Estudo de viabilidade do uso de Ferramentas Web 2.0 e Web Gis aplicadas no planejamento e na gestão de cidades



Documentos relacionados
OBSERVATÓRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO. Palavras-chave: Gestão da Informação. Gestão do conhecimento. OGI. Google alertas. Biblioteconomia.

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Agregadores de Conteúdo

As Tecnologias de Informação e Comunicação para Ensinar na Era do Conhecimento

CONSTRUÇÃO DE BLOG COM O BLOGGER

ü Curso - Bacharelado em Sistemas de Informação

Construtor de sites SoftPixel GUIA RÁPIDO - 1 -

Desenvolvimento de um software de gerenciamento de projetos para utilização na Web

Manual de Publicaça o no Blog da Aça o TRIBOS nas Trilhas da Cidadania

A Parceria UNIVIR / UNIGLOBO- Um Case Focado no Capital Intelectual da Maior Rede de TV da América Latina

PROJETO CIDADÃO EM REDE: DE CONSUMIDOR A PRODUTOR DE INFORMAÇÃO SOBRE O TERRITÓRIO PLANO DE TRABALHO

Jornalismo Interativo

CAPITULO 4 A ARQUITETURA LÓGICA PARA O AMBIENTE

A PÁGINA DISCIPLINAR DE MATEMÁTICA DO PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO

04/08/2012 MODELAGEM DE DADOS. PROF. RAFAEL DIAS RIBEIRO, MODELAGEM DE DADOS. Aula 1. Prof. Rafael Dias Ribeiro. M.Sc.

XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação 22 a 24 de julho de 2015

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

Sumário. Apresentação O que é o Centro de Gerenciamento de Serviços (CGS) NTI? Terminologia Status do seu chamado Utilização do Portal Web

Número de pessoas com acesso à internet passa de 120 milhões

Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) Guia de Estudos Metodologias Jovem de Futuro

SIGLA - Sistema Integrado de Gestão Legislativa e Administrativa

Sociedade da Informação

TUTORIAL DO ALUNO. Olá, bem vindo à plataforma de cursos a distância da Uniapae!!!

Módulo 4: Gerenciamento de Dados

Outside On-Line LTDA Telefone: +55 (19) (19) (claro) carlos@outside.com.br

O futuro da educação já começou

Um produto para jogar um conteúdo matemático e estudar um jogo social

Introdução ao GED Simone de Abreu

ANEXO 1 - QUESTIONÁRIO

Web 2.0. Amanda Ponce Armelin RA

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Novas Tecnologias no Ensino de Física: discutindo o processo de elaboração de um blog para divulgação científica

ÍNDICE MANUAL SITE ADMINISTRÁVEL TV. 1. Introdução 2. Acessando o site administrável/webtv SITE ADMINISTRÁVEL 3. CONFIGURAÇÕES

Sistema Gerenciador de Conteúdo OpenCms: um caso de sucesso no CEFET-MG

Sistema de Gestão de Recursos de Aprendizagem

O CIBERESPAÇO NO ENSINO E GEOGRAFIA: A PROBLEMÁTICA DO USO/DESUSO DO GOOGLE EARTH EM ESCOLAS PÚBLICAS DE DIAMANTINA

Profissionais de Alta Performance

SERVIÇO DE ANÁLISE DE REDES DE TELECOMUNICAÇÕES APLICABILIDADE PARA CALL-CENTERS VISÃO DA EMPRESA

Projeto Escola com Celular

Portal de Dados Abertos elaborado pela Emprel lança iniciativas que aproximam Prefeitura e cidadãos no Recife

2 Diagrama de Caso de Uso

Proposta Revista MARES DE MINAS

Acadêmica: Aline Cordeiro Prof. Orientador: Dr. Oscar Dalfovo

GRADUAÇÃO INOVADORA NA UNESP

INSTRUMENTO NORMATIVO 004 IN004

MANUAL DE REDE SOCIAL NA PLATAFORMA NING

10 DICAS DE TECNOLOGIA PARA AUMENTAR SUA PRODUTIVIDADE NO TRABALHO

Gestão Estratégica e o Balanced Scorecard

Registro e Acompanhamento de Chamados

Mesa Redonda Novas agendas de atuação e os perfis profissionais em bibliotecas universitárias

O QUE É O SITE MUNÍCIPIOS?

ANEXO 11. Framework é um conjunto de classes que colaboram para realizar uma responsabilidade para um domínio de um subsistema da aplicação.

Engenharia de Software III

Desenvolvendo Websites com PHP

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE - UNICENTRO CURSO ESPECIALIZAÇÃO DE MÍDIAS NA EDUCAÇÃO VÂNIA RABELO DELGADO ORIENTADOR: PAULO GUILHERMETI

Um Driver NDIS Para Interceptação de Datagramas IP

UM NOVO CONCEITO EM HOSPEDAGEM DE DOMÍNIO

COLIVRE Cooperativa de Tecnologias Livres Telefone: (71) CNPJ:

Como Configurar Catálogos de Correio Eletrônico com o MDaemon 6.0

Relatório de comunicação digital da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis Janeiro a Julho/2012

Artigo Publicado na revista Eletrônica Apucarana-PR, v.1, n.1, 61-66, INCLUSÃO DIGITAL

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD VAGA

ADM041 / EPR806 Sistemas de Informação

IMPLEMENTAÇÃO DE SOCKETS E THREADS NO DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS CLIENTE / SERVIDOR: UM ESTUDO EM VB.NET

PORTAL DE COMPRAS SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Manual do usuário - Service Desk SDM - COPASA. Service Desk

PARANÁ GOVERNO DO ESTADO

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

componente de avaliação de desempenho para sistemas de informação em recursos humanos do SUS

ALESSANDRO RODRIGO FRANCO FERNANDO MARTINS RAFAEL ALMEIDA DE OLIVEIRA

5 Conclusões 5.1. Síntese do estudo

Curso Marketing Político Digital Por Leandro Rehem Módulo III MULTICANAL. O que é Marketing Multicanal?

Gestão da Informação e do Conhecimento

softwares que cumprem a função de mediar o ensino a distância veiculado através da internet ou espaço virtual. PEREIRA (2007)

CURSO REDES DE COMPUTADORES ALANA CAMILA ARICLÉCIO DOMINGOS EUDES JUNIOR HILDERLENE GOMES

Satélite. Manual de instalação e configuração. CENPECT Informática cenpect@cenpect.com.br

MANUAL 2ª CAMADA DE SEGURANÇA E NOVAS REGRAS DE CADASTRAMENTO

Desenvolvendo uma Arquitetura de Componentes Orientada a Serviço SCA

PROPOSTA DE RASTREAMENTO E MONITORAMENTO HÍBRIDO SATELITAL

RSS no desenvolvimento de uma Central de Notícias

AS SALAS DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E A PRATICA DOCENTE.

Orientação a Objetos

Gustavo Noronha Silva. Projeto de Pesquisa: Impactos do Software Livre na Inclusão Digital

APRESENTAÇÃO DO PROJETO e-jovem

Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org

Estatística Básica via MySQL para Pesquisas On-Line

Arquitetura de Rede de Computadores

Biblioteca Virtual do NEAD/UFJF GOOGLE APPS EDUCATION: FERRAMENTA DE EDIÇÃO, COMUNICAÇÃO E PESQUISA

Manual do Painel Administrativo

Manual SAGe Versão 1.2 (a partir da versão )

3 SCS: Sistema de Componentes de Software

Sobre o Movimento é uma ação de responsabilidade social digital pais (família), filhos (jovem de 6 a 24 anos), escolas (professores e diretores)

Manual do Aluno. O Moodle é um sistema que gerencia ambientes educacionais de aprendizagem que podem ser denominados como:

Site para Celular JFPB

Após a confirmação de pagamento de sua inscrição para o congresso, você estará apto a entrar no sistema de submissão de trabalho.

Manual de Utilização

Transcrição:

Estudo de viabilidade do uso de Ferramentas Web 2.0 e Web Gis aplicadas no planejamento e na gestão de cidades Cristiane Aparecida Lana Rafael Leite de Paula Anderson Donizete Meira Maria Vanderléa de Queiroz Resumo: A alocação de recursos e a priorização de atividades é um grande desafio na administração pública. Ao analisar a história mundial e especificamente o histórico da criação do Brasil, observa-se que desde a colonização os governantes não percebem a real necessidade da sociedade sob sua gestão. Assim, considerando a importância de dados para embasar a priorização das atividades públicas e a utilização dos recursos para o desenvolvimento regional, este trabalho efetuou um levantamento conceitual sobre as ferramentas Web 2.0, Web GIS e Gazetteer, analisando contribuição potencial da união destas ferramentas e aplicação a processos de planejamento e gestão de cidades. O modelo a ser implementado coletará informações postadas pela população na rede social da Agência de Desenvolvimento de Viçosa (ADEVI) e espacializá-las, neste sentido desenvolveuse um protótipo funcional, o VITIX. Espera-se que este trabalho facilite o acesso da população local, autoridades e investidores aos registros de eventos, percepções e idéias geradas pelos usuários da rede social da ADEVI, desencadeando um processo de construção coletiva do conhecimento e desenvolvimento local Palavras-Chaves: Web 2.0, Web Gis e Gestão pública 1. Introdução Nas atividades econômicas há a dificuldade dos administradores públicos e privados em alocar recursos disponíveis aos seus empreendimentos e percebe-se também, a necessidade de utilização de informação e ainda da discussão crítica dos problemas que afetam os diversos grupos sociais e sua organização (LANA, 2008). Muitas dessas dificuldades estão ligadas a falta de informação e ao acúmulo de dados nas organizações. Para Stezer (2004), dado é uma representação simbólica quantificada ou qualificável. Na visão Beellinger (1996) citado por Ponchirolli (2005, p.73), dados são apenas pontos inúteis, sem sentido no espaço e no tempo, sem referência a outro espaço ou tempo; um evento, carta ou palavra fora do contexto. Davenport (1998) também citado por Ponchirolli define dado como uma forma de observação sobre o estado do mundo. É fácil capturar, comunicar e armazenar. Porém, ao serem trabalhados e disponibilizados estes podem proporcionar oportunidades para a obtenção de informação. (PINHEIRO, [199-?].) A palavra informação tem sua origem no latim, do verbo informare, que significa dar forma ou aparência, colocar em forma, criar, mas também representar, construir uma idéia ou uma noção (ZEMAN, 1970) citado por (MACHADO, 2003: p.15). 1

Stezer (2004) considera informação como mensagens inicialmente recebidas em forma de dados onde esta somente torna informação se o receptor conseguir compreender seu conteúdo e a ele associar um significado. Machado (2003: p.15), ainda ressalta que na linguagem comum, o conceito de informação está sempre ligado ao significado e é usado como sinônimo de mensagem, notícia, fatos e idéias que são adquiridos e passados adiante como conhecimento. Drongelen et al (1996, p.214) citado por Ponchirolli (2005, p.75), entende conhecimento como a informação internalizada por meio da pesquisa, estudo ou experiência que tem valor para a organização. No entendimento de Devenport (1998) também citado por Ponchirolli, conhecimento é uma informação valiosa da mente combinada com experiência contexto, interpretação e reflexão. Ao analisar os conceitos supracitados verifica-se que os dados muitas vezes acumulados se bem trabalhados e utilizados no lugar certo, podem proporcionar não só a organização do espaço físico mais o desenvolvimento deste e do seu entorno, uma vez que as informações quando geradas servem de base para o processo de tomada de decisão de gestores e investidores internos e externos. Pereira (2008), diz que o principal desafio da gestão pública, no mundo contemporâneo, é promover o desenvolvimento econômico e social sustentável, num ambiente de rápidas e profundas mudanças. Este desafio impõe às administrações públicas a necessidade de repensar a questão da governança e seu modelo de gestão, ao mesmo tempo em que exige mecanismos inovadores de relacionamento com a sociedade. Ele ainda ressalta que a sociedade é quem deve definir o papel do Estado que ela deseja, pois só assim será possível delinear a forma de atuar da gestão pública, o seu modelo, práticas e valores. Nas cidades brasileiras, principalmente as pequenas cidades que ficam distantes dos grandes centros, costumam ter uma maior dificuldade na elaboração de informação e na definição do papel do gestor. Muitas delas possuem diversidades de dados; porém, a falta de aparato físico e humano adequado pode impossibilitar a transformação destes em informações e, posteriormente, em conhecimento a ser disseminado a população. A colaboração, realidade hoje conhecida pelas organizações privadas e vista por todos os usuários da web enquanto plataforma, Web 2.0, vem mostrando que é possível por meios colaborativos e cooperativos potencializar os resultados de transformação de dados em informação e de transferência de conhecimento melhorando o processo de tomada de decisão em geral. 2

Uma forma de otimizar esse processo é a utilização de sistemas colaborativos, onde cada membro da população tenha a possibilidade de contribuir com dados reais que, depois de postados em um ambiente adequado, sejam capturados e lapidados transformando-os em informações úteis para diversos segmentos públicos e privados. Essas informações podem nortear os gestores na definição de prioridades e na alocação de vários recursos em detrimento das necessidades reais explicitadas pelos cidadãos. Alguns exemplos podem ser mencionados, como ocorrências criminais, problemas com infraestrutura urbana, eventos sociais, educação, saúde, pontos turísticos, entre outros que depois de registrados, permitam a consulta espacializada, agilizando o processo de tomada de decisões. Vivemos em uma sociedade em que há desigualdades no acúmulo e uso do conhecimento, devido à dificuldade de acesso a informação. Mas nota-se mudanças se compararmos com o comportamento de gerações passadas. Hoje é possível agregar agilidade e interação em um ambiente de comunicação, onde a distância não é problema. Com o avanço da cultura da virtualidade, juntamente com o avanço das novas ferramentas Web 2.0, pode ser possível ver, ter e fazer o que se tem vontade, por meio de conceitos, tecnologias e ferramentas de Web 2.0, e com isso um ambiente em que o indivíduo se atualiza sobre tudo que acontece no mundo, bastando uma conexão com o mundo virtual através de ferramentas como Fórum, Blogs, MSN, WEBCAN, etc. (LANA, 2008: p. 1-2). Para Castells (1999: p. 486), a globalização nos oferece instantaneidade temporal sem precedentes aos acontecimentos sociais e expressões culturais 1, proporcionando o acompanhamento em tempo real de todos os minutos do colapso do Estado soviético em agosto de 1991, com tradução simultânea dos debates políticos russos. A simultaneidade introduz uma nova era de comunicação em que o fazer história pode ser diretamente testemunhado, desde que seja considerado suficientemente interessante pelos controladores da informação Em Viçosa, um sistema dessa natureza pode contribuir na organização e no planejamento e gestão do espaço urbano, identificando os problemas e as potencialidades em diversos setores ou locais, como bairros, secretarias, institutos e outros. Em sintonia com a proposta de desenvolvimento do Núcleo de Inteligência Coletiva [NIC], cujo objetivo, é utilizar instrumentos de inteligência coletiva 2 para prover o desenvolvimento local e regional, aproximando pessoas, debatendo idéias, elaborando projetos e gerindo ações coletivas, este estudo buscou analisar as possibilidades de integração entre as chamadas ferramentas Web 2.0 [responsáveis pelos processos colaborativos] e os 1 WARK, 1994; CAMPO VIDAL, 1996 citado em Castells, 1999 2 É uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências. Sua base e objetivo são o reconhecimento e o enriquecimento mútuos das pessoas (LEVY, 1998) 3

sistemas Web GIS [responsáveis pela visualização espacializada dos eventos registrados], possibilitando a visualização de um panorama real de eventos locais o que facilitará a definição de prioridades, logo que será visível em mapas a concentração das necessidades, e posteriormente melhorando e agilizando o processo de tomada de decisão. 1.1. Objetivo Efetuar um levantamento conceitual sobre Web 2.0 e suas ferramentas, Web GIS e o Gazetteer [em especial o Locus] para serem aplicados ao Núcleo de Inteligência Coletiva da Agência de Desenvolvimento de Viçosa [NIC ADEVI], buscando analisar a contribuição potencial da união destas ferramentas dentro do contexto de planejamento e gestão de cidades. 2. Revisão de Literatura 2.1 Web 2.0 e suas ferramentas Segundo Giardelli (2007) citado por Lana (2008: p.33), a Web 2.0 é somente um fruto do qual nós somos a árvore. Nela trabalha-se com colaboração, conteúdo e com a comunidade. É um grupo de pessoas empenhadas a inovar, ultrapassando barreiras, limites; é como um grande festival, onde o que importa é o espetáculo final ao agrado de todos. Passamos da era da informação para a era da participação. Para O Reilly (2005), a Web 2.0 é usada como plataforma utilizando as diversas ferramentas para desenvolver aplicativos que aproveitem ao máximo não somente os recursos tecnológicos disponíveis, mais a facilidade de interação desta com o usuário. As ferramentas Web 2.0 permitem o compartilhamento de informações, sensações, percepções, fotos, vídeos, entre outros. Todos estes elementos são repletos de dados que podem ser capturados e transformados em registros reais e ricos para embasar o processo de gerência. Para Lemos (2004, p.19), ao viver em uma cidade é possível perceber e vivenciar a sua transformação diária. As novas tecnologias de comunicação e informação estão reconfigurando os espaços urbanos bem como as práticas sociais desses mesmos espaços. As cidades [...] são artefatos que se desenvolve ou que deveriam se desenvolver sempre em relação às redes técnicas e sociais. Atualmente, dentro desta perspectiva, tem-se à disposição uma nova rede técnica [o ciberespaço] 3 e uma nova rede social [as diversas formas 3 Ver: pt.wikipedia.org/wiki/ciberespaço 4

de sociabilidade on-line], configurando as cibercidades 4 contemporâneas.( LEMOS, 2004, p.20). Lemos, ainda ressalta que as mudanças ocorridas nas cidades vão de acordo com as mudanças técnicas e sociais. Vários exemplos podem ser dados dessa nova cidade como o uso dos celulares, home banking, pages, palms, votação eletrônica, telecentros, shopping e impostos de rendas on-line, diversas redes de satélites, fibra óptica, telefonia fixa e o governo eletrônico. A cidadania passa por este sentimento de conexão generalizada e isto é o que caracteriza as cidades contemporâneas pela nova dinâmica instaurada pela redes telemáticas. O ciberespaço faz de todos os cidadãos emissores de informação e os coloca em pleno nomadismo high tech. Participar, ser cidadão, atualmente é estar conectado, é ser presente e participativo. (LEMOS, 2004 p.20). Na visão de Levy (1998), deveria ser permitido aos cidadãos interagir em uma paisagem móvel de significações. Acontecimentos, decisões, ações e pessoas estariam situadas nos mapas dinâmicos de um contexto comum tornando-o um espaço das interações entre conhecimentos e conhecedores de coletivos inteligentes. Antes da Web 2.0 o paradigma do processo da comunicação em tempos de teoria da informação era compreendido como um fluxo linear, de mão única, onde o ambiente informacional se dava de um para muitos (SHANNON e WEAVER, 1962) como citado por (PRIMO 1998; 2000, p.2). Com o desenvolvimento da teoria da comunicação, esse entendimento passou para um modelo de ênfase na interação. Se o primeiro paradigma se fundamenta na transmissão linear e consecutiva de informações e na superioridade do emissor, o segundo valoriza a dinamicidade do processo, onde todos os participantes são atuantes na relação. (SHANNON e WEAVER, 1962) como citado por (PRIMO 1998; 2000, p. 2). A Web 2.0 carrega consigo diversos conceitos, tecnologias e ferramentas como Mashup, RSS Feeds, Wiki, Blog, dentre outros. O acoplamento dos conceitos, tecnologias e ferramentas dentro dessa plataforma, proporcionam o processo de interação, de socialização da informação, permite o processo de participação e formação de redes; ambiente de muitos para muitos, capaz de criar, modificar e revolucionar o conhecimento e o aprendizado. A seguir, serão apresentados e detalhados alguns conceitos, tecnologias e ferramentas associadas à Web 2.0 e utilizadas nas redes sociais. 4 Ver: http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/cibercidades/oquee.htm 5

Os mashups deriva da prática do Hip-Hop de mixar trechos de músicas, podendo ser utilizados para serviços inteiramente novos e inovadores, utilizando o conceito da união de diversas ferramentas em uma única ferramenta e um único banco de dados, capaz de prover informações para diversos setores como educação, gestão e planejamento público e privado, entre outros. É a união de toda a sociedade, auxiliando o processo de tomada de decisão (LANA, 2008). A tecnologia RSS, abreviação de Really Simple Sydication 5 [distribuição realmente simples], é uma maneira simplificada de distribuir os conteúdos da internet. Segundo Fugita (2006), RSS é uma forma de facilitar o acesso a uma grande quantidade de informação. O interessado em obter uma notícia ou as novidades, deve incluir o link do feed do site de interesse em um programa leitor de RSS. Outra ferramenta largamente utilizada é o Wiki, que segundo Santellano (2007), significa construir conhecimento, de maneira coletiva e colaborativa, em um ambiente acessível através da rede mundial de computadores, utilizando um conjunto de ferramentas e mecanismos que possibilitam a inclusão rápida e de forma imediata desses conhecimentos ao ambiente. E, por fim, os blogs, que são as ferramentas Web 2.0 que mais se destacaram entre os usuários da web pela sua facilidade de uso e pela velocidade com que as informações nele contidas são atualizadas. Além do mais, os blogs possuem a capacidade de capturar a inteligência global em uma espécie de filtro, o que James Surowecki, (2004) citado por O Reilly (2005) chama de a sabedoria das massas. No Brasil, existem mais de 20 milhões de internautas, estima-se que algo em torno de 25% vasculhem blogs todo dia em busca de informação ou entretenimento, (AMORIM e VIEIRA, 2006, p. 99). 2.2 WebGis Diante da necessidade explicita de informação para se ter um processo de tomada de decisão e uma gestão de recursos mais eficiente e eficaz, o uso da ferramenta WebGis vem se tornando importante, visto que, por meio dela é possível facilitar a leitura dos dados e informações coletadas nos mais diversos ambientes. Depois que os dados e as informações 5 A sigla RSS [Distribuição realmente Simples], também pode ser encontrada como RDF [Site Summary] e como RSS [Rich Site Summary] 6

são coletados, estes passam a compor um bando de dados que serve de base para a elaboração de mapas permitindo a visualização espacial de forma simplificada e detalhada. Santana, Freitas, Moura e Davis Junior (2007, p.5487), falam da necessidade de despertar o poder público e os cidadãos a possuírem um olhar mais atento de como os recursos do município estão sendo utilizados, dessa forma a ferramenta WebGis, facilitará a visão dos gestores das necessidades emergenciais do município, como áreas de conflitos do uso do solo, ambiente de riscos ocupados de forma irregular, problemas de infraestrutura, saúde, educação, entre outras. Com a utilização da WebGis as informações que deveriam estar sob o poder público passa a ser informação de todos, cidadãos, empresários, investidores e gestores das mais diversas áreas podem lançar mão de sua utilização. A ênfase no WebGis, justifica-se devido ao tipo de usuário, que muitas vezes não tem muita intimidade com o computador, e à percepção de que existe uma grande dificuldade de compreensão e interpretação dos dados por partes dos diversos órgãos envolvidos na gestão pública, que na maioria das vezes dispõe de dados e não de informação. (SANTANA, et al, 2007, p.5487-5488), Para Câmara Neto(1995), citado por Hara (1997), os Geographic Information System [GIS, também conhecidos como Sistemas de Informação Geográficos [SIG]], são sistemas de informações baseados em computadores que permitem capturar, modelar, manipular, recuperar, consultar, analisar e apresentar dados geograficamente referenciados. Segundo Wang, Zhang e Yang (2007, p.233, tradução nossa), Gis tem sido uma ferramenta essencial para as empresas, organizações e governos para fazer a gestão e tomada decisões. Nessa mesma perspectiva Danna, Bolzón, Rojas, Rosseto e Tedesco (2007, p.2224, tradução nossa), dizem que o SIG é uma ferramenta formidável para a gestão municipal, uma vez que com elas é possível criar modelos digitais de mapeamentos do território e suas informações associadas a sua utilização. Por meio dele é possível compreender a realidade dos recursos que é dado [o território], tomar decisões baseadas em informações plausíveis e mais próxima da realidade. Fazendo com que qualquer área da gestão pública, como qualquer sociedade, possa compartilhar das mesmas informações. Espera-se que a utilização da WebGis, facilite a gestão do município de Viçosa, atendendo as necessidades dos gestores, investidores, entre outros, com informações, e a população com seus benefícios, visto que ambos terão a seu favor uma gama de informação, mostrando suas necessidades imediatas. 7

2.3 Gazetteer No processo de comunicação, é muito utilizado algum tipo de referência e esta possui uma localização geográfica. A grande maioria dessas referências espaciais é feita pelos nomes dos locais e, em raras exceções, por sua coordenada geográfica. Segundo Souza (2005), uma coleção de nome [referências] acompanhada de sua localização geográfica é denominada de gazetteer, ferramenta que será de fundamental importância no desenvolvimento desta análise e do protótipo, uma vez que por meio dele será feita a inserção de dados e informações para geração de espacialização. Definido como um dicionário geográfico de nomes e lugares, acompanhado de suas respectivas localizações e posicionamento geográfico um sistema de gazetteer procura responder de modo eficaz consultas e questionamentos de localizações resgatando em suas bases de dados os geopontos coordenadas geoespaciais. Permite funcionalidades para a importação e exportação de informações sobre localidades georeferenciadas, georeferenciamento de novas localidades, e compartilhamento de dados entre instituições [...] portanto considerado útil para o manejo de informações geográficas no ambiente Web. FARIAS, SANTOS e GELLER (2009, p.159), Eles ainda ressaltam, que sua utilização resulta em buscas com alta precisão validando pontos geográficos para um melhor tratamento e análise espacial que servirá para estudos minuciosos da saúde do município de viçosa em todos os ambientes referenciados. Para Hill (2000) citado por Souza (2005), Três elementos são considerados essenciais para um gazetteer: o nome do lugar, sua localização e o tipo que identifica a categoria do lugar. Sendo que o nome pode admitir valores alternativos, como nomes não oficiais, antigos ou em outras línguas. Com estes três atributos básicos é possível processar ao menos dois tipos de consultas fundamentais: onde fica esse lugar? [ex.:onde fica Viçosa?] e o que há nesse lugar? [ex.: que faculdades existem em Viçosa? ] Como forma de exemplificar o gazetteer, pode-se falar do atlas geográfico muito conhecido e familiar, onde existe uma lista de nomes de lugares acompanhados da sua localização, o que difere este dos que será utilizado é sua forma de disponibilização que será via web. Na construção do protótipo, o gazetteer selecionado foi o Locus, um modelo estudado e elaborado por Souza na Universidade Federal de Minas Gerais no ano de 2005. Para Souza (2005), este gazetter prevê que várias relações possam existir entre dois lugares, deixando clara a possibilidade de diferentes tipos de consultas quando a aplicação for executada. 8

3. Metodologia O estudo foi realizado na cidade de Viçosa, especificamente, na Agência de Desenvolvimento de Viçosa [ADEVI]. Iniciou-se com a realização de uma revisão de literatura, abordando aspectos conceituais relacionados às ferramentas web 2.0, ferramentas Web Gis, bem como a identificação e a analise do gazetteer [Locus] para a modelagem do protótipo e da contribuição deste dentro do contexto de planejamento e gestão de cidades. Posteriormente, levantaram-se e analisaram-se os requisitos necessários para a criação do VITIX, a ser modelado, implementado e testado junto a rede social da ADEVI. 4. Resultados e Discussões 4.1 Seleção do WebGis Com intuito de verificar a ferramenta que melhor atendia as necessidades deste trabalho e da ADEVI, foram consideradas algumas características básicas, como ser uma ferramenta gratuita capaz de gerar mapas de qualidade, ter facilidade de uso e popularidade. Das alternativas analisadas, os APIs 6 do Yahoo 7 e do AOL 8 são ferramentas gratuitas; contudo, os mapas gerados não atendiam as necessidades exigidas, apresentam grande dificuldade de uso e pouca popularidade. O outro API analisado foi o da Google 9, que atendeu as necessidades básicas; outro fator relevante foi à disponibilidade de mapas mais recentes da cidade de Viçosa, MG, o que fez com este fosse o API escolhido. 4.2 Inserção dos pontos Depois de escolhido o Web Gis a ser utilizado na construção do protótipo passou-se à construção da ferramenta de inserção de pontos georeferenciados e à customização do API escolhido. A função projetada devia, após um post em um dos blogs rede social, capturar o endereço descrito junto ao post e inserir um ponto no mapa. As primeiras tentativas de inserir pontos no Google maps, para entendimento de como funcionava o sistema, não foram muito bem sucedidas. O processo clássico de inserção de pontos no Google maps é muito burocrático e lento, exigindo uma confirmação por parte de quem esta inserindo o ponto e uma validação por parte da Google. 6 Application Programming Interface ou Interface de Programa de Aplicação 7 Disponível em http://local.yahoo.com 8 Disponível em http://localsearch.aol.com 9 Disponível em http://local.google.com.br 9

Depois deste teste, com o objetivo de inserir um ponto no Google maps e acompanhar todo o processo, os resultados mostraram a necessidade de buscar formas alternativas de processamento dos pontos. A idéia de usar o banco de dados da própria Google foi completamente descartada, pois, operacionalmente, seria muito dispendioso criar uma equipe dedicada para confirmar e validar cada ponto inserido no mapa através dos posts nos blogs. Neste contexto, partiu-se para a criação de um banco de dados próprio para armazenar as informações necessárias para inserção dos pontos nos mapas e restringir o uso do API do Google maps como pano de fundo para esses pontos. 4.3 Obtenção das coordenadas Para a inserção de um ponto em um mapa são necessárias coordenadas geográficas. A princípio acreditava-se que não haveria problemas com sua obtenção uma vez que o gazetteer Lócus seria usado. Com a análise e o estudo do Locus, verificou-se que o processo se restringe a passar o endereço em formato texto, obtendo-se como retorno as coordenadas geográficas relacionadas ao endereço descritivo; porém, a obtenção das coordenadas não se restringiria à entrada do endereço descritivo, do tipo Rua A, mas poderia ser utilizado também o telefone, o CEP ou algum ponto de referência próximo ao local desejado. No entanto, a customização do Locus para as necessidades deste estudo, tornou-se totalmente inviável, pois o tempo demandado para a realização deste processo seria muito elevado. Uma saída prática, viável e que acabou por ser utilizada, foi uma função do Google maps que possibilita, através do endereço, obter as coordenadas geográficas, isto é, um gazetteer interno do sistema da Google. 4.4 Implementação do VITIX 4.4.1 Seleção da linguagem e ferramentas O VITIX foi desenvolvido utilizando a linguagem de programação PHP [Personal Home Page Tools, criado por Rasmus Lerdof em 1994]. Sua escolha se deu com o intuito de minimizar problemas de integração com a rede social, principal sistema com o qual o VITIX interage. Além do PHP foi utilizado o JavaScript [linguagem de scripts criada pela Netscape em 1995] uma vez que todo o API ["Application Programming Interface"] do google maps é desenvolvido utilizando-se esta tecnologia. 10

Com a inviabilidade do uso do Locus, o banco de dados utilizado por ele também se tornou inviável, pois despenderia um enorme esforço para sua adaptação às necessidades do sistema. Neste contexto, o critério para a escolha do banco de dados foi o mesmo utilizado para a escolha da linguagem, facilitar a integração junto à rede social. Logo, a escolha foi utilizar o Sistema Gerenciador de Banco de Dados, [SGBD], MySQL [criado por David Axmark, Allan Larsson e Michael "Monty" Widenius], que atendeu perfeitamente aos requisitos do sistema. 4.4.2 Processo de registro do post Ao fazer um registro de um post em um blog, o usuário possui uma lista de categorias em que seu post pode ser inserido. Além disso, é permitida a escolha de uma ou várias categorias simultaneamente, que serão utilizadas posteriormente para distinguir os pontos no mapa. As categorias escolhidas, a princípio, foram postos de saúde/ Programa de Saúde da Família, escolas e lanchonetes. No momento em que o usuário salvar o post, o endereço digitado é enviado ao API do Google maps que verifica em sua base de dados sua existência. Caso exista o API retorna as coordenadas referentes aquele endereço que são salvas no banco de dados do VITIX. Outra opção seria utilizar esta função somente na hora em que o usuário fosse utilizar o VITIX, não utilizando o banco de dados para armazenar as coordenadas que poderiam ser obtidas a qualquer momento. Porém, por questões de otimização de desempenho, optou-se por armazenar as coordenadas dos endereços no banco de dados na medida em que são feitos os posts nos blogs da rede social. 4.4.3 Carga de dados para testes A primeira carga de dados para testes foi feita utilizando informações obtidas de fontes secundárias [Telelista, 102 da oi e catálogos telefônicos impressos]. Apesar de termos um arquivo no que já constavam as coordenadas geográficas de vários pontos da cidade, optou-se por fazer a inserção dos dados manualmente, como se fossemos um usuário normal, salvando um post. Este procedimento foi executado pois existiram dificuldades para definir o sistema de coordenadas inicial, que viabilizasse a apresentação correta dos pontos nos mapas. 4.4.4 Exibição dos pontos no mapa 11

Uma vez que os dados estão salvos no banco de dados, para exibir os pontos no mapa, foi utilizado um comando Sql [Structured Query Language, também conhecida como Linguagem de Consulta Estruturada] que retorna todos os registros salvos até o momento. Esses registros são passados para um arquivo PHP, com JavaScript embutido, que coloca no mapa os pontos com cores diferentes para cada categoria. Após a página do VITIX ser carregada, o usuário tem a possibilidade de filtrar os pontos por categorias, possibilitando assim uma análise mais refinada das informações. A Figura 2 mostra uma visão da pagina com os testes realizados. Figura 2: Integração do blog da rede social com o VITIX. ADEVI. 5. Conclusões Tendo em vista a dificuldade que os gestores e benfeitores das grandes e pequenas cidades possuem em conseguir o que, onde e como devem ser feitas as obras, incentivos ou ações sociais, um trabalho desta natureza pode ajudar a otimizar os processos de tomada de decisão. O VITIX viabiliza a união entre ferramentas web 2.0 e ferramentas WebGis, fazendo jus ao conceito mashup, que disponibiliza referências geográficas contendo as idéias e percepções das pessoas sobre o ambiente em que elas estão inseridas. No desenvolvimento deste trabalho foram encontrados alguns obstáculos como falta de conhecimento avançado da língua inglesa, já que toda a documentação da ferramenta do API do google maps está em inglês. 12

Além disso, a falta de domínio do PHP e do JavaScript colaboraram para que a análise demorasse um pouco mais do que o previsto para a sua finalização. Apesar de todos os contratempos, o objetivo deste estudo foi alcançado pelo desenvolvimento de uma aplicação [protótipo] que pudesse interagir com a rede social, sendo, capaz de integrar ferramentas Web 2.0 e Web Gis para a partir desse estudo gerar uma ferramenta para ser aplicada no planejamento e gestão de cidades. Contribuindo de forma eficiente e eficaz para construção do conhecimento e uma gestão púbica mais eficiente, uma cidade em uma cidade sustentável e participativa. 6. Referências AMORIM, Ricardo; VIEIRA, Eduardo. Blogs: os novos campeões de audiência. Revista Época, n. 428, p. 98-99, 2006. CASTELLS, Manuel. A era da informação: economia, sociedade e cultura; v. 1. 11. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1999. DANNA, Rubén Actis. et al. El uso los S.I.G. en los municípios, como factor de construcción de la sociedad. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, XIII., 2007, 21 a 26 abril. Florianópolis. Anais... Florianópolis: INPE, 2007. p. 2223-2230. Disponível em:< http://marte.dpi.inpe.br/col/dpi.inpe.br/sbsr@80/2006/11.15.02.24/doc/2223-2230.pdf>. Acesso em 15 mar 2010. FARIAS, Elizziane Marinho Branches; SANTOS, José Laurindo Campos dos; GELLER, Marla Teresinha Barbosa. Implementação de um gazetteer para o georeferenciamento retrospectivo de dados legados de coleções biológicas. In: SIMPÓSIO DE GEOTECNOLOGIAS NO PANTANAL, 2., 2009, 7 a 11 novembro. Corumbá. Anais... Corumbá: Embrapa Informática Agropecuária/INPE, 2009. p. 157-166. Disponível em: <http://www.geopantanal2009.cnptia.embrapa.br/cd/pdf/p74.pdf>. Acesso em: 03 abril 2010. FUGITA, Alexandre. O que é RSS. 10 out 2006. Disponível em<http://www.techbits.com.br/2006/10/10/rss-que-diabos-e-isso/>. Acessado em: 25 set 2009. HARA, Lauro T. Técnicas de Apresentação de dados em Geoprocessamento. 1997. 85f. São José dos Campos: 1997. Dissertação (Mestre em Sensoriamento Remoto) - INPE, São José dos Campos, 1997. Disponível em: <http://www.dpi.inpe.br/teses/lauro/>. Acesso em 14 de out. 2009. LANA, Cristiane Aparecida. Redes sociais e ferramentas web 2.0 aplicadas ao Núcleo de Inteligência Coletiva da Agência de Desenvolvimento de Viçosa - ADEVI. Viçosa, MG, 2008. 91f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Sistemas de Informação) Faculdade de Viçosa, Viçosa, 2008. LEMOS, Andre (org). Cibercidade: as cidades na cibercultura; Rio de Janeiro: E-Papers Serviços Editoriais, 2004. LEVY, Pierre. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço; 5.ed. São Paulo: Loyola, 2007. 13

MACHADO, Ana Maria Nogueira. Informação e controle bibliográfico: um olhar sobre a cibernética ; São Paulo: UNESP, 2003. O REILLY, Tim. O que é web 2.0: padrões de design e modelos de negócios para a nova geração de software, traduzido por Miriam Medeiros. 30 set 2005. Disponível em<http://pressdelete.files.wordpress.com/2006/12/o-que-e-web-20.pdf>. Acesso em 14 out. 2009. PEREIRA, José Matias. Manual de Gestão Pública Contemporânea. 2.reimp. São Paulo: Atlas, 2008. PINHEIRO, Hildete Prisco, O que são dados?. [199-?]. Disponível em < http://www.ime.unicamp.br/~hildete/dados.pdf>. Acessado em: 14 de out. 2009. PONCHIROLLI, Osmar. Capital Humano: sua importância na gestão estratégica do conhecimento; Curitiba: Júria, 2005. PRIMO, Alex F. T. Interação mútua e interação reativa. In: CONGRESSO INTERCOM, XXI, 1998, Recige. Anais... Recife: XXI ITERCOM, 9 a 12 set., 1998. Disponível em: <http://www6.ufrgs.br/limc/pdfs/int_mutua_reativa.pdf>. Acesso em: 06 set. 2009 PRIMO, Alex. Interação mútua e reativa: uma proposta de estudo. Revista da Famecos, n. 12, p. 81-92, jun. 2000. SANTANA, Sheyla Aguilar de; FREITAS, Charles Resende; MOURA, Ana Clara Mourão; DAVIS JÚNIOR, Clodoveu. O uso do WEBGIS como ferramenta de gestão de um município: estudo de caso de Lagoa Santa. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, XIII., 2007, 21 a 26 abril. Florianópolis. Anais... Florianópolis: INPE, 2007. p. 5487-5489. Disponível em:< http://marte.dpi.inpe.br/col/dpi.inpe.br/sbsr@80/2006/11.14.15.06/doc/5487-5489.pdf>. Acesso em 15 mar 2010. SANTELLANO, Jony. O que significa wiki?. São Jose dos Campos, São Paulo, 21 de Nov 2007. Disponível em <http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=3153>. Acessado em: 25 de maio 2008. SETZER, V.W. Dados, informação, conhecimento e competência.2004. Disponível em< http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/dado-info.html>. Acessado em: 14 de out 2009. 10 SOUZA, Ligiane Alves. de. LOCUS: Um Sistema de Localização Geográfica Através de Referência Espaciais Indiretas. 2005. 63f. Belo Horizonte : 2005. Dissertação (Mestre em Ciência da Computação) Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2005. Disponível em: < http://www.dcc.ufmg.br/pos/cursos/defesas/262m.pdf>. Acesso em: 20 de out 2009. WANG, Taowei; ZANG, Lianbgin; YANG, Aimin. Research om WebGis based on multiagent. In: Knowledge-Based intelligent information and engineering systems: kes 2007 WIRN 2007. Proceedings, Part II. p. 233-239. Disponível em< 10 Artigo Dado, Informação, Conhecimento e Competência publicado no número zero (11/1999) da revista eletrônica sobre Ciência da Informação Datagrama Zero. Trata-se de tradução do artigo correspondente em inglês mas com várias extensões. Nova versão, atualizada e bem ampliada, publicada como capítulo do livro Setzer, V.W. Os Meios Eletrônicos e a Educação: uma Visão Alternativa. São Paulo: Editora Escrituras, Coleção Ensaios Transversais, Vol. 10, 2a. ed. 2002. Entrevista Como mapear competências, publicada pela revista "Programação" da SUCESU em 2/01. Artigo resumido publicado no jornal Folha Educação 27, 10-11/2004. 14

http://books.google.com.br/books?id=awymtyxolnac&printsec=frontcover&source=gbs _slider_thumb#v=onepage&q&f=true >. Acesso em 06 abril 2010. Anexo: 1. Código em JavaScript que obtém as coordenadas geográficas do Gazetteer (Locus). 11 2. APIs do Yahoo 12 11 ADEVI 12 Disponível em http://local.yahoo.com 15

3. API do AOL 13 4. API do Google 14 13 Disponível em http://localsearch.aol.com 14 Disponível em http://local.google.com.br 16

5. Imagem do protótipo do blog da rede social da ADEVI, Viçosa em Ação. 15 6. Pontos georeferenciados. Verdes: lanchonetes, cinzas: Padarias e Azul: residência. 15 ADEVI 17