Assunto Especial Acórdão na Íntegra

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Assunto Especial Acórdão na Íntegra

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Transcrição:

Assunto Especial Acórdão na Íntegra A Prescrição do Artigo 103 da Lei nº 8.213/1991 345 Superior Tribunal de Justiça AgRg no Recurso Especial nº 1.290.328/RN (2011/0260617-0) Relator: Ministro Vasco Della Giustina (Desembargador Convocado do TJRS) Agravante: Instituto Nacional do Seguro Social INSS Procurador: Procuradoria-Geral Federal PGF Agravado: Antonio Nunes dos Santos Advogado: José Maria Gama da Camara e outro(s) EMENTA AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL FUNDAMENTOS INSUFICIENTES PARA REFORMAR A DECISÃO AGRAVADA PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA PRAZO TERMO INICIAL ART. 103 DA LEI Nº 8.213/1991 E SUAS POSTERIORES ALTERAÇÕES SITUAÇÃO JURÍDICA CONSTITUÍDA ANTES DA SUA VIGÊNCIA IMPOSSIBILIDADE DE RETROAÇÃO PRECEDENTES DO STJ AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO 1. O agravante não trouxe argumentos novos capazes de infirmar os fundamentos que alicerçaram a decisão agravada, razão que enseja a negativa de provimento ao agravo regimental. 2. No que tange à decadência, verifica-se que o acórdão recorrido se encontra em dissonância com o atual entendimento desta Corte Superior, no sentido de que o prazo decadencial estabelecido pelo art. 103 da Lei nº 8.213/1991, e suas posteriores alterações, não podem retroagir para alcançar situações pretéritas. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. A

48... RSP Nº 47 Mar-Abr/2012 ASSUNTO ESPECIAL ACÓRDÃO NA ÍNTEGRA Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura e o Sr. Ministro Sebastião Reis Júnior votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Og Fernandes. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura. Brasília/DF, 7 de fevereiro de 2012 (data do Julgamento). Ministro Vasco Della Giustina Desembargador Convocado do TJRS Relator RELATÓRIO O Exmo. Sr. Ministro Vasco Della Giustina (Desembargador Convocado do TJRS) (Relator): Trata-se de agravo regimental interposto por Instituto Nacional do Seguro Social INSS, contra decisão de fls. 218/220, a qual deu provimento ao recurso especial. Nas razões recursais, o agravante, reiterando a fundamentação do recurso especial, insurge-se contra solução conferida ao julgado no tocante ao prazo decadencial previsto no art. 103 da Lei nº 8.213/1991, aos benefícios concedidos anteriormente a sua vigência. Ao final, pugna pelo provimento do presente agravo. É o breve relatório. VOTO O Exmo. Sr. Ministro Vasco Della Giustina (Desembargador Convocado do TJRS) (Relator): Não obstante os argumentos expendidos pela agravante, verifica-se que a tese jurídica veiculada nas razões do regimental não é capaz de modificar o posicionamento anteriormente firmado. Em assim sendo, mantém-se, na íntegra, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada, nos seguintes termos: Trata-se de recurso especial interposto por Antonio Nunes dos Santos, fundamentado no art. 105, inciso III, alíneas a e c, da Constituição Federal, manejado em face do acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, assim ementado: PREVIDENCIÁRIO APOSENTADORIA REVISÃO CADUCIDADE ART. 103, CAPUT, DA LEI Nº 8.213/1991, COM A REDAÇÃO DA LEI Nº 9.528/1997 (DECORRENTE DA CONVERSÃO DA MP 1.523-9, DE

RSP Nº 47 Mar-Abr/2012 ASSUNTO ESPECIAL ACÓRDÃO NA ÍNTEGRA... 49 27.06.1997) INCIDÊNCIA IMEDIATA O liame entre o segurado e o regime geral de previdência social é de cunho estatutário, de sorte que, ausente qualquer interferência nas condições de concessões do benefício, lícito se mostra ao legislador alterar, para o futuro, o regime jurídico que define os direitos e deveres das partes. Orientação sedimentada no eg. STF, no que concerne à eficácia do art. 5º, XXXVI, da CF. O direito potestativo de pleitear a modificação do ato de concessão de benefício previdenciário, conforme expresso teor do art. 103, caput, da Lei nº 8.213/1991, com a redação da Lei nº 9.528/1997, extingue-se num decênio, o qual, por se tratar de previsão normativa antes inexistente em nosso sistema jurídico, conta-se da entrada em vigor do diploma legal citado. O entendimento que preconiza a não incidência da nova redação do art. 103, caput, da Lei nº 8.213/1991, quanto aos benefícios concedidos anteriormente à edição da Lei nº 9.528/1997, culmina por instituir, para fins de submissão à decadência, duas categorias de benefícios previdenciários, afrontando o princípio da isonomia (art. 5º, I, da CF). No presente caso, a aposentadoria por tempo de serviço do autor foi concedida em 01.06.1990 (fl.16), ao passo que o pedido de revisão somente foi protocolado em 22.09.2008 (fl. 18), quando já passados mais de dez anos da vigência da Lei nº 9.528/1997 (decorrente da conversão da MP 1.523-9, de 27.06.1997), que instituiu a decadência do direito à revisão do ato de concessão do benefício, de modo que há de ser aplicado o referido instituto. Apelação e remessa oficial providas para extinguir o presente processo com resolução de mérito em face do reconhecimento da caducidade do direito do autor, nos termos do art. 269, IV, do CPC, deixando de inverter o ônus da sucumbência por ser o autor beneficiário da justiça gratuita. Nas razões do especial, a recorrente, alega que o acórdão negou vigência ao disposto no art. 103 da Lei nº 8.213/1991, além de divergência jurisprudencial. Defende, em síntese, a não ocorrência da decadência pronunciada pelo Tribunal de origem. Apresentadas as contrarrazões e, admitido o recurso na origem, foram os autos encaminhados a esta Corte Superior de Justiça. É o relatório. DECIDO A irresignação merece acolhida. Com efeito, no que tange à decadência, verifica-se que o acórdão recorrido se encontra em dissonância com o atual entendimento desta Corte Superior, no sentido de que o prazo decadencial estabelecido pelo art. 103 da Lei nº 8.213/1991, e suas posteriores alterações, não podem retroagir para alcançar situações pretéritas. Sobre o tema os seguintes precedentes:

50... RSP Nº 47 Mar-Abr/2012 ASSUNTO ESPECIAL ACÓRDÃO NA ÍNTEGRA PREVIDENCIÁRIO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL CANCELAMENTO DE BENEFÍCIO PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA PRAZO TERMO INICIAL ART. 103 DA LEI Nº 8.213/1991 E SUAS POS- TERIORES ALTERAÇÕES SITUAÇÃO JURÍDICA CONSTITUÍDA ANTES DA SUA VIGÊNCIA IMPOSSIBILIDADE DE RETROAÇÃO PRECE- DENTES DO STJ DECRETO Nº 20.910/1932 NÃO-APLICAÇÃO LEI ESPECIAL PREPONDERA SOBRE LEI GERAL AGRAVO IMPROVIDO 1. O prazo decadencial estabelecido no art. 103 da Lei nº 8.213/1991, e suas posteriores alterações, não pode retroagir para alcançar situações pretéritas. Precedentes. 2. As disposições da Lei nº 8.213/1991 quanto à prescrição, de incontestável caráter especial, afastam a incidência do Decreto nº 20.910/1932, de cunho genérico, no caso concreto. 3. Agravo regimental improvido. (AgRg-REsp 670.581/RJ, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, 5ª Turma, DJe de 03.08.2009) PREVIDENCIÁRIO REVISÃO DE BENEFÍCIO DECADÊNCIA PERÍO- DO ANTERIOR À MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.523/1997 PRECEDEN- TES 1. É firme neste Superior Tribunal de Justiça o entendimento de que o prazo decadencial previsto no caput do art. 103 da Lei de Benefícios, introduzido pela Medida Provisória nº 1.523-9, de 27.06.1997, posteriormente convertida na Lei nº 9.528/1997, por se tratar de instituto de direito material, surte efeitos apenas sobre as relações jurídicas constituídas a partir de sua entrada em vigor. 2. Agravo interno ao qual se nega provimento. (AgRg-Ag 870.872/RS, Rel. Min. Celso Limongi, Desembargador Convocado do TJSP, 6ª Turma, DJe de 19.10.2009) PROCESSO CIVIL VIOLAÇÃO AO ART. 535 DO CPC INEXISTÊNCIA DE CONTRADIÇÃO HIPÓTESE DO ENUNCIADO DA SÚMULA Nº 178 DO STJ PREVIDENCIÁRIO ART. 103 DA LEI Nº 8.213/1991 SUCESSIVAS MODIFICAÇÕES LEGISLATIVAS APLICAÇÃO DA REGRA VIGENTE NA DATA DA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO 1. Não há contradição em acórdão que não condena a parte sucumbente ao reembolso das custas em virtude da assistência judiciária gratuita deferida à parte vencedora. 2. O INSS não está isento das custas, apenas tem direito de pagá-las ao final da ação, caso seja sucumbente. 3. A lei que institui o prazo decadencial só pode produzir efeitos após a sua vigência. Assim, decadência deve incidir apenas em relação aos segurados que tiveram seus benefícios concedidos após a publicação da lei. 4. Recurso especial improvido. (REsp 699.324/SP, Relª Min. Maria Thereza de Assis moura, 6ª Turma, DJ 17.12.2007) Ante o exposto, dou provimento ao recurso especial, para afastar a decadência pronunciada pelo Tribunal de origem. Publique-se. Intimem-se.

RSP Nº 47 Mar-Abr/2012 ASSUNTO ESPECIAL ACÓRDÃO NA ÍNTEGRA... 51 Assim, resta afastada qualquer pretensão de alteração do julgado, tendo em vista a jurisprudência deste Superior Tribunal de Justiça, que, ao consolidar o seu entendimento, opõe-se frontalmente às alegações do agravante. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. AgRg-REsp 1.290.328/RN CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEXTA TURMA Número Registro: 2011/0260617-0 Número Origem: 200884000114420 Em Mesa Julgado: 07.02.2012 Relator: Exmo. Sr. Ministro Vasco Della Giustina (Desembargador Convocado do TJRS) Presidente da Sessão: Exma. Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura Subprocurador-Geral da República: Exmo. Sr. Dr. Brasilino Pereira dos Santos Secretário: Bel. Eliseu Augusto Nunes de Santana AUTUAÇÃO Recorrente: Antonio Nunes dos Santos Advogado: José Maria Gama da Camara e outro(s) Recorrido: Instituto Nacional do Seguro Social INSS Procurador: Procuradoria-Geral Federal PGF Assunto: Direito Previdenciário Pedidos Genéricos Relativos aos Benefícios em Espécie Data de Início de Benefício (DIB) AGRAVO REGIMENTAL Agravante: Instituto Nacional do Seguro Social INSS Procurador: Procuradoria-Geral Federal PGF Agravado: Antonio Nunes dos Santos Advogado: José Maria Gama da Camara e outro(s)

52... RSP Nº 47 Mar-Abr/2012 ASSUNTO ESPECIAL ACÓRDÃO NA ÍNTEGRA CERTIDÃO Certifico que a egrégia Sexta Turma, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. A Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura e o Sr. Ministro Sebastião Reis Júnior votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Og Fernandes. Presidiu o julgamento a Sra. Ministra Maria Thereza de Assis Moura.