QUEM SÃO OS PESQUISADORES DO TEMA INTERNACIONALIZAÇÃO? UMA BUSCA A PARTIR DO PORTAL INOVAÇÃO



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31956 Monografia II 31926

Transcrição:

ISSN 1984-9354 QUEM SÃO OS PESQUISADORES DO TEMA INTERNACIONALIZAÇÃO? UMA BUSCA A PARTIR DO PORTAL INOVAÇÃO Robson Ramos Oliveira (IUPERJ; AGE; FABES; UVA) Juliana Maciel de Alfaia (FABES) Ualdo José da Silva (FABES) Viviane Miranda Silva do Nascimento (UERJ; AGE) Resumo: Muitos são os recortes dos estudos acerca das teorias do processo de internacionalização de empresas, que se baseiam em duas abordagens distintas: a abordagem comportamental e a econômica. O tema já inspirou 3.888 pesquisadores em diferentes áreas do conhecimento, os com titulação em Administração representam 16,87% desse montante. Nesse contexto, o objetivo do presente estudo é levantar o perfil dos pesquisadores sobre a temática Internacionalização a partir do Portal Inovação. Basicamente, se quer conhecer os autores, o gênero, as instituições em que o pesquisador estiver vinculado, e a frequência em que apalavra internacionalização foi citada no perfil do pesquisador. Os resultados da pesquisa apontam que o perfil é formado por 656 pesquisadores, de111 instituições nacionais e internacionais, maioria do gênero masculino(58,84%; n=386), com titulação de doutorado (60,98%; n=400). Os pesquisadores mais profícuos são: Moacir de Miranda Oliveira Júnior, Angela Maria Cavalcanti da Rocha, Manuel Anibal Silva Portugal Vasconcelos Ferreira, Josir Simeone Gomes e Felipe Mendes Borini. Palavras-chaves: Finanças Internacionais.

1. INTRODUÇÃO Muitas empresas após iniciarem suas atividades e sobreviverem aos primeiros anos de vida procuram se consolidar dentro de seu mercado, buscam melhorias no seu processo produtivo, ganham reconhecimento regional e nacional e, por fim, podem extrapolar fronteiras nacionais por meio da internacionalização. A Internacionalização se dá quando uma empresa passa a comercializar seus produtos ou serviços além da fronteira de seu país. Esse processo geralmente é iniciado pela decisão de exportação, seguido das etapas de presença comercial local, produção local e desenvolvimento local (URBASCH, 2004). O processo de internacionalização de empresas brasileiras é tardio quando comparado com o de países desenvolvidos, pois foram os primeiros a internacionalizarem as suas empresas (first movers ou primeiros entrantes), e com outros países emergentes (late movers ou entrantes tardios). No contexto brasileiro, algumas empresas, nas décadas de 1960 e 1970 possuíam, de forma singular e tímida, subsidiária no exterior. As pioneiras brasileiras foram Petrobrás e Vale do Rio Doce (ROCHA, SILVA e CARNEIRO, 2007). Várias são as motivações para uma empresa se inserir no mercado internacional: operar com moeda forte, melhorar a sua participação de mercado (market share), entre outras. De outro modo, questões relacionadas ao processo de internacionalização de firmas tem sido alvo de estudo por parte de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento, sobretudo as áreas da Administração, das Ciências Contábeis, da Economia, do Direito, da Engenharia de Produção. Oliveira e Gomes (2010) realizaram estudo bibliométrico sobre Globalização e Internacionalização de empresas em papers publicados no Seminário em Administração da FEA- USP no período 2004-2010. Ademais, Gomes, Oliveira e Vieira (2011) estudaram a inserção da mesma temática em artigos produzidos no programa de mestrado em Ciências Contábeis da Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ. Uma busca nos portais do Scielo, do Banco de Teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Capes e do Google Acadêmico recuperaram, respectivamente, 61, 1163 e 1050 comunicações científicas. No mesmo contexto, uma busca no Portal Inovação, mantido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, revelou a existência de 3.888 pesquisadores (especialistas) do tema Internacionalização nas diversas áreas do conhecimento. Quanto aos pesquisadores com titulação na área da Administração foram recuperados 656, ou seja 16,87% do total, decorrendo, daí, a 2

questão de pesquisa: Quem são os principais pesquisadores sobre o tema na área da Administração? A que instituições pertencem? Possuem que titulação acadêmica? Estão vinculados a que instituições? Desse modo, assume-se como objetivo do presente estudo levantar o perfil dos pesquisadores sobre a temática Internacionalização a partir do Portal Inovação. Assim, visando alcançar o objetivo assumido, este artigo está organizado com a seguinte formatação: (1) Introdução; (2) Referencial Teórico sobre Internacionalização; (3) Metodologia; (4) Resultados do estudo com o levantamento do perfil dos pesquisadores; e (5) Considerações finais e sugestões para futuros estudos. 2 REFERENCIAL TEÓRICO Internacionalização é um processo crescente e continuado de envolvimento de uma empresa nas operações com outros países, fora da sua base de origem. (RUBIM, 2004) Welch e Luostarinen (1988) definem internacionalização como um processo decrescente de envolvimento com operações internacionais. Segundo Guilhoto (2001), o comércio internacional é uma atividade que existe para ir ao encontro das necessidades e desejos dos consumidores globais e dar às empresas a oportunidade de expandir a sua atuação em vários mercados. A literatura revela que, depois da Segunda Guerra Mundial, houve dois períodos que foram especialmente propícios para a internacionalização das empresas, é o que afirmam Fleury e Fleury (2007b). Segundo os autores, o primeiro período, na década de 1950 e 1960, foi liderado por empresas de países altamente industrializados, especialmente os Estados Unidos, e criaram a base para as abordagens dos negócios internacionais. A segunda onda de internacionalização teve origem num conjunto de diferentes fatores, estando, principalmente, relacionadas com a internacionalização das empresas japonesas, uma vez que elas foram bem sucedidas nos seus processos de internacionalização, não acompanharam a lógica estabelecida pelos padrões americanos vigentes. As empresas japonesas criaram novas vantagens competitivas, baseadas em fatores ainda não abordados, à época, pela literatura, que relatavam as experiências da GM, FORD, dente outras. Além das duas primeiras ondas da internacionalização, Fleury e Fleury (2007a; 2007b, 2008) apontam para uma terceira, que diz respeito à internacionalização das empresas a partir do 3

BRICs, os late-movers ou entrantes tardios na indústria internacional. Na visão dos autores, é provável que os late-movers, e particularmente o Brasil, estejam criando novas estratégias de internacionalização, a fim de se tornarem bem sucedido no contexto de internacionalizar os seus produtos e serviços. No tocante às teorias do processo de internacionalização de empresas, Rubin e Rocha (2004, p. 147) explicaram que as pesquisas sobre a internacionalização de empresas se baseiam em duas abordagens distintas: a abordagem comportamental ou organizacional e a econômica. Rosa e Rhodem (2007) comentaram que foi a partir da década de 70, que pesquisadores da Universidade Uppsala, na Suécia, desenvolveram uma nova linha de pensamento acerca do processo de internacionalização de firmas, dando ênfase aos aspectos comportamentais do fenômeno. Por consequência, os negócios internacionais deixaram de ser trabalhados puramente pelas teorias econômicas e passaram, também, a ser estudado pelas teorias do comportamento organizacional. As principais teorias sobre internacionalização proveniente do enfoque econômico, são: Poder de Mercado, Ciclo do produto, Internalização e Paradigma Eclético. Quanto ao Poder de Mercado, Hymer (1960, 1968) percebeu duas razões para que empresas controlem outras empresas em países estrangeiros. A primeira diz respeito à remoção da competição, por meio de conluios ou fusões de empresas; o segundo, relacionado a vantagens para as empresas, por exemplo: fácil acesso aos fatores de produção, controle de formas de produção mais eficientes, melhor sistema de distribuição dos produtos, posse de produto diferenciado. A Teoria do Ciclo do Produto, de Vernon (1966, 1979), relaciona comércio internacional a investimentos. Para Vernon, as inovações, em produtos, por exemplo, são estimuladas pela demanda do mercado doméstico e os produtos e tecnologias passam por três fases, que são: introdução, crescimento e maturação, durante os seus ciclos e vida. Com o passar do tempo, o próprio Vernon (1979), reconheceu a deficiência de sua teoria em vista do novo ambiente internacional. Nesse contexto, outros trabalhos também desconstruíram algumas questões abordadas por Vernon, por exemplo, Baranson (1978) explica que há uma tendência nas multinacionais em transferirem suas últimas tecnologias para as subsidiárias e afiliadas por meio de joint-ventures e licenciadas. Alguns autores, por exemplo: Araújo, Pereira e Gomes (2006), colocam a Teoria da Internalização e o Paradigma Eclético da produção internacional como as correntes principais do enfoque econômico. 4

A teoria da internalização, segundo Araújo, Pereira e Gomes (2006) estuda a internacionalização sob a ótica de que se deve ou não internalizar as atividades da empresa. Fina e Rugman (1996, p.200), afirmam que os teóricos da internalização sugerem que o investimento direto no exterior ocorre quando os benefícios da internalização superam os custos. Por fim, a última teoria da corrente econômica, emergiu dos estudos de Dunning (1988), trata-se do Paradigma Eclético da produção internacional. O Paradigma Eclético explica que a firma, quando opta por iniciar uma produção internacional, deve possuir alguma vantagem diferencial sobre seus competidores. São três os tipos de vantagens: 1ª vantagem específica do proprietário (ownership-specific advantage O); 2ª, variáveis específicas de localização (location-specific variables L); 3ª internalização (internalisation I), formando o acrônimo OLI Assim, os três elementos (propriedade, internalização e localização) seriam fundamentais em cada decisão de produção de uma empresa atuando nos mercados internacionais através da produção no exterior. Dunning (1988) considerou ainda a necessidade de integração das teorias econômica e comportamental da firma para melhor entendimento da firma multinacional, em especial deveria se identificar e avaliar padrões sistemáticos de tais comportamentos. Em relação às teorias de internacionalização provenientes do enfoque organizacional ou comportamental, Forte e Sette Jr. (2006) relacionaram os principais modelos e autores dessa corrente comportamental. São eles U-model (Uppsala model) e o I-model (Innovation-related internationalization model) U-model (Uppsala model) (JOHANSON; WIEDERSHEIM-PAUL, 1975; JOHANSON; VAHLNE, 1977; 1990; 1992; 2003), Imodel (Innovation-related internationalization model) (BILKEY; TESAR, 1977; CAVUSGIL, 1980; REID, 1981), culminando na Escola Nórdica de Negócios Internacionais. O modelo de Uppsala, ou modelo dinâmico de aprendizagem, foi desenvolvido na década de 1970 por Johanson e Wiedersheim-Paul (1975) ao estudarem as firmas suecas Sandvik, Atlas, Copco, Facit e Volvo. Os autores observaram que tais firmas, em mercados internacionais, apresentavam algumas características comuns. Essas características foram denominadas cadeia de estabelecimento e distância psíquica, o que, em linhas gerais, significa que quanto maior o grau de conhecimento da firma sobre o mercado, maior a tendência em investir recursos nesse mercado. 5

Nesse modelo, segundo os autores, o processo de internacionalização se dá em quatro estágios de desenvolvimento gradual: a) atividades de exportação irregulares; b) atividades de exportação por meio de representantes; c) atividades de exportação por meio de subsidiária de vendas estabelecidas no mercado externo; d) a empresa estabelece unidades de produção/manufatura no mercado externo. Posteriormente, Johanson e Vahlne (1977; 1990) aperfeiçoaram o modelo. No novo modelo, as empresas definem seu processo de internacionalização a partir de variáveis como conhecimento e comprometimento do mercado. Para os autores, conhecimento se refere ao mercado-alvo, enquanto o comprometimento refere-se ao montante de recursos investidos em determinado mercado internacional e ao grau de especificidade desses recursos, ou seja, a possibilidade de haver utilização desses recursos em outros mercados. Contudo, Forte e Sette Jr. (2006) explicam que: (...) mesmo sendo o modelo defendido pela Escola de Uppsala o mais típico entre as empresas, nunca se conseguiu confirmar que a teoria gradual explicasse todas as expansões de cada firma ou, ainda, a sequência de entrada em um determinado mercado, uma vez que as características específicas das empresas, das indústrias e dos fatores de localização também exercem forte influência sobre o processo. No modelo I-model, Escola Nórdica, o processo de internacionalização acontece numa seqüência determinada de estágios rumo aos mercados que apresentem distância psíquica cada vez maior. Cada estágio é considerado como uma inovação da firma (Andersen, 1993). Tais inovações propiciam vantagens competitivas, antecipando as necessidades dos mercados internos e externos. Inovação, para Andersen, significa melhorias na tecnologia, na maneira com que as coisas são feitas e nos métodos adotados, além das vantagens competitivas, obtidas mediante todo o processo de inovação, antecipando as necessidades do mercado externo. Melo (2005, p.45-54) explica que esse modelo propõe que as empresas vão se comprometendo gradualmente em mercados internacionais, à medida que vão reduzindo a distância psíquica, ou seja, à medida que reduzem o impacto de fatores perturbadores do fluxo de 6

informação entre empresa e mercado. A autora aponta que tais fatores são: língua, cultura, sistema político, nível educacional e nível de desenvolvimento industrial. E, ainda, a autora explica que a definição de distância psíquica se alterou significativamente desde seu primeiro uso, em artigo de Beckerman (1956) sobre distribuição no comércio internacional. Child et al. (2000), afirmou que a distância entre os países era definida apenas em termo de distância física ou algum conceito correlacionado, como custos de transporte Johanson e Vahlne (1977), ainda, exemplificando as distâncias psíquicas, relacionaram: idiomas diferentes, nível de educação, cultura, sistemas políticos e nível de desenvolvimento industrial. O estudo de Johanson e Vahlne chama atenção para o fato de que são tais distâncias que podem fazer com que as firmas decidam por realizar apenas operações domésticas ou optar pela internacionalização. Nesse contexto, a firma optaria por se internacionalizar primeiramente para os países com menor distância psíquica em relação à nação da matriz da empresa. Ademais, O Grady e Lane (1996) definem distância psíquica como o grau de incerteza da empresa sobre um mercado estrangeiro, derivado de diferenças culturais e outras barreiras de negócios que dificultam a aprendizagem sobre o mercado e as operações nesse novo país. Klein e Roth (1990) propuseram uma medição para a distância psíquica por meio de escala de 7 pontos, indo de muito similar até muito diferente, sendo dadas notas a 5 diferentes aspectos, quais sejam: 1. idioma do país; 2. práticas negociais aceitas; 3. ambiente econômico; 4. sistema legal; e 5. infra-estrutura de comunicação. Assim, a abordagem de Klein e Roth pode servir como um previsor do comportamento exportador, levando em conta um certo grau de percepção à medida que o que está sendo estudado é a opinião individual ou percepção das diferenças. Alguns autores realizaram estudos de casos acerca da influência da distância psíquica no processo de internacionalização de firmas. Rosa e Rhoden (2007, p.9) estudaram o caso da empresa Marcopolo e concluíram pela influência de tal distância, uma vez que a empresa ao realizar investimentos para se tornar multinacional, ela os fez em mercados próximos e nos quais já tinha experiência acumulada. Rocha (2004, p. 40-80) estudou quinze casos, dos quais onze eram empresas fabricantes e quatro eram prestadoras de serviço. A pesquisa de Rocha (2004, p. 54-55) identificou alguns elementos da distância psicológica: idioma, contexto, maneiras de ser, relacionamentos, suposta imagem do Brasil na mente do país anfitrião, maneiras de fazer negócio, expectativas dos consumidores, maturidade do mercado, sistema político, sistema econômico, sistema regulatório e distância geográfica. 7

Possivelmente, uma das maiores contribuições da teoria comportamental refere-se ao constructo da distância psíquica no processo de internacionalização de firmas, pois os elementos relacionados por Rocha e pelos outros autores podem impedir que produtos de um país possam penetrar em outros. 3. METODOLOGIA Este trabalho caracteriza-se como pesquisa empírico-analítica, com abordagem de pesquisa descritiva. Gil (2002) e Vergara (2003), explicaram que as pesquisas descritivas têm como objetivo descrever características de determinada população ou fenômeno. Nesta pesquisa foi feito um levantamento no Portal da Inovação, a partir da busca pela palavra-chave internacionalização, quando foram recuperadas informações (abril de 2013) mostrando a existência de 3.888 pesquisadores (lá denominados especialistas) dessa temática, se constituindo como amostra do presente estudo 656 pesquisadores. Portanto, uma amostra intencional contemplada por pesquisadores com titulação na área da Administração. O resultado da busca no portal se baseia em informações cadastradas pelo usuário (do portal) e em informações geradas pela Plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPQ, com a qual o portal mantém cooperação institucional, ambos vinculados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O instrumento utilizado para coleta e análise das informações foi um roteiro estruturado em banco de dados em planilha MS Excel, tendo como base os autores, gênero, área de formação, instituições em que o pesquisador pertence e frequência em que a palavra internacionalização foi citada no perfil do pesquisador. No portal, a frequência da palavra é formada pelas palavras-chaves acrescido dos termos utilizados que estão presentes nos títulos e detalhamento de itens de produção, nomes e descrição de projetos, títulos de trabalhos e formação acadêmica, títulos e objetivos de linhas de pesquisa, títulos de trabalhos orientados e títulos de trabalho em participação em bancas examinadoras de trabalhos de concussão de cursos de graduação, mestrado e doutorado. 4. RESULTADOS Dos resultados obtidos a partir da busca no Portal Inovação acerca de quem são os pesquisadores do tema Internacionalização, foram recuperadas (junho de 2013) informações que 8

revelam a existência de 656 pesquisadores, que já tiveram, pelo menos, um contato com pesquisas com esta abordagem. Em relação ao gênero, verificou-se predominância de pesquisadores do sexo masculino, com uma média geral de participação de 58,84%. Quanto à titulação, a maioria (60,98%) possui título de doutor, conforme mostra a Tabela 1. Tabela 1 Perfil dos Pesquisadores: Gênero e Titulação Gênero n= % Masculino 386 58,84 Feminino 270 41,16 Total 656 100,00 Titulação n= % Doutorado 400 60,98 Mestrado 248 37,80 Graduação 6 0,91 Especialização 2 0,30 Total 656 100,00 No tocante à vinculação institucional dos pesquisadores, a maior frequência se deu na Universidade de São Paulo USP com 144 pesquisadores, destes 88,89% (n=128) com título de doutor. Essa rede é constituída por professores e alunos de mestrado e, sobretudo, doutorado do programa de pós-graduação em Administração da USP, cujo programa mantém linha de pesquisa em Internacionalização de Empresas. A USP também foi apontada no estudo de Oliveira e Gomes (2010) como a instituição de ensino mais atuante, quando os autores analisaram 140 trabalhos do período de 2004 a 2010 publicados nos Seminários em Administração SEMEAd. Além da USP, mais 110 instituições de ensino IES, nacionais e internacionais, apareceram na relação, destacando-se também a UFRGS, a FGV-SP a UFMG, a UNISINOS e outras, conforme Figura 1. 9

Figura 1 IES com maiores números de pesquisadores sobre o tema Internacionalização Ainda, em relação aos pesquisadores, os mais profícuos são: Moacir de Miranda Oliveira Júnior, Angela Maria Cavalcanti da Rocha, Manuel Anibal Silva Portugal Vasconcelos Ferreira, Josir Simeone Gomes e Felipe Mendes Borini. Resume-se, na sequência, um resumo do currículo dos autores recuperados na Plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPQ, órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: Moacir de Miranda Oliveira Júnior possui Livre Docência (2009) e Doutorado em Administração pela Universidade de São Paulo (2000). Orienta pesquisas em nível de mestrado e doutorado, especialmente em linhas de pesquisa que abordam aspectos do processo de internacionalização de empresas. O autor tem três livros publicados como autor ou organizador e artigos publicados em revistas nacionais e internacionais, dentre as quais se destacam: European Management Journal, Thunderbird International Business Review, Brazilian Administration Review, International Journal of Management, Revista de Administração (FEA-USP), Economia Global e Gestão - ISCTE (Portugal), RAE (Impresso). Angela Maria Cavalcanti da Rocha é mestra em Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1976) e doutorado em Dirección de Empresas pela IESE Business School, Universidad de Navarra (1983). Atualmente é Professora Associada do IAG Escola de Negócios da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Professora titular aposentada do Instituto Coppead de Administração da UFRJ. Tem experiência na área de Administração, com ênfase em Marketing e Negócios Internacionais, atuando principalmente nos seguintes temas: marketing, 10

internacionalização de empresas, marketing internacional, cultura e gerência. Tem 13 livros publicados, como autora ou organizadora, e artigos publicados em revistas nacionais e internacionais, entre as quais se destacam: Journal of Business Research, Entrepreneurship Theory and Practice, Entrepreneurship and Regional Development, Journal of International Entrepreneurship, International Marketing Review, International Journal of Retailing and Distribution Management, Journal of International Business Studies, Advances in International Marketing, European Journal of Marketing, Journal of Product Innovation Management, Latin American Business Review, Brazilian Administration Review. Manuel Anibal Silva Portugal Vasconcelos Ferreira é doutor em Business Administration pela David Eccles School of Business da Universidade de Utah, EUA. Atualmente, é professor e investigador nas áreas de estratégia e gestão internacional na. na - Universidade Nove de Julho - UNINOVE, no Programa de Mestrado e Doutorado em Administração, São Paulo, Brasil. É coautor dos livros 'Gestão estratégica: Conceitos e prática', 'Estratégia empresarial em diferentes contextos empresariais', 'Gestão empresarial', 'Negócios Internacionais e internacionalização para as economias emergentes', 'Estratégia corporativa',.'ser empreendedor: Pensar, criar e moldar a nova empresa', 'Casos de estudo: Usar, escrever e estudar', 'Marketing para empreendedores e pequenas empresas'. A sua pesquisa é centrada em estratégia e em negócios internacionais. Josir Simeone Gomes é doutor em Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1983). Possui Pós-Doutorado na Universidad Carlos III de Madrid, na Espanha e curso de especialização na Harvard Business School. Atualmente é professor Adjunto no Programa de Mestrado e Doutorado em Administração da Universidade Unigranrio. Tem experiência na área de Administração e Contabilidade, atuando principalmente nos seguintes temas: controle gerencial, controle de gestão, orçamento publico, contabilidade gerencial, globalização e metodologia do ensino superior. Felipe Mendes Borini é doutor em Administração pela Universidade de São Paulo (FEA/USP) (2008). Atualmente é professor do Programa de Pós Graduação em Administração - Gestão Internacional - PMGI da ESPM e editor chefe da Revista Internext - Revista Eletrônica de Negócios Internacionais da ESPM. Pesquisa o tema Estratégia e Inovação em Subsidiárias Estrangeiras, atuando principalmente nos seguintes temas: estratégia e inovação em subsidiárias estrangeiras, estratégia organizacional, internacionalização de empresas e competências organizacionais. A palavra internacionalização aparece no currículo dos autores na Plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPQ, órgão vinculado ao 11

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, respectivamente 250, 178, 136, 110 e 71 vezes. A Figura 2 mostra o impacto da palavra-chave internacionalização no currículo dos 656 pesquisadores. Figura 2 Impacto da palavra-chave Internacionalização no currículo do pesquisador A Figura 2 ilustra que poucos autores são pesquisadores da linha de pesquisa internacionalização e o impacto dos pesquisadores que realizaram apenas uma (one timers) pesquisa abordando o tema objeto desta pesquisa é bastante expressivo (41,77%, n= 274). Os one timers geralmente são alunos de programa de pós-graduação que ao cursarem alguma disciplina no mestrado ou doutorado produziram um trabalho contemplando as múltiplas abordagens acerca do processo de internacionalização, ou simplesmente produziram uma única pesquisa versando sobre o tema. O impacto dos one timers na produção sobre internacionalização também foi abordado no trabalho de Gomes, Oliveira e Vieira (2011) que levantaram a produção científica sobre internacionalização de empresas no Programa de Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ, visando investigar a quantidade de trabalhos publicados no período de 2006 a 2009. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS A literatura acerca do processo de internacionalização de empresas é vasta e discute múltiplas facetas do fenômeno. Aqui, o objetivo do estudo foi levantar o perfil dos pesquisadores sobre a temática internacionalização a partir do Portal Inovação. Respondendo aos objetivos da pesquisa, observou-se que o perfil é representado por 656 pesquisadores, maioria do gênero masculino (58,84%), com titulação de doutor (60,98%), maioria 12

da USP (n=144) e os autores mais profícuos foram: Moacir de Miranda Oliveira Júnior, Angela Maria Cavalcanti da Rocha, Manuel Anibal Silva Portugal Vasconcelos Ferreira, Josir Simeone Gomes e Felipe Mendes Borini. Espera-se que os resultados deste estudo possam contribuir com outros que abordam temáticas sobre o conhecimento científico, a comunicação científica, e bibliometria a respeito do contexto da internacionalização. Apresenta-se como limitação do presente estudo o fato de apenas se ter levantado o perfil de pesquisadores brasileiros, não contemplando os internacionais, tampouco se buscou mensurar o real e efetivo impacto da produção dos pesquisadores do tema. Assim, futuras pesquisas poderão levantar o perfil dos pesquisadores internacionais que investigam problemas relacionados ao processo de internacionalização de empresas, além de analisarem o impacto dos papers produzidos pelos autores. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDERSEN, O. (1993). On the internationalization of firms: a critical analysis. Journal of International Business Studies, Hampshire, v. 24, n. 2, p. 209-232, 1993. ARAUJO, G. P. ; PEREIRA, A. J. P. ; GOMES, J. S. Um estudo exploratório sobre as características do sistema de controle gerencial em empresas brasileiras internacionalizadas - um estudo de caso da PETROFLEX. In: ENANPAD, 2006, SALVADOR. 30º ENANPAD, 2006. BARANSON, J. Tecnology and Multinationals. Lexington, Mass.: Lexington Books, 1978. BECKERMAN, W. (1956). Distance and the pattern of infra-european trade. Review of Economics and Statistics, Cambridge, v. 28, p. 28-40, 1956. CHILD, J. et al. Psychic distance and internationalization: a critical examination. In: 2000 Annual Meeting of the Academy of International Business, 17-20 Nov. 2000, Proceedings Phoenix, Arizona, 2000. 13

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