GDPM. Plena GDPM. Gratificação mais que merecida pela categoria. Pag 15. Boletim Médico. Médico Sindicalizado é Médico Representado

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Transcrição:

Boletim Médico Médico Sindicalizado é Médico Representado GDPM Gratificação mais que merecida pela categoria Pag 15 Artigo Especial: Câncer de Mama por Dr. Jose Bel Pag 04 XIII FEMESC: Criciúma prepara-se para sediar importante evento da categoria Pag 10 GDPM Plena RESIDÊNCIA MÉDICA Residentes de diferentes Hospitais da grande Florianópolis procuraram o SIMESC para denunciar prejuízos na formação Pag 07 www.simesc.org.br - simesc@simesc.org.br - Rua Coronel Lopes Vieira, 90 - Fpolis/SC - 88015-260 Informativo do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina - jan/fev/mar 2010 - nº 128 Envelopamento fechado pode ser aberto pela Ect.

SUMÁRIO 03 Editorial 06 Momento Econômico: Implicações da redução da jornada de trabalho 07 Residência Médica 09 Geral - Atendimento Pré-Hospitalar 10 XIII FEMESC 15 Gratificação mais que merecida pela categoria 11 Regionais 20 Expressas - Plantão de Diretoria - Defensoria Médica 24h - Aposentadoria Especial: Funcionário Público - PLC 555/2010 - Lei Antifumo 23 24 25 26 27 Novos Filiados Pelo Brasil Acadêmicos SIMESC recomenda SIMESC Presente / Agenda ARTIGO ESPECIAL: CÂNCER DE MAMA 04 e 05 22 Artigo: O movimento dos médicos de Lages pela melhoria dos serviços de urgência/emergência EXPEDIENTE Publicação do Sindicato dos Médicos do Estado de SC Tiragem: 10.800 exemplares R. Coronel Lopes Vieira, 90 Fpolis/SC 88.015-260 Fone: 48 3223.1030 3223.1060 Fax: 48 3222-9279 CNPJ: 83863787/0001-42 www.simesc.org.br Email: simesc@simesc.org.br Jornalista Responsável: Simone Bastos SC 02095-JP Fotos: Simone Bastos, Istockphoto, Correio Lageano, Diretoria Executiva de Comunicação da Prefeitura de Criciúma, Marcelo e Terezinha Koerich e Márcio Cardoso Editoração e Capa: Júlia Cristina Brancher Soncini Impressão: Odorizzi Editora e Gráfica Colaboradores: Funcionários e diretores do SIMESC Presidente: : Cyro Veiga Soncini Vice-presidente: Vânio Cardoso Lisboa Secretário Geral: César Augusto Ferraresi 1º Secretário: Zulma Sueli Carpes da Natividade 2º Secretário: Ana Cristina Vidor Tesoureiro Geral: Leopoldo Alberto Back 1º Tesoureiro: Sonia Ghisi Bristot Diretores: Imprensa/Divulgação: Renato César L. Polli Relações Intersindicais: Clayton Miguel Costa Assuntos Sócio-culturais: Eliane Silveira Soncini Assuntos Jurídicos: Gilberto Digiácomo da Veiga Adjunto de Assuntos Jurídicos: Roman L. Gieburowski Jr Formação Sindical e Sócio Econômico Saúde do Trabalhador: Tadeu Ferreira de Paiva Patrimônio: Valdete da Silva Sant Anna Informática: Anamar Lucia Brancher Apoio ao Graduando: Tanise Balvedi Damas Apoio ao Pós-graduando: Jolnei Antonio Hawerroth Conselho Fiscal: Titulares: Paulo Marcio da Silveira Brunato, Eliana de Oliveira Lopes Nunes, Maristela Agostinha Santos Vieira, Suplentes: Eduardo Ramos Collares, Cyro Riggenbach Muller, Juliano Augusto Manozzo DIRETORIAS REGIONAIS DO SIMESC Balneário Camboriú - Presidente: Pedro Alves Cabral Filho Secretário: Renato Chaves Vargas Tesoureiro: Delmo Dumke Blumenau - Presidente: Geraldo Alves da Silva Secretário: Ronaldo Della Giustina Tesoureiro: Carlos Roberto Seara Filho Brusque - Presidente: Laércio Cadore Secretário: Marco Aurélio Boos Tesoureiro: André Karnikowski Caçador - Presidente: Maria Lucia Macedo Bertolini Secretário - Magali Bianchi Alcantara Tesoureiro - Flavio Scalcon Canoinhas - Presidente: Edson Flavio Colla Secretário: Juliano Brasil Tesoureiro: Saulo Pinto Sabatini Centro Oeste - Presidente: Jonas Natalício de Lima Medeiros Secretário: Auredy Antonio Sella Aguiar Tesoureiro: Gilmar Kruker Chapecó - Presidente: Ana Beatriz Sengik Saez Secretário: Lucinda Ignez Romeu Fernandes Tesoureiro: Gerson Teixeira Zanusso Extremo Oeste - Presidente: Romar Virgilio Pagliarin Junior Secretário: Cláudio Demetro Graciolli Tesoureiro: Miguel Neme Neto Itajaí - Presidente: Marcio Azevedo Moraes Secretário: Jorge Roberto Rebello Tesoureiro: Mauro César A. Machado Jaraguá do Sul - Presidente: Rogério José Guindani Secretário: Maxwell Jorge de Oliveira Tesoureiro: Lucia Tabim de Oliveira Joaçaba- Presidente: Paulo Roberto B. de Albuquerque Secretário: Ramiro Solla Camina Tesoureiro: Hotone Dallacosta Joinville - Presidente: Hudson Gonçalves Carpes Secretário: Marcelo da Rosa Prates Tesoureiro: Suzana Maria Menezes de Almeida Lages - Presidente: Fernando Luiz Pagliosa Secretário: Laércio Dall Azen Tesoureiro: Edson Hollas Subtil Laguna - Presidente: Vilberto Antonio Felipe Secretário: Odimar Pires Pacheco Tesoureiro: Odilon Gomes de Assunção Filho Mafra - Presidente: Gabriel Kubis Secretário: Tesoureiro: Denis Griep Carvalho Médio Vale - Presidente: Alfredo Nagel Secretário: Roberto Amorim Moreira Tesoureiro: Lothar Stange Rio do Sul - Presidente: Marcos Luiz Franzoni Secretário: Oscar Manuel Montoya Gomes Tesoureiro: Alexandre de Castro Robles São Bento do Sul - Presidente: Maria da Conceição L. Azedo Secretário: Maria Aparecida Winnikes Pereira Tesoureiro: Iara Machado Marasciulo Tubarão - Presidente: Ilson Ávila Dominot Secretário: Vendramin Antonio Silvestre Tesoureiro: Akilson Ruano Machado Videira - Presidente: Agostinho Julio Bernardi Secretário: Carlos Eduardo Waltrick Tesoureiro: Nelson Rafael Bacega Xanxerê - Presidente: Flavio Filappi Secretário: Luiz Felipe Diniz Fagundes Tesoureiro: Paulo Sergio de Almeida Peres

EDITORIAL Os médicos servidores públicos estaduais iniciaram o ano de 2010 com a publicação da Lei nº. 15080, de 04 de Janeiro de 2010, que regulamenta a Gratificação de Desempenho e Produtividade Médica (GDPM). Com quase três anos de atraso, a "GDPM plena" vem tentar modificar o modus operandi de médicos e gestores nas Unidades Publicas de saúde. Durante este longo hiato, com a remuneração "congelada", houve significativa queda na produtividade de algumas Unidades. O volume de cirurgias, consultas, procedimentos entre outros caiu, e, em alguns casos, caiu muito. Com a regulamentação da GDPM e o comprometimento dos médicos de cumprirem as metas individuais e institucionais a serem estabelecidas em Contrato de Gestão, acredita-se que este quadro poderá mudar. Aliado a isso foi viabilizada a possibilidade, a partir do mês de junho de 2010, de percepção de verba indenizatória àqueles que realizarem atividades de média e alta complexidade. Em outras GDPM A Gratificação Regulamentada palavras, o retorno do pró-labore. É a Secretaria de Estado da Saúde reconhecendo a necessidade de remunerar melhor o médico e, ao mesmo tempo, querendo explorar toda a sua potencialidade. A equação, se resolvida, deverá trazer benefícios à população que procura tais serviços. É certo que as condições de trabalho dos médicos precisarão sofrer alterações. E é bom deixar claro, nem tudo poderá ser resolvido da noite para o dia. Pergunta-se então: - conseguirão as Unidades Públicas trabalhar com metas e objetivos? - saberão os seus dirigentes, os médicos e todos os envolvidos usar este instrumento de gestão? - estará o gestor da saúde habilitado para conduzir tal processo? - poderemos, no Estado, trabalhar com princípios consagrados na iniciativa privada? As respostas... só o tempo trará. Sabemos que a gestão de saúde não se resume apenas à administração e comprometimento, existe também a necessidade de recursos financeiros. A regulamentação da Emenda Constitucional 29 (EC 29), que obriga os entes federados a aplicarem recursos mínimos necessários em ações e serviços de saúde, ainda tramita no Congresso Nacional. A perda anual de recursos é contada em milhões... Não vamos muito longe. Santa Catarina, que é um dos Estados mais "ricos" deste nosso Brasil, aplicou, nos últimos anos, menos que os 12% preconizados. A transformação da sociedade se dá por mudanças nos paradigmas, ainda que nem sempre seja fácil e provoque as mais variadas reações. A GDPM, através da Lei 15080, vem para mudar a gestão na saúde, alcançando inicialmente as Unidades Públicas mas, como vasos comunicantes, repercutindo em todo o sistema. O SIMESC, integrante do COSEMESC, exorta os médicos catarinenses a abraçarem esta nova condição, comprometendo-se com aquilo que há de melhor na proposta e sugerindo mudanças no que houver de ruim. A Diretoria. Foto: Simone Bastos

ARTIGO ESPECIAL CÂNCER DE MAMA X DIA Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%. Confirmado como o segundo tipo mais freqüente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. Raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes. Em 2007, foram registradas 11.194 mortes pela doença. Estimam-se para 2010, 49.240 novos casos. O SIMESC convidou nesta edição o Mastologista, Ginecologista e Médico do Trabalho, Dr. Jose Bel, para falar sobre o assunto. É uma doença multifatorial, cujo fator principal é de origem genética ocorrendo alterações na célula com perda do controle da divisão do DNA no núcleo. Essa perda da divisão celular de forma fisiológica, pela alteração do seu DNA, dando origem a uma multiplicação desordenada de células tumorais, faz com que o tumor cresça rápido. Esse crescimento tumoral desordenado agride os tecidos ou órgãos onde se originou o câncer, destruindo o órgão hospedeiro, aumentando a angiogênese (neo-vascularização), para alimentar o crescimento desordenado do tumor, tendo como conseqüência, as células tumorais altamente agressivas, destruindo células normais, perda da imunidade, espoliação protéica, emagrecimento em alguns casos e como conseqüência morte do hospedeiro. Como doença multifatorial é preciso, para um tratamento adequado, de uma equipe multidisciplinar com orientação de um Mastologista com formação oncológica, um bom serviço de imagem (Mamografia US e Punções Biopsias), Quimioterapia, Radioterapia, Cirurgião Plástico, Fisioterapia, Psicoterapia, etc. Como doença multifatorial é preciso, para seu tratamento, que busquemos dentro da Oncologia Mamária uma medicina mais personalizada, pois que além dos fatores genéticos, existe uma grande influência nos hábitos alimentares (gorduras, massas brancas, açúcar), reposição hormonal sem levar-se em conta os fatores de risco, vida sedentária, obesidade, álcool e fumo. No Brasil, o câncer da mama representa o maior índice de morte por neoplasia entre as mulheres. Fatores hereditários representam um risco de 4 a 7%. A doença é mais freqüente acima dos 50 anos, com pouca possibilidade de ser hereditária. Aconselho as mulheres a desenvolverem o hábito do auto-exame das mamas na primeira semana pós-menstrual, o mais cedo possível, entre os 20 anos de idade em diante. Nas mulheres que não menstruam, habituarse ao auto-exame no primeiro dia do mês. Não se esquecer de fazer uma leve compressão do mamilo e aréola, observando se há saída de secreções anormais pelos ductos lactíferos. Se alguma secreção não láctea sair procure um mastologista, bem como ao encontrar no autoexame: - Qualquer nódulo na mama Qualquer alteração ou deformação Qualquer saliência ou depressão na pele Qualquer retração ou desvio do mamilo, descamação ou vermelhidão em torno do mamilo ou aréola Nódulo duro na axila. Quando pedir exames? Anualmente após atingir os 35 ou 40 anos, conforme o grupo de risco, submetendo-se a uma mamografia de alta qualidade, interpretada por um profissional qualificado. A mamografia nos mostra o parênquima da mama com suas alterações (Microcalcificações Nódulos Distorções da arquitetura tecidual). Complementando os achados mamográficos com um bom ultrassom da mama. Em mulheres com idade inferior a 35 anos pedimos somente ultrassom, caso se faça necessário complementamos com outros exames. Em mamas já operadas, mamas densas ou com prótese de silicone, mamas já irradiadas, a US e a Ressonância Magnética constituem métodos complementares de exame importante. O controle das mamas de 6/6 meses com exames clínicos é também muito importante. Na mamografia as microcalcificações suspeitas são pequenas com menos de 1.0 mm, com formatos irregulares e variados no ducto ou não. Quando elas correspondem a um câncer da mama, geralmente é um tumor inicial, não palpável e com chance de cura de 100%.

ARTIGO ESPECIAL GNÓSTICO X TRATAMENTO Tipos de biópsia: PAF Punção com Agulha Fina 90% dos casos. Core-Byopsia Punção com Agulha Grossa com retirada de fragmentos de tecido. Tumorectomia Há casos em que se faz necessária a biopsia cirúrgica. Já a estereotaxia é utilizada em lesões não palpáveis, usando um fio metálico para a orientação correta para a exérese da lesão. É realizado por um bom serviço de radiologia utilizando de um sistema de computação, o fio é colocado através da pele dentro da lesão, guiado por US ou Mamografia. Importante lembrar que a bilateralidade do câncer da mama é mais recorrente em cânceres lobulares. Buscamos as características individuais de cada paciente e de cada tumor, para um tratamento que mais se ajuste as suas necessidades. E, este conjunto de fatores de cada tumor se torna muito complicado, pois cada câncer tem as suas características fisiopatológicas, muitas alterações genéticas, às vezes dezenas. Há uma variedade genética, que permite que algumas pessoas tolerem melhor determinados fármacos e outros com doses idênticas têm reações exageradas ou pouca resposta. Com as pesquisas da genética molecular dos tumores, faz com que os tratamentos sejam cada vez mais complexos e caros. Nos últimos anos os pesquisadores conseguiram desenvolver dez novos fármacos para o câncer da mama e há dezenas de outros em pesquisa. Cada vez mais quem trata câncer de mama, necessita reciclar-se continuamente e dispor de uma equipe de excelência. Há hoje uma medicina mais personalizada, pois cada caso é diferente do outro, isto é uma realidade no câncer de mama. Porque hoje ao entender-se mais da fisiopatologia do Câncer da Mama, das suas variações genéticas, dos fatores imunohistoquímico, com um estadiamento a-dequado, medicamentos modernos, pode-se tratar com grande possibilidade de cura. Sabemos que nos países Europeus e Estados-Unidos, houve nos últimos oito anos, uma redução acentuada de morte por câncer da mama. Também tenho me empenhado para tirar de minhas pacientes o medo fóbico de ter câncer de qualquer tipo. "A redução da mortalidade é proporcional ao diagnóstico precoce da doença. Detectado precocemente hoje se cura de 80 a 90% dos casos." Importante é podermos contar com a possibilidade de um diagnóstico precoce e um tratamento adequado. O tratamento do câncer da mama como já explanei, depende de uma série de fatores prognósticos, a combinação desses fatores É QUE NORTEIA A CONDUTA A SER TOMADA. Às vezes cirurgia e complementação com radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia, fármacos biológicos, ou uma combinação de todos na maioria dos casos. Alem de uma equipe de confiança e do perfil genético do tumor, há certas coisas básicas como provas de receptores Estrogênio e Progesterona e HER2. Estas três provas são no tratamento moderno, indispensáveis. Fique Atento! O câncer de mama normalmente não dói. Para saber mais: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/portal/home Atenção: As informações neste portal pretendem apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.

MOMENTO ECONÔMICO Implicações da redução da jornada de trabalho Um dos debates quentes do momento é a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, causadora de muita polêmica e forte oposição do empresariado. O tema, de fato, é complexo. O tempo que o trabalhador dedica ao trabalho não se resume à jornada propriamente dita, já que vários aspectos relacionados ao desempenho do trabalho acabam por reduzir o tempo livre do trabalhador, o qual ele poderia dedicar a outras esferas da sua existência, como família, religião, estudo, cuidados com o corpo, etc. É o caso, por exemplo, das atividades de qualificação que, na maioria das vezes o trabalhador realiza fora da jornada de trabalho, e que visa melhorar sua condição profissional, a qualidade e a própria produtividade do trabalho. Por motivos variados (ausência de planejamento estratégico, falta de visão de longo prazo, etc.) são bastante raros os casos em que a empresa destina uma parte da jornada laboral para o exercício das atividades de qualificação. Um dos fatores de forte redução do tempo livre do trabalhador é aquele usado para deslocamento, especialmente para os trabalhadores que vivem nas periferias das cidades. Como o tempo gasto não é considerado tempo de trabalho, portanto é não-remunerado, as crescentes dificuldades para o deslocamento nas zonas urbanas, reduzem o tempo que poderia ser dedicado as demais esferas da vida, além do trabalho. O fenômeno pode ser observado através da realidade dos trabalhadores da indústria de alguns municípios do Estado. Muitas vezes o trabalhador sai de casa às 13h para trabalhar e retorna por volta de 01h da manhã do dia seguinte, completando 12h seguidas de jornada laboral. Sem contar o tempo de preparação para o trabalho, que é anterior à hora de saída de casa. Dessa forma, o tempo gasto com atividades relacionadas ao trabalho é bem superior à jornada legal, de 44h semanais. Além dos aspectos mencionados, a redução da jornada de trabalho seria também uma forma de o trabalhador se apropriar dos ganhos de produtividade que foram muito expressivos nos últimos anos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento da produtividade do trabalho entre os anos de 1988 e 2008 está em torno de 84%, para a indústria de transformação brasileira. Como o salário médio real, nos últimos anos, praticamente se mantém o mesmo, o expressivo crescimento da produtividade do trabalho poderia ser transformado na redução da jornada legal de trabalho no Brasil, fato este que ocorreu pela última vez há quase 22 anos, no Processo Constituinte de 1988. Além da jornada efetivamente trabalhada no Brasil ser muito longa, convivemos com a ausência de limitação semanal, mensal ou anual para a realização de horas extras. Em diversos países, como Argentina, Uruguai, Alemanha, França, há limitação anual para a realização de horas extras que ficam entre 200 e 280 h/ano, em torno de 4 horas extras por semana. Portanto, além da longa jornada, os trabalhadores realizam horas extras com muita freqüência, prolongando ainda mais a jornada efetiva de trabalho. Outro aspecto que deve ser levado em conta é a flexibilização da jornada de trabalho, que se elevou em função de que as formas tradicionais de flexibilização do tempo (como a hora extra, o trabalho em turno, o trabalho noturno, as férias coletivas), somaram-se a novas formas, como a jornada em tempo parcial, o banco de horas e o trabalho aos domingos. Além da duração efetiva da jornada, o tempo de trabalho no Brasil vem sendo intensificado em função das várias inovações técnico-organizacionais implementadas pelas empresas como, por exemplo, a polivalência, a concorrência entre os grupos de trabalho, as metas de produção e a redução das pausas. Além disso, a redução da jornada poderia auxiliar muito na qualificação do trabalhador, tão reclamada pelas empresas. Como um trabalhador que fica até 16 horas envolvido com o trabalho, juntando jornada regular, horas extras e deslocamento, irá estudar? A redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, tende a provocar um círculo virtuoso na economia, combinando: a ampliação do emprego; a expansão do mercado interno; a elevação dos níveis da produtividade do trabalho; a melhoria da competitividade do setor produtivo; a redução dos acidentes e doenças do trabalho; a maior qualificação do trabalhador e um maior crescimento econômico com melhora da distribuição de renda. José Álvaro de Lima Cardoso Economista e Supervisor-Técnico do DIEESE em Santa Catarina 44 40

RESIDÊNCIA MÉDICA 1 - Residentes de diferentes Hospitais da grande Florianópolis procuraram o SIMESC para denunciar prejuízos na formação 2 - SES firma compromisso com os Residentes 3 - A ACMR tem nova diretoria Residentes de diferentes Hospitais da grande Florianópolis procuraram o SIMESC para denunciar prejuízos na formação Médicos estão preocupados com o aprendizado e principalmente com o descaso com a população. Segundo informações existem pacientes que aguardam cirurgia desde 2003 Cansados de aguardar por soluções dos órgãos competentes, os Residentes de Hospitais da grande Florianópolis reuniram-se com o SIMESC na tentativa de solucionar o problema que se estende há algum tempo. O encontro ocorreu na sede da entidade, no dia 11 de março, reunindo os Drs. Jorge Abi-Saab Neto, representando a Maternidade Carmela Dutra, Nicolau Fernandes Kruel, pelo hospital Regional de São José Dr. Homero de Miranda Gomes, Sérgio Wilson Duwe e Sérgio Murilo Steffens, representando a Comissão Estadual de Residência Médica (CERM), os Drs. Cyro Soncini, Vânio Lisboa, Jolnei Hawerroth e o assessor jurídico, Ângelo Kniss, representando o Sindicato, representantes da Associação Catarinense de Médicos Residentes (ACMR), além do número expressivo de residentes. O Dr. Cyro abriu a reunião fazendo um breve relato a respeito dos assuntos em pauta. Na ocasião, o Dr. Jorge relatou as dificuldades encontradas pela falta de anestesistas na Maternidade. Informou ainda, que mais bolsas de residência deveriam ser oferecidas para os serviços com desfalque. Frisou a importância da abertura de residência de anestesiologia, ponto que levam para a discussão com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), no dia 16 de março. Colocou ainda que uma estratégia emergencial, de curtíssimo prazo, para a crítica situação, seria remanejar o pessoal. Outra solução, em médio prazo, seria a contratação de empresas terceirizadas, para oferecer serviços de anestesia, até que os concursados sejam admitidos e remanejados. Em seguida, o representante dos residentes da cirurgia do hospital Regional informou que a situação é crítica e que vários pacientes se encontram em estado lastimável. Entre o final de dezembro de 2009 até meados de fevereiro de 2010, apenas uma cirurgia eletiva foi realizada, disse o profissional. Avisou ainda, que os residentes da cirúrgica, após realizarem as visitas nas unidades, ficam sem atividades, procurando tarefas para cobrir este tempo ocioso. Disse também, que a Direção do Regional e os órgãos competentes foram procurados inúmeras vezes e até o momento nada havia sido resolvido. Das 76 vagas disponíveis hoje no Hospital para anestesistas, apenas 22 são ocupadas. O representante dos residentes em oftalmologia do Regional também se manifestou. Explicou que a situação é crítica e que o nosocômio é o único que realiza uma série de cirurgias oftalmológicas. A situação não prejudica apenas a população, que está sofrendo com esta realidade, mas também nossa formação e a carreira profissional, expôs. Foi repassado também que a Direção do Regional está ciente da possível paralisação, caso nada seja proposto. No decorrer da reunião os médicos representantes de outros Hospitais também se manifestaram, concordando que a situação do Regional e da Maternidade é muito mais crítica do que se imaginava. Igualmente o tiveram os representantes da CERM e os demais médicos staffs presentes. Depois de diversas discussões ficou decidido que o SIMESC agendaria uma reunião com a SES, com a presença da ACMR, dos residentes, dos preceptores e da CERM, para o mais breve possível. E isso aconteceu. SES firma compromisso com os Residentes Depois da reunião do dia 11/03 - www.simesc.org.br - com os residentes, o SIMESC se prontificou em agendar uma reunião com a SES, que ocorreu no dia 17/03, para definir a problemática situação dos residentes de cirurgia, oftalmologia e ginecologia. Depois de diversas discussões e análises, a SES firmou compromisso com os residentes informando que deslocaria anestesistas de outras unidades para o Hospital Regional São José Dr. Homero de Miranda Gomes, um dos nosocômios mais prejudicados. Informou ainda, que iria redistribuir internamente os anestesistas para atender os diversos serviços, que contrataria também anestesistas através de processos seletivos. Reforçou que realizaria concurso público e contrataria, em caráter emergencial e temporário, uma empresa para suprir o serviço de anestesia. Manifestou também intenção de ampliar o número de vagas para residência médica em Anestesiologia.

Na ocasião estiveram presentes os diretores do SIMESC, Drs. Cyro Soncini e Jolnei Hawerroth, representantes dos Hospitais, da Comissão Estadual de Residência Médica (CERM), residentes de diferentes especialidades, o Superintendente dos Hospitais Públicos Estaduais, Dr. Roberto Eduardo Hess de Souza, e sua equipe, representando a SES. Após a reunião o SI- MESC entrou em contato com o Hospital Regional e a Maternidade Carmela Dutra que passaram as seguintes informações: - Segundo o residente (R2) do Hospital, Dr. Giorgio Sandins Bez Batti, após a reunião com a SES houve uma melhora quanto ao número de cirurgias realizadas no local, porém um longo caminho ainda terá que ser percorrido para alcançar a excelência dos procedimentos a serem realizados. Novos problemas surgiram. Existem salas cirúrgicas, anestesistas, porém faltam funcionários. - Informou ainda, que os residentes de cirurgia da oftalmologia estão sendo prejudicados, pois apenas cirurgias de alta complexidade, realizadas pelos Staffs, estão ocorrendo. As cirurgias mais simples não estão acontecendo, devido ainda a falta de anestesistas. - O preceptor da Residência Médica da Maternidade Carmela Dutra, Dr. Jorge Abi-Saab Neto, informou que houve uma melhora considerável no volume cirúrgico e que a SES está em fase de contratação de cinco novos anestesistas, o que irá colaborar com as atividades da residência médica. A ACMR tem nova diretoria No dia 27 de fevereiro de 2010 ocorreu a posse da diretoria da Associação Catarinense dos Médicos Residentes do Estado de Santa Catarina (ACMR). A nova gestão é composta: PRESIDENTE: Graziela Zibetti Dal Molin - CRM: 15097/SC - Email: grazdm@gmail.com VICE-PRESIDENTE: Mário Octávio Tha Marques - CRM 15051/SC - Email: marinh012@hotmail.com TESOUREIRO: Marcelo Belli - CRM: 14788/SC - Email: marcelobelli33@gmail.com 1ª SECRETÁRIO: Thaise Pelizzaro de Oliveira - CRM: 11598/SC - Email: thaisepelizzaro@yahoo.com.br 2ª SECRETÁRIO: Elaine Cristina Caon de Souza - CRM: 15054/SC - Email: elainecaon@yahoo.com.br BREVE HISTÓRIO ACMR A Associação Catarinense dos Médicos Residentes do Estado de Santa Catarina (ACMR), fundada em 23 de agosto de 1973, é uma entidade civil de âmbito Estadual de duração ilimitada, sem fins econômicos, constituída pelos Médicos Residentes vinculados à Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina e que se rege pelo presente estatuto. 1 - A ACMR é filiada a entidade representativa dos médicos residentes em âmbito nacional. A ACMR tem por objetivos: empenhar-se na manutenção, ampliação e qualificação dos programas de residência existentes, bem como apoiar a criação de novos programas, quando estes preencherem requisitos mínimos de qualificação; participar e aprimorar os critérios de seleção, treinamento e avaliação dos médicos residentes no decurso do treinamento; promover o intercâmbio entre os médicos residentes; promover e divulgar a produção científica de seus associados; estabelecer relação de cooperação com outras entidades médicas e de representação dos acadêmicos do curso de medicina; promover permanente assessoria aos associados, quanto aos aspectos educacionais, éticos e trabalhistas de residência médica e outros relacionados à residência médica; estabelecer relação de cooperação e participação ativa junto às entidades representativas dos médicos residentes nos níveis estadual e nacional. O SIMESC tem parceria estabelecida com a ACMR desde o ano de 2001.

GERAL ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR Fotos: Google Regionais em destaque O atendimento pré-hospitalar é um tipo de assistência emergencial que merece destaque pelas suas peculiaridades. Este tipo de assistência se caracteriza por ser realizado fora do ambiente tradicional da atenção à saúde. Os profissionais se deslocam para o local onde o paciente necessita de cuidados considerados urgentes, isto é, que necessitam de atendimento em um breve período de tempo. O serviço é acionado pelo próprio paciente, por um familiar ou por outras instituições sociais, como polícia ou bombeiros. Existe uma central de atendimentos, onde existe sempre a figura de um médico responsável pela regulação do sistema. Esta triagem à distância seleciona os casos onde existem indícios ou indicativos desta situação de urgência. No Boletim anterior, tratou-se dos tipos de serviços emergenciais em Florianópolis. Foi enfatizado que o atendimento pré-hospitalar compreende três etapas: atendimento na cena do acidente; transporte rápido e com segurança até o hospital e a chegada no hospital. Uma assistência adequada e qualificada é fundamental para que o paciente chegue ao hospital com vida. Estatísticas norte americanas revelam que metade dos acidentes e de números de óbitos registrados poderia ser evitado se tivesse um atendimento adequado. Florianópolis possui o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), público, e os serviços da HELP e SOS UNIMED, privados. Nesta edição, o SIMESC destacará também os serviços oferecidos nas regionais de Joinville, Blumenau, Chapecó, Tubarão, Lages e Videira. Verificou-se que as regionais selecionadas possuem os mesmos serviços existentes na capital. É sabido que o SAMU é um dos mais utilizados, principalmente por ser público. O SAMU é um serviço de saúde desenvolvido pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, em parceria com o Ministério da Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde organizadas macrorregionalmente. É responsável pelo componente Regulação dos Atendimentos de Urgência, pelo Atendimento Móvel de Urgência da Região, e pelas transferências de pacientes graves da região. Faz parte do Sistema Regionalizado e Hierarquizado, capaz de atender, dentro da região de abrangência, todo enfermo, ferido ou parturiente em situação de urgência ou emergência, e transportá-los com segurança e acompanhamento de profissionais da saúde até o nível hospitalar do Sistema. Além disto, intermedia, através da central de regulação médica das urgências, as transferências inter-hospitalares de pacientes graves, promovendo a ativação das equipes apropriadas e a transferência do paciente. A distribuição das Centrais de Regulação, das Unidades de Suporte Avançado de Vida (UTI Móveis) e das Unidades de Suporte Básico de Vida segue critérios estabelecidos pelo Gestor Estadual, no caso das UTI Móveis, e pelos gestores municipais organizados regionalmente para a distribuição das Unidades de Suporte Básico de Vida, sendo que a configuração inicial foi detalhada no Plano de Atenção às Urgências do Estado de Santa Catarina. No Estado existem 08 (oito) SAMU de abrangência macrorregional, isto é, atendem a todos os cidadãos em sua região: SAMU Chapecó, SAMU Florianópolis, SAMU Sul, SAMU Norte-Nordeste, SAMU Vale do Itajaí, SAMU Foz do Itajaí, SAMU Meio-Oeste, SAMU Planalto Serrano. Além dos SAMU regionais existe uma equipe do SAMU Estadual e uma outra equipe do SAMU Aéreo. Cabe ao SAMU Estadual todas as regulações que extrapolem a área de abrangência de cada região, relacionadas aos transportes inter-hospitalares de pacientes graves e quando houver necessidade de regulação de urgência ou de transferência de pacientes graves para outro estado do Brasil. Além disto, o regulador estadual apóia todas as centrais regionais de regulação de urgência do SAMU, orientando os médicos reguladores quando solicitado e ativando todos os meios possíveis para a garantia do bom atendimento e o mais adequado a cada situação. Os serviços como HELP e UNIMED são bastante utilizados, porém são privados selecionando assim, o público-alvo.

XIII FEMESC Criciúma prepara-se para sediar importante evento da categoria O Presidente do SIMERSUL considera o acontecimento um marco nas discussões dos problemas da classe médica servindo de exemplo, com certeza, para as demais entidades de outros Estados Fotos: Diretoria Executiva de Comunicação da Prefeitura de Criciúma Fundado em 06 de janeiro de 1880 e considerado o maior produtor nacional e segundo maior produtor mundial de pisos e azulejos, o município de Criciúma é rico em cultura e recursos naturais. É também o terceiro maior pólo nacional na produção de jeans e o maior pólo estadual do setor de confecções. E é esta cidade, com mais de 188.000 mil habitantes, que será sede do mais importante evento das entidades médicas do Estado, o Fórum das Entidades Médicas do Estado de Santa Catarina (FEMESC), que este ano está na 13ª edição. O evento que ocorrerá nos dias 11 e 12 de junho de 2010, será organizado pelo Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (COSEMESC) e coordenado pela Associação Catarinense de Medicina (ACM). O Fórum trará como pauta a Judicialização da Medicina e as mesas redondas irão apresentar melhor o assunto. O encontro, que acontece desde 1997, discute todos os anos as ações do COSEMESC para os próximos 12 meses, sendo que os resultados refletem diretamente no dia-a-dia dos profissionais, por isso da importância da participação de todos. Mais informações nos telefones (48) 3223-1030/1060, em www.simesc.org.br além da ACM, CREMESC e SIMERSUL. Como Chegar Acesso rodoviário pela BR-101, 192km ao sul de Florianópolis e 90km ao norte da divisa com o Rio Grande do Sul. Aeroporto a 15km de distância do centro da cidade, em Forquilhinha. Programação Dia 11 Sexta-feira 20h30min Solenidade de Abertura 21h00min Conferência: A Judicialização da Medicina - Conferencista: Dr. Paulo Moritz, juiz de direito 22h00min Jantar Dia 12 Sábado Das 09h00min às 10h00min MESA REDONDA I Solicitação Judicial de Prontuário (visão CREMESC) Designação do médico perito e valores de honorários (visão SIMESC) Abordagem do Judiciário sobre os temas acima 10h30min - INTERVALO Das 11h00min às 12h00min MESA REDONDA II Medicamentos e procedimentos de alto custo: papel da Câmara Técnica de Medicamentos (CATEME) (visão ACM) Rol de procedimentos não contemplados nos planos de saúde: de quem é a responsabilidade? Federação Estadual das Cooperativas Médicas de Santa Catarina (FECOMED) Visão da Promotoria e do Judiciário sobre os temas acima Debate (30 min) 13h00min ALMOÇO 14h30min Sessão Plenária Conclusões e Propostas Carta de Criciúma 17h00min Encerramento Transmissão da Coordenação do COSEMESC Quais as expectativas do presidente do Sindicato dos Médicos da Região Sul Catarinense (SIMERSUL), Dr. Gervani Bittencourt Bueno? É com grande satisfação e expectativa que a cidade de Criciúma aguarda a realização do XIII FEMESC. Sabemos da importância do evento que se considera um marco nas discussões dos problemas da classe médica servindo de exemplo, com certeza, para as demais entidades de outros Estados. O evento demonstra a preocupação das entidades médicas que compõe o COSEMESC, para com os problemas do cotidiano dos colegas, procurando dar um norte, definindo posições e demonstrando para a sociedade essa mesma preocupação. Esperamos uma grande participação e estamos trabalhando para isso. Podem os colegas que aqui vierem estarem certos de que todo o planejamento desse evento foi pensado e programado com muito carinho na expectativa de recebê-los. O Fórum é gratuito. Não perca esta oportunidade!!

REGIONAIS Fotos: Marcelo Koerich BRUSQUE SIMESC reúne-se com Hospital Evangélico No dia 28 de janeiro, o SIMESC esteve presente em Brusque para debater, com a direção do Hospital e Maternidade Cônsul Carlos Renaux (Evangélico), a adoção do sobreaviso médico remunerado. O assunto estava presente na pauta de negociação do Corpo Clínico/Hospital desde o ano de 2009, tendo merecido por parte da administração o compromisso de reiniciar as tratativas em março de 2010. Os dirigentes sindicais foram recebidos pelos senhores Carlos Kuhn, presidente da Associação Hospitalar, e Rubens Ulber, diretor financeiro, que se comprometeram, após longa conversa, a responder com brevidade a esta solicitação dos médicos. Representaram o SIMESC os Drs. Cyro Soncini (presidente), César Ferraresi (secretário geral), Laércio Cadore (presidente regional) e Marco Boos (secretário regional), além do Dr. Rodrigo Leal, advogado. Também se fez presente o Dr. Joel Mendes, diretor clínico do Hospital Evangélico. Médicos decidem parar No dia 16 de março, o SIMESC retornou ao município de Brusque e realizou reunião com os médicos do Corpo Clínico do Hospital supra-citado. Na ocasião, os médicos presentes decidiram por um indicativo de paralisação das atividades do sobreaviso médico, em todas as especialidades, a partir das 08h00min do dia 4 de maio. A decisão foi tomada em virtude da Direção daquele hospital não ter honrado compromisso anteriormente assumido (... solicitamos paciência dos doutores para reiniciar as tratativas em março de 2010 ), requerendo que esta discussão seja sobrestada até que as condições financeiras o permitam. Segundo os médicos, a situação destes não está entre as prioridades do Hospital. Os investimentos estão sendo direcionados à realização de obras, aquisição de equipamentos e melhorias operacionais. Foi enfatizado pelos presentes que enquanto o Hospital não refizer suas prioridades, haverá dificuldade no relacionamento com o Corpo Clínico. Ao término da reunião ficou acertada a convocação de uma Assembléia Geral do SIMESC, para o dia 13 de abril, em Brusque, para que os médicos deliberem a respeito da paralisação citada. O Sindicato dos Médicos enviará ofício à Administração do Hospital informando a decisão do Corpo Clínico e reafirmando a disposição de permanecer aguardando uma proposta objetiva. Neste dia, representaram o SIMESC os Drs. Cyro Soncini (presidente), Vânio Lisboa (vice- presidente), Laércio Cadore (presidente regional), Marco Boos (secretário regional), além do Dr. Erial Haro, assessor jurídico. ITAJAÍ Definido pagamento do sobreaviso médico e aumento da Hora Plantão Sindicato, em comitiva formada pelos Drs. Vânio Lisboa, César Ferraresi e Zulma Carpes, além dos diretores regionais os Drs. O Mauro Machado, Márcio Azevedo e Jorge Rebello, o assessor jurídico, Dr. Rodrigo Leal, a coordenadora Terezinha Koerich e o funcionário Marcelo Koerich, estiveram presentes na Assembléia Geral Extraordinária do Corpo Clínico do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, no dia 11 de fevereiro, quando os componentes do Corpo Clínico decidiram aceitar a proposta da diretoria do citado hospital (posição inicialmente tomada), para o pagamento do sobreaviso a partir de 1 de abril de 2010. Foram definidas 11 especialidades médicas (Urologia, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Cirurgia Torácica, Cirurgia Cardíaca, Neurocirurgia, Endoscopia, Anestesia, Hemodinâmica, Imagem e Cirurgia Bucomaxilar) para o sobreaviso no Marieta. Os valores para pagamento, correspondente a um terço da hora plantão, foram rateados entre o hospital e a Prefeitura Municipal de Itajaí, conforme acerto verbal entre aqueles médicos e a prefeitura, no mês de dezembro de 2009. O valor do plantão presencial passou de R$ 25,00 para R$ 30,00 reais a hora, a partir de janeiro de 2010, e a chamada remunerada, para aqueles especialistas que não compõem a escala de sobreaviso, foi de R$120,00, também a partir de 1 de abril. O SIMESC encampa a luta pelo sobreaviso médico remunerado em todo o Estado, e fica satisfeito quando os acordos são firmados.

REGIONAIS Foto: Google BLUMENAU Santa Isabel passa a remunerar sobreaviso médico Médicos do Hospital Santa Isabel conseguem atingir meta tão aguardada Finalmente, depois de várias reuniões, discussões, o hospital Santa Isabel de Blumenau deliberou o pagamento dos médicos que realizam sobreaviso. Ficou definido que a hora de sobreaviso seria de R$ 6,50 (seis reais e cinqüenta centavos), totalizando R$ 4.680,00 (quatro mil e seiscentos e oitenta reais) mensais. As especialidades contempladas são Anestesiologia, Cirurgia geral, Gastroenterologia, Ginecologia, Nefrologia, Neonatologia, Neurologia Clínica, Neurocirrugia, Obstetrícia, Ortopedia, Otorrino, Pneumologia, Radiologia, Urologia e Vascular. Segundo informações do Diretor e do Vice-Diretor do Corpo Clínico do Santa Isabel, o total do pagamento será de R$ 70.200,00 (setenta mil e duzentos reais), valor que nenhum Hospital no Estado tem por igual, isso com base nas colocações do SIMESC e CREMESC sobre a situação de pagamentos de sobreaviso em Santa Catarina, nos quais se pagam as especialidades básicas em alguns hospitais. Foto: Terezinha Koerich CANOINHAS SIMESC vai à Canoinhas reforçar as atividades desenvolvidas pela entidade Duas reuniões aconteceram neste dia, com os diretores regionais do Sindicato e os diretores da UNIMED/Canoinhas e com os médicos da região SIMESC, representado pelos diretores Cyro Soncini (presidente), César Ferraresi (secretário geral), Zulma Carpes (1ª secretária), O além do Dr. Ângelo Kniss (assessor jurídico) e da coordenadora administrativa Terezinha Koerich, foi recebido em audiência, no dia 9 de março, pelos Diretores da UNIMED/Canoinhas, Drs. Ademir Pereira (presidente) e Wagner Pelágio (vice-presidente), para debater assuntos ligados à ação do Sindicato e à presença efetiva no Planalto Norte Catarinense. Além de assuntos pontuais, ouviram a manifestação da Diretoria SIMESC que reafirmou o compromisso com toda Santa Catarina. Os diretores regionais Drs. Edson Colla (presidente regional) e Juliano Brasil (secretário regional), também presentes à reunião, complementaram que o fortalecimento da categoria se dá pelo crescimento de suas entidades representativas, em especial o Sindicato, e o engajamento da cooperativa no processo de filiação ao SIMESC é de suma importância. Foi firmado o compromisso de levar este debate para a cooperativa muito em breve, com a presença dos diretores regionais e da executiva do SIMESC. À noite, também na sede da UNIMED, foi realizada uma reunião com os médicos da região, em número expressivo. Os colegas de Canoinhas, Três Barras, Major Vieira, puderam ouvir explicações a respeito das ações desenvolvidas pelo Sindicato (Defensoria Médica 24h, Plantão de Diretoria, Assessoria Previdenciária, etc.) e obter respostas para as dúvidas existentes. Dentre os temas abordados pode-se destacar: insalubridade, sobreaviso, pejotização (pessoa jurídica), plantões hospitalares, relações trabalhistas, PCV Estado, normas da ANS, aposentadoria especial. Presente à reunião, o Dr. Elói Queje, médico e prefeito de Três Barras, relatou que apesar de ter melhorado a condição de remuneração e contratação dos médicos, está encontrando dificuldades para viabilizar os trabalhos na maternidade. O presidente do Sindicato comentou que todos devem buscar o entendimento, caminho mais curto para solucionar os problemas existentes. Ficou visível que em Canoinhas há muito que se conversar e repactuar, tarefa para as lideranças médicas da região. No encerramento da reunião, o Dr. Edson Colla colocou-se à disposição dos colegas para encaminhar as ações sindicais na região. Dr. Cyro afirmou ser o SIMESC um Sindicato Estadual, com mais de quatro mil filiados, mas que mesmo com este número expressivo, precisa reforçar a presença da entidade na região. Reafirmou o comprometimento do Sindicato com as causas médicas e com os médicos catarinenses. Após duas horas de proveitosa reunião, o Dr. Ademir convidou todos os presentes para um saboroso churrasco.

REGIONAIS Foto: Terezinha Koerich MAFRA Comitiva do SIMESC realiza reunião de trabalho em Mafra Aproveitando a visita à Canoinhas, no dia seguinte (10/03), a Diretoria Executiva do SIMESC realizou uma reunião de trabalho em Mafra, com o Dr. Gabriel Kubis (presidente regional SIMESC), além de alguns médicos filiados que, tendo questões a esclarecer/ resolver, lá compareceram. O primeiro assunto foi sobre as ações a serem desenvolvidas pela Diretoria Regional, tanto na organização interna (reuniões periódicas, atas, encaminhamentos), quanto na busca de novos filiados e redução da inadimplência. Dentre os assuntos suscitados pelo Dr. Gabriel destacam-se a cobrança da Contribuição Sindical, as dificuldades para assegurar vagas aos pacientes que chegam à Emergência do Hospital, a contratualização. Os médicos presentes trouxeram ao debate questões previdenciárias, piso salarial dos médicos, CBHPM, entre outros. Foto: Márcio Cardoso JOINVILLE GDPM foi um dos assuntos levantados na reunião de Joinville SIMESC esteve em Joinville, no dia 18 de março, ocasião em que os diretores da entidade puderam debater, com os médicos presentes, assuntos de interesse da categoria. Inicialmente, o presidente SIMESC, Dr. Cyro Soncini, trouxe à mesa as O questões relacionadas à GDPM e a lei nº15080, que a regulamenta. Apresentou ainda, auxiliado pelos demais diretores, o texto da Lei, destacando os principais artigos e os avanços. Vários colegas questionaram sobre a plena aplicação e o Dr. Cyro informou que o COSEMESC acompanhará os desdobramentos. A primeira avaliação, prevista para abril (referente ao período de out/09 a mar/10), baseia - se no desempenho individual e as próximas nos critérios individuais e institucionais. Também foi lembrado sobre o retorno do pro-labore, para média e alta complexidade, que acontecerá a partir do mês de junho. Seguindo, a assessora previdenciária do SIMESC, Dra. Lucila Moura Santos Cardoso, prestou esclarecimentos a respeito da Aposentadoria Especial. Apesar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de... garantir, aos filiados à entidade sindical ora impetrante, o direito de ter os seus pedidos de aposentadoria especial analisados pela autoridade administrativa competente...", não existe encaminhamento objetivo até agora. O SIMESC protocolou Reclamação Judicial junto ao STF contra o Ministério da Saúde (e outros...), ainda sem definição. A Dra. Lucila alertou os médicos para que não aceitem a aposentadoria pela média dos vencimentos, pois isto não é aposentadoria especial! Apresentou o PLP555/10, informando que está tramitando no Congresso Nacional, regulamentando esta matéria para os servidores públicos de todos os poderes. Encerrou a participação colocando-se à disposição de todos. Por fim, os médicos obstetras da Maternidade Darcy Vargas apresentaram manifesto dirigido a Direção daquela unidade, denunciando a carência de profissionais e o grande desgaste destes. O SIMESC comprometeu-se em contatar a SES para assegurar a existência de vagas para obstetras no próximo concurso a ser lançado. Ao encerrar a reunião, o Dr. Cyro agradeceu a presença de todos e o empenho da Diretoria Regional de Joinville, representada pelos diretores, Drs. Marcelo da Rosa Prates e Suzana Maria Menezes de Almeida. Pela Diretoria Executiva estavam também presentes os Drs. Vânio Lisboa (vice- presidente), Sonia Bristot (1ª tesoureira), Eliane Soncini (diretora de assuntos sociais e culturais) e Tanise Damas (diretora de apoio aos graduandos em medicina). Também acompanhou a comitiva o Dr. Erial de Haro (assessor jurídico) e o funcionário Marcio Cardoso (apoio administrativo). A recepção dos médicos foi realizada pela Sra. Cecille Carpes, esposa do presidente regional, Dr. Hudson Gonçalves Carpes.

Foto: Terezinha Koerich REGIONAIS LAGES A saúde de Lages pede ajuda há muito tempo Em outubro de 2009, o SIMESC esteve em Lages para tratar de alguns assuntos, entre eles sobre a luta dos médicos do hospital Nossa Senhora dos Prazeres pela remuneração do sobreaviso, que vem solicitando pagamento desde o ano de 2008, infrutiferamente. Outro ponto foi sobre a situação precária do atendimento na emergência do hospital supracitado, conforme relato do Diretor Clínico e do Chefe do Setor, por ser uma cidade pólo, a demanda tem sido muito grande e tem superado a capacidade de atendimento pelos médicos lotados. No mês de fevereiro de 2010, o Sindicato retornou à Lages cumprindo uma extensa agenda de compromissos em defesa dos interesses dos médicos do Corpo Clínico do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres. Na ocasião, diretores sindicais, juntamente com o Diretor Clínico e o advogado SIMESC, reuniram-se com os administradores do hospital, tratando destas duas questões. Ainda que os administradores citados tenham reconhecido como justas as reivindicações da categoria, manifestaram-se impossibilitados de atendêlas. Mais que isso, informaram ter decido rescindir parcialmente o convênio 001/2007, firmado com a Prefeitura de Lages, o que significava inviabilizar os atendimentos dos serviços de urgência e emergência naquele nosocômio, a partir do dia 19 de março de 2010. Ainda em fevereiro, o Sindicato enviou ao Prefeito de Lages um ofício com as reivindicações. O SIMESC convocou uma Assembléia Geral Extraordinária Estadual para avaliar a situação. Os médicos decidiram paralisar as atividades da emergência do Hospital, maneira encontrada para definir o impasse. Depois de algumas reuniões, definições, os médicos da região serrana decidiram paralisar as atividades do sobreaviso médico, em todas as especialidades não remuneradas, a partir das 08h00min do dia 02 de março. Passados alguns dias desde que os médicos especialistas suspenderam o trabalho no setor de emergência, o corpo clínico da instituição reuniu a imprensa para denunciar que não havia recebido qualquer proposta para sanar o problema e assim poder voltar a trabalhar, até a presente data. Eles aproveitaram a oportunidade para alertar que a atual situação do setor de emergência não oferecia segurança aos pacientes. Segundo o presidente regional do SIMESC, Dr. Fernando Pagliosa, mesmo quando os médicos faziam o atendimento, este não era adequado e os pacientes corriam risco adicional, devido às condições da estrutura e falta de pessoal. No dia 22 de março, o assessor jurídico do SIMESC e o Presidente Regional da entidade estiveram presentes na audiência na Vara da Fazenda Ac. Trabalho e Reg. Públicos da Comarca de Lages, convocados pelo Juiz Sílvio Dagoberto Orsatto, com a finalidade de instar as partes a superar, pelo diálogo, conflitos históricos que se originaram há vários anos. A intenção era de incumbir os presentes a responsabilidade de encontrar uma saída para a manutenção do serviço de urgência e emergência do Hospital. O assessor jurídico do SIMESC solicitou a habilitação do Sindicato como parte no processo, ao lado do Corpo Clínico. O Juiz deferiu o prazo de 10 dias para os presentes apresentarem memoriais acerca da questão, bem como se requisite aos órgãos de imprensa o encaminhamento ao juízo de matérias publicadas ou divulgadas sobre a crise da emergência do HNSP, para instrução dos presentes autos. Pelo Ministério Público foi solicitada a apreciação do pedido liminar. As partes concordaram com o pedido do assistente do Corpo Clínico, formulado pelo SIMESC. Em audiência na Vara da Fazenda Pública, foi esmiuçada a composição dos R$ 600 mil que o Estado conveniará com o hospital, para que reative o sobreaviso médico na emergência. De acordo com o diretor administrativo do hospital, Canísio Winkelmann, o valor está mascarado. Ele explicou que os R$ 600 mil eram para os cinco meses e tem de ser descontado o valor que a Secretaria da Saúde de Lages já repassa mensalmente ao hospital. "São 36.161,76 para UTI, mais R$ 23 mil para anestesiologia, outros R$ 2.350,00 para laboratório e efetivamente R$ 15 mil para emergência. Esses valores fazem parte de um contrato desde 2007 e não poderia estar embutidos no que dizem que irão repassar", cobrou o diretor administrativo na ocasião. No final do mês março, a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, confirmou que os R$ 600 mil de ajuda à emergência serão conveniados direto com o hospital. Decepcionada com a declaração do diretor administrativo do hospital, que disse que o recurso estava sendo mascarado, pois estava sendo repassado um recurso e retirado outro, Zanotto explicou aos prefeitos da Serra Catarinense que o convênio não passará pela Secretaria Municipal de Saúde de Lages. "Não recebi nenhum documento formal do hospital dizendo que não aceitaria o apoio financeiro à emergência. A unidade não vai fechar e o repasse do dinheiro será direto ao hospital", reiterou Zanotto, lembrando que R$ 600 mil é bastante dinheiro. Ela fez um apelo para que houvesse boa vontade de todos na solução do problema, conforme informações do jornal citado. Segundo o Dr. Pagliosa a situação continua inalterada. Houve uma reunião com a Administração do Hospital e os médicos aguardam uma proposta. É importante também informar que o SIMESC já apresentou a manifestação ao Juiz.