DIREITO DAS SUCESSÕES REGIME DE BENS

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1 DIREITO DAS SUCESSÕES REGIME DE BENS Prof.Dicler Direito das Sucessões é o conjunto de normas que disciplinam a transferência do patrimônio (ativo e passivo créditos e débitos) de alguém, depois de sua morte, em virtude de lei ou testamento. Abertura da Sucessão Aberta a sucessão, a herança transmite se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Princípio de Saisine: o domínio e a posse da herança transmitem se, de forma automática e imediata, aos herdeiros legítimos e testamentários do de cujus, sem solução de continuidade (ou seja, sem interrupção) e ainda que estes (os herdeiros) ignorem o fato Espécies de sucessão quanto à fonte A sucessão dá se por lei ou por disposição de última vontade. 1. LEGÍTIMA: morrendo a pessoa sem testamento transmite se se a herança aos herdeiros legítimos indicados pela lei, de acordo com uma ordem preferencial. Também será legítima se o testamento caducar (tornar se ineficaz por causa ulterior) ou for declarado nulo. 1

2 Espécies de sucessão quanto à fonte A sucessão dá se por leioupor disposição de última vontade. 2. TESTAMENTÁRIA: ocorre por disposição de última vontade (testamento ou codicílio). A sucessão pode ser, simultaneamente, legítima e testamentária quando o testamento não compreender todos os bens do de cujus, pois os bens fora do testamento passarão aos herdeiros legítimos. Espécies de sucessão quanto à fonte Havendo herdeiros necessários (ascendentes, descendentes e cônjuge), o testador só poderá dispor da metade da herança, pois a outra metade constitui a legítima. Se uma pessoa for casada no regime de comunhão universal de bens, o patrimônio do casal será dividido em duas meações, e só poderá dispor, em testamento, integralmente da sua parte, se não tiver herdeiros necessários. Espécies de sucessão quanto à fonte 3. CONTRATUAL: não é admitida em nosso direito. O CC, ao proibir que a herança de pessoa viva seja objeto de contrato, vedou a possibilidade de pactos sucessórios. EXCEÇÃO: Podem os pais, por ato entre vivos, partilhar o seu patrimônio entre os descendentes. Espécies de sucessão quanto aos efeitos 1. ATÍTULOUNIVERSAL: ocorre quando o herdeiro é chamado a suceder na totalidade da herança, fração ou porcentagem. Pode ocorrer na legítima ou na testamentária. O beneficiário é o herdeiro 2. A TÍTULO SINGULAR: ocorre quando o testador deixa para o beneficiário um bem certo e determinado. Só pode ocorrer na testamentária. O beneficiário é o legatário 2

3 Herança Características também é chamada de espólio ou monte; é uma universalidade (de direito) de bens sem personalidade (conjunto de direitos e deveres) representado pelo inventariante, até a homologaçãoda partilha; é tida como bem imóvel; no tocante às dívidas, os herdeiros só respondem até os limites da herança; e é indivisível até à partilha (condomínio forçado). Transmissão da Herança 1. Momento na data da morte do de cujus (dia e hora do óbito). Os herdeiros, ainda que não o saibam, já se tornam donos da herança. Assim, a aquisição da herança não se dá quando da abertura do processo de inventário, nem quando o juiz homologa a partilha de bens, e nem quando o respectivo formal é levado a registro, mas sim no momento da morte. Transmissão da Herança 2. Lugar último domicílio do falecido; se ele tinha mais de um domicílio o inventário será feito em qualquer deles. Na falta de domicílio certo será o da situação dos bens ou do lugar do óbito. O prazo é de 30 dias a contar da morte do de cujus. Transmissão da Herança 3. Inventariança é um munus público, submetido ao controle e fiscalização judicial, sendo função auxiliar da justiça. O inventariante é pessoa nomeada pelo Juiz a quem cabe a administração e representação da herança. Há uma ordem para a nomeação do inventariante: 3

4 Transmissão da Herança Art. 990 do CPC O juiz nomeará inventariante: I o cônjuge ou companheiro sobrevivente, desde que estivesse convivendo com o outro ao tempo da morte deste; II o herdeiro que se achar na posse e administração do espólio, se não houver cônjuge ou companheiro sobrevivente ou estes não puderem ser nomeados; III qualquer herdeiro, nenhum estando na posse e administração do espólio; Dentre outros!!! Transmissão da Herança Na sucessão legítima são chamadas a suceder as pessoas já nascidas e as já concebidas no momento da abertura da sucessão. Na sucessão testamentária, podem ser nomeados herdeiros ou legatários: os filhos, ainda que não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador (prole eventual), desde que vivas estas quando da abertura da sucessão; PJ e PJ cuja organização for determinada pelo testador, sob forma de fundação. Capacidade Sucessória Legitimam se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão. É a capacidade da pessoa para receber os bens deixados d pelo decujus na data daabertura da sucessão. O nascituro, por ter expectativa de vida, tem direito à herança. Excluidos da Sucessão O herdeiro ou legatário pode ser privado do direito sucessório se praticar contra o de cujus atos considerados ofensivos, de indignidade. Aindignidade d d é uma sanção civil que acarreta a perda do direito sucessório. 4

5 Excluidos da Sucessão São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: I que houverem sido autores, co autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, t seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; II que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crimecontraasuahonra,oudeseucônjugeou companheiro; Excluidos da Sucessão São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: (continuação) III que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade. Excluidos da Sucessão Indignidade: decorre de lei (art do CC). Pode ocorrer tanto na sucessão legítima, como na sucessão testamentária. Deserdação: é o autor da herança que, em testamento, pune o responsável pelos atos mencionados. Por depender de testamento só pode ocorrer na sucessão testamentária. Herança Jacente Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância. Não possui personalidade jurídica, consistindo em um acervo de bens administrado por um curador até a habilitação dos herdeiros, porém possui legitimação ativa e passiva para ser comparecer em juizo. 5

6 Herança Vacante Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, seráa herança declarada vacante. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será esta desde logo declarada vacante. Herança Vacante A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando se ao domínio da União quando situados em território federal. Sucessão legítima A sucessão legítima defere se na ordem seguinte: I aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória bi tói de bens ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III ao cônjuge sobrevivente; IV aos colaterais. Quando o cônjuge não concorre na herança? 1. comunhão universal de bens; Neste caso, o cônjuge já terá direito à meação (50% dos bens comuns do casal) e, por essa razão, não concorre com os demais herdeiros. 2. separação obrigatória de bens; e Neste caso o cônjuge não tem direito a nada, mas essa posição é discutida na doutrina. 6

7 Quando o cônjuge não concorre na herança? 3. comunhão parcial, se não houver bens particulares do falecido. Se não existirem bens particulares do falecido, então é porque existem, apenas, bens comuns, onde os cônjuges eram co proprietários. Desta forma, falecendo um deles, o outro continua exercendo a propriedade. Sucessão legítima Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente. Sucessão legítima Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caberlhe á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau. Sucessão legítima Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente. Se não houver cônjuge sobrevivente, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos. 7

8 Sucessão legítima Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar. Herdeiros Necessários São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima. Calcula se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação. Herdeiros Necessários O herdeiro necessário, a quem o testador deixar a sua parte disponível, ou algum legado, não perderá o direito à legítima. Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador t disponha de seu patrimônio ti i sem os contemplar. Direito de Representação Dá se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse. O direito it de representação dá se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente. 8

9 Direito de Representação Na linha transversal, somente se dá o direito de representação em favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem. Direito de Representação Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o representado, se vivo fosse. O quinhão do representado partir se á porigual entre os representantes. O renunciante à herança de uma pessoa poderá representá la na sucessão de outra. Sucessão Testamentária Decorre de expressa manifestação de última vontade em testamento ou codicílio. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte. A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no testamento. São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado. Sucessão Testamentária O testamento é ato personalíssimo, podendo ser mudado a qualquer tempo. São características do testamento: Ato personalíssimo; Negócio jurídico unilateral; Solene (exceto o testamento nuncupativo militar); Ato gratuito; Revogável, exceto o reconhecimento por testamento de filhos fora do casamento; e Ato causa mortis. 9

10 Sucessão Testamentária Prazo decadencial de impugnação Extingue se em cinco anos o direito de impugnar a validade do testamento, contado o prazo da data do seu registro. Sucessão Testamentária Capacidade para testar Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte. A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no testamento. São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda que o testador somente a elas se tenha limitado. Sucessão Testamentária Capacidade para testar Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê lo, não tiverem pleno discernimento. Podem testar os maiores de dezesseis anos. A incapacidade superveniente do testador não invalida o testamento, nem o testamento do incapaz se valida com a superveniência da capacidade. Formas de testamento 1) Testamentos ordinários Testamento público; Testamento cerrado; e Testamento particular. 2) Testamentos especiais Testamento marítimo; Testamento aeronáutico; e Testamento militar. 10

11 Forma proibida de testamento É proibido o testamento conjuntivo (feito no mesmo ato por duas ou mais pessoas), seja simultâneo (duas pessoas fazem disposições em favor de terceiro), recíproco (se um testador favorece o outro, e vice versa) ou correspectivo (alem da reciprocidade, cada testador beneficia o outro na mesma proporção em que este o tiver beneficiado). Testamento público É o escrito pelo tabelião, ou seu substituto legal, em seu livro de notas, de acordo com as declarações do testador, em presença de duas testemunhas. Ao final o tabelião faz a leitura em voz alta. O surdo mudo não pode testar através desta forma. É o mais seguro sob o ponto das formalidades, porém, todos podem ter conhecimento do seu conteúdo. Testamento público Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo testador, fazendo se de tudo circunstanciada menção no testamento. O mesmo acontece para o analfabeto que deverá fazer a sua declaração de vontade por voz. Testamento cerrado (secreto ou místico) É aquele escrito com caráter sigiloso, cujo conteúdo somente será desvendado por ocasião de sua abertura. Ou seja, o seu teor é conhecido apenas pelo testador. O testador deverá entregá lo ao tabelião, na presença de duas testemunhas, declarando que aquele constitui o seu testamento. O tabelião o recebeeexaraseuautodeaprovação,lançandoo no livro de notas e mantendo o em local seguro para depois ser apresentado ao juiz para abertura, registro e cumprimento. 11

12 Testamento particular (hológrafo) É de elaboração mais ágil e fácil, além de ser gratuito, mas exige três testemunhas. Deverá ser escrito de próprio punho ou mediante processo mecânico, sendo vedadas rasuras ou espaços em branco. O testador fará sua leitura, assinado o em seguida e passando o às demais testemunhas, que o também assinarão e serão chamadas (pelo menos 1) em juizoporocasiãodaapresentaçãodotestamento para confirmação do ato de disposição, da leitura e da própria assinatura. Codicílio É um ato de última vontade destinado a disposições de pequeno valor. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal. Poderá também nomear ou substituir testamenteiros. Testamentos marítimo e aeronáutico Quem estiver em viagem, a bordo de navio nacional, de guerra ou mercante, pode testar perante o comandante, em presença de duas testemunhas, bem como quem estiver em viagem, a bordo de aeronave militar ou comercial, pode testar perante pessoa designada pelo comandante. Deve se observar uma forma que corresponda ao testamento público ou ao cerrado. O registro do testamento será feito no diário de bordo. Testamentos marítimo e aeronáutico O testamento marítimo ou aeronáutico ficará sob a guarda do comandante, que o entregará às autoridades administrativas do primeiro porto ou aeroporto nacional, contra recibo averbado no diárioi de bordo. Caducará o testamento marítimo, ou aeronáutico, se o testador não morrer na viagem, nem nos noventa dias subseqüentes ao seu desembarque em terra, onde possa fazer, na forma ordinária, outro testamento. 12

13 Testamentos marítimo e aeronáutico Não valerá o testamento marítimo, ainda que feito no curso de uma viagem, se, ao tempo em que se fez, o navio estava em porto onde o testador pudesse desembarcar e testar na forma ordinária. i Testamento militar É permitido a pessoas que estão a serviço das forças armadas, em campanha, dentro ou fora do país ou em praça sitiada ou com comunicações interrompidas. Não havendo tabelião, será escrito pelo comandante, contando com duas (se o testador puder ou souber assinar) ou três (se o testador não puder ou souber assinar) testemunhas. Testamento militar Caduca o testamento militar, desde que, depois dele, o testador esteja, noventa dias seguidos, em lugar onde possa testar na forma ordinária, salvo se esse testamento apresentar as solenidades d prescritas no parágrafo único do artigo antecedente. Testamento nuncupativo É uma forma de testamento militar feito de viva voz perante duas testemunhas, por pessoas empenhadas em combate ou feridas. É uma exceção à regra de que o testamento é um ato solene e, por isso, deve ser celebrado lb por escrito. Não terá efeito o testamento nuncupativo se o testador não morrer na guerra ou convalescer do ferimento. 13

14 Sucessão na união estável A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: I se concorrer com filhos comuns, terá direitoit a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho; Sucessão na união estável II se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar lhe á a metade do que couber a cada um daqueles; III se concorrer com outros parentes sucessíveis, terádireitoaumterçodait t d herança; IV não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança. Regime de bens entre cônjuges Determina as relações econômicas entre os cônjuges durante o casamento. Princípios básicos: 1) Irrevogabilidade relativa; 2) Variedade d de regimes; e 3) Livre estipulação. Regime de bens entre cônjuges 1) Imutabilidade relativa: em regra não é possível mudar o regime de casamento. A exceção ocorre mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. 14

15 Regime de bens entre cônjuges 2) Variedade de regimes: existem quatro modelos de regimes: Comunhão parcial; Comunhão total; Separação convencional ou legal;el Participação final nos aquestos. Regime de bens entre cônjuges 3) Livre estipulação: é lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. Não havendo convenção (pacto antenupcial), ou sendo ela nula ouineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial. Regime de separação legal de bens É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: I das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração lb do casamento; II da pessoa maior de sessenta anos; III de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. Regime de separação convencional de bens Estipulada a separação de bens, estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real. Ambos os cônjuges são obrigados bi a contribuir tib i para as despesas do casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo estipulação em contrário no pacto antenupcial. 15

16 Regime de comunhão universal de bens O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as seguintes exceções: I os bens doadosd ou herdados d com a cláusula l de incomunicabilidade e os sub rogados em seu lugar; Regime de comunhão universal de bens II os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; III as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; IV as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; Regime de comunhão universal de bens V os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VI os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; VII as pensões, meios soldos, montepios e outras rendas semelhantes. Regime de comunhão parcial de bens No regime de comunhão parcial, comunicam se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as seguintes exceções: I os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os subrogados em seu lugar; II os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub rogação dos bens particulares; 16

17 Regime de comunhão parcial de bens III as obrigações anteriores ao casamento; IV as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvoreversãoemproveitodocasal; V os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; VI os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; VII as pensões, meios soldos, montepios e outras rendas semelhantes. Regime de comunhão parcial de bens Entram na comunhão: I os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges; II os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior; Regime de comunhão parcial de bens III os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges; IV as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge; V os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão. Regime de participação final nos aquestos No regime de participação final nos aqüestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal, direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na constância do casamento. 17

18 Regime de participação final nos aquestos Integram o patrimônio próprio os bens que cada cônjuge possuía ao casar e os por ele adquiridos, a qualquer título, na constância do casamento. A administração desses bens é exclusiva de cada cônjuge, que os poderá livremente alienar, se forem móveis. Regime de participação final nos aquestos Sobrevindo a dissolução da sociedade conjugal, apurar se á o montante dos aqüestos, excluindose da soma dos patrimônios próprios: I os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub rogaram; II os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade; III as dívidas relativas a esses bens. Exercícios de fixação 1. (FCC MPE CE 2009) Na sucessão legítima o direito de representação dá se (A) na linha reta descendente e, na transversal, em favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem. (B) apenas na linharetaascendente. t (C) na linha reta descendente e ascendente, mas nunca na transversal. (D) na linha reta ascendente e, na transversal, somente em favor dos filhos de irmãos do falecido, quando com irmãos deste concorrerem. (E) apenas na linha reta descendente. Exercícios de fixação 2. (FGV ICMS/RJ 2009) A respeito da sucessão legítima, analise as afirmativas a seguir: I. A sucessão legítima defere se aos descendentes do de cujus, em concorrência com o cônjuge sobrevivente quando casado este com o fl falecido no regime da comunhão universal lde bens. II. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará 1/3 (um terço) da herança ou a metade desta, caso haja um só ascendente, ou se maior for aquele grau. 18

19 Exercícios de fixação III. Se o cônjuge for ascendente dos herdeiros com que concorrer, sua quota não poderá ser superior à quarta parte da herança. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. Exercícios de fixação 3. (FGV ICMS/MS 2006) O Código Civil veda o testamento: (A) nuncupativo militar. (B) marítimo. (C) hológrafo. (D) conjuntivo. (E) militar. Exercícios de fixação 4. (FGV ICMS/RJ 2007) O testamento pode ser escrito de próprio punho. São requisitos essenciais à sua validade que seja lido e assinado por quem o escreveu, na presença de pelo menos: (A) duas testemunhas. (B) seis testemunhas. (C) quatro testemunhas. (D) cinco testemunhas. (E) três testemunhas. Exercícios de fixação 5. (VUNESP PROCURADOR SAAE 2009) O testamento (A) não poderá ser alterado depois de redigido e arquivado. (B) pode ser impugnado, no que diz respeito a sua validade no prazo de 15 anos. (C) será inválido se o testador tiver declarada a sua incapacidade superveniente. (D) pode ser realizado por maiores de 16 anos. (E) é negócio jurídico bilateral. 19

20 Exercícios de fixação 6. (VUNESP ADVOGADO CESP 2009) Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime de (A) comunhão universal. (B) participação final nos aquestos. (C) comunhão parcial. (D) sociedade de fato. (E) união estável. Gabarito dos exercícios de fixação 1 A 2 B 3 D 4 E 5 D 6 C 20

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