Artigo produzido na disciplina de Urbanismo no Curso de Graduação em Engenharia Civil da Unijuí - Santa Rosa/RS. 2

Documentos relacionados
Projeto realizado em disciplina no curso de Engenharia Civil da Unijuí. 2

3. Que esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação;

UNISALESIANO Curso de Arquitetura e Urbanismo Projeto Arquitetônico Interdisciplinar II

4 Acessibilidade a Edificações

SUMARIO SINALIZAÇÃO TÁTIL DE PISO NORMA NBR PISO TÁTIL PISO TÁTIL DE ALERTA... 02

INFRA ESTRUTURA URBANA. Acessibilidade Urbana

PROJETO COMPLEMENTAR DE ACESSIBILIDADE (PCA) RELATÓRIO DE ACESSIBILIDADE

PASSEIOS PÚBLICOS: CUIDADOS NA CONSTRUÇÃO E PAVIMENTAÇÃO 1

Guia de acessibilidade

Artigo produzido pelo grupo de pesquisa do Projeto de Avaliação de Pós-Ocupação de Habitação de Interesse Social da Unijui 2

DECRETO Nº 3057, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2015

CARTILHA DE CALÇADAS ACESSÍVEIS

Rampas. Fabrícia Mitiko Ikuta e Verônica de Freitas

PASSEIOS PÚBLICOS: O ESTUDO DA ACESSIBILIDADE EM ÁREA URBANA DE HORIZONTINA 1

ACESSIBILIDADE Arq. Paula Dias

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Rampas. Fabrícia Mitiko Ikuta e Verônica de Freitas

Mestre em Arquitetura e Urbanismo da UFRGS,

- A sinalização com piso tátil não seguia o Projeto de Padronização de Calçadas da Prefeitura de Belo Horizonte, o que deve ser regularizado;

CALÇADA ACESSÍVEL COMO FAZER SUA CALÇADA DE ACORDO COM O NOVO PADRÃO PASSEIOS PÚBLICOS

Arquiteta Silvana Cambiaghi

Capítulo 5 CARACTERIZAÇÃO DA INFRAESTRUTURA PARA CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES E PROPOSTAS APRESENTADA

RESOLUÇÃO Nº 738, DE 06 DE SETEMBRO DE 2018

SINALIZAÇÃO TÁTIL DE ALERTA NO PISO EM ESCADAS E RAMPAS E SEUS PATAMARES

Diagnóstico sobre a qualidade das calçadas de Porto Velho - RO

PROJETO COMPLEMENTAR DE ACESSIBILIDADE (PCA1 RELATÓRIO DE ACESSIBILIDADE

Aula 07 Acessibilidade

ARQUITETURA INCLUSIVA: Um Estudo da Acessibilidade por Meio de Escada em Um Prédio no Município de Três Lagoas

DAS CALÇADAS DESENHO, ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE

PROJETO DE ACESSIBILIDADE PARA ADEQUAÇÃO DOS ESPAÇOS DO ASILO VILA VICENTINA DE ITAJUBÁ - MG

Artigo produzido pelo grupo de pesquisa do Projeto de Avaliação de Pós-Ocupação de Habitação de Interesse Social 2

NORMAS ELEVADORES E DE ACESSIBILIDADE

MANUAL DE ACESSIBILIDADE

MANUAL PARA CONSTRUÇÃO DE CALÇADAS

MANUAL PARA CONSTRUÇÃO DE CALÇADAS

FATEC - SP Faculdade de Tecnologia de São Paulo. ACESSOS DE EDIFÍCIOS E CIRCULAÇÕES VERTICAIS - escadas. Prof. Manuel Vitor Curso - Edifícios

Ambientes. Acessibilidade ao edifício

Plano de Mobilidade Urbana de Cáceres

MANUAL DE PROJETOS DE SANEAMENTO MPS MÓDULO 09.1 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE SANEAMENTO ACESSIBILIDADE

Município de Guarapari Estado do Espírito Santo CALÇADA CIDADÃ NORMAS PARA CONSTRUÇÃO, REFORMA E CONSERVAÇÃO DE CALÇADAS

ANÁLISE DO DESEMPENHO TÉRMICO EM HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL ESTUDO DE CASO EM SANTA ROSA - RS 1

MEMORIAL DESCRITIVO ACESSIBILIDADE ARQ. CÉSAR LUIZ BASSO

Acessibilidade na gestão da cidade Arq. Adriana Romeiro de Almeida Prado

INCLUSIVA SMDUR - SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO

CARAVANA DA INCLUSÃO, ACESSIBILIDADE E CIDADANIA

ADAPTAÇÃO DAS ROTAS DE ACESSO ENTRE BIBLIOTECA E BLOCOS DE SALA DE AULA EM RELAÇÃO À NBR 9050 ESTUDO DE CASO SOBRE ACESSIBILIDADE

ANALYSIS OF ACCESSIBILITY CONDITIONS IN URBAN ENVIRONMENT OF GUARAPUAVA S DOWNTOWN

QUESTIONÁRIO ACESSIBILIDADE ARQUITEÔNICA EM AMBIENTES ESCOLARES

GUIA PRÁTICO PARA A CONSTRUÇÃO DE CALÇADAS.

ATIVIDADES DO CIA/ GTAA

Acessibilidade & Mobilidade para todos! Acessibilidade em edificações e mobilidade urbana, uma questão mais que social.

ANEXO I LISTA DE VERIFICAÇÃO EM ACESSIBILIDADE

MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO PROJETO DE ADEQUAÇÃO DE ACESSIBILIDADE

GUIA PRÁTICO DE ACESSIBILIDADE

Recomendações sobre Acessibilidade em Instalações Portuárias

FIAM FAAM CENTRO UNIVERSITÁRIO ARQUITETURA E URBANISMO

a) anel com textura contrastante com a superficie do corrimao, instalado 1,00 mantes das extremidades, conforme figura 57;

Visite ANEXO I

Docente do Curso de Engenharia Civil da UNIJUÍ -

SOLUÇÕES DE ACESSIBILIDADE PARA O IFF CAMPUS: CAMPOS CENTRO

Acessibilidade e Desenho Universal

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO UNIÃO ESTADO DE SANTA CATARINA

RECOMENDAÇÕES PARA OS MUNICÍPIOS. a) Necessidades especiais - Adaptabilidade espacial

LEI MUNICIPAL Nº 2.967, DE 2 DE MARÇO DE 2010.

O Manual de Acessibilidade Urbana é resultado do Seminário de Acessibilidade e Desenho Universal realizado em julho de 2012.

QUESTIONÁRIO PARA SELEÇÃO DE ESTÁGIO_2017

PROGRAMA AÇÕES FISCAIS PARA ACESSIBILIDADE ESCLARECIMENTOS BÁSICOS PARA O PREENCHIMENTO DO RVH RELATIVOS À ACESSIBLIDADE

GUIA SIMPLIFICADO PARA ANÁLISE E VISTORIA DOS SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA BASEADO NA NBR13434 PARTE 1 E PARTE 2

INTRODUÇÃO. Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida SMPED 43

Levantamento das faixas de uso das calçadas da Avenida Couto Magalhães em Várzea Grande MT

NBR 9050:2004 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos

Jornada de extensão realizado no curso de Engenharia Civil da Unijuí 2. Acadêmica do curso de Engenharia Civil -

6.2 ACESSOS - Condições gerais

Acessibilidade, conforme a Lei /00: Uma Avaliação da Real Situação do Instituto Federal de Alagoas Campus Marechal Deodoro¹

ACESSIBILIDADE PARA DEFICIENTES FÍSICOS NAS PRINCIPAIS PRAÇAS DE IJUÍ- RS 1 ACCESSIBILITY FOR PHYSICAL DISABILITIES IN IJUÍ S MAIN PREMISES

PERICIA NA ACESSIBILIDADE

Manual de implantação de Paraciclos Diretoria de Trânsito e Transportes

Projeto. Calçada para todos. Por uma melhor qualidade de vida. Programa de revitalização do centro

Data: abril/2012 TRABALHO INTERDISCIPLINAR

Relação com Fatores Ergonômicos Calçadas... manutenção

NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN 013/DAT/CBMSC) SINALIZAÇÃO PARA ABANDONO DE LOCAL

CALÇAdA cidada. Conheça as regras para pavimentar sua calçada.

AMMOC - ASSOCIAÇÃO DOS MUNICÍPIOS DO MEIO OESTE CATARINENSE

Carla Moraes Técnica em Edificações CTU - Colégio Técnico Universitário

PLANEJAMENTO E ACESSIBILIDADE EM PASSEIOS PÚBLICOS 1

MÉTODO DE AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE EM EDIFICAÇÕES DE UNIVERSIDADES

MAPEAMENTO DA ACESSIBILIDADE DO MOBILIÁRIO PÚBLICO DE CAMPINA GRANDE

Aula 10 Acessibilidade

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ATRAVÉS DO APROVEITAMENTO DA ILUMINAÇÃO NATURAL EM HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL ESTUDO DE CASO SILVA, Joice Moura da 1

Voluntário do projeto de pesquisa PIBIC e Acadêmico do curso de Engenharia Civil da Unijuí. 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE SUPERINTENDÊNCIA DE INFRAESTRUTURA SIN AÇÕES DE ACESSIBILIDADE FÍSICA

Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal Catarinense Reitoria

PROGRAMA GESTÃO DO PARCEIRO (PGP) MÓDULO 2 INFRA ESTRUTURA - FISICA

Acadêmico do curso de Engenharia Civil; 2

FATEC - SP Faculdade de Tecnologia de São Paulo. ACESSOS DE EDIFÍCIOS E CIRCULAÇÕES VERTICAIS - escadas. Prof. Manuel Vitor Curso - Edifícios

DECRETO EXECUTIVO Nº. 029 DE 28 DE MARÇO DE 2013.

C A R T I L H A D A. Conserve a sua calçada. O respeito ao outro começa na porta da sua casa.

ANÁLISE DE EMPREENDIMENTO PÓLO GERADOR DE TRÁFEGO (PGT) A análise pela SETTRANS dos PGT utiliza-se da seguinte metodologia:

DECRETO Nº , DE 17 DE JANEIRO DE 2014.

Transcrição:

ESTUDO DO PASSEIO PÚBLICO PADRÃO APLICADO NO MUNICIPIO DE SANTA ROSA/RS E COMPARAÇÃO COM A LEGISLAÇÃO VIGENTE 1 STUDY OF PUBLIC PATTERN PUBLIC PATTERN APPLIED NOT MUNICIPALITY OF SANTA ROSA/RS AND COMPARISON WITH CURRENT LEGISLATION Caroline De Oliveira Zimmermann 2, Lucas Carvalho Vier 3, Lara Kunzler 4, Joice Moura Da Silva 5, Fernanda Cardoso Jusvick 6, Marcelle Engler Bridi 7 1 Artigo produzido na disciplina de Urbanismo no Curso de Graduação em Engenharia Civil da Unijuí - Santa Rosa/RS. 2 de Avaliação de Pós-Ocupação em habitações de interesse social - e-mail: carolzimermmann@hotmail.com. 3 Acadêmico do curso de Engenharia Civil da Unijuí - Santa Rosa/RS e bolsista PIBIC do Projeto de Avaliação de pós ocupação em habitações de Interesse social UNIJUI - email: lucascarvalho051@gmail.com. 4 de Avaliação de Pós-Ocupação em habitações de Interesse social - e-mail: larakunzler@live.com. 5 de Avaliação de Pós-Ocupação em Habitações de Interesse social - e-mail: joice_moura@hotmail.com. 6 Acadêmica do curso de Engenharia Civil da Unijuí - Santa Rosa/RS - e-mail: nanda.jusvick@hotmail.com. 7 Docente do Curso de Engenharia Civil e Arquitetura da UNIJUÍ e coordenadora do projeto de Pesquisa (Avaliação da pós ocupação em habitações de interesse social) - e-mail: marcelle.bridi@gmail.com. INTRODUÇÃO A mobilidade urbana diz respeito às condições de deslocamento da população no espaço geográfico dos municípios e é empregada para referir-se ao trânsito de veículos e também de pedestres. Já os passeios públicos são espaços livres destinados aos pedestres, e têm grande significado para a circulação urbana. Segundo Silva, Fidelis e Castro a falta de acessibilidade se dá pelas condições precárias de ruas, calçadas e a desordem urbana, tornando os indivíduos indefesos. Essa deficiência configura-se como o produto da interação entre inúmeras variáveis sociais e espaciais.a acessibilidade está inteiramente ligada com o desenvolvimento da sociedade e sua cultura, tendo assim, algumas lacunas. A acessibilidade está inteiramente ligada com o desenvolvimento da sociedade e sua cultura, tendo assim, algumas lacunas.por conta disso, os estudos e práticas da acessibilidade tem se tornado cada vez mais frequentes e aprofundadas. (BERNARDY; MORAES, 2010).Para fins deste artigo, foi elaborada uma averiguação da implantação do passeio público padrão no município de Santa Rosa/RS, tomando efeitos de obrigatoriedade a partir do decreto municipal nº 124, de 27 de maio de 2002 que, dentre suas prerrogativas, determina em seu Artº 1 que Todos os passeios

públicos deverão apresentar resistência adequada, superfície antiderrapante, oferecendo aos pedestres plenas condições de segurança para boa circulação, mesmo quando molhados e que vem tomando força nos últimos meses em Santa Rosa/RS. MATERIAIS E MÉTODOS Inicialmente foi realizada uma revisão bibliográfica analisando as principais normativas que se referem a execução de passeios públicos em algumas das principais avenidas do município de Santa Rosa/RS e em seguida realizou-se um estudo de caso em algumas das principais avenidas de Santa Rosa, sendo estas Avenidas Expedicionário Weber, Borges de Medeiros, Tuparendi e Inhacorá e ruas Júlio Fehlauer e São Luiz contempladas por pavimentação asfáltica do PAC 2 (Programa de Aceleração de Crescimento) regulamentado pelo Ministério Público Federal que obriga a implantação de passeio público padrão nestes locais de circulação, com o objetivo de comparar se os passeios estão sendo executados em conformidade com a NBR 9050 (ABNT, 2015) - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos pela população e com outras providencias decretadas pelo município.nesse contexto, fez-se o levantamento fotográfico dos passeios construídos localizados dentro do perímetro proposto para a área de estudo e analisou-se os casos quanto aos parâmetros de projeto arquitetônico da calçada, sinalização podotátil, execução do passeio e arborização e equipamentos urbanos. RESULTADOS E DISCUSSÃO O passeio público padrão comentado pelo decreto supracitado, deve estar em conformidade com a legislação federal como, por exemplo, a NBR 9050 (ABNT, 2015) Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos que normatiza a padronização da implantação do passeio padrão, ou seja, descreve os materiais a serem utilizados bem como sua finalidade. No item 5.14 Sinalização Tátil no piso da NBR 9050 (2015), está descrito que a sinalização tátil sobre o pavimento de calçadas pode ser do tipo de alerta ou direcional. Ambas devem ter cor contrastante com a do piso adjacente, e podem ser sobrepostas ou integradas ao piso existente, sendo que o desnível entre a superfície do piso existente e a superfície do piso implantado deve ser chanfrado e não exceder 2 mm e quando integradas, não deve haver desnível (NBR 9050, 2015).Neste sentido, cabe explicar que a sinalização tátil de alerta deve ser instalada perpendicularmente ao sentido de deslocamento em obstáculos suspensos entre 0,60 e 2,10 metros de altura do piso acabado, nos rebaixamentos de calçadas, no início e térmico de escadas fixas, rolantes e rampas, junto a porta de elevadores e junto a desníveis. A largura do piso tátil de alerta deve estar compreendida entre 25 e 60cm e deve estar a uma distância da borda de no mínimo 50cm (NBR 9050, 2015).Além disso, para a correta execução de passeio público padrão deve ser executada uma composição de sinalização tátil direcional e de alerta nos seguintes casos: quando houver mudança de direção entre duas ou mais linhas de sinalização tátil direcional deve haver uma área de alerta indicando que existem alternativas de trajeto, e em demais casos como rebaixamentos de calçadas e portas de elevadores, faixas de pedestres e pontos de ônibus (NBR 9050, 2015).Em vistoria a algumas ruas que receberam pavimentação asfáltica do PAC 2 cujo padrão, percebeu-se que alguns proprietários realizaram o passeio público padrão em conformidade com os requisitos das normas e decretos citados anteriormente e como representam as imagens a seguir: Figura 1: Avenida Expedicionário Weber

Figura 2: Rua Júlio Fehlauer Nas imagens acima notou-se a correta execução do passeio público padrão. Na figura 1 o piso tátil direcional foi implantado em cor contrastante com a do piso adjacente que, neste caso, foi escolhida a lajota de concreto com medidas 50x50cm. Percebeu-se a execução de rampas de acessibilidade com inclinação aparentemente adequada onde futuramente será feita uma faixa de segurança. Na figura 2 nota-se a mudança de direção executada com piso tátil de alerta como também a colocação deste piso numa rampa de saída para veículos onde há diferença de inclinação. Além disso, foi deixada uma espera para dar continuidade ao passeio lindeiro no local correto, para evitar interrupções. Contudo, alguns outros proprietários realizam as modificações necessárias nas calçadas de suas residências de maneira totalmente ou parcialmente incorreta. Isso ocorre devido a falta de busca por informação por parte destes moradores que não procuram a administração municipal para se informar acerca da maneira correta de executar seus passeios como também por parte dos profissionais do ramo da construção civil que, em alguns casos, desconhecem as normas e realizam os trabalhos como seu bom senso determina. Figura 1: Avenida Expedicionário Weber

Figura 2: Avenida Tuparendi Nas imagens acima notou-se a incorreta execução do passeio público padrão. Na figura 1, o piso tátil direcional não foi implantado em cor contrastante com a do piso adjacente. Além disso, percebeu-se a interrupção do piso tátil tanto direcional quanto de alerta de uma edificação para com sua edificação lindeira, o que está totalmente em desconformidade com a NBR 9050 (2015). Na figura 2, nota-se a ausência de piso tátil nos obstáculos do passeio como floreiras como também a inexistência de cor contrastante do piso tátil direcional ao piso adjacente. CONCLUSÃO Por meio dos resultados apresentados a partir da realização das vistorias em algumas ruas e avenidas contempladas por pavimentação asfáltica no município de Santa Rosa/RS, percebeu-se que o quesito de mobilidade urbana no que diz respeito a implantação de passeio público padrão está surtindo ótimos efeitos tanto de estética quanto de segurança ao município. O que se carece ainda é a falta de conhecimento da população ou a circulação de informações errôneas a respeito da execução dos passeios. Atenta-se que o fato da execução dos passeios em desconformidade, acarretam em grandes prejuízos aos proprietários dos imóveis, visto que os passeios que não estão

corretos serão refeitos pela secretaria municipal responsável e o custo será cobrado juntamente com o valor do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), conforme informações obtidas na Prefeitura Municipal de Santa Rosa (2016).Além disso, esta discordância de execução de passeio público padrão para com as normas vigentes acarreta em detrimentos físicos e psicológicos, uma vez que estes deixam de garantir o direito a locomoção, deixando de criar um ambiente mais inclusivo e com melhor qualidade de vida aos cidadãos. Palavras-chave: Passeio público padrão; PAC 2; Mobilidade Urbana; NBR 9050. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SILVA, Fernanda Francisco da; FIDELIS, Maria Ernestina Alves; CASTRO, Protasio Ferreira. Arborização e acessibilidade em calçada: comentários sobre o deslocamento entre campi da Universidade Federal Fluminense. REVSBAU, Piracicaba SP, v.6, n.3, p.43 63, 2011. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015. Prefeitura Municipal de Santa Rosa. Secretaria Municipal de Habitação e Mobilidade Urbana. Decreto nº 124, de 27 de maio de 2002. Santa Rosa, 2016. BERNARDY R. J.; MORAES J. M. O Plano Diretor como instrumento de universalização da acessibilidade urbana. ACHS, Joaçaba, 2010.