AVALIAÇÃO DE HERBICIDAS PARA A DESTRUIÇÃO QUÍMICA DE SOQUEIRAS DO ALGODOEIRO

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Transcrição:

AVALIAÇÃO DE HERBICIDAS PARA A DESTRUIÇÃO QUÍMICA DE SOQUEIRAS DO ALGODOEIRO Fabiano Victor Siqueri Engº. Agr. Pesquisador da área de Proteção de Plantas. fabiano.ata@fundacaomt.com.br Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso FUNDAÇÃO MT. Jose Martin - Engº. Agr. Msc. Pesquisador CIRAD/UNICOTTON jose.martin@terra.com.br Resumo O objetivo dos três ensaios realizados foi avaliar o efeito de herbicidas, em diversas categorias de aplicação, visando a destruição de soqueiras do algodoeiro. Os resultados foram relevantes no que diz respeito ao proposto inicialmente, sendo conclusivos nos aspectos avaliados. Nos ensaios realizados, na média, os tratamentos testados não propiciaram controle de 100% sobre a rebrota das soqueiras, para serem recomendados como prática isolada neste tipo de operação, apesar de em vários casos alguns tratamentos alcançarem este nível de controle. Os tratamentos que proporcionaram a menor percentagem de rebrota, na média dos 3 ensaios realizados foram: - Tratamento 9: Roundup WG (2,5 Kg/ha), aplicado em pré-colheita, seguido pela aplicação de U 46 D-Fluid 2,4-D (2,0 l/ha) logo após a roçada (5 a 20 minutos) e complementado por U 46 D-Fluid 2,4-D (1,0 l/ha) aos 45 dias após a roçada e - Tratamento 10: Roundup WG (2,5 Kg/ha) aplicado em pré-colheita, seguido pela aplicação de U 46 D-Fluid 2,4-D (1,0 l/ha) logo após a roçada (5 a 20 minutos)e complementado por U 46 D-Fluid 2,4-D (2,0 l/ha) aos 45 dias após a roçada. Apesar de nenhum dos tratamentos avaliados terem proporcionado 100% de controle da rebrota da soqueira do algodoeiro, estes podem ser utilizados como método de destruição de soqueiras isolado e/ou ser complementado pelo manejo mecânico. Summary The objective of the three experiments carried out was to evaluate the effect of herbicides, in diverse categories of application, aiming the stalk destruction of cotton plant. The results had been important in relation to that was initially proposed, being conclusive in the

evaluated aspects. In the average of the experiments, the tested treatments had not propitiated 100% of control on the sprout again of the stalks to be recommended as an isolated practice in this type of operation, although, in some cases, some treatments reach this level of control. In the average of the 3 experiments, the treatments that had provided the lesser percentage of sprout again, was: Treatment 9: Roundup WG (2,5 Kg/ha), applied in pre-harvest, followed by the application of U 46 D-Fluid 2,4-D (2,0 l/ha) soon after the shredding and complemented by 46 U D-Fluid 2,4-D (1,0 l/ha) 45 days after shredding; and Treatment 10: Roundup WG (2,5 Kg/ha) applied in pre-harvest, followed by the application of U 46 D-Fluid 2,4-D (1,0 l/ha) soon after the shredding and complemented by 46 U D-Fluid 2,4-D (2,0 l/ha). Although none of the evaluated treatments have proportionate 100% of control of sprouts again of the stalk of the cotton plant, they may be used as isolated method of destruction of stalks and/or to be complemented by the mechanical means. Introdução A destruição dos restos de cultura do algodoeiro é prática antiga, obrigatória por Lei federal e regulamentada por portarias estaduais. O principal objetivo de tal prática é a diminuição do potencial de pragas e doenças, suprimindo o seu alimento e abrigo na entressafra. Com o advento do sistema de plantio direto na cultura do algodoeiro, recomendase, obedecendo os prazos determinados por lei, a destruição mecânica da soqueira, através do uso de roçadeira ou triturador, seguida de destruição química (Vieira et al., 2001). Na destruição química de soqueiras, parâmetros como dose, modo de aplicação, teor de umidade do solo e intervalo de tempo entre a roçada e a pulverização com herbicidas sobre a soqueira parecem ser fatores determinantes no sucesso do controle químico de soqueiras (Fundação MT, 2001). A combinação de 3 aplicações, a 1ª realizada em pré-colheita (com aproximadamente 80% de capulhos), em área total; a 2ª aplicação logo após a roçada da cultura, em jato dirigido e a 3ª aplicação 45 dias após a roçada, também em jato dirigido sobre as linhas da cultura, propiciou até 97% de controle da rebrota do algodoeiro, dependendo da combinação de produtos utilizada (Siqueri, 2001, informação pessoal).

Materiais e Métodos Foram realizados 3 experimentos, utilizando-se 14 tratamentos (Tabela 01), sendo que no tratamento 1 (testemunha) não foi realizada nenhuma aplicação, nos tratamentos 2 e 3 foi realizada apenas uma aplicação, com aproximadamente 80% de capulhos. Nos tratamentos 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13, além da aplicação realizada com 80% de capulhos, foi realizada uma 2ª aplicação logo após a roçada (5 a 20 minutos), em jato dirigido sobre a linha da cultura e uma terceira aplicação 45 dias após a roçada, também em jato dirigido. No tratamento 14 foram realizadas apenas a aplicação logo após a roçada e a aplicação aos 45 dias após a mesma. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com 4 repetições. A parcela foi constituída de 4 linhas de 5 metros de comprimento, espaçadas de 0,90 m entre si. As práticas culturais foram idênticas para todos os tratamentos durante a condução da cultura. Os produtos foram aplicados utilizando-se um equipamento de pulverização costal de pressão constante (CO 2 ), com uma barra equipada com 6 bicos tipo jato duplo, modelo TJ 60-650134VS, espaçados de 50 cm, operando com pressão de 3 Bar e volume de calda de 120 l/ha, na aplicação em pré colheita, e com uma barra equipada com 4 bicos tipo leque, modelo XR 80:015, espaçados de 90 cm, operando com pressão de 3 Bar e volume de calda de 120 l/ha, em jato dirigido sobre a linha da cultura, posicionado 50 cm acima das soqueiras, nas aplicações após a roçada. Foram realizadas 3 aplicações, sendo a primeira com aproximadamente com 80% de capulhos, a 2ª logo após a roçada da cultura (5 a 20 minutos) e a 3ª aplicação 45 dias após a 2ª.

Tabela 01 Relação dos tratamentos com seus respectivos nomes comerciais/ingredientes ativos, dosagem (Kg ou l produto comercial/ha) e Timing de aplicação, utilizados nos ensaios de destruição química de soqueiras de algodão. Safra 2001/2002. Nº TRATAMENTOS(Nome comercial/ingrediente ativo) Kg ou l p.c./ha Timing 1 TESTEMUNHA - - 2 ROUNDUP WG/glifosato 1,5 01 3 ROUNDUP WG/glifosato 2,5 01 ROUNDUP WG/glifosato 1,5 01 4 U 46 FLUID/2,4 D 1,0 02 ROUNDUP WG/glifosato 1,5 01 5 U 46 FLUID/2,4 D 2,0 02 U 46 FLUID/2,4 D 2,0 02 ROUNDUP WG/glifosato 1,5 01 6 U 46 FLUID/2,4 D 1,0 02 U 46 FLUID/2,4 D 2,0 03 ROUNDUP WG/glifosato 1,5 01 7 U 46 FLUID/2,4 D 1,0 02 ROUNDUP WG/glifosato 1,5 02 ROUNDUP WG/glifosato 2,5 01 8 U 46 FLUID/2,4 D 1,0 02 ROUNDUP WG/glifosato 2,5 01 9 U 46 FLUID/2,4 D 2,0 02 ROUNDUP WG/glifosato 2,5 01 10 U 46 FLUID/2,4 D 1,0 02 U 46 FLUID/2,4 D 2,0 03 ROUNDUP WG/glifosato 2,5 01 11 U 46 FLUID/2,4 D 1,0 02 ROUNDUP WG/glifosato 1,5 02 ROUNDUP WG/glifosato 1,5 01 12 FINISH/cyclanilide 1,5 01 U 46 FLUID/2,4 D 2,0 02 ROUNDUP WG/glifosato 2,5 01 13 FINISH/cyclanilide 1,5 01 U 46 FLUID/2,4 D 2,0 02 14 U 46 FLUID/2,4 D 2,0 02 Timings: 01 Aplicação com 80 % de capulhos, em área total, sobre a parte aérea da cultura. 02 Aplicação imediatamente após a roçada (5 a 20 minutos), em jato dirigido, sobre as linhas da cultura. 03 Aplicação 45 dias após a roçada, em jato dirigido, sobre as linhas da cultura.

Tabela 02 Descrição dos locais, cultivares utilizadas, datas das aplicações e condições climáticas no momento das aplicações. Safra 2001-2002. ENSAIO Local Data das Condições climáticas Cultivar Fazenda Município aplicações Horário U.R. 1 TEMP. 2 V.V. 3 % N 4 01 13/05/02 18:00 57 27 2 0 Santa FMT - Rondonópolis 11/06/02 16:00 33 31 3 0 Mônica Satruno 26/07/02 17:15 61 24 1 0 02/07/02 16:30 32 28 2 0 02 Girassol Pedra Preta Makina 25/07/02 16:30 28 32 1 0 09/09/02 14:00 32 31 2 0 03 06/06/02 10:00 45 26 4 - Campo Exp. Coodetec Primavera do Leste 12/07/02 10:30 40 28 5 - Unicotton 404 23/08/02 8:30 35 25 6-1 Umidade relativa do ar (%); 2 Temperatura (ºC); 3 Velocidade do vento (Km/h); 4 Percentagem de nuvens As avaliações foram realizadas aos 15, 30 e 45 dias após a 2ª aplicação e aos 15, 30 e 45 dias após a 3ª aplicação, contando-se o número de plantas existentes nas duas ruas centrais de cada parcela (parcela útil), o número de plantas rebrotadas e fazendo-se o cálculo da percentagem de plantas rebrotadas por parcela e média por tratamento. Os dados das avaliações foram submetidos a análise estatística, após transformação para ARCSEN{Raiz quadrada[(x +0,5)/100]} e comparados pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Resultados e Discussão Os resultados das avaliações de percentagens de plantas rebrotadas estão apresentados em tabelas contendo os três locais onde foram realizados os ensaios, já que a metodologia e os tratamentos utilizados foram idênticos para todos. Esta forma de apresentação permite uma melhor visualização e entendimento dos dados, propiciando uma análise mais clara dos resultados obtidos. O uso de... (reticências) nos tratamentos é utilizado para indicar aplicações feitas em seqüencial, ou seja, a 1ª com 80% de capulhos, a 2ª logo após a roçada e a 3ª 45 dias após a roçada. Os dados das avaliações realizadas aos 15 dias após a 1ª aplicação (DAT) (Tabela 03), mostram uma larga diferença de valores entre os locais, sendo que nos ensaios realizados na

Faz. Girassol e na Est. Experimental da Unicotton não foram verificados índice de rebrota para nenhum tratamento, exceto para o de número 14 neste último local (13,4%). No ensaio conduzido na Fazenda Santa Mônica, verifica-se 55,4% de rebrota na testemunha aos 15 DAT, sendo que este índice variou, nos demais tratamentos, entre 0% (Tratamentos 7, 9, 11, 12 e 13) e 7,8% (Tratamento 2). Todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha nesta avaliação (15 DAT). Já no ensaio conduzido na Fazenda Girassol, a rebrota verificada na testemunha foi de apenas 1,9%, e nos demais não foi verificada rebrota, com todos diferindo estatisticamente da testemunha. No ensaio realizado na Estação experimental da Unicotton, apenas o tratamento 14 apresentou rebrota nesta avaliação (15 DAT), com 13,4% e juntamente com os demais, que apresentaram 0% de rebrota, diferiram da testemunha, que apresentou 28,3% de plantas rebrotadas. Nota-se claramente a influência da interação da aplicação de Roundup WG em pré colheita com o 2,4-D aplicado logo após a roçada dos restos culturais na rebrota das plantas. As menores médias de percentagem de rebrota foram dos tratamentos em que foram feitas ambas aplicações destes produtos, independente da dose aplicada (Tratamentos 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13). As menores percentagens médias de rebrota nesta avaliação foram propiciadas pelos tratamentos 7, 9, 11, 12 e 13, com 0%. Todos os tratamentos, exceto o de número 14, diferiram significativamente da testemunha, em média, nesta avaliação, na percentagem de rebrota. A mesma tendência observada na avaliação de 15 DAT se observa na avaliação de 30 DAT (Tabela 04), quanto à percentagem de rebrota dos tratamentos. No ensaio realizado na Fazenda Santa Mônica, na avaliação de 30 DAT, todos os tratamentos difereriram da testemunha em percentagem de rebrota. Enquanto esta se encontrava com 71,2% de plantas rebrotadas, os tratamentos 2 e 3, nos quais foi feita apenas a aplicação de Roundup WG na pré colheita, estavam com 26,2 e 15,2% de plantas rebrotadas, respectivamente, e o tratamento 14, no qual foi feita apenas a aplicação pós-roçada com 2,4-D, encontrava-se com 13,5%. Os demais, onde foram realizadas as aplicações de pré colheita e pós roçada, variaram entre 0% (Tratamento 9) e 7,3% (Tratamento 4).

Tabela 03 Percentagem de rebrota da soqueira avaliada e por local e a média dos 3 ensaios aos 15 DAT (Dias após a 2ª aplicação). Ensaios de destruição química de soqueiras, safra 2001-2002. Percentagem de rebrota por local TRATAMENTOS SANTA MÉDIA GIRASSOL UNICOTTON MÔNICA 1- TESTEMUNHA 55,4 a 1,9 a 28,3 a 28,5 a 2- ROUNDUP WG (1,5) 7,8 b 0,0 b 0,0 c 2,6 b 3- ROUNDUP WG (2,5) 6,1 bc 0,0 b 0,0 c 2,0 b 4- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...1,0...1,0) 1,4 bc 0,0 b 0,0 c 0,5 b 5- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...2,0...1,0) 0,3 bc 0,0 b 0,0 c 0,1 b 6- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...1,0...2,0) 1,0 bc 0,0 b 0,0 c 0,3 b 7- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID+ROUNDUP WG...U 46D-FLUID (1,5...1,0+1,5...1,0) 0,0 c 0,0 b 0,0 c 0,0 b 8- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...1,0...1,0) 0,3 bc 0,0 b 0,0 c 0,1 b 9- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...2,0...1,0) 0,0 c 0,0 b 0,0 c 0,0 b 10- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...1,0...2,0) 0,4 bc 0,0 b 0,0 c 0,1 b 11- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID+ROUNDUP WG...U 46D- FLUID(2,5...1,0+1,5...1,0) 0,0 c 0,0 b 0,0 c 0,0 b 12- ROUNDUP WG+FINISH...U 46D-FLUID...U 46D- FLUID(1,5+1,5...2,0...1,0) 0,0 c 0,0 b 0,0 c 0,0 b 13- ROUNDUP WG+FINISH...U 46D-FLUID...U 46D- FLUID(2,5+1,5...2,0...1,0) 0,0 c 0,0 b 0,0 c 0,0 b 14- U 46D-FLUID...U 46D-FLUID(2,0...1,0) 5,3 bc 0,0 b 13,4 b 6,2 ab C.V. (%) 47,9 28,4 45,1 80,0 Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade. Todos os tratamentos diferiram da testemunha aos 30 DAT no ensaio realizado na Fazenda Girassol, onde verificou-se as menores percentagens de rebrota entre todos os ensaios conduzidos, sendo que apenas os tratamentos 2 e 14 rebrotaram até esta avaliação, com 1,1 e 0,3% de rebrota, respectivamente. Os demais tratamentos apresentaram índice de rebrota igual a zero (0%) enquanto que a testemunha apresentava 6,4%. No ensaio realizado na Estação experimental da Unicotton, aos 30 DAT a testemunha apresentava 61,8% de rebrota, diferindo dos demais tratamentos (com exceção do número 14, com 35,4% de rebrota), que variaram de 0% (Tratamento 5) a 8,5% (tratamento 3). Vale ressaltar o desempenho dos tratamentos 7, 8, 11 e 13, que propiciaram rebrotas menores ou iguais a 1%, até esta avaliação. Aos 30 DAT, as menores médias de percentagem de rebrota foram dos tratamentos 9, 11 e 13, com 0,5, 0,7 e 0,5%, respectivamente, apesar de terem se elevado a patamares maiores do que os verificados na avaliação de 15 DAT. Isto foi verificado também nos demais tratamentos. Mesmo assim, os valores obtidos foram menores que os da testemunha, que foi de 46,4%, e diferiram dela, com exceção do tratamento 14, que propiciou média de 16,4%.

Na avaliação de 45 DAT (Tabela 05), no ensaio conduzido na Fazenda Santa Mônica, todos os tratamentos diferiram da testemunha, que apresentava índice de rebrota de 71,6%. As percentagens de rebrota observadas nos tratamentos variaram entre 1,4% no tratamento 9, a 32,4%, no tratamento 2. Tabela 04 Percentagem de rebrota da soqueira avaliada e por local e a média dos 3 ensaios aos 30 DAT (Dias após a 2ª aplicação). Ensaios de destruição química de soqueiras, safra 2001-2002. Percentagem de rebrota por local TRATAMENTOS SANTA MÉDIA GIRASSOL UNICOTTON MÔNICA 1- TESTEMUNHA 71,2 a 6,4 a 61,8 a 46,4 a 2- ROUNDUP WG (1,5) 26,2 b 1,1 b 3,4 b 10,2 b 3- ROUNDUP WG (2,5) 15,2 bc 0,0 b 8,5 b 7,9 b 4- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...1,0...1,0) 7,3 cde 0,0 b 1,8 b 3,1 b 5- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...2,0...1,0) 4,9 cde 0,0 b 0,0 b 1,6 b 6- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...1,0...2,0) 5,5 cde 0,0 b 1,9 b 2,5 b 7- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID+ROUNDUP WG...U 46D-FLUID (1,5...1,0+1,5...1,0) 6,4 cde 0,0 b 1,0 b 2,5 b 8- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...1,0...1,0) 6,4 cde 0,0 b 0,8 b 2,4 b 9- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...2,0...1,0) 0,0 e 0,0 b 1,4 b 0,5 b 10- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...1,0...2,0) 3,6 cde 0,0 b 3,3 b 2,3 b 11- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID+ROUNDUP WG...U 46D- FLUID(2,5...1,0+1,5...1,0) 1,1 e 0,0 b 0,9 b 0,7 b 12- ROUNDUP WG+FINISH...U 46D-FLUID...U 46D- FLUID(1,5+1,5...2,0...1,0) 2,3 de 0,0 b 3,3 b 1,9 b 13- ROUNDUP WG+FINISH...U 46D-FLUID...U 46D- FLUID(2,5+1,5...2,0...1,0) 0,7 e 0,0 b 0,7 b 0,5 b 14- U 46D-FLUID...U 46D-FLUID(2,0...1,0) 13,5 bcd 0,3 b 35,4 a 16,4 ab C.V. (%) 29,5 33,7 47,5 58,3 Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade. No ensaio realizado na Fazenda Girassol, aos 45 DAT, todos os tratamentos diferiram estatisticamente da testemunha em termos de rebrota e com exceção dos de número 2, 3, 11 e 14, com 1,1, 0,4, 0,4 e 0,3%, todos os tratamentos propiciaram índice zero de rebrota nesta avaliação. Já no ensaio efetuado na Estação experimental da Unicotton, onde a testemunha se encontrava com índice de rebrota de 66,9%, todos os tratamentos também diferiram dela. As percentagens de rebrota observados foram, em ordem decrescente, de 36,9% para o tratamento 14, 10,2% para o tratamento 3, 3,5% para o de número 12, 3,3% para o número 2, 3,2% para o tratamento 4, 2,6% para o de número 6, 2,5% para o 11, 1,9% para os tratamentos 7 e 9, 1,8% para os tratamentos 5 e 10, 1,5% para o de número 13 e 1,2% para o número 8.

Tabela 05 Percentagem de rebrota da soqueira avaliada e por local e a média dos 3 ensaios aos 45 DAT (Dias após a 2ª aplicação). Ensaios de destruição química de soqueiras, safra 2001-2002. TRATAMENTOS Percentagem de rebrota por local SANTA MÔNICA GIRASSOL UNICOTTON MÉDIA 1- TESTEMUNHA 71,6 a 13,8 a 66,9 a 50,8 a 2- ROUNDUP WG (1,5) 32,4 b 1,1 b 3,3 c 11,9 b 3- ROUNDUP WG (2,5) 19,8 bc 0,4 b 10,2 c 10,1 b 4- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...1,0...1,0) 21,4 bc 0,0 b 3,2 c 8,2 b 5- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...2,0...1,0) 14,1 bc 0,0 b 1,8 c 5,3 b 6- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...1,0...2,0) 12,3 bc 0,0 b 2,6 c 5,0 b 7- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID+ROUNDUP WG...U 46D-FLUID (1,5...1,0+1,5...1,0) 12,9 bc 0,0 b 1,9 c 4,9 b 8- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...1,0...1,0) 4,6 cd 0,0 b 1,2 c 1,9 b 9- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...2,0...1,0) 1,4 d 0,0 b 1,9 c 1,1 b 10- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...1,0...2,0) 9,5 cd 0,0 b 1,8 c 3,8 b 11- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID+ROUNDUP WG...U 46D- FLUID(2,5...1,0+1,5...1,0) 5,6 cd 0,4 b 2,5 c 2,8 b 12- ROUNDUP WG+FINISH...U 46D-FLUID...U 46D- FLUID(1,5+1,5...2,0...1,0) 8,6 cd 0,0 b 3,5 c 4,1 b 13- ROUNDUP WG+FINISH...U 46D-FLUID...U 46D- FLUID(2,5+1,5...2,0...1,0) 8,8 cd 0,0 b 1,5 c 3,4 b 14- U 46D-FLUID...U 46D-FLUID(2,0...1,0) 19,9 bc 0,3 b 36,9 b 18,9 b C.V. (%) 25,2 33,0 45,6 43,2 Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade. Nesta avaliação, na qual todos os tratamentos diferiram em termos de percentagem média de rebrota, os maiores índices foram proporcionados pelos de número 2, 3 e 14, com 11,9, 10,1 e 18,9%, respectivamente. Entre os demais, os que proporcionaram as menores percentagens de rebrota foram os de número 8, 9 e 11 com 1,9, 1,1 e 2,8%, respectivamente. Nesta data, foi realizada a 3ª aplicação (seqüencial) nos tratamentos 4 a 14. Na avaliação de 15 dias após a 3ª aplicação (15 DAT3) (Tabela 6), no ensaio realizado na Fazenda Santa Mônica observa-se que todos os tratamentos diferiram da testemunha, que encontrava-se com 74,0% de plantas rebrotadas. Constata-se também que as menores percentagens foram propiciadas pelos tratamentos que combinaram as maiores doses dos produtos avaliados, ou seja os de número 9 e 10, com 0,6 e 0,7% de rebrota respectivamente. Em contrapartida, as maiores percentagens de rebrota foram propiciadas pelos tratamentos de número 2 e 3, que foram aplicados apenas em pré-colheita (35,6 e 21,9%, respectivamente) e pelo número 14, aplicado somente em pós colheita, com 13,9%.

Tabela 06 Percentagem de rebrota da soqueira avaliada e por local e a média dos 3 ensaios aos 15 DAT3 (Dias após a 3ª aplicação). Ensaios de destruição química de soqueiras, safra 2001-2002. TRATAMENTOS Percentagem de rebrota por local SANTA MÔNICA GIRASSOL UNICOTTON MÉDIA 1- TESTEMUNHA 74,0 a 58,4 a 73,6 a 68,7 a 2- ROUNDUP WG (1,5) 35,6 b 5,0 c 2,1 b 14,2 bc 3- ROUNDUP WG (2,5) 21,9 bc 0,8 c 14,8 b 12,5 bc 4- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...1,0...1,0) 12,2 cd 1,1 c 0,0 b 4,4 bc 5- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...2,0...1,0) 6,1 cde 2,0 c 0,0 b 2,7 bc 6- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...1,0...2,0) 2,1 de 1,5 c 0,0 b 1,2 bc 7- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID+ROUNDUP WG...U 46D-FLUID (1,5...1,0+1,5...1,0) 5,0 de 0,3 c 0,6 b 2,0 bc 8- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...1,0...1,0) 2,1 de 1,6 c 0,0 b 1,2 bc 9- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...2,0...1,0) 0,6 e 0,8 c 0,0 b 0,5 c 10- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...1,0...2,0) 0,7 e 0,0 c 0,0 b 0,2 c 11- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID+ROUNDUP WG...U 46D- FLUID(2,5...1,0+1,5...1,0) 2,2 de 0,0 c 0,0 b 0,7 c 12- ROUNDUP WG+FINISH...U 46D-FLUID...U 46D- FLUID(1,5+1,5...2,0...1,0) 4,8 de 6,6 bc 0,9 b 4,1 bc 13- ROUNDUP WG+FINISH...U 46D-FLUID...U 46D- FLUID(2,5+1,5...2,0...1,0) 3,3 de 3,5 c 0,0 b 2,3 bc 14- U 46D-FLUID...U 46D-FLUID(2,0...1,0) 13,9 cd 15,6 b 11,8 b 13,7 b C.V. (%) 29,5 37,0 58,5 37,0 Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade. No ensaio da Fazenda Girassol, novamente todos os tratamentos diferiram da testemunha, que apresentava 58,4% de rebrota, aos 15 DAT3. Neste caso, as menores percentagens de rebrota foram propiciadas pelos tratamentos 3 (0,8%), 7 (0,3%), 9 (0,8%), 10 e 11 (0%). O tratamento com maior percentagem de rebrota neste caso foi o número 14, com 15,6%. Todos os demais (2, 4, 5, 6, 8, 12 e 13) situaram-se abaixo de 7% de rebrota. Na Estação experimental da Unicotton, os tratamentos 4, 5, 8, 9, 10, 11 e 13, aos 15 DAT3, além de diferirem da testemunha, que encontrava-se com 73,6% de rebrota, não apresentaram plantas rebrotadas. Destaca-se também a performance dos tratamentos 7 e 12, com 0,6 e 0,9% de rebrota apenas, respectivamente. Os demais tratamentos, ou seja, 2, 3 e 14 propiciaram níveis de rebrota nos valores de 2,1, 14,8 e 11,8% respectivamente nesta avaliação. Avaliando a média dos ensaios aos 15 dias após a 3ª aplicação (15 DAT3), observou-se uma diminuição na rebrota nos tratamentos 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 13 e 14, que passaram de 8,2 para 4,4, de 5,3 para 2,7%, de 5,0 para 1,2%, de 4,9 para 2,0% e de 1,9 para 1,2%, de 1,1 para 0,5%, de 3,8 para 0,2%, de 2,8% para 0,7%, de3,4 para 2,3% e 18,9 para 13,7% respectivamente, na avaliação de 45 DAT para a avaliação de 15 DAT3. No tratamento 12 a

percentagem se manteve de uma avaliação para outra, com 4,1%. Nos demais tratamentos (testemunha, 2 e 3) foi observada um aumento na percentagem de rebrota da avaliação anterior (45 DAT) para esta (15 DAT3), coincidentemente os tratamentos que não receberam a terceira aplicação. Na avaliação de 30 DAT3 (Tabela 07), todos os tratamentos diferiram da testemunha, nos três ensaios. A testemunha apresentou pouca variação na percentagem de rebrota, com 73,6, 77,5 e 79,5% respectivamente na Fazenda Santa Mônica, Faz. Girassol e Estação experimental da Unicotton. No ensaio realizado na Fazenda Santa Mônica as menores percentagens de rebrota foram propiciados pelos tratamentos 8, 9, 10 e 12, com 2,9, 0,9, 1,3 e 2,2% de rebrota respectivamente, enquanto que as maiores foram dos tratamentos 2, com 36,7%, 3, com 20,7%, 4, com 9,4% e 14, com 8,3%. Conforme os dados obtidos no ensaio realizado na Fazenda Girassol, os melhores resultados foram proporcionados pelos tratamentos 3, com 2,7%, 9, com 2,3% e 10 com 0,7% de rebrota. Observa-se com performances menos eficientes no controle da rebrota da soqueira do algodoeiro os tratamentos 14, com 30,1%, 12, com 13,6% e 2, com 11,7% de rebrota. Já no ensaio efetuado na Estação experimental da Unicotton, aos 30 DAT3, verifica-se uma tendência bastante similar à observada nos demais ensaios, com relação à eficácia dos tratamentos. Observa-se que os de número 5, 8 e 10 propiciaram 0% de rebrota, mas verificase também excelente desempenho dos tratamentos 4, 6, 7, 9, 11 e 13, com 1,1, 1,3, 1,0, 0,3, 1,6 e 0,7% de rebrota apenas, respectivamente. As maiores percentagens de rebrota foram observados nos tratamentos 2, 3 e 14, com 4,2, 15,8 e 15,3% respectivamente. Observando-se as médias obtidas pelos tratamentos nos três ensaios, aos 30 DAT3, verifica-se que todos diferiram da testemunha, que apresentou média de 76,9% de plantas rebrotadas. Além disso, com exceção dos tratamentos 2 e 14, com 17,5 e 17,9% de rebrota, respectivamente, em relação ao de número 10, com 0,7%, nenhum tratamento diferiu entre si nesta avaliação Na última avaliação, ou seja, aos 45 dias após a 3ª aplicação (45 DAT3), conforme os dados da Tabela 8, no ensaio realizado na Fazenda Santa Mônica observa-se que todos os tratamentos diferiram da testemunha, que encontrava-se com 74,2% de plantas rebrotadas. É verificado também que as menores percentagens foram propiciadas pelos tratamentos que, ao longo de todo ensaio, já haviam propiciado os melhores resultados, ou seja, os de número 9 e 10, com 2,4 e 2,3% de rebrota respectivamente. No outro extremo, as maiores percentagens de

rebrota foram observadas nos tratamentos de número 2 e 3, que consistiram em aplicações somente em pré-colheita, com rebrota de 42,4 e 21,4%, respectivamente. Tabela 07 Percentagem de rebrota da soqueira avaliada e por local e a média dos 3 ensaios aos 30 DAT3 (Dias após a 3ª aplicação). Ensaios de destruição química de soqueiras, safra 2001-2002. Percentagem de rebrota por local MÉDIA TRATAMENTOS SANTA MÔNICA GIRASSOL UNICOTTON 1- TESTEMUNHA 73,6 a 77,5 a 79,5 a 76,9 a 2- ROUNDUP WG (1,5) 36,7 b 11,7 c 4,2 bc 17,5 bc 3- ROUNDUP WG (2,5) 20,7 bc 2,7 cd 15,8 bc 13,1 bcd 4- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...1,0...1,0) 9,4 cd 8,3 cd 1,1 c 6,2 bcd 5- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...2,0...1,0) 7,7 cd 9,5 cd 0,0 c 5,7 bcd 6- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...1,0...2,0) 3,2 d 3,8 cd 1,3 bc 2,8 bcd 7- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID+ROUNDUP WG...U 46D-FLUID (1,5...1,0+1,5...1,0) 5,2 cd 6,3 cd 1,0 bc 4,2 bcd 8- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...1,0...1,0) 2,9 d 3,9 cd 0,0 c 2,3 bcd 9- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...2,0...1,0) 0,9 d 2,3 cd 0,3 c 1,2 cd 10- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...1,0...2,0) 1,3 d 0,7 d 0,0 c 0,7 d 11- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID+ROUNDUP WG...U 46D- FLUID(2,5...1,0+1,5...1,0) 4,7 d 3,8 cd 1,6 bc 3,4 bcd 12- ROUNDUP WG+FINISH...U 46D-FLUID...U 46D- FLUID(1,5+1,5...2,0...1,0) 2,2 d 13,6 bc 2,8 bc 6,2 bcd 13- ROUNDUP WG+FINISH...U 46D-FLUID...U 46D- FLUID(2,5+1,5...2,0...1,0) 3,2 d 8,9 cd 0,7 c 4,3 bcd 14- U 46D-FLUID...U 46D-FLUID(2,0...1,0) 8,3 cd 30,1 b 15,3 b 17,9 b C.V. (%) 29,3 28,1 50,7 33,0 Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade. No ensaio da Fazenda Girassol, novamente todos os tratamentos diferiram da testemunha, que apresentava 85,4% de rebrota, aos 45 DAT3. Neste caso, as menores percentagens de rebrota foram, como no ensaio anterior, propiciadas pelos tratamentos 9 (3,0%) e 10 (2,3%). Os tratamentos com maior perecentagem de rebrota neste caso foram os de número 2 e 14, com 17,5 e 32,4%, respectivamente. Todos os demais não diferiram entre si e propiciaram valores de percentagem de rebrota entre 6,1% (Tratamento 11) e 14,8% (Tratamento 4). Na Estação experimental da Unicotton, destaca-se a performance do tratamento 8, nesta última avaliação, aos 45 DAT3, sendo que, além de diferir da testemunha, que encontrava-se com 86,7% de rebrota, não apresentou rebrota em nenhuma das plantas avaliadas. Os tratamentos 4, 5, 6, 7, 9, 10, 11, 12 e 13, além de não diferir do tratamento 8, propiciaram bom índice de controle das soqueiras, apresentando valores de percentagem de rebrota de 2,2; 0,9; 2,8; 3,1; 1,1; 0,6; 1,7; 3,4 e 1,2% respectivamente.

Aos 45 DAT3, na média dos 3 ensaios realizados, observa-se que todos os tratamentos diferiram da testemunha, que na média encontrava-se com 82,1% das plantas rebrotadas, mas apenas o tratamento 10, com 1,7% de rebrota, diferiu dos tratamentos 2 e 14, com 22,4 e 21,4%. Não foi verificada diferença estatística entre os demais tratamentos. Observa-se claramente que as menores percentagens de rebrota foram verificadas, em média, nos tratamentos que possuíam a maior dose de Roundup WG (2,5 Kg/ha) aplicado em pré colheita, em comparação com a menor dose (1,5 Kg/ha), mantida a mesma seqüência de aplicações após a roçada, como segue: no tratamento 2 versus o 3, 22,4% contra 14,4%; tratamento 4 versus tratamento 8, 10,5% contra 3,6%; 5 versus 9, 8,4% contra 2,2%; 6 versus 10, 6,1% a 1,7%; tratamento 7 em comparação ao 11, 7,6% versus 4,2% e tratamento 12 versus tratamento 13, 6,5% a 5,7%. No caso do tratamento 14, onde foram feitas aplicações somente após a roçada, verificou-se que este não propiciou controle satisfatório da rebrota da soqueira do algodoeiro nesta avaliação, com índice de 21,4% de rebrota. Tabela 08 Percentagem de rebrota da soqueira avaliada e por local e a média destes 3 ensaios aos 45 DAT3 (Dias após a 3ª aplicação). Ensaios de destruição química de soqueiras, safra 2001-2002. Percentagem de rebrota por local TRATAMENTOS SANTA MÉDIA GIRASSOL UNICOTTON MÔNICA 1- TESTEMUNHA 74,2 a 85,4 a 86,7 a 82,1 a 2- ROUNDUP WG (1,5) 42,4 b 17,5 bc 7,4 bc 22,4 b 3- ROUNDUP WG (2,5) 21,4 c 4,3 cd 17,5 bc 14,4 bc 4- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...1,0...1,0) 14,3 cd 14,8 bcd 2,2 c 10,5 bc 5- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...2,0...1,0) 13,6 cd 10,7 cd 0,9 c 8,4 bc 6- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (1,5...1,0...2,0) 7,6 cde 7,9 cd 2,8 c 6,1 bc 7- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID+ROUNDUP WG...U 46D-FLUID (1,5...1,0+1,5...1,0) 10,8 cde 8,7 cd 3,1 c 7,6 bc 8- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...1,0...1,0) 4,9 de 5,8 cd 0,0 c 3,6 bc 9- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...2,0...1,0) 2,4 e 3,0 d 1,1 c 2,2 bc 10- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID...U 46D-FLUID (2,5...1,0...2,0) 2,3 e 2,1 d 0,6 c 1,7 c 11- ROUNDUP WG...U 46D-FLUID+ROUNDUP WG...U 46D- FLUID(2,5...1,0+1,5...1,0) 4,7 de 6,1 cd 1,7 c 4,2 bc 12- ROUNDUP WG+FINISH...U 46D-FLUID...U 46D- FLUID(1,5+1,5...2,0...1,0) 3,1 de 13,2 bcd 3,4 c 6,5 bc 13- ROUNDUP WG+FINISH...U 46D-FLUID...U 46D- FLUID(2,5+1,5...2,0...1,0) 3,8 de 12,1 bcd 1,2 c 5,7 bc 14- U 46D-FLUID...U 46D-FLUID(2,0...1,0) 7,3 cde 32,4 b 24,6 b 21,4 b C.V. (%) 24,0 24,9 46,1 31,0 Médias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem entre si pelo Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Conclusão Todos os tratamentos utilizados propiciaram redução da percentagem de rebrota das soqueiras, em relação à testemunha, nos três ensaios realizados; Roundup WG a 1,5 Kg/ha aplicado em pré colheita (Tratamento 2) em comparação a duas aplicações de U 46 D-Fluid 2,4-D nas doses de 2,0 e 1,0 l/ha, uma logo após a roçada (5 a 20 minutos) e outra 45 dias após esta (Tratamento 14), foram estatisticamente iguais entre si mas inferiores a Roundup WG a 2,5 Kg/ha aplicado em pré colheita (Tratamento 3), na redução da rebrota da soqueira do algodoeiro; Os menores índices de rebrota foram poporcionados pelos tratamentos nos quais as doses dos produtos utilizados em combinação foram as maiores, ou seja: - Tratamento 9: Roundup WG (2,5 Kg/ha), aplicado em pré-colheita, seguido pela aplicação de U 46 D-Fluid 2,4-D (2,0 l/ha) logo após a roçada (5 a 20 minutos) e complementado por U 46 D-Fluid 2,4-D (1,0 l/ha) aos 45 dias após a roçada e - Tratamento 10: Roundup WG (2,5 Kg/ha) aplicado em pré-colheita, seguido pela aplicação de U 46 D-Fluid 2,4-D (1,0 l/ha) logo após a roçada (5 a 20 minutos)e complementado por U 46 D-Fluid 2,4-D (2,0 l/ha) aos 45 dias após a roçada. A adição de Finish a Roundup WG no momento da aplicação em pré colheita não interferiu significativamente no efeito supressor da rebrota propiciada pelo produto; O produto Roundup WG, quando aplicado em pré colheita, em combinações ou isoladamente, provocou atraso na rebrota das soqueiras, em relação à testemunha. Este fato amplia o período de tempo para a realização da complementação mecânica no processo de destruição das soqueiras sem aumento do potencial de pragas e doenças; Apesar de nenhum dos tratamentos avaliados terem proporcionado 100% de controle da rebrota da soqueira do algodoeiro, em alguns casos podem ser utilizados como método isolado e/ou ser complementado pelo manejo mecânico.

Bibliografia Anuário Brasileiro do Algodão 2001. Fundação MT., Rondonópolis, MT: Fundação MT, 2001. 144 p. Fundação MT. Boletim de pesquisa de algodão, Rondonópolis, MT: Fundação MT, 2001. 238 p. (Fundação MT. Boletim, 04). MATO GROSSO. LIDERANÇA E COMPETITIVIDADE, 03. Boletim 03. Fundação MT/EMBRAPA, 1999. 182 p. Vieira, C.P.; Cunha, L. J. C.; Zófoli, R. C. Colheita. In: Algodão: Tecnologia de produção. Dourados: EMBRAPA Agropecuária Oeste, 2001, p. 273-277.