ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE REPRODUÇÃO AUTOMÁTICA DE ÁUDIO E VÍDEO E SIMILARES Associação Nacional de Classe do Mercado de Jukebox



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Transcrição:

MATERIAL DE APRESENTAÇÃO DA APROVA, SUA ESTRUTURA E ATIVIDADES JURÍDICAS NO FOMENTO AO COMBATE A CONTRAFAÇÃO DE FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS EM JUKEBOXES 1ª Edição 2013

ÍNDICE SOBRE A APROVA 03 ESTRUTURA JURÍDICA DA APROVA 04 LEGALIDADE DAS JUKEBOXES PELA FIXAÇÃO DE SELO 06 PARTICIPAÇÃO NO FNCP E CNCP DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA 07 ATUAÇÃO DO ECAD E SUA NÃO VINCULAÇÃO À APROVA 08 ATUAÇÃO JURÍDICA NO FOMENTO AO COMBATE A PIRATARIA 09 DOS CRIMES E DA TIPIFICAÇÃO DA CONDUTA 10 DA AÇÃO PENAL E DO CABIMENTO DE NOTÍCIA-CRIME 12 SUGESTÃO DE QUESITOS A SEREM RESPONDIDOS PELA PERÍCIA TÉCNICA 13 SIJUOPA SIMPÓSIO JURÍDICO E OPERACIONAL DA APROVA 14 MATÉRIAS JORNALÍSTICAS RELEVANTES 15

SOBRE A APROVA A requerente é uma Associação Civil sem fins lucrativos que atua na defesa dos interesses de mais de quinhentos associados, contando, hoje, com cerca de trinta mil Jukeboxes licenciadas, em praticamente todos os Estados da Federação. As associadas são empresas que fabricam, comercializam e locam máquinas de música, mais conhecidas como Jukebox, a diversos estabelecimentos comerciais em todo o Brasil, visando o lazer dos frequentadores, mediante pagamento. Superando a tecnologia do disco de vinil a Jukebox passou a utilizar CDs, que por sua vez, já se tornaram obsoletos ao serem superados pelos arquivos digitais, pois a capacidade de armazenamento, velocidade e operacionalidade são muito superiores. Essas máquinas são constituídas de um computador com placa mãe, HD, memória, placa de som, placa de vídeo, sistema operacional e software de administração de fonogramas. Página 3 de 295

ESTRUTURA JURÍDICA DA APROVA A APROVA conta com Consultorias Jurídicas Nacionais nas áreas Cível e Criminal, prestadas por escritórios de advocacia. Tais Consultorias têm como objetivo nortear a condução das atividades jurídicas da APROVA, tanto no combate a pirataria, quanto na defesa dos interesses de seus associados. Em cada Estado em que a APROVA se faz presente, há uma ou mais Delegacias Regionais, conhecidas como DRs, que congregam os associados que operam e ou fabricam Jukeboxes numa dada região, sob a condução de um Associado, que desempenha a função de Delegado Regional. A APROVA mantém em cada DR, escritórios jurídicos contratados para desempenhar suas atividades de cunho jurídico. A forma de atuação destes escritórios jurídicos, no que tange a estratégia e posturas institucionais, emanam daqueles que fornecem peças processuais e respectivas diretrizes no seu manejo, visando uniformizar os procedimentos em todo o território nacional. Os escritórios contratados devem sempre consultar os Consultores Nacionais, mediante acompanhamento do Departamento Jurídico Interno da Associação. Neste sentido, as petições e peças de Notícia-Crime seguem uma padronização, de forma a criar uma identidade visual e marca única, portanto, todas as petições que não necessitam ser confeccionadas no local de diligência, de forma a preservar os direitos da APROVA ou seus Associados, devem ser previamente submetidas e aprovadas. Nesta estrutura, cabe aos escritórios jurídicos buscar, selecionar e analisar advogados que possuam escritórios em diferentes locais no Estado, sob requisição específica do Delegado Regional. Página 4 de 295

Cabe aos escritórios contratados enviar relatórios descritivos dos profissionais e ou escritórios, para que seja celebrado contrato semelhante aquele mantido com o seu, objetivando o atendimento a diligências próximas a sede daquele, de forma a trazer maior mobilidade, agilidade e redução de custos na atuação no Estado da DR específica. Contratado o profissional e ou escritório, o escritório jurídico principal da DR fica responsável por encaminhar os expedientes, em conformidade com os critérios espaciais supramencionados, bem como acompanhar o seu andamento e desfecho, em modalidade de advocacia de correspondência, reportando tudo a APROVA, através de relatórios periódicos mensais de todos os feitos e procedimentos em andamento, bem como, de eventuais atendimentos a Associados, mantendo em arquivos eletrônicos, sua memória jurídica. A APROVA disponibiliza ao escritório jurídico, sistema de relatórios e acompanhamento de feitos, bem como, fornece as devidas instruções para sua utilização, de forma a possibilitar que o sistema seja alimentado e atualizado com dados, de forma contínua e ininterrupta. Seja por evento ou no momento do envio mensal dos relatórios de acompanhamento de feitos, todos os documentos pertinentes a cada feito em andamento e ou iniciado, devem ser encaminhados por e-mail, devidamente digitalizados. Para alimentar este sistema o escritório jurídico deve buscar rotineiramente cópias dos autos de todos os procedimentos em que atue nos interesses da APROVA. Página 5 de 295

DA LEGALIDADE DAS JUKEBOXES PELA FIXAÇÃO DE SELO Para o exercício da atividade de exploração de Jukebox é necessário que o associado da APROVA obtenha o licenciamento de uso das músicas e videoclipes nos equipamentos locadas, o que é obtido através de contrato de licenciamento junto a ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE LICENCIAMENTO FONOGRÁFICO ABLF. A ABLF foi criada pelos produtores fonográficos, ou seja, as gravadoras, para administrar, receber, e distribuir os direitos autorais para seus associados, cobrados pela reprodução e ou armazenamento de seus fonogramas, com ou sem imagem. Neste sentido, a ABLF fornece selos de licenciamento, renovados anualmente, conforme modelo ilustrativo abaixo, para serem afixados nas Jukeboxes licenciadas, que servem para exteriorizar a existência do licenciamento possibilitando desta forma, a fiscalização. A ABLF representa os fonogramas e videofonogramas presentes no mercado brasileiro, através das gravadoras: EMI MUSIC, SOM LIVRE, SONYBMG MUSIC ENTERTAINMENT, UNIVERSAL MUSIC E WARNER MUSIC DO BRASIL. Considerando o exposto acima, pode-se afirmar que as Jukeboxes não licenciadas e que, portanto, não apresentam o selo que exterioriza o contrato de licenciamento do ano em curso, fornecido pela ABLF, estão, em tese, irregulares. Ocorre que, há muitas Jukeboxes irregulares em diversos estabelecimentos comercias, em todos os Estados da Federação, ou seja, com conteúdo não licenciado junto a ABLF, adequando-se a conduta descrita no tipo do artigo 184, 1º ou 2º, do Código Penal, conforme detalhado alhures. Página 6 de 295

PARTICIPAÇÃO NO FNCP E CNCP DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA A APROVA exige que as empresas a ela associadas, sigam rigorosamente os procedimentos legais em todas as fases de suas atividades, respeitando e pagando aos artistas seus direitos autorais, e, nos limites até onde a iniciativa privada permite, contribui com a fomentação, junto ao Poder Público, para a repressão à pirataria. Neste sentido a APROVA mantém convênios específicos com a ABLF, bem como, é associada e membro fundador do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade FNCP, que por sua vez, por ato do Ministério da Justiça, passou a ser membro do Conselho Nacional de Combate a Pirataria CNCP, e a convite daquela, participa de palestras e treinamentos de Agentes Públicos. Até o momento da confecção deste material, as Cidades abaixo já aderiram a um dos principais programas do CNCP: Cidade Livre da Pirataria e é exatamente nestes programas que a APROVA é convidada para, dentre outras entidades, palestrar, treinar e capacitar Agentes Públicos, geralmente Guardas Civis Metropolitanos, Guardas Municipais, Policiais Militares, Policiais Civis e Peritos. São Paulo Rio de Janeiro Belo Horizonte Brasília Curitiba Florianópolis Blumenau Osasco Página 9 de 295

ATUAÇÃO DO ECAD E SUA NÃO VINCULAÇÃO À APROVA E ÀS JUKEBOXES Por oportuno, cabe informar que não está incluso no licenciamento pela ABLF, o direito de execução pública, direito esse que deverá ser solicitado diretamente ao ECAD, tornando-se pertinente uma breve explicação sobre a diferença nas atribuições do ECAD e da ABLF, conforme a Lei 9.610/98. O ECAD possui atribuição legal para atuar exclusivamente no âmbito da proteção dos direitos de execução pública, conforme o artigo 99 da Lei 9.610/98, e, se for o caso, o adimplemento desta obrigação é de responsabilidade do estabelecimento onde se der a execução. Já o licenciamento para reprodução e armazenamento é de responsabilidade do operador da Jukebox, mediante contrato junto à ABLF, baseado no artigo 93, incisos I e II da Lei 9.610/98. Neste sentido, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo já se posicionou, de forma límpida e cristalina, sobre a atuação da ABLF e do ECAD no tocante as suas atribuições legais, conforme elucidativo acórdão da lavra do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, conforme abaixo, para maior ilustração do assunto. Página 10 de 295

ATUAÇÃO JURÍDICA NO FOMENTO AO COMBATE A PIRATARIA A APROVA, com fulcro nos artigos 5º, XXI, XXVII e XXVIII, 216 1º e 4º da Constituição da República, artigos 89, caput, 90, II e 93, I e II da Lei 9.610/98, artigo 5º e 37 do Código de Processo Penal, no intuito de combater a pirataria em Jukeboxes, apresenta peças de Notícia Crime, às Autoridades Policiais. Nestas peças, deixamos a cargo da Autoridade competente, diligenciar e requerer os exames periciais cabíveis para a averiguação correta da autoria, podendo a noticiante, se requerida, auxiliar na indicação de possíveis autores das condutas criminosas. Não obstante, na maioria das vezes, a peça é acompanhada de uma lista de endereços, nos quais acreditamos haver Jukeboxes com conteúdo não licenciado. Cumpre frisar que a lista é oriunda de levantamento realizado por nosso Gerente Operacional, ou seja, um agente de campo que percorre os estabelecimentos comerciais, realizando trabalho de coleta de informações sobre Jukeboxes com conteúdo não licenciado, bem como, realiza trabalho educacional preventivo, alertando os comerciantes sobre o que é o licenciamento fonográfico, sua necessidade legal, como consegui-lo e as consequências do descumprimento de tal obrigação. Este levantamento, para figurar em nossas peças de Noticia-Crime, deve ser atual, pois, antes da protocolização das mesmas, nos certificamos que, dentro de um limite temporal razoável, a informação continua sendo válida. Página 12 de 295

DOS CRIMES E DA TIPIFICAÇÃO DA CONDUTA No intuito de nortear conceitos próprios sobre fonogramas e sua contrafação, utilizados pelo legislador para regulamentar os direitos autorais e complementar a norma penal em branco do artigo 184 do Código Penal, colacionamos abaixo, do texto do artigo 5º da Lei 9.610/98, somente aqueles pertinentes a esta apresentação: Art. 5º Para os efeitos desta Lei, considera-se: VI - reprodução - a cópia de um ou vários exemplares de uma obra literária, artística ou científica ou de um fonograma, de qualquer forma tangível, incluindo qualquer armazenamento permanente ou temporário por meios eletrônicos ou qualquer outro meio de fixação que venha a ser desenvolvido; VII - contrafação - a reprodução não autorizada; VIII - obra: IX - fonograma - toda fixação de sons de uma execução ou interpretação ou de outros sons, ou de uma representação de sons que não seja uma fixação incluída em uma obra audiovisual; A prática de contrafação de fonograma constitui crime de Violação de Direito Autoral, tipificada pelo 1º do artigo 184 do Código Penal, e é praticado por aquele que, com o intuito de lucro, ao fabricar, comprar, vender ou alugar Jukeboxes, reproduz fonogramas e videofonogramas sem a autorização do autor, para inseri-los em seu HD: 1 o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de quem os represente: (grifo nosso). Página 13 de 295

Igual pena é destinada a conduta daquele que mantém uma Jukebox que, com intuito de lucro, armazena fonogramas e videofonogramas reproduzidos sem a expressa autorização do autor da obra: 2 o Na mesma pena do 1 o incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os represente. (grifamos) Em recentíssimo posicionamento, o STJ afastou a tese de conduta socialmente tolerável daquele que causa prejuízos à indústria fonográfica, conforme material infra. Página 14 de 295

DA AÇÃO PENAL E DO CABIMENTO DE NOTÍCIA-CRIME O artigo 186 do mesmo diploma legal, in verbis, deixa claro o cabimento da peça de Notícia-Crime e não de Representação ou Queixa-Crime, pelo fato de as condutas típicas supramencionadas serem processadas mediante Ação Penal Pública Incondicionada. "Art. 186. Procede-se mediante: II ação penal pública incondicionada, nos crimes previstos nos 1 o e 2 o do art. 184; Neste condão, a APROVA, na condição de legítima representante de seus associados, vítimas do ilícito descrito no artigo 184, 1º e 2º do Código Penal, que também vitimiza a ABLF, com fulcro no Capítulo IV do Código de Processo Penal que regula o processo e julgamento dos crimes contra a propriedade imaterial, trazendo procedimentos relacionados a medidas cautelares e a forma específica de se proceder a busca e apreensão, combinando o artigo 240 ao 530-B e seguintes, requer às Autoridades Policiais, em suas peças de Notícia-Crime: I. A adoção das medidas cabíveis, com a instauração de Inquérito Policial e realização de diligencias, onde, em tese, de forma contínua e ininterrupta está ocorrendo a contrafação ou utilização de fonogramas e videofonogramas contrafeitos; II. A aplicação subsidiária do CPC, no que tange as custas judiciais, ratificada pelo artigo 530-E do CPP, para que a noticiante tenha a faculdade de oferecer, de forma legítima e transparente, meios para auxiliar o Poder Público, consistente no fornecimento de carregadores, transporte e armazenamento das Jukeboxes apreendidas; III. A intimação da ABLF sobre os procedimentos decorrentes da presente Notícia-Crime, que, por força de Lei, detém a legitimidade para funcionar como fiel depositária das Jukeboxes apreendidas; IV. Seja a perícia técnica realizada nos moldes do artigo 530-D do Código de Processo Penal, apresentando desde já, os quesitos a serem respondidos pelo Ilustre Perito. Página 16 de 295

SUGESTÃO DE QUESITOS A SEREM RESPONDIDOS PELA PERÍCIA TÉCNICA No que tange ao crime de violação dos direitos autorais, faz-se necessária a realização da devida perícia técnica nas Jukeboxes apreendidas, em conformidade com o artigo 530-D e seguintes, do Código de Processo Penal. Para tanto, acompanha sempre as peças de Notícia-Crime, quesitos para orientar os trabalhos do Perito, conforme abaixo: 1) Queira o I. Perito definir a natureza e as características do material encaminhado a exame pericial. 2) A Jukebox encontra-se em condições de pleno funcionamento no que se refere a execução dos fonogramas e ou videofonogramas, de forma a permitir que aqueles que nela estão armazenados, sejam de fato executados na Jukebox periciada? 3) Seja local ou remoto, qual é o meio de armazenamento de dados digitais? 4) Existem fonogramas e ou videofonogramas, em forma de arquivos digitais, ou outra, armazenados e ou de outra forma vinculados a Jukebox periciada? Pedimos ao I. Perito que relacione ao menos 10 (dez) fonogramas e ou videofonogramas armazenados, pertencentes aos catálogos da ABLF. 5) Há na Jukebox periciada algum software para a seleção e execução dos fonogramas e ou videofonogramas nela armazenados, pelo usuário? Qual? 6) A Jukebox possui equipamento ou outro meio para que seja conferido crédito ao usuário para a execução dos fonogramas e ou videofonogramas? Qual? 7) Existe na Jukebox periciada o selo da APROVA e ou da ABLF? Em caso de resposta positiva, esclareça o I. Perito se o selo é autêntico e a que ano se refere, de acordo com o modelo fornecido e o banco de dados disponibilizado pela ABLF. 8) Esclareça o I. Perito as demais considerações que julgar necessárias. Página 17 de 295

SIJUOPA SIMPÓSIO JURÍDICO E OPERACIONAL DA APROVA O SIJUOPA tem a finalidade de integrar todos aqueles envolvidos no combate a pirataria de música em Jukeboxes, realizado em local próprio para eventos, na Cidade de São Paulo, e, especialmente, treinar seus participantes com conhecimento técnico aplicado, experiências adquiridas e, acima de tudo, compartilhando as experiências individuais de todos. Os participantes são os Consultores Nacionais, advogados das DRs, Gerente Operacional Nacional e Regionais, membros do Departamento Jurídico e Diretores da APROVA, bem como, são convidas todos os Delegados Regionais. A grade de programação conta com os mais diversos temas de cunho jurídico e operacional aplicado ao combate a pirataria em Jukeboxes, sendo o primeiro dia dedicado aos advogados das DRs e o segundo, aos Gerentes Operacionais das DRs. Página 18 de 295

MATÉRIAS JORNALÍSTICAS RELEVANTES Ao longo dos anos, através de diversas ações adotadas pela APROVA, seja no combate a pirataria em Jukeboxes, através do fomento de operações policiais, seja nas atividades educacionais, diversas foram as matérias jornalísticas veiculadas nas mais diversas mídias, cabendo aqui, apenas um pequeno apanhado delas, devido a sua relevância histórica e de conteúdo. Página 15 de 15