Regime de comunhão universal, cláusula de incomunicabilidade, fideicomisso

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Transcrição:

Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 5 DO REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL P A R T E E S P E C I A L LIVRO IV DO DIREITO DE FAMÍLIA TÍTULO II DO DIREITO PATRIMONIAL SUBTÍTULO I DO REGIME DE BENS ENTRE OS CÔNJUGES CAPÍTULO IV DO REGIME DE COMUNHÃO UNIVERSAL Art. 1.667 1.671 Conceitos: Regime de comunhão universal, cláusula de incomunicabilidade, fideicomisso Regime de Comunhão Universal de Bens Pelo regime de comunhão universal de bens a totalidade dos bens adquiridos na antes e na constância do casamento serão comuns ao casal (patrimônio total compartilhado em igual proporção, independente do nome de qual cônjuge esteja registrado ou do grau de recursos disponibilizado por cada um). O regime de comunhão universal requer declaração de vontades via pacto antenupcial por escritura pública. Se o casamento terminar em divórcio, os bens serão divididos igualmente entre os cônjuges. Em caso de morte, o cônjuge sobrevivente terá direito a 50% dos bens. Os outros 50% serão divididos entre os herdeiros (filhos e terceiros designados em testamento). Exceções na comunhão universal de bens 1 Doação ou herança com cláusula de incomunicabilidade Se um dos cônjuges for beneficiário de bem por meio de doação ou herança com cláusula de incomunicabilidade, esse bem não integra o patrimônio comum dos cônjuges. Em caso de divórcio, é possível gravar os bens comuns com cláusula de incomunicabilidade a serem transferidos aos filhos, evitando que novo casamento gere direito à herança. 2 Bens com fideicomisso O fideicomisso é o registro em testamento de herdeiros sucessivos e não integra o patrimônio comum. 3 Dívidas anteriores ao casamento sem proveito comum Dívidas anteriores ao casamento que não apresentem benefícios comuns não integram o patrimônio comum. 4 Doação entre cônjuges com cláusula de incomunicabilidade

Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 2 / 5 Na hipótese de divórcio e novo casamento, os bens doados não integrarão o novo patrimônio. 5 Bens de uso pessoal Bens de uso pessoal não integram o patrimônio comum. 6 Bens oriundos de ato ilícito Bens de origem ilícita não integram o patrimônio comum. Sucessão de bens no casamento Artigos do Código Civil 2002 Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte. Art. 1.668. São excluídos da comunhão: I os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; II os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; III as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; IV as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; V Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659 [Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: I os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; II os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; III as obrigações anteriores ao casamento; IV as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; V os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VI os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; VII as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes] Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento. Art. 1.670. Aplica-se ao regime da comunhão universal o disposto no Capítulo antecedente, quanto à

Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 3 / 5 administração dos bens. Art. 1.671. Extinta a comunhão, e efetuada a divisão do ativo e do passivo, cessará a responsabilidade de cada um dos cônjuges para com os credores do outro. Questões extraídas de concursos públicos (data do acesso: 16/06/2017). A reprodução das questões segue a Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/1998), em especial os incisos III e VIII do artigo 46: "Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais: (...) III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra; (...) VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, d qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores." Concurso: Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul Titular de Serviços de Notas e de Registros Ano: 2014 Caderno: 6015 Tipo 1 Questão: 28 Aplicação: Instituto de Estudos Superiores do Extremo Sul Disponível em: https://s3.amazonaws.com/files-s3.iesde.com.br/resolucaoq/prova/prova/35611.pdf No regime da comunhão universal de bens, integram a massa de bens comuns (a justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica): I. Os bens recebidos por doação ou sucessão, ainda que em nome de um só dos cônjuges. II. Os bens e as dívidas anteriores ao casamento, salvo expressas exceções legais. III. Os bens doados ou herdados com cláusula de inalienabilidade. IV. Os objetos de uso pessoal. A) Somente a alternativa I está correta. B) A única assertiva correta é a IV. C) Somente a assertiva III está correta D) Estão corretas as assertivas I e II. Concurso: Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso do Sul Defensor Público Substituto Ano: 2008 Caderno: Prova Preambular Objetiva Questão: 09

Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 4 / 5 Aplicação: VUNESP Disponível em: https://s3.amazonaws.com/files-s3.iesde.com.br/resolucaoq/prova/prova/24135.pdf No que diz respeito ao regime de bens, indique a alternativa correta (a justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica). A) No regime de comunhão universal, estão excluídos os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva. B) No regime da comunhão parcial de bens, não se excluem os adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares. C) Não entram na comunhão, no regime de comunhão parcial, os frutos dos bens particulares percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a união. D) É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública e anulável se não lhe seguir o casamento com o regime de bens estabelecido no instrumento público. Concurso: Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro Fiscal de Rendas Ano: 2010 Caderno: Caderno de Prova Tipo 1 Questão: 98 Aplicação: FGV Projetos Disponível em: https://www.qconcursos.com/arquivos/prova/arquivo_prova/1777/fgv-2010-sefaz-rj-fiscal-derendas-prova-1-prova.pdf Alberto, filho de Felipe e Gabriela, casou-se com Bruna sob o regime de comunhão universal de bens. O casal teve uma única filha, Cecília. Cecília casou-se com Daniel sob o regime da comunhão parcial de bens e teve com ele um filho, Edson, único neto de Alberto. Alberto faleceu recentemente, sem deixar testamento. Além da viúva (Bruna), sobreviveram a Alberto seu pai (Felipe), então já viúvo, sua filha (Cecília), seu genro (Daniel) e seu neto (Edson). Diante desses fatos, é correto afirmar que (a justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica): A) Cecília será a única herdeira de Alberto. B) Cecília será herdeira de Alberto, em concorrência com Bruna. C) Cecília será herdeira de Alberto, em concorrência com Felipe. D) Cecília será herdeira de Alberto, em concorrência com Edson. E) Cecília será herdeira de Alberto, em concorrência com Bruna e Felipe. Concurso: Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro Auditor Fiscal da Receita Estadual Ano: 2014 Caderno: Caderno de Prova A01, Tipo 002 Questão: 97 Aplicação: Fundação Carlos Chagas Disponível em: https://www.qconcursos.com/arquivos/prova/arquivo_prova/35642/fcc-2014-sefaz-rj-auditorfiscal-da-receita-estadual-prova-1-prova.pdf

Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 5 / 5 Joaquim era pai de Pedro, casado com Maria sob o regime da comunhão universal de bens; de Benedito, casado com Antonia, sob o regime da comunhão parcial de bens e de José, casado com Joana, sob o regime da separação de bens. Joaquim doou, com dispensa de colação, para José e sua mulher, Joana, um imóvel. José faleceu, em 30/6/2013, deixando dois filhos. Joaquim, por testamento público lavrado em 10/07/2013, deixou seu disponível para os filhos Pedro e Benedito, com cláusula vitalícia de inalienabilidade, tendo o testador falecido em 15/10/2013. É correto afirmar que, com a morte de (a justificativa legal não constou da aplicação do concurso, sendo aqui solicitada para fins de desenvolvimento da experiência jurídica) A) Joaquim, a legítima será partilhada entre os filhos sobreviventes, comunicando-se o que receber Pedro do disponível a sua esposa, mas não se comunicando o que receber Benedito; quanto à legítima, que receberão Pedro e Benedito, nada se comunicará aos respectivos cônjuges; os filhos de José herdarão da legítima a cota parte do que receberia seu pai se vivo fosse, calculando-se, entretanto, por estirpe, mas não tendo de trazer à colação o imóvel doado, que ficou pertencente na razão de 50% (cinquenta por cento) a Joana e 25% (vinte e cinco por cento) a cada um dos filhos do casal. B) José, o imóvel que recebera por doação juntamente com sua mulher, ficará pertencendo em metade para ela e metade em condomínio para os dois filhos do casal; os netos de Joaquim participarão da herança do avô, por direito de representação, calculada a legítima deles por cabeça; Benedito e Pedro receberão suas partes na herança de Joaquim, que não se comunicarão às respectivas esposas. C) José, o imóvel que recebera por doação juntamente com sua mulher, passará integralmente a ela e não aos filhos do casal; a parte que Pedro receber na herança de seu pai se comunicará a Maria apenas no que compreender a legítima; Benedito receberá sua parte na herança, nada se comunicando a sua mulher, Antonia, e os filhos de José herdarão, por direito de representação, parte da herança de Joaquim tirada da legítima e calculada por estirpe. D) Joaquim, seus bens serão divididos entre seus filhos Pedro e Benedito, que herdarão por estirpe e nada se comunicará a seus respectivos cônjuges e os netos de Joaquim receberão parte da herança do avô, por representação, calculada por cabeça; quanto ao bem doado a José e a sua mulher, com a morte deste, será partilhado somente entre seus dois filhos. E) José, do imóvel que lhe fora doado por Joaquim, o cônjuge sobrevivente haverá a metade e a outra metade passará a seus filhos, os quais, também, concorrerão na herança de Joaquim, por estirpe; com a morte de Joaquim os filhos sobreviventes receberão a legítima e o disponível com cláusula de inalienabilidade, comunicando-se a herança a Maria, mas não a Antonia.