Posicionamento de Cultivares Convencionais

Transcrição

1 DIA DE CAMPO SOBRE MILHO CATI -MANDURI - 15/03/2017 Posicionamento de Cultivares Convencionais e Diferenças de Manejo em Relação às Transgênicas Aildson Pereira Duarte Programa Milho IAC/APTA

2 Milho Safrinha é a Modalidade de Cultivo Mais Importante Fonte: CONAB

3 Milho Transgênico Predomina no Mercado % OGM no Mercado de Sementes de Milho no Estado de São Paulo Fonte: APPS

4 FORTE DEMANDA PELO MILHO CONVENCIONAL Menor custo das sementes - 1 kg sementes transgênicas = 40 a 80 kg de grãos - 1 kg sementes convencionais = 10 a 40 kg de grãos Quebra das tecnologias Bt diminuiu a vantagem econômica do milho transgênico vs convencional Necessidade de reduzir os investimentos devido risco de perdas, especialmente no milho safrinha tardio Aumento da participação do milho para silagem na safra de verão, com muitas lavouras de médio investimento.

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6 Maize Transgenic Bt Conventional Maize

7 PRINCIPAIS PRAGAS CONTROLADAS PELO MILHO Bt 1. Lagarta-do-cartucho Spodoptera frugiperda Fonte: Michelotto et al. (Programa Milho IAC/APTA)

8 Escala de notas Fonte: Fernandes et al. (2003)

9 2B710 HX NÃO PULVERIZADO CRUZÁLIA Fonte: Michelotto et al. (Programa Milho IAC/APTA)

10 2. Lagartas na espiga (Helicoverpa zea e Spodoptera frugiperda) Fonte: Michelotto et al. (Programa Milho IAC/APTA)

11 Híbrido 30F35 - Convencional

12 Híbrido 30F35 YieldGard

13 Híbrido Maximus Viptera

14 3. Broca-da-cana-de-açúcar Diatraea saccharalis Fonte: Michelotto et al. (Programa Milho IAC/APTA)

15 Convencional Trasngênico Bt Fonte: Michelotto et al. (Programa Milho IAC/APTA)

16 PRODUTIVIDADE DE GRÃOS 4 CONVENCIONAL x TRANSGÊNICO Bt

17 Versões convencional e transgênica do mesmo híbrido têm produtividades semelhantes(com controle eficiente da lagarta) Fonte: IAC/APTA

18 SAFRA VERÃO 2010/ ,0 9500, Kg/ha ,0 8500, Kg/ha 769 Kg/ha , Kg/ha 7500,0 7,0 5,2 2,1 1,2 7000,0 Não Pulverizado Pulverizado Não Pulverizado Pulverizado Convencional Transgênico Fonte: Michelotto et al. (Programa Milho IAC/APTA)

19 SAFRINHA ,0 6000,0 5980,0 48 Kg/ha Menor ataque da praga e baixo potencial produtivo: diferenças insignificantes 5960,0 5940, Kg/ha 73 Kg/ha , Kg/ha 5900,0 5880,0 4,0 2,6 1,1 0,8 Não Pulverizado Pulverizado Não Pulverizado Pulverizado Convencional Transgênico Fonte: Michelotto et al. (Programa Milho IAC/APTA)

20 Milho Transgênico Bt Sem Aplicação de Inseticidas => Danos Severos de Lagartas Foto: Fernando Bergantin Miguel

21 Pulverizações Frequentes em Milho Transgênico Bt

22 Avaliação de Cultivares de Milho IAC/CATI/Empresas

23 Milho Safra Verão

24 Milho Safra Verão

25 REGIÃO SUL 2015/16 (Média C. Bonito e Itararé)

26 Milho Safrinha

27 PLANTAS ACAMADAS

28 PLANTAS QUEBRADAS

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31 Milho Safra Verão

32 FITOTOXICIDADE DE GLIFOSATO EM LAVOURA CONVENCIONAL POR DERIVA DE APLICAÇÃO EM LAVOURA AO LADO

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34 Híbrido Convencional controle glifosato

35 ENFEZAMENTO E VIROSES NA CULTURA DO MILHO Surto Epidêmico em Algumas Regiões desde 2015

36 Plantas Sadias e Doentes Lado a Lado

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38 CICLO DA DOENÇA CIGARRINHA (Dalbulus maidis) Milho é o único hospedeiro no Brasil (patógeno e vetor), mas o adulto da cigarrinha sobrevive em outras plantas MOLICUTE PLANTA DOENTE (ENFEZAMENTO) Fonte: Ilizabeth Oliveira Sabato, Embrapa PLANTA DOENTE (ENFEZAMENTO)

39 Pulgão do milho- Rhopalosiphum maidis Transmissão não persistente de vírus Mosaicos Potyvirus(colonizam epiderme) Afídeos realizam provas de curta duração na seleção de plantas hospedeiras Ampla gama de gramíneas hospedeiras (milho, sorgo, capim massambará, entre outros) que também são infectadas pelo vírus do mosaico Fonte: João Spotti Lopes, ESALQ/USP

40 - O controle químico do pulgão não evita a ocorrência do mosaico porque a transmissão se dá na picada de prova, antes da sua possível morte pelo inseticida. - Na maioria das vezes, a praga desperta tardiamente a atenção do técnico, quando são notadas as colônias.

41 O controle biológico natural dos pulgões é, em geral, muito eficiente, dispensando outros métodos de controle. Os pulgões são insetos muito procurados por predadores, parasitoides e entomopatógenos.

42 MEDIDAS DE MANEJO - IDENTIFICAR OS SINTOMAS E UTILIZAR MEDIDAS PREVENTIVAS: - Eliminar tiguera de milho (RR em soja!) -Bom controle de todas as plantas daninhas - Evitar semeadura escalonada, especialmente semeadura tardia - EVITAR A SEMEADURA DO MILHO EM PROXIMIDADE DE LAVOURA COM ALTA INCIDÊNCIA DOS ENFEZAMENTOS - RESISTÊNCIA GENÉTICA (Milho Convencional ou Transgênico) - INSETICIDAS: Tratar as sementes com inseticidas para controlar a cigarrinha nos primeiros estádios das plantas. Em cultivares com pouca ou moderada resistência genética: pulverizar nas três primeiras semanas (não usar como medida isolada)

43 MILHO CONVENCIONAL: Diferenças de Manejo em Relação aos Transgênicos

44 PlantasDesuniformes: Percevejos(adultos e larvas)

45 Tratamento de sementes com inseticidas para controle de pragas iniciais, incluindo a lagarta-do-cartucho Thiametoxan + Neonicotinoide => lagartas, percevejos e cigarrinha GRAFITE!

46 Pulverizações com inseticidas nos primeiros estádios: iniciar com 10% plantas raspadas!

47 O controle tardio da lagarta-do-cartucho é ineficaz

48 Exigênciapordensidade, espaçamentoe uniformidade de semeadura é igual ao transgênico

49 MILHO VARIEDADE

50 Foto: Campo de Produção de Sementes de Milho Híbrido Variedade: Sementes com Baixo Custo Sem Cruzamento (dependoamento) no Campo de Produção

51 Pouca uniformidade na altura e no tamanho das espigas (extremos)

52 BOM POTENCIAL PARA PRODUÇÃO DE SILAGEM Colheita para silagem Teor de matéria seca entre 32 a 35 % ¼ linha de leite 1/2 linha de leite ¾ linha de leite Fonte: Paziani, 2016

53 GRÃOS DUROS INTEIROS NA SILAGEM MÁQUINA SEM PROCESSAMENTO Foto: Dimas Cardoso, KWS

54 Variedades AL com grãos semiduros/semidentados AL Piratingina tem grãos menos duros em relação à AL Avaré Grãos dentados => maior janela de colheita

55 AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE MILHO PARA SILAGEM IAC/APTA/ESALQ Votuporanga Andradina REGIÃO BAIXA Mococa REGIÃO ALTA Tatuí

56 FRACIONAMENTO E DIGESTIBILIDADE DAS PLANTAS DE MILHO 27% de colmo (Dig %) Dig. Média (6 anos) = 47,3 % Dig. AL Piratininga = 46,9 % 56% de espigas (55-70% grãos) Dig. Grão 82% Dig. Sabugo 52% Dig. Bráctea 60% 17% de folhas (Dig. 65%) Planta inteira na ensilagem Dig % Dig. Média (6 anos) = 61,0 % Dig. AL Piratininga = 59,9 % Fonte: Paziani, 2016

57 Avaliação de Cultivares de Milho para Silagem IAC/APTA/ESALQ Média de 6 anos (2009/10 à 2014/15) em 24 ambientes

58 Média 2015/16 em 4 ambientes Fonte: IAC/APTA/ESALQ

59 VARIEDADES AL MELHOR DESEMPENHO COM POPULAÇÕES MAIS BAIXAS Maior produtividade. Menor consumo de sementes. Menor número de plantas sem espigas. Menor acamamento e quebramento de plantas. Menor exigência em adubação na lavoura.

60 POPULAÇÃO DE PLANTAS EM CULTIVARES DE MILHO SAFRINHA Votuporanga AG 9010 DKB 950 AG 9010 y = -2E-06x 2 + 0,2196x + 399,41 R 2 = 0,99 Produtividade, kg/ha Exceler AL 30 DKB 950 y = -1E-06x 2 + 0,156x ,6 R 2 = 0,95 Exceler y = -1E-06x 2 + 0,1482x ,4 R 2 = 1,00 AL 30 y = -9E-07x 2 + 0,1086x ,6 R 2 = 1, População, plantas/ha Fonte: Duarte et al., 2003

61 POPULAÇÃO DE PLANTAS EM CULTIVARES DE MILHO SAFRINHA Votuporanga - Conjunta 2002 e 2003 Plantas Acam adas e Quebradas, % AL30 AG9010 Exceler DKB 950 AL 30 y = -8E-07x 2 + 0,091x R 2 = 0,91 AG 9010 y = -1E-06x 2 + 0,1473x ,9 R 2 = 0,99 Exceler y = -7E-07x 2 + 0,0902x ,5 R 2 = 0,98 ns DKB 950 y = -1E-06x 2 + 0,1393x ,4 R 2 = 0,94 ns População inicial, plantas/ha Fonte: Duarte et al., 2003

62 COMPARAÇÃO ENTRE LAVOURAS DE MILHO CONVENCIONAL x TRANSGÊNICO Milho Convencional Controle lagarta-do-cartucho apenas com inseticidas: nas sementes e parte aérea; Manejo pragas secundárias pode ser feito na(s) primeira(s) aplicação(ões) para lagarta-do-cartucho; Apenas herbicidas para cultivos convencionais; Risco de perdas por deriva de glifosato dos vizinhos; Milho Transgênico Necessidade de controle da lagarta-do-cartucho com inseticidas depende da tecnologia e do ambiente; Controle de pragas secundárias requer aplicação específica de inseticidas nas sementes e pulverizações; Em versões RR, controle das plantas daninhas em pósemergência com glifosato; Adicionar atrazine após soja RR

63 COMPARAÇÃO ENTRE LAVOURAS DE MILHO CONVENCIONAL x TRANSGÊNICO Milho Convencional Não é possível controlar eficientemente algumas pragas; Potencial produtivo semelhante a média dos transgênicos; Menor disponibilidade de cultivares e sementes no mercado; Menor custo de sementes. Milho Transgênico Todos controlam a broca-dacana-de-açúcar e alguns a larva alfinete; Potencial produtivo dos híbridos recentes maior que a maioria dos convencionais; Maior disponibilidade no mercado versões RR para áreas de refúgio das pragas; Sementes com maior custo.

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