Resistência de Insetos a Inseticidas

Documentos relacionados
Manejo da Resistência de Insetos-Praga em Milho Transgênico

Variabilidade Genética

8/22/2016 ROTEIRO. Cultivos Geneticamente Modificados no Mundo Área Plantada (milhões de ha 1996 a 2015) Tecnologia Bt no Brasil

Pesquisas sobre resistência de pragas

Resistência de Insetos a Inseticidas

As 12 conclusões do Workshop sobre o uso de refúgio para conservação da eficácia do algodão-bt no Brasil

As 12 conclusões do Workshop sobre o uso de refúgio para conservação da eficácia do algodão-bt no Brasil

O CICLO DA AGRICULTURA PARA A VIDA

BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS. Soluções para um Mundo em Crescimento

Milho Doce SV0006SN Seminis. Milho Doce SV9298SN Seminis. Biotecnologia e qualidade que unem o campo, indústria e mercado.

Módulo 4. Controle químico

Tecnologias de Manejo Manejo Integrado de Milho Bt

Os desafios do milho transgênico. Bernardo Tisot Agronomo de Campo -RS

INFORMATIVO TÉCNICO Boas Práticas Agronômicas Aplicadas a Plantas Geneticamente Modificadas Resistentes a Insetos MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS

BOAS PRÁTICAS AGRÍCOLAS. Soluções para um Mundo em Crescimento

INFORMATIVO SOBRE TECNOLOGIAS DE RESISTÊNCIA A INSETOS SEMEANDO O FUTURO

PROGRAMA FITOSSANITÁRIO Propostas de ações de manejo da Helicoverpa armigera

SOJA BT E O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS: EXPERIÊNCIAS E PERSPECTIVAS. Antonio Cesar S. dos Santos Londrina, 06 de Julho de 2016

14º Congresso Brasileiro do Agronegócio ABAG. "Agronegócio Brasileiro, Produção 365 Dias " Alexandre Mendonça de Barros

Eliseu José G. Pereira Departamento de Entomologia Universidade Federal de Viçosa

Levantamento de adultos de Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) utilizando armadilha de feromônio em área comercial de milho Bt

Guilherme dos Reis Vasconcelos Engenheiro Agrônomo Professor; Consultor em MIP e Agricultura Sustentável; Horticultor.

ESTUDOS QUE COMPROVAM A EFICIÊNCIA DOS REFÚGIOS PARA A PRESERVAÇÃO DE TECNOLOGIAS TRANSGÊNICAS. Dr. Alexandre Specht. Pesquisador da Embrapa Cerrados

FICOU AINDA MELHOR O QUE ERA BOM

SAFRA 2014/15 DEFINIÇÕES DO PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DA BAHIA

SAFRA 2014/15 ORIENTAÇÕES DO PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DA BAHIA

MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS NA REGIÃO SUL

BPA COM FOCO NO MANEJO DAS PRAGAS-ALVO NAS CULTURAS Bt E DA CIGARRINHA-DO-MILHO

SEEDCORP HO UMA PLATAFORMA INTEGRADA DE SEMENTES

DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE APOSENTADORIA - FORMAÇÃO DE CAPITAL E ESGOTAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

FATORES DE SUSTENTAÇÃO DA PRODUÇÃO DE MILHO NO BRASIL

Maior interação com ambiente eleva uso de cultivar transgênico no Brasil

13/08/2012. Pedro Takao Yamamoto Departamento de Entomologia e Acarologia ESALQ/USP O Vetor O Patógeno. A Doença. até metade dos anos 60

Módulo 1. Ameaças Fitossanitárias

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS BT Risco de perda de resistência nos sistemas de produção dos cerrados.

Refúgio e Utilização de Cultivos Bt: Princípios, Fatos e Desafios

Esqueceu a senha? Quero me cadastrar 01/10/2012. Palavra-chave. Busca Avançada

Viabilidade do Biocontrole de Pragas em Sistemas Integrados. Sergio Abud Biólogo Embrapa Cerrados

Resistência de inseto a táticas de controle

Manejo do milho Bt manejo integrado de pragas. Fernando Hercos Valicente Embrapa Milho e Sorgo

Altura Espiga (cm) Planta (cm) Verão - Sul, centro Semi-duro. Semi-duro. Semi-duro. Semi-dentado Amarelo alaranjado. Semi-dentado Amarelo alaranjado

Broca voraz...22 Saiba como manejar corretamente Diatraea saccharalis, uma das piores pragas que incidem sobre os canaviais brasileiros

A complexidade e as alternativas num sistema intensificado para o manejo dos percevejos e da mosca-branca

Posicionamento de Cultivares Convencionais

WORKSHOP DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DE PESQUISA SAFRA 2014/2015 CENÁRIO DA COTONICULTURA NO OESTE DA BAHIA

INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS PRODUTIVOS PARA A CULTURA DO MILHO

Controle Químico de Pragas

RESULTADOS PRÁTICOS DE CONTROLE DE BROCA COM AUXÍLIO DA INTELIGÊNCIA DIGITAL. José Carlos Rufato DTM Syngenta

Resistência e tolerância. Plantas daninhas de difícil controle com glifosato

REFÚGIO ESTRUTURADO NA CULTURA DE SOJA E MILHO COM TECNOLOGIA BT

Controle de Pragas. Pedro Takao Yamamoto Departamento de Entomologia e Acarologia USP/ESALQ

Abra e descubra a mais nova tecnologia contra a broca de cana.

Controle biológico com uso do baculovirus: segurança e futuro dos bioinseticidas. Dr. Fernando Hercos Valicente

Manejo de cultivos transgênicos

DELEGACIA REGIONAL TRIBUTÁRIA DE

AVALIAÇÃO DA ENTOMOFAUNA EM CULTIVOS DE MILHO TRANSGÊNICO E ÁREAS DE REFÚGIO NO IFSULDEMINAS CÂMPUS MACHADO

DESAFIOS NO MANEJO FITOSSANITÁRIO PARA A PRÓXIMA SAFRA. Engº Agr Ezelino Carvalho (Consultor )

AÇÕES PROPOSTAS E NÍVEL DE ADOÇÃO DO MANEJO DE RESISTÊNCIA DE PRAGAS-ALVO À TECNOLOGIA BT EM ÁREAS TROPICAIS E PARTICULARMENTE NO BRASIL

O cultivo do algodoeiro no sistema de plantio direto rotação de culturas: O Grande Desafio. Aurélio PAVINATO SLC Agrícola S.A.

MULTI PLANTIO CATÁLOGO DE HÍBRIDOS VERÃO REGIÃO NORTE 2014/2015 REFÚGIO E COEXISTÊNCIA

MANEJO DE INSETOS E ÁCAROS NAS CULTURAS DA SOJA E DO MILHO. MAURO BRAGA Pesquisador

É POSSIVEL TER SUCESSO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO NÃO BT? Manejo e custos do Algodão convencional na Fazenda São Francisco

CIRCULAR TÉCNICA. Algodão Bt e refúgio: orientações para manejo da resistência

Safra 2016/2017. Safra 2015/2016

TABELA PRÁTICA PARA CÁLCULO DOS JUROS DE MORA ICMS ANEXA AO COMUNICADO DA-46/12

OS ASPECTOS IMPORTANTES DO PLANEJAMENTO E DO MANEJO DAS LAVOURAS COM O ALGODÃO-SOJA-MILHO TRANSGÊNICOS

GDOC INTERESSADO CPF/CNPJ PLACA

Otimizando o Uso de Milho Doce com Biotecnologia Bt

Cepea avalia retorno econômico do algodão transgênico Bollgard no Brasil

AMOSTRAGEM DE PRAGAS EM SOJA. Beatriz S. Corrêa Ferreira Entomologia

Prospecção de Fenótipos de Sorgo Contrastantes quanto à Incidência da Cigarrinha-do-Milho

GESTÃO AVANÇADA DO CONTROLE DE PRAGAS EM GRANDES LAVOURAS DE CANA-DE-AÇÚCAR

MANEJO DA LAGARTA DO CARTUCHO EM LAVOURAS DE MILHO CONVENCIONAIS E TRANSGENICAS Bts. Germison Tomquelski

TECNOLOGIA Bt MANEJO DA RESISTÊNCIA DE INSETOS ÁREAS DE REFÚGIO

DATA DIA DIAS DO FRAÇÃO DATA DATA HORA DA INÍCIO DO ANO JULIANA SIDERAL T.U. SEMANA DO ANO TRÓPICO

Agronômico e Planejamento

MIP - Unidades de Referência (UR) e Resultados do Monitoramento da Safra Soja 2015/16

Crédito Rural: oportunidades, riscos e competitividade no agronegócio

REFÚGIO. Soja INTACTA RR2 PRO

Módulo 3. Controle Biológico

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas

histórico, conceitos, definições e situação atual Pedro Takao Yamamoto Depto. de Entomologia e Acarologia USP/ESALQ

DIAGNÓSTICO DO CULTIVO DE MILHO TRANSGÊNICO NO MUNICÍPIO DE CARVALHÓPOLIS

Manejo de Coexistência com Nematoides em Sistemas de Produção de Soja

Uni-ANHANGUERA CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA

Spodoptera spp. NAS TECNOLOGIAS TRANSGÊNICAS DE ALGODÃO NO CERRADO. Walter Jorge dos Santos YEHOSHUA HAMASHIACH

1º DE SETEMBRO DE

Broca da cana: Situação Atual e Medidas de Controle. Wilson R. T. Novaretti

Data Moeda Valor Vista Descrição Taxa US$ 07-Jul-00 Real 0,5816 Sem frete - PIS/COFINS (3,65%) NPR 1,81 14-Jul-00 Real 0,5938 Sem frete - PIS/COFINS

Organismos Geneticamente Modificados

GENÉTICA DE POPULAÇÕES

Desafios da Pesquisa em Controle Biológico na Agricultura no Estado de São Paulo

Transcrição:

Resistência de Insetos a Inseticidas Celso Omoto Universidade de São Paulo / ESALQ celso.omoto@usp.br

ROTEIRO Magnitude do problema de resistência de pragas a inseticidas e tecnologias Bt Principais estratégias para o manejo da resistência Principais desafios em programas de Manejo da Resistência no Brasil

Número de Casos de Resistência de Artrópodes a Pesticidas Sparks & Nauen (2015)

PRESENÇA DE VARIABILIDADE GENÉTICA Suscetível Resistente a inseticida ou proteína A

PRESSÃO DE SELEÇÃO Suscetível Resistente a inseticida ou proteína A

Evolução da Resistência VARIABILIDADE GENÉTICA SELEÇÃO HERDABILIDADE

Suscetível Resistente a inseticida ou proteína A

Conseqüências da Resistência Aplicações mais freqüentes de inseticidas Uso de doses acima da recomendada no rótulo ou bula do inseticida Uso de mistura de inseticidas Troca de inseticida Comprometimento dos Programas de MIP

FATORES QUE AFETAM A EVOLUÇÃO DA RESISTÊNCIA Genéticos Bioecológicos Operacionais Georghiou & Taylor (1977a, b)

Spodoptera frugiperda Época de cultivo do milho Antes de 1990 OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET

Fonte: CONAB Área de produção de milho no Brasil (1990-2014) (milhões de hectares) 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 Primeira Safra Segunda Safra

Sistemas de Produção de Cultivos no Brasil 1ª safra de milho 6,8 mi ha 2ª safra de milho 9,0 mi ha Inverno OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET Algodão 0.893 mi ha Soja 30 million ha Fonte: Conab / IBGE

Desenvolvimento da Cana-de-açúcar

Pragas Principais/Chaves Broca da cana-de-açúcar Cigarrinha-das-raízes Cigarrinha-das-folhas Cupins subterrâneos Sphenophorus levis

Fonte: Conab (2016) Mapa da Produção Agrícola - Milho 1ª Safra 2ª Safra

Mapa da Produção Agrícola - Cana Fonte: Conab (2016)

Monitoramento da Resistência 1996-2016 Mato Grosso Bahia Mato Grosso do Sul Goiás São Paulo Minas Gerais Paraná Spodoptera frugiperda Rio Grande do Sul

Aplicação tópica inseticida técnico diluído em acetona 1 µl da solução inseticida no pronoto da lagarta 1 lagarta de 3º instar/célula

Ingestão (Contaminação superficial da dieta) 1 ml de dieta em cada placa inseticida comercial diluído em água 30 µl da sol de inseticida sobre a dieta 1 lagarta de início de 3º instar/célula = 1-1,2 cm

Linha-Básica de Suscetibilidade SS Concentrações Diagnósticas % Mortalidade (Probit) ou Concentrações Discriminatórias Concentração de um Produto MONITORAMENTO DA RESISTÊNCIA: Importante componente do manejo!

Frequência de Resistência (%) Evolução da Resistência de S. frugiperda a Inseticidas Rio Verde, Goiás

Frequência de Resistência (%) Evolução da Resistência de S. frugiperda a Inseticidas Rio Verde, Goiás

Situação da Resistência de Spodoptera frugiperda a Inseticidas Grupo Classificação IRAC Alta f(r) Baixa a Alta f(r) Organofosforados 1B Piretroides 3 Benzoilfenilureias 11 Spinosinas 5 Carbamatos 1A Indoxacarb 22A Diamidas 28 Bacillus thuringiensis 16

Tecnologias Bt no Brasil Fonte: CTNBio (2015)

Pragas-alvo para o milho Bt Spodoptera frugiperda Lagarta-do-cartucho Helicoverpa zea Lagarta-das-espigas Diatraea saccharalis Broca-da-cana

Adoção da tecnologia de milho Bt no Brasil (% cultivated area) 2013/14 p 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Total 1st Primeira Season Safra 2nd Segunda Season Safra 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 p Segunda Safra Primeira Safra Fonte: CÉLERES

Farias et al. (2014)

Principais causas da evolução da resistência no campo Eventos de uma única proteína e que não eram de alta dose para as pragas-alvo Baixa adoção de áreas de refúgio

Áreas de Refúgio Suscetível Resistente Tecnologia Bt Refúgio Cultivo não Bt

Áreas de Refúgio Suscetível Resistente Importância do tamanho da área de refúgio e da distância em relação ao cultivo Bt Tecnologia Bt Refúgio Cultivo não-bt

Resistente Suscetível Suscetível ou Resistente? Dependerá da proteína Bt e do nível de expressão (concentração) no evento Bt

Alta ou Baixa Dose Low dose or high dose? SS RS RR % Mortalidade (Probit) A Log Concentração da toxina Concentração A Resistência é funcionalmente DOMINANTE

Alta ou Baixa Dose Low dose or high dose? SS RS RR % Mortalidade (Probit) A B Log Concentração da toxina Concentração A Concentração B Resistência é funcionalmente DOMINANTE Resistência é funcionalmente RECESSIVA

Assumindo o equílíbrio de Hardy-Weinberg Frequência de alelos: f(r) = p = 0,001 (10-3 ) f(s) = q = 0,999 Frequência genotípica: em 1 milhão f(rr) = p 2 = 0,000001 1 f(rs) = 2pq = 0,001998 1.998 f(ss) = q 2 = 0,998001 998.001

Farias et al. (2015)

Spodoptera frugiperda Cry1F Low em dose milho or high Alta dose? Eficácia SS RS RR % Mortalidade (Probit) Log Concentração da toxina Alta Eficácia 100% de mortalidade de SS, porém não é evento de alta dose RS sobrevivem em milho Bt

Spodoptera frugiperda Cry1b Baixa Dose SS RS RR % Mortalidade (Probit) Concentração de Cry1Ab Manejo por Moderação Alguns SS sobrevivem no milho Bt Redução aproximada de 50% no número de pulverizações de inseticida

Estratégias de Manejo da Resistência Manejo por Moderação: preservar os indivíduos suscetíveis. Manejo por Saturação: reduzir as vantagens adaptativas dos indivíduos resistentes (p. ex. uso de altas doses ou uso de sinergistas) Manejo por Ataque Múltiplo: uso de produtos em rotação ou mistura.

Princípio básico do manejo de resistência: Na ausência da pressão seletiva... Restabelecimento da suscetibilidade! Suscetível Resistente

Mistura de Inseticidas Inseticida A + Inseticida B Os indivíduos resistentes ao inseticida A serão controlados pelo inseticida B. Os indivíduos resistentes ao inseticida B serão controlados pelo inseticida A.

Pirâmide de genes Head & Greenplate (2012) Modificado de Roush (1998)

Tecnologias Bt no Brasil Fonte: CTNBio (2015)

SELEÇÃO COM MISTURA DE INSETICIDA OU PROTEÍNAS A e B Suscetível Resistente a inseticida ou proteína A e B

Desenvolvimento da Cana-de-açúcar

Táticas de Controle INSETICIDAS CONTROLE BIOLÓGICO FEROMÔNIOS CONTROLE LEGISLATIVO MANIPULAÇÃO GENÉTICA DE PRAGAS VARIEDADES RESISTENTES A INSETOS (plantas modificadas geneticamente) MANIPULAÇÃO DO AMBIENTE E MÉTODOS CULTURAIIS MORTALIDADE NATURAL NO AGROECOSSISTEMA FATORES CLIMÁTICOS NÍVEIS DE CONTROLE AMOSTRAGEM TAXONOMIA Alicerce para decisões do manejo

UNIVERSIDADES E INSTITUIÇÕES DE PESQUISA EXTENSIONISTAS, CONSULTORES, ASSOCIAÇÕES E TODOS ENVOLVIDOS NA CADEIA PRODUTIVA Trabalho Cooperativo EMPRESAS www.irac-br.org.br EDUCAÇÃO, PESQUISA E REGULAMENTAÇÃO!