COEFICIENTES DE ABERTURA COMERCIAL

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Reformulação da metodologia dos Coeficientes de abertura comercial. Brasília, julho de 2016

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INDICADORES INDUSTRIAIS

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 3º Trimestre/2017

INDICADORES INDUSTRIAIS

DESEMPENHO DA INDÚSTRIA NO MUNDO

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Julho/2016

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 2º Trimestre/2017

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 1º Trimestre/2017

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 2º Trimestre/2016

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Agosto/2016

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 3º Trimestre/2016

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 4º Trimestre/2016

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Outubro/2016

ano XIX n 3 Março de 2015

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Janeiro/2017

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. 1º Trimestre/2016

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Fevereiro/2017

INDICADORES DE COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Maio/2016

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS

62 ESPECIAL SONDAGEM

Evolução dos coeficientes de exportação e importação da Indústria de Transformação

Coeficientes de Exportação e Importação da Indústria de Transformação. Trimestre terminado em Maio/2017

INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS

ano XVI, n 6, junho de 2012

ano XIX n 1, Janeiro de 2015

INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS

ano XVII, n 7, julho de 2013

INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS

ano XVIII, n 1, Janeiro de 2014

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

ano XVII, n 10, outubro de 2013

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

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ano XIX n 2, Fevereiro de 2015

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

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Atividade industrial acentua queda em dezembro

ano II, n 15, junho de 2012

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Resultados da Pesquisa de Nível de Emprego do Estado de São Paulo Indicadores regionais e setoriais

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS

SONDAGEM INDUSTRIAL. Produção estável após 21 meses de queda. Índice de evolução da produção Índices de difusão (0 a 100)*

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

INDICADOR DE CUSTOS INDUSTRIAIS

SONDAGEM INDUSTRIAL. Contração da atividade foi mais intensa que o usual 40,2 41,7. Custos pressionam a indústria ANÁLISE ECONÔMICA. Pág.

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PRODUTIVIDADE NA INDÚSTRIA

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

SONDAGEM INDUSTRIAL. Evolução da produção nos meses de janeiro ( ) Índice de difusão (0 a 100 pontos)* 48,6 47,4

SONDAGEM INDUSTRIAL. Atividade industrial segue em recuperação moderada. Utilização média da capacidade instalada Percentual (%)

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

-8,7% -21,3% -2,2% +0,1% -0,4% 78,7% -2,3 p.p. -15,3% Maio de Greve dos caminhoneiros derruba a atividade industrial

SONDAGEM INDUSTRIAL. Empresários encerram ano com expectativas otimistas. Índice de expectativa de evolução Índice de difusão (0 a 100 pontos)*

Ano VII, n 77, setembro de 2017

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

COEFICIENTES DE ABERTURA COMERCIAL METODOLOGIA. Versão 2.0

+1,4% -0,9% -1,8% -0,2% -0,5% 79,0% -0,6 p.p. +6,3% Julho de Atividade industrial gaúcha inicia o segundo semestre em alta

Faturamento da indústria recua 4,3% em janeiro

DEPECON Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos. Cenário Econômico e Desempenho Mensal da Indústria

Fraco desempenho afeta situação financeira das empresas industriais

SONDAGEM INDUSTRIAL. Perspectivas de melhora em cenário de dificuldades

SONDAGEM INDUSTRIAL. Destaca-se ainda que o emprego industrial parou de cair, como aponta o índice de número de empregados.

SONDAGEM INDUSTRIAL. Atividade industrial mostra fôlego

SONDAGEM INDUSTRIAL. Aumento da atividade industrial em maio. Utilização média da capacidade instalada Percentual (%)

Atividade industrial recua em outubro

+1,2% +1,5% +0,1% -0,3% -0,7% 79,8% +2,4% +4,6% Fevereiro de Atividade volta a crescer em fevereiro

SONDAGEM INDUSTRIAL. Indústria segue com dificuldades 35,6 34,7 ABR JUL OUT JAN 2016

SONDAGEM INDUSTRIAL. Ociosidade recorde na indústria. Utilização da capacidade instalada ficou muito abaixo do registrado nos anos anteriores

SONDAGEM INDUSTRIAL. Trajetória de recuperação segue firme no encerramento do ano. Utilização média da capacidade instalada Percentual (%)

ano V, n 46, Fevereiro de 2015

INDICADORES INDUSTRIAIS RIO GRANDE DO SUL

Transcrição:

Indicadores CNI DE ABERTURA COMERCIAL Com recuperação da demanda doméstica, o desafio é elevar a competitividade da indústria brasileira A reversão da tendência de depreciação do real e o início da recuperação da demanda doméstica tornam novamente aparente a dificuldade da indústria brasileira em competir tanto no mercado doméstico como no mercado externo. O coeficiente de exportação da indústria, que mede a importância das exportações para a produção, interrompe a tendência de crescimento. No acumulado de julho de 2016 até junho de 2017, o coeficiente de exportação é de 15,6% (a preços constantes). O percentual é praticamente o mesmo apurado para 2016, o que sugere que, ao fim de 2017, o coeficiente não deve ficar muito diferente do ano passado. 1 No mercado doméstico, a participação dos importados medida pelo coeficiente de penetração das importações dá sinais de retomada. Esse movimento se deve, principalmente, ao aumento da participação de insumos importados no total de insumos industriais utilizados pela indústria brasileira. Em suma, a evolução dos coeficientes mostra que o desafio continua sendo elevar a competitividade da indústria. Coeficiente de exportação Em % - preços constantes 21 17 13 9 15,7 19,7 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16* 17** *Estimativa **Estimativa do acumulado em 12 meses, findo em junho. 12,2 15,7 15,6 1 - Os valores dos coeficientes foram revisados, conforme notas técnicas apresentadas no final do documento. 1

O coeficiente de penetração de importações, no acumulado de julho de 2016 até junho de 2017, é de 16,8% (a preços constantes). O indicador é 0,4 ponto percentual superior ao de 2016 (janeiro-dezembro), sugerindo reversão da tendência de queda iniciada em 2014. A maioria dos setores da indústria de transformação registra aumento do coeficiente de penetração de importações, com destaque para Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis, Produtos têxteis, Máquinas, aparelhos e matérias elétricos e Farmoquímicos e farmacêuticos. O aumento é resultado do crescimento das quantidades importadas, acompanhado de um crescimento menor ou queda do consumo doméstico. A participação de importados no total de insumos industriais consumidos pela indústria coeficiente de insumos industriais importados também indica interrupção da tendência de queda observada desde 2014. No acumulado de julho de 2016 até junho de 2017, o indicador situa-se em 23,1% (a preços constantes), 0,4 ponto percentual superior ao coeficiente de 2016 (janeiro-dezembro). As maiores altas do indicador são registradas pelos setores de Vestuário e acessórios, Químicos, Produtos têxteis, Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos e Metalurgia. Esses setores mostram, igualmente, os maiores aumentos das quantidades produzidas no período, à exceção de Químicos. Episódios de instabilidade cambial e a apreciação do real, nos últimos 12 meses, podem ameaçar estratégias de exportação da indústria. O coeficiente de exportações líquidas da indústria, que mostra o saldo, em reais, entre a receita com exportações e a despesa com insumos industriais importados (ambos medidos em relação ao valor da produção), cai de 7,2% em 2016, para 6,9% no acumulado de julho de 2016 até junho de 2017, a preços correntes. O indicador da indústria de transformação continua positivo, mas o número de setores com coeficientes de exportações líquidas positivos se reduz de 12 para 10, entre 19 setores no total. No setor de Produtos têxteis, o coeficiente interrompe tendência de recuperação iniciada em 2015, caindo de 2,2% em 2016, para -1,2% no acumulado de julho de 2016 até junho de 2017. Além de Produtos têxteis, o coeficiente de Máquinas, aparelhos e materiais elétricos se tornou negativo, situando-se em -0,7% no acumulado do ano (até junho de 2017). Coeficientes de abertura comercial preços constantes Em % DEZ/14 JUN/15 DEZ/15 JUN/16* DEZ/16* JUN/17* Coeficiente de exportação 12,2 13,2 13,8 15,8 15,7 15,6 Coeficiente de penetração de importações 17,8 18,2 16,8 16,5 16,4 16,8 Coeficiente de insumos industriais importados 25,9 22,2 23,8 23,4 22,7 23,1 Coeficiente de exportações líquidas -0,5 2,8 2,1 4,4 4,8 4,3 Coeficientes de abertura comercial preços correntes Em % DEZ/14 JUN/15 DEZ/15 JUN/16* DEZ/16* JUN/17* Coeficiente de exportação 14,4 16,2 18,5 20,4 18,8 18,1 Coeficiente de penetração de importações 19,3 20,7 21,2 21,1 18,7 17,8 Coeficiente de insumos industriais importados 27,4 28,6 28,0 27,4 24,4 23,2 Coeficiente de exportações líquidas 0,2 1,3 4,0 6,7 7,2 6,9 2

COEFICIENTE DE EXPORTAÇÃO Coeficiente de exportação deve ficar estável em 2017 O coeficiente de exportação da indústria de transformação, que mede a importância das vendas externas para o setor, passou de 15,7% em 2016, para 15,6% no acumulado em 12 meses, findo em junho (a preços constantes). O resultado indica que, ao fim de 2017, o coeficiente não deve situar-se muito distante do apurado em 2016. O volume exportado de produtos manufaturados apresentou, no acumulado em 12 meses (findo em junho de 2017), recuo de -0,4% na comparação com 2016 (janeiro-dezembro), e de -0,1% na comparação com o acumulado nos 12 meses anteriores (julho de 2015 até junho de 2016). Esse resultado contrasta com o aumento registrado em igual período anterior: no acumulado em 12 meses, findo em junho de 2016, o volume exportado cresceu 6,3% na comparação com 2015 (janeiro-dezembro), e 9,2% na comparação com o acumulado nos 12 meses anteriores (julho de 2014 até junho de 2015). As taxas negativas de crescimento das quantidades exportadas ocorrem mesmo diante de trajetória de recuperação da demanda externa. Segundo o FMI, o crescimento da economia mundial deve ser de 3,5% em 2017, e de 3,6% em 2018, superior à estimativa de 3,2% para 2016. A evolução da taxa de câmbio influencia o resultado. Além da maior instabilidade ao fim de 2016, o real fechou o ano passado com apreciação, em termos reais, de 6,6% frente ao dólar. No acumulado em 12 meses, findo em junho de 2017, essa apreciação aumentou para 16,6%, na comparação com o acumulado nos 12 meses anteriores (findo em junho de 2016). A instabilidade, que gera incerteza, e a apreciação do real contribuem para a redução do volume exportado. O recuo no volume exportado foi acompanhado de pequeno aumento da produção da indústria. No acumulado em 12 meses, findo em junho de 2017, o valor da produção da indústria cresceu 0,3% (a preços constantes), na comparação com 2016. Como resultado, o coeficiente de exportação, que mede a participação das exportações na produção, registrou recuo de 0,1 ponto percentual (o que corresponde à redução de 0,6%). Coeficiente de exportação Em % 23 20,5 21,6 19 19,7 18,8 18,1 15 15,7 13,6 15,1 14,4 15,7 15,6 11 12,2 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16* 17** Preços correntes * do acumulado em 12 meses, findo em junho 3

Dos 23 setores da indústria de transformação, 9 registraram queda do coeficiente de exportação no acumulado em 12 meses (findo em junho de 2017), na comparação com 2016. As maiores quedas foram registradas pelos setores de Fumo, Outros equipamentos de transporte e Produtos têxteis. No setor de Outros equipamentos de transporte, houve redução da produção (-6,3%), acompanhada de queda ainda maior do volume exportado (-11,1%). Nos demais setores, as quantidades produzidas aumentaram e o volume exportado apresentou queda. O setor de Veículos automotores se destacou com a segunda maior alta do coeficiente de exportação (1,4 ponto percentual, entre 2016 e o acumulado em 12 meses, findo em junho de 2017). O resultado reflete o aumento de 15,7% do volume exportado, superior ao aumento de 5,4% das quantidades produzidas. No setor de Madeira, que registrou a maior alta do coeficiente (1,8 ponto percentual), o crescimento do volume exportado foi menor (5,4%). Coeficientes de exportação Setores com as maiores variações Variação entre o acumulado até dez/16 e o acumulado até jun/17 SETORES (%) DEZ/16* JUN/17* VARIAÇÃO (p.p.) Madeira 28,0 29,8 1,8 Principais altas Veículos automotores 14,3 15,7 1,4 Celulose e papel 31,9 32,7 0,8 Farmoquímicos e farmacêuticos 11,1 11,7 0,6 Fumo 52,4 43,1-9,3 Outros equipamentos de transporte 52,1 49,4-2,7 Principais quedas Produtos têxteis 11,8 9,4-2,4 Couros e calçados 22,2 21,1-1,1 Metalurgia 37,7 36,7-1,0

COEFICIENTE DE PENETRAÇÃO DE IMPORTAÇÕES Importados voltam a ganhar mercado O coeficiente de penetração das importações, que mede a participação de importados no mercado interno, dá sinais de interrupção da tendência de queda iniciada em 2014. O coeficiente acumulado em 12 meses (findo em junho de 2017), situou-se em 16,8% (a preços constantes), 0,4 ponto percentual superior ao coeficiente de 2016. A interrupção da queda ocorre na presença de sinais ainda tímidos de recuperação da atividade econômica interna. Entre 2016 e o acumulado em 12 meses (findo em junho de 2017), enquanto o consumo aparente (a soma do valor da produção destinada ao mercado doméstico e das importações) aumentou 1% (a preços constantes), as quantidades importadas registraram alta de 3,5%. A preços correntes, o coeficiente de penetração de importações manteve o movimento de queda, caindo de 18,7% em 2016, para 17,8% no acumulado em 12 meses, findo em junho de 2017. Isso se deve ao efeito da apreciação do real sobre o preço em reais das importações tornando-as mais baratas, que superou o aumento das quantidades importadas. Na mesma base de comparação, o real apreciou-se, em termos nominais, 7,6% frente ao dólar, acima do aumento de 3,5% das quantidades importadas. Com isso, o valor das importações em reais apresentou queda (-3,8%). A maioria dos setores da indústria de transformação registrou aumento do coeficiente de penetração de importações a preços constantes, entre 2016 e o acumulado em 12 meses, findo em junho de 2017, como resultado do aumento das quantidades importadas, acompanhado de um crescimento menor ou queda do consumo aparente. O maior aumento das quantidades importadas foi registrado pelo setor de Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (24,8%), seguido por Produtos têxteis (17,6%). Apenas Outros equipamentos de transporte, Máquinas e equipamentos e Fumo registraram queda do coeficiente de penetração de importações a preços constantes no período. À exceção de Fumo, esses setores registraram encolhimento do consumo aparente, acompanhado de redução ainda maior das quantidades importadas. Coeficiente de penetração de importações Em % 23 21,2 19 15 15,2 15,5 14,5 17,0 16,6 15,3 15,1 18,8 18,0 19,4 19,3 17,8 16,4 16,8 11 10,3 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16* 17** Preços correntes *Estimativa **Estimativa do acumulado em 12 meses, findo em junho. 5

Coeficientes de penetração de importações Setores com as maiores variações Variação entre o acumulado até dez/16 e o acumulado até jun/17 SETORES Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis (%) DEZ/16* JUN/17* VARIAÇÃO (p.p.) 23,0 28,0 5,0 Produtos têxteis 15,6 17,2 1,6 Principais altas Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 23,4 24,8 1,4 Farmoquímicos e farmacêuticos 36,4 37,8 1,4 Produtos de borracha e de material plástico 13,3 14,5 1,2 Produtos diversos 27,3 28,4 1,1 Químicos 25,4 26,4 1,0 Outros equipamentos de transporte 37,8 29,7-8,1 Principais quedas Máquinas e equipamentos 31,3 27,3-4,0 Fumo 2,5 2,2-0,3 COEFICIENTE DE INSUMOS INDUSTRIAIS IMPORTADOS Uso de insumos importados se intensifica A participação de insumos industriais importados no total de insumos utilizados pela indústria de transformação coeficiente de insumos industriais importados também indica interrupção da tendência de queda observada desde 2014. O indicador a preços constantes cresceu de 22,7% em 2016, para 23,1% no acumulado em 12 meses, findo em junho de 2017. Os primeiros sinais de recuperação da atividade econômica interna afetaram a trajetória do coeficiente, o que se refletiu no crescimento de 4% do consumo de insumos industriais importados (a preços constantes), superior ao aumento de 1,8% no consumo de insumos domésticos no período. Entre os 19 setores industriais considerados, apenas Outros equipamentos de transporte, Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis e Máquinas e equipamentos registraram queda do coeficiente de insumos industriais importados a preços constantes, na comparação entre 2016 e o acumulado em 12 meses, findo em junho de 2017. As maiores altas do indicador foram registradas pelos setores de Vestuário e acessórios, Químicos, Produtos têxteis, Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos e Metalurgia. Esses setores mostraram, igualmente, os maiores aumentos das quantidades produzidas no período (à exceção de Químicos). 6

Coeficiente de insumos industriais importados Em % - preços constantes 28 26,2 26,1 24 24,1 25,2 20 22,5 22,7 23,1 16 16,6 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16* 17** *Estimativa **Estimativa do acumulado em 12 meses, findo em junho. Coeficientes de insumos industriais importados Setores com as maiores variações Variação entre o acumulado até dez/16 e o acumulado até jun/17 SETORES (%) DEZ/16* JUN/17* VARIAÇÃO (p.p.) Vestuário e acessórios 17,5 19,5 2,0 Químicos 36,8 38,8 2,0 Principais altas Principais quedas Produtos têxteis 27,7 29,5 1,8 Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos 30,5 32,3 1,8 Metalurgia 27,8 29,3 1,5 Outros equipamentos de transporte 29,8 24,7-5,1 Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis 20,7 16,6-4,1 Máquinas e equipamentos 20,1 19,8-0,3 7

COEFICIENTE DE EXPORTAÇÕES LÍQUIDAS Coeficiente de exportações líquidas continua positivo, mas interrompe tendência de alta O coeficiente de exportações líquidas da indústria de transformação a preços correntes, que mostra o saldo, em reais, entre a receita com exportações e a despesa com insumos industriais importados (ambos medidos em relação ao valor da produção), caiu de 7,2% em 2016, para 6,9% no acumulado em 12 meses, findo em junho de 2017. O indicador da indústria de transformação continua positivo, mas o número de setores com coeficientes positivos reduziu de 12 em 19 setores, para 10. Destaca-se o caso de Produtos têxteis, cujo coeficiente interrompeu tendência de recuperação iniciada em 2015, caindo de 2,2% em 2016, para -1,2% no acumulado em 12 meses, findo em junho de 2017. Apenas os setores de Outros equipamentos de transporte, Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis, Veículos automotores e Farmoquímicos e farmacêuticos registraram alta do coeficiente de exportações líquidas entre 2016 e o acumulado em 12 meses, findo em junho de 2017. No setor de Veículos Automotores, o coeficiente mantém tendência de alta, passando de 1,9% em 2016, para 4,2% no acumulado em 12 meses (findo em junho de 2017). Coeficiente de exportações líquidas Em % - preços correntes 12 10 10,6 8 6 4 2 4,0 5,9 5,4 3,8 4,4 1,8 2,0 0,2 7,2 6,9 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16*17** *Estimativa **Estimativa do acumulado em 12 meses, findo em junho. 8

Coeficientes de exportações líquidas Setores com as maiores variações Variação entre o acumulado até dez/16 e o acumulado até jun/17 Principais altas SETORES (%) DEZ/16* JUN/17* VARIAÇÃO (p.p.) Outros equipamentos de transporte 66,9 69,6 2,7 Coque, derivados do petróleo e biocombustíveis -7,5-5,0 2,5 Veículos automotores 1,9 4,2 2,3 Farmoquímicos e farmacêuticos -10,6-9,9 0,7 Produtos têxteis 2,2-1,2-3,4 Principais quedas Metalurgia 24,1 21,1-3,0 Couros e calçados 20,2 18,3-1,9 Notas técnicas 1 Com a divulgação da Pesquisa Industrial Anual (PIA) 2015, em junho de 2017, os coeficientes estimados para 2015 foram substituídos pelos coeficientes efetivos. A mudança também afetou os coeficientes de 2013 e 2014, devido à revisão feita pelo IBGE dos valores de produção para esses anos. O coeficiente estimado para 2016 foi revisado e uma estimativa para o acumulado em 12 meses, findo em junho de 2017, foi calculada, conforme a metodologia dos coeficientes de abertura comercial. 2 A tabela de correspondência entre a Classificação Nacional de Atividades Econômicas CNAE (versão 2.0) e as atividades econômicas da matriz de insumo-produto MIP (referências 2000 e 2005) foi ajustada: a. O setor Fabricação de fibras artificiais e sintéticas da CNAE foi reclassificado da atividade Produtos e preparados químicos diversos da MIP para a atividade Fabricação de resina e elastômeros. b. O setor Fabricação de mídias virgens, magnéticas e ópticas da CNAE foi reclassificado da atividade Aparelhos/instrumentos médico-hospitalar, medida e óptico da MIP para a atividade Material eletrônico e equipamentos de comunicações. Esse ajuste alterou a distribuição de valores de insumos industriais importados entre os setores de atividade econômica. Como consequência, as séries históricas dos coeficientes de insumos industriais importados e de exportações líquidas sofreram revisão. Entre os setores, o impacto variou de -0,6 ponto percentual a 1,3 ponto percentual (exceto os coeficientes de 2013 a 2017, cujas mudanças incluem também as revisões mencionadas no item 1). No agregado para a indústria de transformação, o impacto é nulo. i Veja mais Mais informações sobre a metodologia e as tabelas de dados da pesquisa em: www.cni.org.br/cac DE ABERTURA COMERCIAL Publicação semestral da Confederação Nacional da Indústria - CNI www.cni.org.br Diretoria de Políticas e Estratégia - DIRPE Gerência Executiva de Pesquisa e Competitividade - GPC Gerente-executivo: Renato da Fonseca Equipe: Samantha Cunha, Henry Pourchet (Funcex) e Edson Velloso Núcleo de Editoração CNI Design gráfico: Alisson Costa Serviço de Atendimento ao Cliente - Fone: (61) 3317-9992 email: sac@cni.org.br. Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. Documento elaborado em 30 de agosto de 2017.