Instituições de Direito Público e Privado. Parte VII Casamento

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1. Fontes das relações jurídicas familiares (Modos de constituição da família):

Transcrição:

Instituições de Direito Público e Privado Parte VII Casamento

1. Casamento Conceito

Casamento é Instituição Antiquíssima, Já Registrado no Antigo Egito e Babilônia

Casamento é o vínculo jurídico entre o homem e a mulher [ou entre pessoas do mesmo sexo], livres, que se unem, segundo as formalidades legais, para obter o auxílio mútuo material e espiritual, de modo que haja uma integração fisiopsíquica, e a constituição de uma família. Maria Helena Diniz

... instituto civil pelo meio do qual, atendida às solenidades legais (habilitação, celebração e registro), estabelece entre duas pessoas a comunhão plena de vida em família, com base na igualdade de direitos e deveres, vinculando os cônjuges mutuamente como consortes e companheiros entre si, responsáveis pelos encargos da família. Cléver Jatobá

Casamento: Diversidade de Sexos? STF, ADIn 4277/DF, Rel. Min. Ayres Britto, DJe 14/10/2011 A Constituição não interdita a formação de família por pessoas do mesmo sexo. Consagração do juízo de que não se proíbe nada a ninguém senão em face de um direito ou de proteção de um legítimo interesse de outrem, ou de toda a sociedade, o que não se dá na hipótese sub judice [...] Ante a possibilidade de interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do Código Civil, não resolúvel à luz dele próprio, faz-se necessária a utilização da técnica de interpretação conforme à Constituição. Isso para excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva.. Resolução 175/2013-CNJ

Imagem de Impacto

1. Casamento Impedimentos

Casamento: Impedimentos Art. 1.521 do CC. Não podem casar: I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o adotado com o filho do adotante; VI - as pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte..

Características Consanguinidade (I e IV) Afinidade (II) Adoção (I, III e V) Vínculo (VI) Criminal (VII) a) Se funda em razões morais (evitar relações incestuosas) e eugênicas (evitar degenerações futuras); b) Não podem casar ascendentes com descendentes (em qualquer grau), os irmãos ou tios com sobrinhos. a) Não podem casar sogra e genro, sogro e nora, padrasto e enteada, ou qualquer descendente do cônjuge, mesmo que já dissolvido o vínculo conjugal. a) Decorrência natural do respeito familiar; b) Não podem casar adotante e adotado, o adotante com o ex-cônjuge do adotado, o adotado com o ex-cônjuge do adotante ou o adotado com o filho do adotante. a) Proibição da bigamia; b) Não pode casar quem já é casado. a) Fundado em razões éticas; b) Não podem casar o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio doloso, consumado ou tentado, contra o seu consorte.

1. Casamento Regimes de Bens

Chamamos de regime de bens o conjunto de regras que vão ser aplicadas aos bens do marido e da mulher, tanto os bens de antes do casamento quanto aqueles que forem sendo adquiridos na constância do casamento. Aldemiro Dantas Jr.

Casamento: Regimes São essas regras do regime de bens que definirão: Se os bens que os cônjuges já possuíam ao casar passarão a ser comuns aos dois; Se cada qual continuará com esses bens como sendo apenas seus, mas os que forem sendo comprados durante o casamento pertencerão em comum aos dois; Se tanto os bens anteriores ao casamento quanto os que forem sendo comprados durante o casamento serão particulares de cada um, em vez de comuns; Se todos os bens serão particulares, exceto determinado bem (um imóvel, por exemplo) que pertencerá aos dois, em comunhão; Se todos os bens serão comuns, exceto determinado bem, que continuará a ser particular de um dos dois.

Casamento: Regimes São infinitos os regimes de bens. O CC apresentou as características dos regimes de bens mais comuns, mas os cônjuges são livres para criar seu próprio regime de bens, com regras diferentes daquelas que estão previstas no Código. A única exigência que a lei faz é que esse regime de bens criado pelos dois não viole as disposições legais. Esse regime de bens, como regra, pode ser livremente escolhido pelas partes, que definirão as regras aplicáveis aos patrimônios dos cônjuges.

Casamento: Regimes Art. 1.639 do CC. É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver.. Art. 1.640 do CC. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo de habilitação, optar por qualquer dos regimes que este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o pacto antenupcial por escritura pública, nas demais escolhas..

Casamento: Regimes O CC apresenta os seguintes regimes de bens: 1) Comunhão parcial; 2) Comunhão universal; 3) Participação final nos aquestos; 4) Separação de bens.

Casamento: Regimes (Comunhão Parcial) É o regime que vigora quando não há manifestação de vontade dos nubentes chamado de regime legal (art. 1.640 do CC). O regime de comunhão parcial faz surgir três massas distintas de bens: 1)bens particulares do marido; 2) bens particulares da esposa; 3) bens comuns do casal. Todos os bens adquiridos individualmente antes do casamento permanecem exclusivamente ao adquirente.

Casamento: Regimes (Comunhão Parcial) Os bens que forem comprados durante o casamento serão de ambos, mesmo que comprados em nome de apenas um deles. Se o marido comprar um carro apenas em seu nome, por exemplo, ainda assim o carro pertencerá a ele e à esposa, em partes iguais. Os bens que forem recebidos por doação ou por herança, durante o casamento, serão exclusivos daquele que os recebeu. Morre o pai da mulher e a mesma recebe a herança: esse patrimônio herdado do pai será exclusivo da mulher, não se comunicando com o patrimônio do marido.

Casamento: Regimes (Comunhão Parcial) Também será exclusivo o bem comprado durante o casamento com o dinheiro da venda de outro bem que era exclusivo. Se a mulher vende por R$ 500.000,00 um imóvel que era exclusivamente dela e com o dinheiro compra outro imóvel, no valor de R$ 400.000,00, esse novo imóvel continuará a ser exclusivo da mulher. Mas se a mulher vendeu esse imóvel exclusivo por R$ 500.000,00 e comprou um outro, no valor de R$ 1.000.000,00, metade dele será exclusiva da mulher (a quantia que era dela corresponde à metade do valor do bem), e a outra metade será dela e do marido, em partes iguais (mulher: 75%; marido: 25% do imóvel). Já se o marido comprou um imóvel financiado, para pagar em 100 prestações, e, na época do casamento, já havia pago 80 parcelas (80% do total), vindo a pagar o restante durante o casamento, 80% do imóvel pertencerá exclusivamente ao marido, e os outros 20% serão dos dois, em partes iguais (marido: 90%; mulher 10% do imóvel).

Casamento: Regimes (Comunhão Parcial) Os prêmios ganhos em loteria ou sorteio pertencerão aos dois, em comum, ainda que apenas um deles tenha jogado. O marido, há 20 anos, sempre joga nos mesmos números, nos concursos da loteria. Após caso seu bilhete é premiado. Esse prêmio pertencerá aos dois, em partes iguais, ainda que só o marido tenha feito o jogo. Pertencem aos dois, em comum, as benfeitorias e os frutos referentes aos bens particulares de cada um deles. O marido é o dono exclusivo de um imóvel. Se esse imóvel for alugado, os aluguéis pagos pelo inquilino (os frutos) pertencerão ao marido e à mulher.

Casamento: Regimes (Comunhão Total) Todos os bens que marido e mulher já possuíam ao casar passarão a pertencer aos dois. Tudo o que for comprado, recebido em doação ou por herança por um deles também pertencerá aos dois. Existem poucas exceções à comunhão, valendo-se destacar os bens que sejam doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e as dívidas anteriores ao casamento.

Casamento: Regimes (Participação Final nos Aquestos) Regime híbrido e muito raro. Ao longo do casamento os patrimônios não se misturam, e cada um deles, marido e mulher, tem o seu patrimônio individual, formado pelo que já possuía ao casar e pelo que for adquirido durante o casamento. Quando a sociedade conjugal terminar, os bens comprados durante o casamento passarão a ser comuns aos dois, devendo ser feita a divisão em partes iguais. Na prática, enquanto durar a sociedade conjugal, regime será semelhante ao da separação; após o término desta, o regime já passa a apresentar semelhança com o da comunhão parcial.

Casamento: Regimes (Separação de Bens) Nada se comunica, ou seja, o que o marido e a mulher já possuíam ao casar, continuará a ser de cada um deles, com exclusividade, e tudo o que for adquirido na constância do casamento, seja por compra, doação ou herança, será exclusivo daquele que adquiriu, não integrando qualquer patrimônio comum. A única imposição que a lei faz é que os dois cônjuges contribuam para as despesas do casal na proporção dos respectivos rendimentos, a não ser que ajustem de modo diverso, o que poderá ser feito no pacto antenupcial. Art. 1.641 do CC. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; II da pessoa maior de 70 (setenta) anos; III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial..

1. Casamento Divórcio

A sociedade conjugal termina: [...] pelo divórcio, que, em razão de fatos supervenientes ao casamento válido, dissolve tanto a sociedade conjugal como o vínculo matrimonial, autorizando os consortes a se casarem novamente... Maria Helena Diniz

Casamento: Divórcio Art. 226 da CRFB. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 6º. O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.. De 1977 até 2010, para divorciar-se era necessário antes que o casal passasse pela fase de separação. Esse procedimento tornou-se dispensável a partir de 2010. Alterações na Lei do Divórcio acabaram com a exigência de uma prévia separação para a realização de divórcio, tornando inexigível tanto a separação judicial quanto o prazo de separação de fato para requerimento de divórcio.

Casamento: Divórcio O divórcio, no Brasil, pode ocorrer de duas formas: Judicial; Extrajudicialmente. O divórcio extrajudicial pode ser realizado por casais sem filhos menores ou incapazes e que concordem com a separação. Neste modelo, exige-se que todos os termos do acordo sejam aceitos por ambas as partes, não havendo a necessidade de um processo judicial. Basta que o casal, acompanhado de um advogado, dirija-se a um cartório para dar início ao procedimento.

Casamento: Divórcio Já o divórcio judicial é a via indicada quando não há acordo dos cônjuges quanto aos seus termos, ou ainda quando possuírem filhos menores ou incapazes. A culpa pela separação não existe mais para se discutir o fim do casamento, pois o divórcio é direito potestativo e irresistível (basta um dos cônjuges querer). Contudo, a culpa prossegue para a questão de alimentos, guarda de filhos e dano moral

Obrigado!