externo Peso Central 31.949.369 74,9 17.379.583 81,2 49.328.952 77,0 Provincial 5.739.084 13,4 3.385.612 15,8 9.124.695 14,2 Distrital 3.806.988 8,9 635.296 3,0 4.442.284 6,9 Autárquico 1.181.957 2,8 0 0,0 1.181.957 1,8 42.677.398 100,0 21.400.490 100,0 64.077.888 100,0 Peso Fonte: Mapas IV-1 a IV-4 da CGE de 2015. 66,6 33,4 (Em mil Meticais) Do investimento de financiamento interno, foram executadas despesas, no valor de 42.677.398 mil Meticais, dos quais, 31.949.369 mil Meticais, no Âmbito Central (74,9%), tendo o remanescente sido distribuído pelas províncias, distritos e autarquias. Relativamente ao financiamento externo, do valor de 21.400.490 mil Meticais, foram despendidos 17.379.583 mil Meticais, a nível Central (81,2%), e o remanescente foi executado pelas províncias e distritos. A evolução das Despesas de Investimento financiadas com fundos internos e externos, no quinquénio, é apresentada no quadro que se segue. Peso VI-14

Financiamento Quadro n.º VI.14 - Evolução das Despesas de Investimento Valor Peso Valor Peso Interno 20.411 40,0 24.927 46,6 34.013 47,0 45.374 52,1 42.678 66,6 109,1 Externo 30.600 60,0 28.530 53,4 38.288 53,0 41.662 47,9 21.400 33,4-30,1 Donativos 18.429 36,1 21.537 40,3 25.482 35,3 12.449 14,3 10.462 16,3-43,2 Empréstimos 12.171 23,9 6.993 13,1 12.806 17,7 29.213 33,6 10.938 17,1-10,1 51.012 100,0 53.457 100,0 72.301 100,0 87.036 100,0 64.078 100,0 25,6 Crescimento Anual da Despesa Crescimento Anual das Despesas Financiadas com Empréstimos Externos 2011 2012 2013 2014 2015 Valor Peso Valor Peso Valor 4,8 35,2 20,4-26,4-42,5 83,1 128,1-62,6 (Em milhões de Meticais) Peso Var. 15/11 Crescimento Anual das Despesas Financiadas com Donativos Externos 16,9 18,3-51,1-16,0 Fonte: CGE Mapa-I-1 (2011-2015). No total, as Despesas de Investimento cresceram 25,6%, no quinquénio em apreço, tendo a comparticipação do interno evoluído 109,1% e a do externo reduzido 30,1%. Mostra-se, ainda, que o investimento variou negativamente, de 87.036 milhões de Meticais, em 2014, para 64.078 milhões de Meticais, em 2015, o que representou um decréscimo anual de 26,4%, o único do período. Exceptuando-se os anos de 2012 e 2015, em que o seu peso no investimento aumentou 4,2 e 2,0 pontos percentuais, respectivamente, os Donativos tiveram, ao longo do quinquénio, uma tendência decrescente, ao reduzir 5,1 pontos percentuais, em 2013, e 20,9 pontos percentuais, em 2014. A quebra verificada nos Donativos, de 2011 a 2015, foi compensada pelos Empréstimos que, com a excepção do ano 2012 e 2015, em que registaram uma redução de 42,5% e 62,6% respectivamente, mantiveram um crescimento, passando de 83,1%, em 2013, para 128,1%, em 2014. 6.6.1 Execução do Investimento, Segundo a Classificação Económica-Âmbito Central No Quadro n.º VI.15 mais adiante, são indicados os dados relativos à execução da Componente Investimento do Orçamento, referentes ao ano de 2015. Nele pode-se constatar que as taxas de execução das despesas financiadas com os fundos internos e externos foram de 93,8% e 54,5%, respectivamente. A taxa de execução das Despesas Correntes financiadas com fundos interno, foi de 94,9%, tendo as Despesas de Capital atingido 93,1%. VI-15

Quadro n.º VI.15 Despesas de Investimento - Âmbito Central (Em mil Meticais) Financiamento Interno Financiamento Externo CED Designação Dotação Final Execução % Dotação Final Execução % Dotação Final Execução % Peso 1 Despesas Correntes 13.169.439 12.497.304 94,9 17.205.909 11.086.866 64,4 30.375.348 23.584.170 77,6 47,8 11 Despesas com o Pessoal 6.516.129 6.057.770 93,0 2.017.193 1.067.806 52,9 8.533.322 7.125.576 83,5 14,4 12 Bens e Serviços 5.927.608 5.714.802 96,4 14.933.929 9.957.782 66,7 20.861.537 15.672.583 75,1 31,8 13 Encargos da Dívida 0,0 0,0 0 0 14 Transferências Correntes 725.702 724.732 99,9 254.788 61.278 24,1 980.490 786.010 80,2 1,6 2 Despesas de Capital 20.894.541 19.452.065 93,1 14.693.730 6.292.717 42,8 35.588.271 25.744.782 72,3 52,2 21 Bens de Capital 19.431.880 17.998.149 92,6 14.303.105 6.104.128 42,7 33.734.985 24.102.277 71,4 48,9 22 Transferências de Capital 1.462.661 1.453.915 99,4 379.563 188.590 49,7 1.842.224 1.642.505 89,2 3,3 24 Demais Despesas de Capital Fonte: Mapa IV-1 da CGE de 2015. 0 0 11.062 0 0,0 11.062 0 0 0,0 34.063.980 31.949.369 93,8 31.899.639 17.379.583 54,5 65.963.620 49.328.952 74,8 100 Do valor de 17.379.583 mil Meticais das Despesas de Investimento realizadas com financiamento externo, as Despesas Correntes e as de Capital tiveram taxas de execução de 64,4% e 42,8%, respectivamente. A execução em Bens de Capital e em Bens e Serviços, representa 48,9% e 31,8%, respectivamente, destacam-se, pelo seu peso em relação ao total das despesas, em 2015. Do montante de 6.057.770 mil Meticais gasto nas Despesas com o Pessoal, no financiamento interno, 92,9 3 % foi destinado ao pagamento de Salários e Remunerações. 6.6.2 Execução das Despesas de Investimento, Segundo a Classificação Orgânica - Âmbito Central A evolução das Despesas de Investimento de Âmbito Central, no período 2012-2015, é apresentada mais adiante, no Quadro n.º VI.16, com base numa amostra de entidades que, relativamente ao total das Despesas de Investimento, representa 70,8%, em 2012, 77,1%, em 2013, 53,1%, em 2014 e 85,8%, em 2015. As despesas das instituições indicadas no quadro cresceram 38,6%, no quadriénio 2012-2015. Relativamente ao executado em 2014, as despesas respeitantes ao ano de 2015 registaram uma queda de 39,7%. 3 Salários e Remunerações = 5.626.783,42 Meticais (Mapa IV-1da CGE de 2015) 5.626.783,42/6.057.770,43*100 = 92.9% VI-16

Quadro n.º VI.16 Execução das Despesas de Investimento Segundo a Classificação Orgânica Âmbito Central (Em mil Meticais) 2012 2013 2014 2015 COD Instituições/Sectores Var. Financiamento Peso Financiamento Var. Financiamento Peso Financiamento Peso 11/09 12/11 Interno Externo Interno Externo Interno Externo Interno Externo Var. 15/14 Peso Var. 15/12 2501 Ministério da Administração Estatal e Função Pública 68.875,0 68.875,0 137.750 0,3 116.729,9 258.920,8 375.651 172,7 0,6 132.896,9 206.448,9 339.345,8-9,7 0,5 99.904,6 413.325,5 513.230,1 51,2 1,0 272,6 1501 Ministério da Defesa Nacional 577.385,7 0,0 577.386 1,3 707.074,4 0,0 707.074 22,5 1,2 598.990,7 15.600.000,0 16.198.990,7 2.191,0 22,8 354.940,7 354.940,7 709.881,4-95,6 1,4 22,9 3501 Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar 804.931,7 259.044,2 1.063.976 2,5 1.194.254,4 1.202.894,9 2.397.149 125,3 4,0 889.063,2 907.158,5 1.796.221,7-25,1 2,5 695.365,6 728.285,3 1.423.650,9-20,7 2,9 33,8 4001 Ministério dos Recursos Minerais e Energia 309.870,0 67.527,4 377.397 0,9 245.999,1 246.673,2 492.672 30,5 0,8 221.322,9 247.909,5 469.232,4-4,8 0,7 337.516,5 345.288,4 682.804,9 45,5 1,4 80,9 4701 Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos 313.844,5 2.254.844,4 2.568.689 6,0 10.618,2 111.711,1 122.329-95,2 0,2 12.897,6 97.582,4 110.480,0-9,7 0,2 175.848,0 502.103,0 677.951,1 513,6 1,4-73,6 4751 Fundo de Estradas 6.433.171,1 5.537.783,9 11.970.955 27,8 8.348.514,7 14.867.836,4 23.216.351 93,9 39,1 11.232.994,7 21.381.507,5 32.614.502,3 40,5 46,0 7.970.719,7 15.043.693,7 23.014.413,3-29,4 46,7 92,3 4756 Administração Regional de Águas do Sul 182.184,4 250.546,5 432.731 1,0 115.448,7 470.740,6 586.189 35,5 1,0 265.220,9 757.052,1 1.022.273,0 74,4 1,4 358.180,0 455.213,8 813.393,8-20,4 1,6 88,0 4763 5001 Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano 66.936,8 1.172.572,8 1.239.510 2,9 89.267,1 918.565,4 1.007.833-18,7 1,7 407.679,0 1.226.908,6 1.634.587,6 62,2 2,3 315.997,2 1.315.257,3 1.631.254,5-0,2 3,3 31,6 366.742,5 2.910.431,1 3.277.174 7,6 238.624,1 3.625.902,1 3.864.526 17,9 6,5 400.463,0 2.835.956,7 3.236.419,7-16,3 4,6 166.145,0 2.101.160,0 2.267.305,0-29,9 4,6-30,8 5801 Ministério da Saúde 246.326,5 6.677.543,3 6.923.870 16,1 670.687,8 10.815.907,7 11.486.595 65,9 19,3 2.287.099,5 3.942.689,2 6.229.788,7-45,8 8,8 1.856.966,3 4.057.751,2 5.914.717,5-5,1 12,0-14,6 58 03 Conselho Nacional de Combate ao HIV/SIDA 69.567,0 27.856,8 97.424 0,2 87.628,8 140.651,2 228.280 134,3 0,4 0,0 0,0 0,0-100,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0-100,0 65A00094Encargos Gerais do Estado 1.867.431,3 0,0 1.867.431 4,3 1.321.729,9 0,0 1.321.730-29,2 2,2 3.245.543,8 3.245.543,8 6.491.087,6 391,1 9,2 2.334.587,9 2.334.587,9 4.669.175,8-28,1 9,5 150,0 Amostra Investimento/Central 11.307.267 19.227.025 30.534.292 70,8 13.146.577 32.659.803 45.806.380 50,0 77,1 19.694.172 50.448.757 70.142.929 53,1 98,9 14.666.171 27.651.607 42.317.778-39,7 85,8 38,6 17.813.502 25.286.758 43.100.260 100 24.312.529 35.085.861 59.398.391 37,8 100 33.723.677 37.176.479 70.900.156 19,4 100 31.949.369 17.379.583 49.328.952-30 100 14,5 Fonte: CGE de 2012-2015 - Mapa IV - 5. VI-17

Com se pode verificar no Quadro n.º VI.16, dos sectores que registaram níveis de crescimento mais elevados, no período 2012-2015, destacam-se o Ministério da Administração Estatal e Função Pública, 272,6%, os Encargos Gerais do Estado, 150,0%, o Fundo de Estradas, 92,3%, a Administração Regional de Águas do Sul, 88,0%, o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, 80,9%, o Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar, 33,8%, o Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água, 31,6% e o Ministério da Defesa Nacional, 22,9%. Quanto ao peso, em 2015, o Fundo de Estradas corresponde a 46,7%, o Ministério da Saúde 12,0%, os Encargos Gerais do Estado, 9,5%, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano, 4,6% e o Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água, 3,3%. As outras entidades que integram a amostra representam um peso inferior a 3,0%. No exercício de 2015, apresentaram crescimentos anuais mais significativos, o Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, com 513,6%, e o Ministério da Administração Estatal e Função Pública, com 51,2%. No sentido inverso, o Ministério da Defesa, o Fundo de Estradas, a Administração Regional de Águas do Sul, o Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água e os Encargos Gerais do Estado, reduziram a sua despesa, relativamente ao ano anterior. Em 2015, não foi consignado qualquer valor para as despesas de investimento, ao Conselho Nacional de Combate ao HIV/SIDA, tal como tinha ocorrido em 2014. 6.6.3 - Execução da Componente Investimento, Segundo a Classificação Económica Âmbito Provincial A execução das Despesas da Componente Investimento de Âmbito Provincial é apresentada no quadro que se segue. Quadro n.º VI.17 Despesas de Investimento Âmbito Provincial (Em mil Meticais) Financiamento Interno Financiamento Externo CED Designação Dotação Execução % Dotação Execução % Dotação Execução % Peso Final Final Final 1 Despesas Correntes 1.126.330 1.109.095 98,5 4.268.970 2.698.433 63,2 5.395.300 3.807.528 70,6 41,7 11 Despesas com o Pessoal 217.507 205.657 94,6 1.797.972 1.435.749 79,9 2.015.479 1.641.406 81,4 18,0 12 Bens e Serviços 903.893 898.508 99,4 1.600.015 1.147.463 71,7 2.503.908 2.045.971 81,7 22,4 14 Transferências Correntes 4.930 4.930 100,0 870.983 115.221 13,2 875.913 120.151 13,7 1,3 2 Despesas de Capital 4.683.844 4.629.988 98,9 1.186.964 687.179 57,9 5.870.809 5.317.167 90,6 58,3 21 Bens de Capital 4.624.914 4.571.086 98,8 1.170.074 687.179 58,7 5.794.987 5.258.265 90,7 57,6 22 Transferências de Capital 58.931 58.903 100,0 16.891 0,0 75.821 58.903 77,7 0,6 Fonte: Mapa IV-2 da CGE de 2015. 5.810.175 5.739.084 98,8 5.455.934 3.385.612 62,1 11.266.109 9.124.695 81,0 100,0 Do Investimento financiado com recursos internos, foram executadas despesas no montante de 5.739.084 mil Meticais e, do financiamento externo, de 3.385.612 mil Meticais, representando, 98,8% e 62,1% das respectivas Dotações Finais. As Despesas Correntes e as de Capital registaram níveis de execução de 70,6% e 90,6%, respectivamente. Globalmente, as Despesas de Capital representam 58,3% e as Despesas Correntes, 41,7%. VI-18

Na verba das Despesas de Capital, os Bens de Capital equivalem a 57,6% do total do valor despendido neste exercício. 6.6.4 - Execução da Componente Investimento - Âmbito Distrital As Despesas da Componente Investimento de Âmbito Distrital, segundo a classificação económica, registaram uma taxa de execução de 93,2%, com as Despesas Correntes e de Capital a situarem-se em 82,4% e 95,5%, respectivamente, como se observa no Quadro VI.18, a seguir. Quadro n.º VI.18 - Despesas de Investimento Âmbito Distrital (Em mil Meticais) CED Designação Dotação Execução % Peso Final 1 Despesas Correntes 847.190 697.837 82,4 15,7 11 Despesas com o Pessoal 126.203 112.212 88,9 2,5 12 Bens e Serviços 720.988 585.625 81,2 13,2 2 Despesas de Capital 3.920.689 3.744.584 95,5 84,3 21 Bens de Capital 2.518.457 2.352.376 93,4 53,0 22 T ransferências de Capital 1.402.232 1.392.208 99,3 31,3 Fonte: Mapa IV-3 da CGE de 2015. 4.767.880 4.442.421 93,2 100,0 No que respeita ao peso, as Despesas de Capital e as Despesas Correntes situaram-se, respectivamente, em 84,3% e 15,7%. 6.6.5 Execução do Fundo de Investimento de Iniciativa Autárquica A dotação orçamental do Fundo de Investimento de Iniciativa Autárquica, fixada pela Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio, na Componente Investimento, foi de 1.137.569 mil Meticais, tendo sido actualizada, na CGE, para 1.181.957 mil Meticais, montante que foi transferido na totalidade, conforme o Quadro n.º VI.19, que se segue, É de referir que o Governo, no seu Relatório sobre os Resultados da Execução Orçamental, não esclarece a diferença de 44.388 mil Meticais, existente entre o valor da dotação orçamental (1.137.569 mil Meticais), fixada pela Lei n.º 2/2015, de 7 de Maio, e o registado na CGE, como o efectivamente transferido para as autarquias (1.181.957 mil Meticais). Quanto a este assunto, o Governo, em sede do Contraditório, afirmou que se tratava do valor transferido para as autarquias, no âmbito de um reforço de 44.388 mil Meticais que resultam da descentralização do projecto MAE-2011-0004-Infra-estruturas e Apetrechamento de Novos Municípios sob tutela do Ministério de Administração Estatal e Função Pública, visando criar condições para a instalação dos novos municípios. Porém, não indica nem especifica os municípios que beneficiaram deste valor. Relativamente à execução distinguem-se os municípios da Cidade de Maputo, com 13,1%, da Matola, com 8,3%, da Beira, com 7,9%, e de Nampula, com 5,9%. VI-19

Quadro n.º VI.19 Transferência do Fundo de Investimento de Iniciativa Autárquica Transferência PROVÍNCIA Código Autarquias Lei n.º 2/2015 Dotação Final Valor % Peso 90B00014 Lichinga 36.040 36.040 36.040 100,0 3,0 Sub-total Sub-total Sub-total Sub-total Sub-total Sub-total Sub-total Sub-total Sub-total NIASSA CABO DELGADO NAMPULA ZAMBÉZIA TETE MANICA SOFALA INHAMBANE GAZA MAPUTO (Em mil Meticais) 90B00024 Cuamba 14.489 14.489 14.489 100,0 1,2 90B00034 Metangula 5.680 5.680 5.680 100,0 0,5 90B00044 Marrupa 8.479 8.479 8.479 100,0 0,7 90B00054 Mandimba 4.805 9.805 9.805 100,0 0,8 69.494 74.494 74.494 100,0 6,3 90C00014 Pemba 28.752 28.752 28.752 100,0 2,4 90C00024 Montepuez 11.510 11.510 11.510 100,0 1,0 90C00034 Mocímboa da Praia 7.859 7.859 7.859 100,0 0,7 90C00044 Mueda 8.093 13.093 13.093 100,0 1,1 90C00054 Chiúre 8.762 8.762 8.762 100,0 0,7 64.976 69.976 69.976 100,0 5,9 90D00014 Nampula 69.794 69.794 69.794 100,0 5,9 90D00024 Angoche 21.991 21.991 21.991 100,0 1,9 90D00034 Ilha de Moçambique 10.768 10.768 10.768 100,0 0,9 90D00044 Nacala 38.561 38.561 38.561 100,0 3,3 90D00054 Monapo 12.977 12.977 12.977 100,0 1,1 90D00064 Ribáuè 9.107 14.107 14.107 100,0 1,2 90D00074 Malema 10.179 10.179 10.179 100,0 0,9 173.377 178.377 178.377 100,0 15,1 90E00014 Quelimane 40.421 40.421 40.421 100,0 3,4 90E00024 Gúruè 19.230 19.230 19.230 100,0 1,6 90E00034 Mocuba 14.483 14.483 14.483 100,0 1,2 90E00044 Milange 7.276 7.276 7.276 100,0 0,6 90E00054 Alto Molócuè 7.901 7.901 7.901 100,0 0,7 90E00064 Maganja da Costa 4.165 8.565 8.565 100,0 0,7 93.476 97.876 97.876 100,0 8,3 90F00014 Tete 38.412 38.412 38.412 100,0 3,2 90F00024 Moatize 12.108 12.108 12.108 100,0 1,0 90F00034 Ulónguè 5.584 10.584 10.584 100,0 0,9 90F00044 Nhamayábuè 2.790 2.790 2.790 100,0 0,2 58.894 63.894 63.894 100,0 5,4 90G00014 Chimoio 42.754 42.754 42.754 100,0 3,6 90G00024 Manica 10.742 10.742 10.742 100,0 0,9 90G00034 Catandica 4.591 4.591 4.591 100,0 0,4 90G00044 Gondola 9.195 14.195 14.195 100,0 1,2 90G00054 Sussundenga 10.560 15.560 15.560 100,0 1,3 77.842 87.842 87.842 100,0 7,4 90H00014 Beira 92.883 92.883 92.883 100,0 7,9 90H00024 Dondo 28.429 28.429 28.429 100,0 2,4 90H00034 Marromeu 9.052 9.052 9.052 100,0 0,8 90H00044 Gorongosa 10.583 10.583 10.583 100,0 0,9 90H00054 Nhamatanda 6.415 6.415 6.415 100,0 0,5 147.361 147.361 147.361 100,0 12,5 90I000141 Inhambane 41.791 41.791 41.791 100,0 3,5 90I000241 Maxixe 25.073 25.073 25.073 100,0 2,1 90I000341 Vilankulo 9.905 9.905 9.905 100,0 0,8 90I000441 Massinga 7.738 7.738 7.738 100,0 0,7 90I000541 Quissico 3.629 3.629 3.629 100,0 0,3 88.137 88.137 88.137 100,0 7,5 90J000141 Xai-Xai 33.499 33.499 33.499 100,0 2,8 90J000142 Chibuto 13.194 13.193 13.193 100,0 1,1 90J000341 Chókwè 13.083 13.083 13.083 100,0 1,1 90J000441 Manjacaze 6.160 6.160 6.160 100,0 0,5 90J000541 Macia 9.087 9.087 9.087 100,0 0,8 90J000641 Bilene 2.574 7.562 7.562 100,0 0,6 77.596 82.585 82.585 100,0 7,0 90K00014 Matola 97.527 97.527 97.527 100,0 8,3 90K00024 Manhiça 18.714 18.714 18.714 100,0 1,6 90K00034 Namaacha 10.010 10.010 10.010 100,0 0,8 90K00044 Boane 5.859 10.859 10.859 100,0 0,9 Sub-total 132.110 137.110 137.110 100,0 11,6 CIDADE DE 90L00014 MAPUTO Maputo 154.306 154.306 154.306 100,0 13,1 1.137.569 1.181.957 1.181.957 100,0 100,0 Fonte: Lei n.º 2/2015 de 07 de Maio e Mapa IV-4 da CGE de 2015. VI-20