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Transcrição:

ISSN 19-9568 INFORMATIVO MENSAL Ano 1 Número 17 Julho de 1 APRESENTAÇÃO Este Boletim apresenta o comportamento do desemprego e dos rendimentos na Região Metropolitana de Belo Horizonte após os primeiros impactos do racionamento. Os dados sobre desemprego se referem ao mês de julho e os referentes aos rendimentos ao mês de junho. Na primeira parte deste nos ocupamos em compreender o comportamento da ocupação e do desemprego e constatamo s que no início do segundo semestre, via de regra o período de forte recuperação do emprego, a expansão do nível de ocupação está bem aquém do que presenciamos no ano passado, significando, desta forma, ligeiro crescimento do desemprego. Além desta ruim notícia, os rendimentos reais estão apresentando uma tendência de queda em nossa região, depois de apresentarem uma ligeira elevação. Podemos considerar que tal tendência pode ser explicada parcialmente pelo ruim desempenho do emprego, pela aceleração da inflação no período recente, notadamente nos meses de maio e junho (reajuste dos preços públicos), entre outros fatores. Esta se insere na segunda e última parte deste Boletim. O desemprego na RMBH em Julho retoma trajetória ascendente Em geral, o início do segundo semestre apresenta redução da taxa de desemprego. Neste ano estamos presenciando mudanças quanto à tendência de queda, pois a taxa de desemprego subiu em julho (18,7) quando comparamos com o mês de junho (18,2). Destaca-se o crescimento do nível de ocupação (+ 5 mil) e da população economicamente ativa (+ 7 mil), significando, portanto, crescimento absoluto do desemprego em 2 mil trabalhadores. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte o número de desempregados passou a ser 398 mil trabalhadores no mês de julho de O gráfico a seguir apresenta a evolução do desemprego para o município de Belo Horizonte e para os demais da RMBH desde 1996. Taxa de desemprego da RMBH, BH e Demais Municípios da RMBH 1996/1 21 18 12 9 RMBH BH Demais Municípios

Quando consideramos a evolução do desemprego segundo o sexo, destacamos o maior desemprego feminino comparativamente ao masculino desde 1996 e que no período mais recente (comparação entre junho e julho de 1) o desemprego feminino cresce proporcionalmente menos que o masculino. O gráfico a seguir apresenta com mais detalhes o que estamos comentando. Desemprego segundo sexo RMBH 1996/1 23 21 19 17 13 11 9 Homens Mulhres No gráfico a seguir apresentamos as taxas de desemprego segundo quatro faixas de idade. Constatamos que à medida que a idade sobe (até o limite dos 65 anos) o desemprego é menor. A diferença é muito grande entre as faixas de anos e mais e as de a 17 e de 18 a 24 anos. A comp aração mais significativa, porém, é com a faixa de 18 a 24 anos. Nesta o desemprego chega próximo a 3, ou quase vinte pontos percentuais acima da taxa dos de anos e mais. Nota-se, num contexto de crise, a dificuldade de inserção dos jovens no mercado de trabalho, acarretada, via de regra, pela menor qualificação. Tal consideração é relevante, pois na faixa seguinte (25 a 39 anos) a taxa de desemprego é significativamente menor (aproximadamente pontos percentuais) que a de 18 a 24 anos. Taxa de desemprego segundo faixas de idade RMBH 1996/1 5 3 a 17 anos 18 a 24 anos 25 a 39 anos anos e mais Outra importante caracterização do desemprego na RMBH é quando destacamos a posição do trabalhador no domicílio. O gráfico a seguir apresenta a evolução, desde 1996, do desemprego para os chefes e os demais membros do domicílio e os destaques são a diferença entre ambos (o desemprego é muito superior para os demais membros) e o desempenho favorável, no período mais recente, dos chefes comparativamente aos demais membros do domicílio, pois o desemprego cai para os primeiros e sobe muito para os últimos, como podemos notar no gráfico. Desemprego segundo posição no domicílio chefes e demais membros RMBH 1996/1 25 5 Chefe Demais Membros 2

As taxas de participação para homens, mulheres, chefes e demais membros do domicílio estão apresentadas a seguir. Os homens participam proporcionalmente mais da população economicamente ativa que as mulheres e assim também como os chefes de domicílio comparativamente aos demais membros. Os valores percentuais apresentados no gráfico abaixo se referem ao mês de julho deste ano. Taxa de participação segundo sexo e posição no domicílio RMBH 1996/1 75 7 65 6 55 5 45 Homens Mulheres Chefe Demais Membros 1 A taxa de participação, em julho de 1, quando consideramos quatro faixas etárias demonstra que dos 18 até os 39 anos as taxas de participação são muito elevadas e chegam a aproximadamente 8. As idades menores de 18 e maiores de 39 apresentam taxas de participação muito menores. Taxa de participação segundo faixas de idade RMBH 1996/1 8 7 6 5 3 a 17 anos 18 a 24 anos 25 a 39 anos anos e mais O quadro a seguir apresenta a evolução, desde 1996, da participação relativa dos ocupados nos principais setores de atividade econômica na RMBH. Nota-se redução da participação relativa para os setores construção civil, indústria e outros e crescimento para os setores comércio e serviços. A indústria apresentou redução de sua participação até julho de 1999 e desde então sua participação vem crescendo. A construção civil apresenta um comportamento inverso ao da indústria, crescendo até julho de 1998 e posteriormente caindo. Os demais setores apresentaram um comportamento mais aleatório, revezando crescimento e redução das participações relativas. Participação relativa dos ocupados nos setores de atividade econômica RMBH 1996/1 Ind. C. Civil Comércio Serviços Outros 16,4 8,1 14,8 49,6 11,1,8 8,5,3 49,7,7,7 9,1, 49,1 11,1 13,8 8,3 14,7 52,7,5 14,5 7,3,7 51,8,7 14,8 7,1,5 52,6, Apresentamos a seguir a evolução da ocupação por setores de atividade econômica desde 1996. A ordem decrescente quanto ao crescimento da ocupação por setores é: serviços, comércio, outros, indústria e construção civil. Este último foi o único que apresentou expansão negativa no período considerado (índice menor que ). Índices do nível de ocupação segundo os principais setores de atividade econômica RMBH 1996/1 1 3

1 1 1 95 9 Indústria C Civil Comércio Serviços Outros Índice: média de 1996=. Por fim, o crescimento da ocupação segundo algumas posições na ocupação está representado no gráfico a seguir. Constatamos que, desde 1996, os autônomos apresentaram a maior expansão, sendo seguidos pelos assalariados com carteira de trabalho, os assalariados sem carteira e em último os assalariados do setor público, com crescimento pouco acima de 5 desde 1996. Índices do nível de ocupação segundo algumas posições na ocupação RMBH 1996/1 1 1 1 Reais 1 1 8 6 mais pobres ganham até 25 mais pobres ganham até 5 ganham até 25 mais ricos ganham acima de mais ricos ganham acima de Valores expressos em Reais de junho de Segundo o gráfico anterior, em junho de 1 os mais pobres da RMBH ganhavam, no máximo, R$ 17,31, e os mais ricos ganhavam acima R$ 1.333,32. No gráfico a seguir apresentamos a evolução dos índices dos rendimentos dos ocupados segundo as cinco faixas de rendimento citadas. Constatamos que os mais pobres continuam apresentando melhor comportamento quanto à evolução dos rendimentos desde 1996 e, em seguida, os 25 mais pobres. Em pior situação encontra-se os mais ricos, pois perderam aproximadamente 18 em termos reais em seus rendimentos desde 1996. No primeiro semestre deste ano constatamos que as faixas dos mais pobres, dos 25 mais pobres e dos 5, apresentaram crescimento do rendimento e as duas restantes, os mais ricos e os 25 mais ricos, redução dos mesmos. C. Carteira S/ Carteira S/ Público Autônomos Índices dos rendimentos reais dos ocupados segundo cinco faixas de rendimentos RMBH 1996/1 Índice: média de 1996=. Rendimentos retornam a trajetória de queda em junho de 1 Considerando cinco faixas de rendimento, os rendimentos reais dos ocupados na RMBH estão representados no gráfico a seguir. Rendimentos reais segundo faixas de rendimentos RMBH 1 4

125 1 1 1 95 9 85 8 75 Julho jan/97 + pobres ganham até 25 + pobres ganham até 5 ganham até 25 + ricos ganham acima de + ricos ganham acima de Índice: média de 1996=. Índices derivados de valores expressos em Reais de junho de Os rendimentos dos três principais setores de atividade econômica da RMBH estão apresentados a seguir. Constantes estão as posições relativas dos rendimentos entre os três setores, sendo a indústria o que melhor e o comércio o que pior remunera. No primeiro semestre de 1 a indústria apresentou forte crescimento do rendimento real médio e o comércio forte redução. Quanto a indústria, notamos um ligeira redução do rendimento real médio no mês de junho de 1, exatamente o primeiro mês do racionamento de energia. Quanto ao setor de serviços, notamos um ligeiro crescimento do rendimento real médio no primeiro semestre de Reais 7 67 6 57 5 47 4 jan/98 jul/98 jul/99 jan/1 indústria comércio serviços Valores expressos em Reais de junho de Os valores em Reais dos rendimentos dos assalariados do setor privado segundo o critério da carteira de trabalho estão apresentados a seguir. No gráfico constatamos que nos últimos três semestres os rendimentos de ambos (com carteira e sem carteira de trabalho assinada) apresentaram uma relativa estabilidade, não sinalizando nenhuma tendência de crescimento ou redução do rendimento real médio. Quando consideramos o período completo (desde 1996), notamos estabilidade para aqueles que não assinam a carteira de trabalho e ligeira redução do rendimento real médio para aqueles que assinam a carteira de trabalho. Rendimento real médio segundo setores de atividade econômica RMBH 1996/1 Rendimento real médio dos assalariados do setor privado segundo o critério carteira de trabalho assinada e não assinada RMBH 1996/1 5

Reais 7 65 6 55 5 45 35 3 jan/98 assinada jul/98 jul/99 jan/1 não-assinada Valores expressos em Reais de junho de Quando comparamos a evolução do emprego, do rendimento real médio e da massa de rendimentos, desde 1996, constatamos a fortíssima sensibilidade da massa em relação aos rendimentos reais médios (as duas curvas são quase idênticas). Apesar do crescimento do emprego em nossa região, o comportamento do rendimento foi ruim e significou, para o período atual, índices estagnados para a massa de rendimentos Índices de emprego, do rendimento real médio e da massa de rendimentos RMBH 1996/1 1 1 1 95 9 85 8 jan/98 jul/98 jul/99 jan/1 Emprego Rendimento Real Massa Rendimentos mais de anos se encontram nas situações de ausência de rendimento, até meio salário mínimo (SM) e de meio até um SM, sendo que para os homens tal percentual é de aproximadamente 37. As mulheres são maioria nas faixas até meio SM e de meio até um SM, e os homens tornam-se maioria quando se trata das faixas de maior remuneração. O gráfico a seguir apresenta em detalhes nosso comentário. Distribuição percentual de homens e mulheres com mais de anos em faixas de rendimento RMBH 1999 45 35 3 25 5 Sem rendimento Homens Fonte: IBGE, PNAD, 1999. mais de 1/2 a 1 SM mais de 1 a 2 SM mais de 2 a 3 SM mais de 3 a 5 SM mais de 5 a SM mais de a SM mais de SM Mulheres **************************************** Índice: média de 1996=. Índices derivados de valores expressos em Reais de junho de Por fim, apresentamos a distribuição da população segundo sexo de anos e mais em várias faixas de renda. Notamos que aproximadamente 6 do total das mulheres com IRT - Instituto de Relações do Trabalho PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Av. Brasil 23/8º andar 6

Belo Horizonte MG CEP: 31-2 Tel: (xx31) 3269 3233 - Fax: (xx31) 3261 8653 E-mail: irt@pucminas.br Home page: www.pucminas.br/irt Diretor Antonio Carvalho Neto Responsáveis André Mourthé de Oliveira e Duval Magalhães Fernandes Editoração Eletrônica e Diagramação Karen de Rosa Lima Logomarca Karin Hackner e Gleise Marino Secretaria Karen de Rosa Lima 7