SUMÁRIO APRESENTAÇÃO DESTAQUES BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS

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Transcrição:

Ministério de Minas e Energia Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis Departamento de Combustíveis Renováveis BOLETIM MENSAL DOS COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS EDIÇÃO N o 82 Novembro/2014 SUMÁRIO Destaques 2 Biodiesel Produção 5 Capacidade 5 Localização 6 Atos Normativos 7 Preços e Margens 7 Entregas dos Leilões 8 Preço das Matérias-Primas 9 Participação das Matérias- Primas 12 Produção Regional 14 Não Conformidades no Diesel B 14 Consumo Internacional 14 Etanol APRESENTAÇÃO Nesta edição, são apresentadas informações e dados atualizados relativos à produção e aos preços dos biocombustíveis. Como destaques principais do mês, temos: Alteração no Selo Combustível Social beneficia mais agricultores familiares; Investimentos do Setor Sucroenergético; Publicação do BNDES - Panorama Setorial 2015-2018; e Agência Internacional de Energia promove workshop regional para discussão sobre bioenergia. O Boletim é parte do esforço contínuo do Departamento de Combustíveis Renováveis (DCR) em tornar transparentes as informações sobre biocombustíveis, divulgando-as de forma consolidada a agentes do setor, órgãos públicos, universidades, associações, imprensa e público em geral. O Boletim é distribuído gratuitamente por e-mail e está disponível para consulta no endereço virtual www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html. Produção e Consumo 15 Exportação e Importações 16 Frota Flex-Fluel 16 Preços da Cana-de-Açúcar 17 Preços 17 Margens 18 Paridade de Preços 19 Preços do Açúcar 20 Não Conformidades 20 Consumo Internacional 21 Biocombustíveis Variação de Matérias- Primas e do IPCA 21 Números do Setor 22 DESTAQUES Muito obrigado, A Equipe do DCR Publicado em 19.12.2014

Alteração no Selo Combustível Social beneficia mais agricultores familiares Mudanças no Selo Combustível Social vão incentivar ainda mais a produção de oleaginosas da agricultura familiar. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) adotou novas medidas na concessão do Selo para incentivar a compra regional de oleaginosas de agricultores familiares, diversificar a matéria-prima na produção do biocombustível e reduzir as desigualdades regionais. Foi publicada nesta quinta-feira (27), no Diário Oficial da União, a portaria que aplica novos cálculos de incentivos para aquisição de matéria-prima do Semiárido, para compras locais no Sudeste e Centro-Oeste e para a utilização de alternativas à soja na produção do biodiesel. De acordo com o coordenador-geral de Biocombustíveis do MDA, André Grossi Machado, a portaria não obriga a compra regional de oleaginosas, mas a proposta é incentivar as empresas a trabalharem com agricultores familiares locais e aumentar a aquisição de outras oleaginosas como canola, girassol, mamona, macaúba, entre outros. As medidas aumentam os incentivos para quem compra do Semiárido e cria um novo multiplicador para empresas das regiões Sudeste e Centro-Oeste que adquirirem oleoginosas de agricultores familiares de suas respectivas regiões. É um incentivo para que as usinas comprem em suas próprias regiões. É uma forma que encontramos para promover arranjos produtivos locais e incentivar a distribuição das aquisições, afirma o coordenador. Cálculo Os multiplicadores para aquisição de oleaginosas do Semiárido sobem de 2 para 3. Os multiplicadores para compra de oleaginosas que não sejam soja passam de 2 para 4. Ou seja, para cada R$ 1 comprado em matéria-prima alternativa, a empresa terá R$ 4 na conta do Selo. E para incentivar as empresas do Sudeste e Centro-Oeste a comprarem de agricultores familiares locais, o incentivo criado será de 1,5. Segundo o coordenador do MDA, os benefícios são cumulativos, já que a combinação das metas é positiva. A empresa que comprar uma oleaginosa alternativa no Nordeste, por exemplo, a cada R$ 1 que ela adquirir, ela vai ter R$ 12 de incentivo. Consequentemente, todos eles combinados, multiplicam entre si, explica André. Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel O Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) visa promover o novo combustível em diversas regiões, gerando inclusão social, desenvolvimento regional, emprego e renda para o agricultor familiar. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) concede o Selo de Combustível Social aos produtores de biodiesel que apoiam os agricultores e concede a eles o acesso a melhores condições de financiamentos, além de alíquotas reduzidas do Programa de Integração Social (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Atualmente, 42 empresas produtoras de biodiesel possuem a concessão do Selo Combustível Social, juntas elas comercializam aproximadamente 99% da produção nacional. No total, cerca de 85 mil agricultores familiares e 77 cooperativas são beneficiadas pelo Programa. Câmara Técnica Também foi criada, nesta quinta-feira (27), a Câmara Técnica de Avaliação e Acompanhamento do Selo Combustível Social que terá a participação de representantes do MDA, movimentos sociais, associações e empresas do setor. O objetivo é monitorar a participação da agricultura familiar no PNPB e auxiliar no aperfeiçoamento do Selo e nas avaliações de demandas e propostas. Fonte: Ministério de Desenvolvimento Agrário (http://www.mda.gov.br) 2

Investimentos do Setor Sucroenergético O desembolso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES destinado ao setor sucroenergético até outubro manteve a mesma performance do ano anterior. No acumulado até outubro, os investimentos alcançaram R$5,73 bilhões, 0,2% acima do registrado no mesmo período de 2013. O montante já é maior que os R$ 4,1 bilhões desembolsados para o setor em 2012. O investimento destinado à produção de etanol foi o de maior volume financeiro com R$2,189 bilhões, 38% dos recursos destinados ao setor sucroenergético. Seguido pela produção de açúcar, que representou 31% dos recursos desembolsados pelo banco de fomento, R$ 1,805 bilhões. Já a fase agrícola representou 29% dos recursos, R$ 1,66 bilhões. A cogeração de energia apresentou baixa representatividade, R$ 0,2 bilhões. A melhor performance da cogeração de energia foi obtida em 2008, quando foram desembolsados R$ 0,855 bilhões. O BNDES encerrou outubro com estabilidade em seu volume de desembolsos, que atingiram R$ 146,5 bilhões nos dez primeiros meses do ano. Fato que destaca o setor sucroenergético como responsável por 2,8% deste desembolso e situação de estabilidade similar a do setor sucroenergético. O resultado indica que o Banco deve fechar 2014 com nível semelhante de desembolsos em relação ao ano passado, quando foram liberados R$ 190,4 bilhões. Fonte: Ministério de Minas e Energia (www.mme.gov.br) Publicação do BNDES - PANORAMA SETORIAL 2015-2018 No inicio de dezembro, o BNDES publicou o livro PANORAMA SETORIAL 2015-2018, que traça as perspectivas do investimento para a economia brasileira nos próximos 4 anos. Em sua nona versão, o mapeamento abrange projetos e planos estratégicos de investimento de empresas não restritos àqueles apoiados especialistas setoriais do BNDES (39% do total do investimento). A publicação traçou o perfil do setor sucroenergético e analisou os seus pontos fortes e fracos, bem como, as oportunidades. O BNDES destacou que o setor sucroenergético ainda enfrenta os efeitos negativos da crise financeira do fim da última década e está com um endividamento elevado. Soma-se às dificuldades financeiras, o efeito de safras de clima adverso, o aumento estrutural dos custos e, consequentemente, o achatamento da faixa de rentabilidade das empresas. Atualmente, a forte pressão altista sobre os custos de produção é a principal fragilidade do setor. Na visão dos analistas do Banco, diversos fatores conjunturais podem explicar essa tendência, como a baixa renovação de canaviais e as adversidades climáticas verificadas nos últimos anos. Contudo, quando se analisa a curva de produtividade de longo prazo, verifica-se uma clara redução dos incrementos ao longo dos anos, sugerindo a influência de fatores de caráter estrutural. Destacam-se o ritmo lento e os níveis aquém dos desejados dos investimentos em desenvolvimento tecnológico agrícola e industrial. A análise do BNDES destaca, ainda, que os fundamentos principais que moldam o futuro do setor persistem e continuarão a persistir no horizonte aqui considerado. Porém, é incerta a apropriação destes ganhos pelas empresas do setor. Existe grande heterogeneidade entre os grupos econômicos que processam cana- -de-açúcar no Brasil. As diferenças variam segundo a natureza e o tamanho desses grupos. Soma-se a isso o crescimento consistente dos custos de produção do açúcar e do etanol, cujos preços de venda não vêm remunerando suficientemente os fatores de produção. 3

Pontualmente, grandes grupos econômicos vêm investindo em novas tecnologias de produção, como o etanol de segunda geração, bem como em novos produtos feitos a partir da cana, como o diesel e o querosene de aviação que podem trazer ganhos de produtividade às empresas. Além dos biocombustíveis, os produtos químicos produzidos a partir da biomassa da cana também vêm sendo alvo de P&D no setor sucroenergético. Ademais, na visão do BACEN, a cogeração de energia a partir da biomassa da cana ressurge no horizonte como importante fonte de receita. Com a estiagem verificada nos reservatórios das hidroelétricas, o preço da energia no mercado spot tem premiado o cogerador com capacidade de geração excedente a contratada. Fonte: Ministério de Minas e Energia (www.mme.gov.br); Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES (http://www.bndes.gov.br) Agência Internacional de Energia promove workshop regional para discussão sobre bioenergia A Agência Internacional de Energia (AIE) lançará no primeiro semestre de 2015 uma plataforma de conhecimento que tem como objetivo ser a referência para políticas públicas em bioenergia a nível global. Como forma de reunir material qualificado para fundamentar esta plataforma, a AIE realizou três eventos regionais em parceria com a FAO. Os dois primeiros eventos foram realizados, um em Durban, na África do Sul e outro em Bangkok, na Tailândia, com enfoques na África e na Ásia respectivamente. O terceiro encontro regional foi realizado nos dias 27 e 28 de novembro último em Piracicaba, contemplando a discussão sobre bioenergia no contexto da América Latina. O evento da AIE/FAO foi elaborado em estreita cooperação entre o MME e em parceira com a UNICA e com o CTC. Ao todo, foram realizados cinco painéis temáticos, mediados pelos representantes da AIE, nos dois dias de evento. Destacam-se as participações de diversos especialistas, brasileiros e estrangeiros, que discutiram na sede do CTC em Piracicaba os aspectos mais relevantes para o desenvolvimento da bioenergia na região. Todo o material referente às discussões havidas no evento em Piracicaba pode ser encontrado no site abaixo: http:// www. iea. org/ workshop/ south- america- expert- workshop- on- bioenergy- in- saopaulo-brazil.html Fonte: Ministério de Minas e Energia (www.mme.gov.br) 4

BIODIESEL Biodiesel: Produção Acumulada e Mensal Dados preliminares com base nas entregas dos leilões promovidos pela ANP mostram que a produção em outubro de 2014 foi de 308 mil m³. No acumulado do ano, a produção atingiu 2.744 mil m³, um acréscimo de 12,6% em relação ao mesmo período de 2013 (2.438 mil m³). Abaixo, são apresentadas, para os períodos de mistura B5 (até junho de 2014) e B6 (julho até outubro), a produção acumulada anual e, posteriormente, a produção mensal com a variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior. Biodiesel: Capacidade Instalada A capacidade instalada, autorizada a operar comercialmente, em outubro de 2014, ficou em 7.502 mil m³/ano (625 mil m³/mês). Dessa capacidade, 90% são referentes às empresas detentoras do Selo Combustível Social. 5

Em outubro havia 54 unidades aptas a operar comercialmente, com uma capacidade média instalada de 139 mil m³/ano (386 m³/dia). O número de unidades detentoras do Selo Combustível Social em outubro era 42. Biodiesel: Localização das Unidades Produtoras Região nº usinas Capacidade Instalada mil m 3 /ano % N 3 191 3% NE 3 455 6% CO 25 3.312 44% SE 10 918 12% S 13 2.626 35% Total 54 7.502 100% OBS: contempla apenas usinas com Autorização de Comercialização na ANP e Registro Especial na RFB/MF. Posição em 31/10/2014. 6

Biodiesel: Atos Normativos, Autorizações de Produtores e o endereço eletrônico para o Boletim Mensal do Biodiesel emitido pela ANP Atos Normativos Portaria MDA nº 80/2014 cria a Câmara Técnica do Selo Combustível Social; Portaria MDA nº 81/2014 dispõe sobre os critérios e procedimentos relativos à concessão, manutenção e uso do Selo Combustível Social; Instrução Normativa RFB nº 1.514/2014 disciplina a incidência da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na aquisição de matérias-primas destinadas à produção de biodiesel; e Aviso de Licitação ANP nº 56/2014 40º Leilão de Biodiesel (L40), biodiesel para o 1º bimestre 2015. Produtores Autorizações ANP de Construção nº 468/2014 (Minerva GO, ampliação da capacidade de 45 m³/d para 200 m³/d) e de Operação nº 492/2014 (SPBIO SP, ampliação da capacidade de 83,28 m³/d para 200 m³/d). Boletim Mensal do Biodiesel emitido pela ANP (endereço eletrônico) http://www.anp.gov.br > biocombustíveis > biodiesel > Boletim Mensal do Biodiesel Biodiesel: Preços e Margens O gráfico a seguir apresenta a evolução de preços de biodiesel (B100) e de diesel no produtor, na mesma base de comparação (com PIS/COFINS e CIDE, sem ICMS). Em outubro de 2014 o preço médio do biodiesel no produtor foi de R$ 1,91, sendo 10,5% superior à média do diesel (R$ 1,73). Os demais gráficos mostram os preços de venda da mistura obrigatória ao consumidor e ao posto revendedor final. Mostra-se, também, o comportamento das margens de revenda. 7

No mês de outubro, o preço médio de venda da mistura, na época com B6, ao consumidor não apresentou variação em relação ao mês anterior. No preço intermediário (venda pelas distribuidoras aos postos revendedores), houve acréscimo de 0,1%. A margem bruta de revenda da mistura registrou decréscimo de 0,6%. Biodiesel: Entregas nos Leilões e Demanda Estimada O gráfico a seguir apresenta as entregas nos leilões promovidos pela ANP e nos leilões de estoque para atender a demanda obrigatória de B5 (até junho de 2014) e B6 (de julho a outubro de 2014). 8

O desempenho médio das entregas nos leilões públicos promovidos pela ANP é mostrado no gráfico a seguir. Contratualmente, a faixa de variação das entregas permitida é entre 90% e 110% na média do leilão, atualmente bimestral. Em outubro, a performance ficou em 96%. Biodiesel: Preços das Matérias-Primas O gráfico abaixo apresenta a evolução do preço da soja em grão no Paraná, Bahia e Mato Grosso. Na continuação, apresentamos as séries históricas do preço do óleo de soja em São Paulo, em Rosário (Argentina) e na Bolsa de Chicago (Estados Unidos), estas últimas convertidas para Real (R$) por litro. 9

No gráfico a seguir, apresentamos as cotações internacionais de outras matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel. Posteriormente, apresentamos as cotações do sebo bovino. No próximo gráfico, é mostrada a variação acumulada do óleo e do grão de soja, com referência a janeiro de 2011. No gráfico a seguir, apresentamos as cotações dos preços de exportação e importação brasileiras de matérias-primas que podem ser utilizadas na produção de biodiesel. Na sequência, apresentamos uma 10

comparação entre os preços do óleo de soja em São Paulo e os preços do óleo de soja nas exportações brasileiras. O gráfico abaixo apresenta a evolução de preços do biodiesel nos leilões promovidos pela ANP, comparados a outras commodities. Todos os valores foram convertidos para uma mesma base (US$/BBL), sem tributos. 11

As cotações de insumos alcoólicos utilizados na produção de biodiesel são apresentadas na continuação. Biodiesel: Participação das Matérias -Primas O gráfico a seguir apresenta a evolução da participação das matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel. Em 2014, no acumulado até setembro, a participação das três principais matérias-primas foi: 75,4% (soja), 20,1% (gordura bovina) e 1,8% (algodão). Nos gráficos a seguir, apresentamos a participação das principais matérias-primas utilizadas na produção de biodiesel para cada região do Brasil. Observa-se que, na maioria das regiões, o óleo de soja é a principal matéria-prima, seguido da gordura bovina e do óleo de algodão. 12

13

Biodiesel: Distribuição Regional da Produção A produção regional, em setembro de 2014, apresentou a seguinte distribuição: 42,1% (Centro-Oeste), 42,9% (Sul), 6,7% (Sudeste), 86,5% (Nordeste) e 1,8% (Norte). Biodiesel: Não Conformidades no Óleo Diesel (B5) A ANP analisou 5.254 amostras da mistura B6 comercializada no mês de outubro. O teor de biodiesel fora das especificações representou 12,4 % do total de não conformidades identificadas. Biodiesel: Consumo em Países Selecionados Em 2013 o Brasil foi o segundo maior consumidor de biodiesel, atrás somente dos Estados Unidos da América. Até outubro de 2014, estima-se o consumo brasileiro em 2,7 milhões de metros cúbicos, descontando-se a exportação de aproximadamente 41 mil metros cúbicos. 14

Etanol: Produção e Consumo Mensais ETANOL A moagem de cana-de-açúcar, de acordo com o MAPA, fechou o mês de outubro com um volume total de 527,6 milhões de toneladas. O gráfico a seguir mostra a comparação do cronograma de moagem esperado, de acordo com a previsão de moagem total de cana de açúcar feita pela CONAB, com a moagem realizada. De acordo com a CONAB, em seu 2 Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar, referente à safra 2014/2015, espera-se que sejam moídas 659,1 milhões de toneladas de cana, o que representaria um volume praticamente igual ao volume moído na safra passada. Até o momento, o gráfico de acompanhamento da moagem mostra que o cronograma encontra-se dentro do esperado pela CONAB. A produção de etanol referente à safra 2014/2015 no mês de outubro foi de 3,96 bilhões de litros de etanol. Naquele mês, foram produzidos 1,48 bilhões de litros de etanol anidro e 2,48 bilhões de litros de etanol hidratado. Em outubro o consumo de etanol foi de 2,32 bilhões de litros de etanol, sendo 954 milhões de litros de etanol anidro e 1,37 bilhão de litros de etanol hidratado. Os números de setembro e de outubro, de produção e consumo, tem como fontes o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 15

Etanol: Exportações e Importações Em outubro, as exportações brasileiras de etanol somaram 101,37 milhões de litros, o que representa um volume 69% menor em relação ao mesmo período do ano anterior e 14% menor se comparado ao mês de setembro de 2014. No ano de 2014, o volume exportado de etanol gerou receitas de exportação da ordem de US$ 768,0 milhões. O preço médio (FOB) das exportações por litro de combustível, em outubro, foi de US$ 0,61, valor 9% menor em relação ao registrado no mês anterior. No acumulado do ano de 2014, até o mês de outubro, o volume importado de etanol foi de aproximadamente 396 mil m³, a um custo total de aproximadamente US$ 214 mi, o que resulta em um preço médio de US$ 0,54 por litro. Etanol: Frota Flex-Fuel O número de licenciamentos de veículos leves em outubro de 2014 foi de 292 mil, número de licenciamentos aproximadamente 3,2% maior em relação ao mês de setembro e 7,0% menor em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse total, os carros flex-fuel representaram 88,6%, os carros 16

exclusivamente movidos à gasolina representaram 5,4%, os carros a diesel 6,0% do total de veículos licenciados. Etanol: Preços da Cana-de-Açúcar Etanol: Preços O preço médio do etanol hidratado no produtor em outubro, sem tributos, teve uma média de R$ 1,13/litro do combustível. O preço médio do etanol anidro ficou em R$ 1,30 por litro do combustível. O preço do hidratado ficou diminuiu 6% em relação ao mês de setembro, o preço do etanol anidro 2,8% menor em relação ao mês anterior. Comparando os preços de outubro de 2014 com os preços do mesmo período ano anterior, o do anidro está 0,6% menor e o do hidratado está 2,6% mais barato. Destaca-se que o acompanhamento dos preços semanais realizados pela ESALQ refere-se aos preços praticados no mercado spot, ou seja, não captura os preços praticados nos contratos. 17

Etanol: Margens de Comercialização 18

Etanol: Paridade de Preços Média Mensal Etanol: Paridade de Preço Semana de 23.11.2014 a 29.11.2014 A paridade de preços no varejo, em nível nacional, no final de novembro de 2014, esteve levemente abaixo dos 70% (valor que torna o consumo de hidratado mais vantajoso do ponto de vista econômico em relação à gasolina). Destaque para as regiões sudeste e centro-oeste que tiveram paridade favorável ao etanol. As capitais de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Paraná apresentaram paridade abaixo dos 70%. As cidades de Macapá, Belém e Boa Vista mantêm a paridade próxima ou acima de 90%. 19

Etanol: Preços do Açúcar e do Petróleo em Relação ao Etanol Em outubro, o preço médio do açúcar NY SB11 no mercado internacional foi de US$ 363,55/ton, preço 14% maior em relação ao mês anterior. O preço do petróleo tipo Brent foi de US$ 87,40/barril, com uma variação de 10% para menos em relação ao mês anterior. Etanol: Não Conformidades na Gasolina C A ANP analisou 6.802 amostras de gasolina C no mês de outubro. A não conformidade (NC) teor de etanol, correspondeu a 28,4% do total das não conformidades. 20

Etanol: Não Conformidades no Etanol Hidratado A ANP analisou 3.388 amostras de etanol hidratado no mês de outubro, das quais 47 apresentaram não conformidades. A maioria das não conformidades se refere à Soma de Massa Específica/Teor de álcool. Etanol: Consumo em Países Selecionados Biocombustíveis: Variação de Matérias-Primas em Comparação à do IPCA O gráfico a seguir mostra a variação acumulada das principais matérias-primas de biocombustíveis usadas no Brasil (cana-de-açúcar e óleo de soja) em comparação com o Petróleo tipo Brent e o índice de inflação dado pelo IPCA, com referência a janeiro de 2010. 21

Biocombustíveis: Números do Setor em 201 2 e 2013 NÚMEROS DO SETOR DE BIOCOMBUSTÍVEIS (2012 e 2013) Etanol Biodiesel 2012 2013 2012 2013 Produção (safras 2012/13 e 2013/14 milhões de m³) 23,5 27,9 n.a. n.a. Produção (ano civil milhões de m³) 23,5 27,8 2,7 2,9 Consumo combustível (milhões de m³) 19,0 23,9 2,7 2,9 Exportações (milhões de m³) 3,1 2,9-0,04 Importações (milhões de m³) 0,5 0,13 - - Preço médio no produtor EH e B100 (1) (R$/L) 1,12 1,17 2,42 2,11 Preço médio no distribuidor EH (2) e B5 (2) (R$/L) 1,94 2,00 1,81 1,95 Preço médio no consumidor final EH (2) e B5 (2) (R$/L) 2,21 2,29 2,05 2,20 Capacidade de produção instalada nominal (milhões de m³) n.d. n.d. 6,9 7,5 (1) Inclui os tributos federais. (2) Com todos os tributos. Ressalva do Editor A reprodução de textos, figuras e informações deste Boletim não é permitida para fins comerciais. Para outros usos, a reprodução é permitida, desde que citada a fonte. Distribuição do Boletim A distribuição do Boletim Mensal dos Combustíveis Renováveis é feita gratuitamente por e-mail. Aqueles interessados em receber mensalmente essa publicação, favor solicitar cadastramento na lista de distribuição, mediante envio de mensagem para o endereço dcr@mme.gov.br. O Boletim também está disponível para download no sítio http://www.mme.gov.br/spg/menu/publicacoes.html Equipe do Departame nto de Combustíveis Renováveis Ricardo de Gusmão Dornelles (Diretor), Poliana Ferreira de Souza, Diego Oliveira Faria, Luciano Costa de Carvalho, Marlon Arraes Jardim Leal, Paulo Roberto M. F. Costa, Raphael Ehlers dos Santos, Renato Lima Figueiredo Sampaio e Ricardo Borges Gomide. 22