Relato de experiência vivenciado em Cuiabá/MT nas unidades do SUS

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Transcrição:

Vivente: Érica Gonçalves Silva UFMT de Rondonópolis/MT Relato de experiência vivenciado em Cuiabá/MT nas unidades do SUS Durante o dia 09 até 18 de janeiro de dois mil e dezesseis em Cuiabá/MT, ocorreu um marco histórico, na troca de experiência entre os participantes do VER- SUS, tendo como foco Saúde Mental. Os participantes foram acadêmicos de enfermagem, psicologia, farmacologia e saúde mental, na qual estava dividido entre viventes, facilitadores e comissão organizadora. O local de alojamento foi na Escola Estadual Nilo Póvoas, na qual tivemos a participação de profissionais da área da saúde nas rodas de conversas nos horários das atividades. As unidades visitas nestes períodos: CEM- Várzea Grande (VG), Adauto Botelho, PS VG, CAPSs, Clínica da Família e MST. Os dez dias que passamos juntos aprendemos a carrega as bandeiras e lutarmos em prol de um Brasil sem discriminação e indiferenças de classe social. Ás 14h20min do dia nove a equipe de organização fizeram um esboço sobre as regras estabelecidas pela instituição da escola, para manter o ambiente sempre limpo e sem qualquer uso de droga. Logo após fizemos uma dinâmica, com um cordão de linha e os componentes em roda. A pessoa que pegasse o cordão tinha que fazer uma apresentação pessoal. Quando o cordão tornou em forma de rede umas das componentes da organização explicou como funcionava a dinâmica, ela disse que a formação da rede representa o trabalho em equipe dando estabilidade para conseguir executa as tarefas e obter um bom desempenho diante dos obstáculos. Ás 19h foi abordado os valores

essenciais para o trabalho em grupo, descrito por cada componente vivente: Educação, tolerância, união, respeito, compreensão, diálogo, conectividade, apoio, empatia, humildade, coletividade. Colaboração, pontualidade, amizade e iniciativa etc. Os viventes foram dividos em quatro grupos da NB (núcleo de Base) e cada grupo tinha um facilitador como representante: 1 Casa da mãe Joana, 2 Politiza SUS, 3 Psicomagem e 4 SUSetis. Para representação dos nomes fizemos cartazes com imagens e escolhemos uma frase destacando o grito de guerra. Cantamos músicas referentes à rede do SUS e Coreografias. Dia dez ás 08h o assunto discutido foi sobre Dinâmica de impressões do SUS, na qual podemos compreende a necessidade de materiais de qualidade, melhora na infraestrutura, atendimento de qualidade, igualdade, sistema articulado e controlado, integração, equidade e profissionais bem informados prestando serviço que satisfaça a população. No período vespertino ás 14h com a Rosa Lúcia enfermeira, referente ao módulo I: Como funciona a sociedade e roda de conversa (trabalhadores do SUS e vivência. Sendo levantadas questões de como era SUS e a reforma psiquiatria; seu processo de construção; e os riscos que podem contribuir para o mau funcionamento destes sistemas. Evidenciaram tópicos sobre atenção básica, atendimento psicossocial especialização, urgência e emergência, leitos em hospital geral, instituição psicossocial e desinstitucionalização com ênfase na Portaria n 3088/2011. Ás 19h roda de conversa Saúde no campo com Elizeth do MST. Destacou as condições de moradia, alimentação inadequada, educação escolar ineficaz e saneamento insuficiente. Relato que a constituição dos setores é formada de acordo com as necessidades dos MSTs, para contorna os problemas que surgem nos momentos. Os princípios norteadores é elemento chave, para implementação das necessidades dos setores. Alguns dos princípios: lutar pelos valores da vida; acesso ao conhecimento e a informação; saúde integral e respeito de etnias; fortalecimentos das práticas não convencionais; mais médicos: saúde da família visando prevenção e promoção; controle da pulverização nas lavouras, pois muitos morados rurais adoecem; capitalismo sendo o principal para formação de mão de obra; profissão no campo: devemos preocupar com a implementação ecológica, controla

o processo da industrialização farmacêutica e prevenir a destruição da natureza e de seus ocupantes. Onze ás 08h, dinâmica e vídeo o emprego. Confeccionamos um peixe de papel e lemos um texto sobre a diferença de poder e domínio que representa a nossa sociedade, na qual o maior domina o menor. Em seguida assistimos a um vídeo que representava a mão de obra no mundo capitalista. Ás 14h teve uma palestra referente ao capitalismo: Mais valia. Foram levantadas questões sobre a teoria de Carl Max 1918 e revolução industrial. Visando as diferenças que existem entre muitos trabalhadores e a relação de produção do período primitivo, feudal e capitalista. Considerando as necessidades iguais, no entanto encontra se no capitalismo o valor de uso, mais troca que resulta em lucro. Para concretiza o assunto abordado, lemos um texto: o papel sobre a transformação do macaco em homem. Que visa o desenvolvimento do cérebro passando por uma era de transformação em que começa a introduzir palavras na comunicação, a usa fogo, ferramentas e tecnologias. Período noturno ás 19h assistimos um vídeo que relatava a História das coisas do governo como: segurança, extração de materiais e produção agrícola. No dia doze ás 08h foi discutido sobre o racismo e feito encenação sobre a cor negra. Período vespertino a partir das 14h, Valentino Félix relatando sua historia de vida e assunto concernete ao LGBT fobia, gênero, diversidade e transfobia. Jéssica do serviço social falou do machismo e feminismo. Ás 19h roda de conversa opressão e saúde mental com a psicóloga Vanessa. A mesma destacou situações de pessoas que sofrem transtorno mental. Relato casos em que as consequências anteriores foram o pivô para desencadear um comportamento ao contrário do que a sociedade preconiza. Entre os viventes foram abordados casos de família com transtorno mental. Dia treze ás 08h, dinâmica e discussão do que é loucura, reinserção social, desinstitucionalização, autonomia e sobre os centros de internação psicossocial CIAPS tendo como foco a Lei 6.191/10. Umas das frases em destaque: Hospício é esse branco sem fim, onde nos arrancam o coração a cada instante, trazem no de volta, e o recebemos trêmulo, esvaziado de sangue e sempre outro. (Maura Lopes Cançada). A loucura pode ser reprimida, mas será que são os loucos que destroem o nosso Brasil? Ás 14h visitamos o CEM e Adauto Botelho, no qual realmente vivenciamos o funcionamento do SUS na prática quanto a sua estrutura física, serviço ofertado a comunidade e profissionais delegados com funções incompatíveis ao cotidiano.vemos a necessidade de uma atenção a mais dos nossos governantes na rede da saúde, para com os nossos pacientes que sofrem de transtornos mentais. Somente iremos conseguir um sistema de saúde de qualidade, no momento em que deixarmos os nossos preconceitos e indiferenças. Ás 19h14min ocorreu a socialização das visitas, na roda de conversa cada componente relatava o que havia presenciado nas instituições. O tópico em discussão foi RAPS- rede de atendimento do psicossocial: CIAPS e unidade III do Adauto Botelho, PS e CEM de Várzea Grande. Podemos contemplar a falta de profissionais e de materiais, estrutura física incompatível com a reforma psiquiátrica.

Quatorze ás 08h visita no CAPS II, CAPSI e CAPS AD, lá podemos ver mesmo os profissionais com falta de recursos, tenta executar suas funções, prestando um serviço de qualidade a comunidade. Fazem oficina geração de rede, arte terapia, informática e cidadania. Além disso, nos foi repassado pelas profissionais que o acolhimento é responsabilidade de todos os profissionais. Na conversa com a psicóloga do CAPSII, ela relata que o trabalho com cada usuário tem início individual e assim que apresenta melhora passa a fazer as atividades em grupo. Em uma diálogo com a mãe de um usuário, realmente vimos à satisfação na sua fala sobre os serviços ofertados por estes profissionais. Ás 14h socialização das vivências nos CAPSs, na qual necessitamos de um olhar individual aos nossos clientes destas unidades. Ás 19h redução de danos e avaliação, visando às condições do ambiente que proporciona ao individuo obter saúde. Algumas questões foram levantas como: a demanda da população é maior do que os serviços ofertados pelas unidades de saúde, restrição ao ambiente, automatismo, comunidade terapêutica e tratamento moral. Quinze de janeiro ás 08h visitamos a unidade de saúde Clínica da família que abrange o CPAI, CPAII e Centro América. As enfermeiras Christiane e Camila nos apresentaram todos os estabelecimentos da unidade e explicou cada compartimento. Conversamos com as profissionais do NASF-núcleo de apoio da saúde da família. Ás 14h socialização da vivência e filme sobre loucas pelas liberdades (Franco Basaglia) com ênfase no preconceito, tira nos desta prisão e alimentação. Dia dezesseis ás 08h vivência no parque mãe Bonifácia, na qual discutimos sobre o cuidar do outro. Para iniciar as atividades fomos conduzidos pela Sueli educadora popular a fazer uma roda e segura na mão do companheiro ao lado. Logo após, formamos o corredor do cuidado. Este corredor nos proporcionou a confiar no outro e ao mesmo tempo cuidá-lo. - Está vivencia me fez compreender o quando somos dependente, pois ao fechar os olhos no momento que passava pelo corredor, senti acolhida e protegida. Portanto é assim que devemos tratar nossos pacientes, quando procura uma unidade de saúde. Ás 14h com a profª Roseni foi abordado: qualificação insuficiente interfere no andamento de uma gestão de qualidade, que forneça aos usuários um serviço capaz de atender suas necessidades e educação em saúde. Também o principal fator que contribui para agir numa unidade de atenção primaria: conhecer a área, saber o funcionamento do ambiente e estrutura; respeito; ser afetivo. No dia dezessete ás 06h saímos da escola Nilo Póvoas, para vivencia a realidade de uma comunidade no acampamento Padre José Tencante do MST próximo da cidade de Jaciara. Vimos neste local à organização dos morados e divisão das atividades desenvolvidas pelos dezoitos NB. De acordo com o relato do presidente do movimento este acampamento existe a 6 meses, mas estão próximo de Jaciara apenas 90 dias composto por 300 família. Fomos bem recebidos pelos morados, passamos o período matutino e vespertino vivenciado à realidade das pessoas, na qual fizeram até o almoço para os componentes do VER-SUS. Umas das coisas que nos preocupa e o descaso dos

nossos governantes em favor destas comunidades. Mas ainda existem pessoas, como no VER-SUS que lutam pela igualdade social, discriminação e educação. Dezoito de janeiro uma vírgula nas atividades desenvolvidas pelos viventes, facilitadores e comissão, pois a luta está além dos 10 dias que passamos juntos eles são apenas o alicerce, na qual proporcionará a nós dar continuidade de termos um Brasil com saúde de qualidade. Portanto com união, educação e tolerância podemos vencer quaisquer obstáculos que impede nossa população ter um serviço suficiente para atender suas necessidades básicas. Pode vir o que vier o VER-SUS sempre estará de pé.