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Dados Básicos. Ementa. Íntegra. Fonte: Tipo: Acórdão STJ. Data de Julgamento: 19/03/2013. Data de Aprovação Data não disponível

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RECURSO ESPECIAL Nº RS (2003/ )

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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.524.626 - SP (2015/0045920-0) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS RECORRENTE : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADOR : ROMUALDO BAPTISTA DOS SANTOS E OUTRO(S) RECORRIDO : SIDINEI DA SILVA MARQUES ADVOGADO : FERNANDA CRISTINA DA SILVA MILLANE EMENTA ADMINISTRATIVO. MULTA DE TRÂNSITO. INFRAÇÃO RELACIONADA À CONDUÇÃO E À PROPRIEDADE E REGULARIDADE DO VEÍCULO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA CARACTERIZADA. ART. 257, 1º, DO CTB. 1. Discute-se nos autos a responsabilidade do condutor de veículo pela infração prevista no art. 230, inciso V, do CTB ausência de registro e licenciamento. 2. Nos termos do art. 230, inciso V, do CTB, a infração passível de multa e registro de pontos ocorre quando há condução de veículo sem registro e licenciamento. O verbo que designa a ação proibida é conduzir, ou seja, a ação é imputada ao motorista. Manter veículo sem licenciamento, por si só, não configura infração de trânsito, a qual ocorre quando o veículo é posto em circulação. Todavia, ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo (art. 257, 1º, CTB). 3. Caracterizada a responsabilidade solidária do proprietário e do condutor, pois caberia ao primeiro o dever de registrar e licenciar o veículo de sua propriedade, e, ao segundo, não conduzir veículo sem o devido licenciamento (art. 257, 1º do CTB). Recurso especial provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da SEGUNDA Turma do Superior Tribunal de Justiça: "A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Og Fernandes, Mauro Campbell Marques (Presidente) e Assusete Magalhães votaram com o Sr. Ministro Relator. Página 1 de 8

Brasília (DF), 05 de maio de 2015(Data do Julgamento) MINISTRO HUMBERTO MARTINS Relator Página 2 de 8

RECURSO ESPECIAL Nº 1.524.626 - SP (2015/0045920-0) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS RECORRENTE : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCURADOR : ROMUALDO BAPTISTA DOS SANTOS E OUTRO(S) RECORRIDO : SIDINEI DA SILVA MARQUES ADVOGADO : FERNANDA CRISTINA DA SILVA MILLANE (Relator): RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO HUMBERTO MARTINS Cuida-se de recurso especial interposto pela FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, com fundamento no art. 105, inciso III, alínea "a", da Constituição Federal, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. A ementa do julgado guarda os seguintes termos (fl. 99, e-stj). "VEÍCULO. Multa de trânsito. Registro de pontuação no prontuário do motorista. Pretensão à exclusão da pontuação. Interesse de agir. Ausência de impugnação na esfera administrativa que não impede o acesso ao Poder Judiciário. CF, art. 5 o, XXXV. Infração de trânsito que diz respeito à regularidade do veículo (falta de licenciamento), de responsabilidade do proprietário, nos termos do disposto no art. 257, 2 o e 3 o, do CTB. Sentença que julgou procedente o pedido. Recurso não provido." Sem embargos de declaração. No presente recurso especial, a recorrente alega que o acórdão estadual contrariou as disposições contidas nos arts. 230, V, e 257, 1º, do Código de Trânsito Brasileiro. Sustenta, em síntese, que "Não se pode olvidar, porém, da disposição contida no 1 o do art. 257, segundo a qual as penalidades serão impostas ao proprietário e ao condutor, nos casos em que houver responsabilidade solidária pela infração. E esse é exatamente o caso dos autos, uma vez que o proprietário mantinha veículo sem licenciamento e o condutor o colocou em circulação. É importante considerar que a falta de licenciamento, por si só, não configura infração de trânsito, a qual somente se perfaz no momento em que o veículo é posto em circulação de maneira irregular" (fl. 107, e-stj). Página 3 de 8

Sem contrarrazões (fl. 114, e-stj), sobreveio o juízo de admissibilidade negativo da instância de origem (fl. 115, e-stj). Este Relator deu provimento ao agravo de instrumento para determinar a subida do presente recurso especial (fl. 129, e-stj). É, no essencial, o relatório. Página 4 de 8

RECURSO ESPECIAL Nº 1.524.626 - SP (2015/0045920-0) EMENTA ADMINISTRATIVO. MULTA DE TRÂNSITO. INFRAÇÃO RELACIONADA À CONDUÇÃO E À PROPRIEDADE E REGULARIDADE DO VEÍCULO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA CARACTERIZADA. ART. 257, 1º, DO CTB. 1. Discute-se nos autos a responsabilidade do condutor de veículo pela infração prevista no art. 230, inciso V, do CTB ausência de registro e licenciamento. 2. Nos termos do art. 230, inciso V, do CTB, a infração passível de multa e registro de pontos ocorre quando há condução de veículo sem registro e licenciamento. O verbo que designa a ação proibida é conduzir, ou seja, a ação é imputada ao motorista. Manter veículo sem licenciamento, por si só, não configura infração de trânsito, a qual ocorre quando o veículo é posto em circulação. Todavia, ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo (art. 257, 1º, CTB). 3. Caracterizada a responsabilidade solidária do proprietário e do condutor, pois caberia ao primeiro o dever de registrar e licenciar o veículo de sua propriedade, e, ao segundo, não conduzir veículo sem o devido licenciamento (art. 257, 1º do CTB). Recurso especial provido. VOTO (Relator): O EXMO. SR. MINISTRO HUMBERTO MARTINS Merecem prosperar as alegações da recorrente. Discute-se nos autos a responsabilidade do condutor de veículo pela infração prevista no art. 230, inciso V, do CTB ausência de registro e licenciamento. Página 5 de 8

Para melhor compreensão da controvérsia transcrevo os arts. 230, V e 257, 1º e 2º, do CTB, que regulamentam a matéria: "Art. 230. Conduzir o veículo: (...) V - que não esteja registrado e devidamente licenciado; Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionados neste Código. 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as penalidades de que trata este Código toda vez que houver responsabilidade solidária em infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída. 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva observar." No caso dos autos, conforme se extrai do acórdão recorrido, houve autuação do proprietário e do motorista por infração ao CTB relacionada à propriedade e à regularidade do veículo e também à sua condução. Como se vê da redação do art. 230, inciso V, do CTB, a infração passível de multa e registro de pontos ocorre quando há condução de veículo sem registro e licenciamento. Como bem explicitou a ora recorrente, o verbo que designa a ação proibida é conduzir, ou seja, a ação é imputada ao motorista. Manter veículo sem licenciamento, por si só, não configura infração de trânsito, a qual ocorre quando o veículo é posto em circulação. Todavia, ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições exigidas para o trânsito do veículo (art. 257, 1º, CTB). Dessa forma, está caracterizada a responsabilidade solidária do proprietário e do condutor, pois caberia ao primeiro o dever de registrar e Página 6 de 8

licenciar o veículo de sua propriedade, e, ao segundo, não conduzir veículo sem o devido licenciamento (art. 257, 1º, do CTB). Ante o exposto, dou provimento ao recurso especial e determino a inversão dos ônus da sucumbência nos termos fixados na sentença. É como penso. É como voto. MINISTRO HUMBERTO MARTINS Relator Página 7 de 8

CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2015/0045920-0 PROCESSO ELETRÔNICO REsp 1.524.626 / SP Números Origem: 00008446320098260412 493/2009 PAUTA: 05/05/2015 JULGADO: 05/05/2015 Relator Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO MARTINS Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES Subprocuradora-Geral da República Exma. Sra. Dra. SANDRA VERÔNICA CUREAU Secretária Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI RECORRENTE PROCURADOR RECORRIDO ADVOGADO AUTUAÇÃO : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO : ROMUALDO BAPTISTA DOS SANTOS E OUTRO(S) : SIDINEI DA SILVA MARQUES : FERNANDA CRISTINA DA SILVA MILLANE ASSUNTO: DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO - Atos Administrativos - Infração Administrativa - Multas e demais Sanções CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, deu provimento ao recurso, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Herman Benjamin, Og Fernandes, Mauro Campbell Marques (Presidente) e Assusete Magalhães votaram com o Sr. Ministro Relator. Página 8 de 8