Direito Tributário Aula 17 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 17: Processo administrativo e judicial tributário. Objetivo: Continuar com o estudo do processo administrativo e judicial tributário. O processo administrativo tributário Como vimos o processo administrativo e judicial tributário apresenta características bastante particulares. Nesta aula estudaremos as ações fiscais de iniciativa do contribuinte. Ações fiscais de iniciativa do contribuinte Ação anulatória A ação anulatória se trata de um processo de conhecimento no qual o contribuinte pretende anular um ato administrativo, notadamente o lançamento. Por ser uma ação de rito ordinário são admissíveis todos os meios de prova e ampla discussão das questões de fato e de direito. Ação declaratória A ação declaratória, assim como a ação anulatória, também consiste num processo de conhecimento que segue o rito ordinário. O pedido do contribuinte, no entanto, é a declaração de inexistência de relação jurídica que permita a cobrança do tributo em função da inocorrência do fato gerador ou da invalidade da lei que sustenta a pretensão do Fisco. Ação de consignação em pagamento A ação de consignação em pagamento pressupõe que o pagamento além de ser um dever do contribuinte é também um direito seu. Assim, quando o Fisco cria obstáculos ao pagamento, conforme enumeração prevista no art. 164 do Código
Tributário Nacional, o contribuinte pode realizar o depósito do valor em juízo obtendo a liberação de sua obrigação. Ensejam a consignação: a) A recusa de recebimento (hipótese extremamente rara ante a forma atual de recolhimento dos tributos mediante guia preenchida pelo contribuinte e apresentada perante a rede bancária). b) Subordinação do pagamento ao recolhimento de outro tributo ou penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória. c) Subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências ilegais. d) Exigência do tributo por mais de uma pessoa jurídica de direito público. Ação de repetição de indébito A ação de repetição de indébito é assim como as demais supra mencionadas, um processo de conhecimento sujeito ao rito ordinário. Neste tipo de ação o contribuinte pretende a condenação da Fazenda Pública devolver, restituir ou repetir o indébito, ou seja, o recolhimento realizado a maior ou de forma indevida. O art. 166 do Código Tributário Nacional determina que a restituição de tributos que comportam, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-lo. Mandado de segurança O mandado de segurança é uma garantia constitucional do cidadão (art. 50, inciso LXIX) utilizado para evitar (preventivo) ou reparar uma lesão contra direito líquido e certo (implica que o fato do qual resulta é incontroverso). A ação, de rito especial, em que não se admite a produção de provas, está regulada pela Lei n. 1.533, de 1951. É frequente o mandado de segurança preventivo para evitar a cobrança, ou seja, o lançamento de tributo que o contribuinte julga baseado em lei inconstitucional. Trata-se, na hipótese, de impetração preventiva diante da ameaça de constituição do crédito.
Vale a pena conferir 1. Código de Defesa do Contribuinte. Disponível em: <http:// www.codecon.sp.gov.br/cartilha/cartilha_codecon.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2013. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado. REFERÊNCIAS CARVALHO, P. de B. Curso de direito tributário. Rio de Janeiro: Saraiva, 2005. CASSONE, V. Direito Tributário. São Paulo: Atlas, 1999. COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 2008.
SITES BRASIL, Código Tributário Nacional. Legislação Federal. Disponível em: <http:// www2.planalto.gov.br/>. Acesso em: 19 abr. 2013. BRASIL, Constituição Federal. Legislação Federal. Disponível em: <http://www2. planalto.gov.br/>. Acesso em: 19 abr. 2013.