O MÉTODO HIERÁRQUICO NA AVALIAÇÃO DO RISCO DE INCÊNDIO EM ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE RESIDUOS SÓLIDOS URBANOS PARTE II APLICAÇÃO DO MÉTODO

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1º CILASCI Congresso Ibero-Latino-Americano sobre Segurança Contra Incêndios Natal Brasil Março 2011 O MÉTODO HIERÁRQUICO NA AVALIAÇÃO DO RISCO DE INCÊNDIO EM ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE RESIDUOS SÓLIDOS URBANOS PARTE II APLICAÇÃO DO MÉTODO Emanuel N. Ferreira Mestre SCIE SRPC Madeira Portugal João P. Rodrigues 45 Professor UC - Coimbra Portugal António L. Coelho Investigador LNEC - Lisboa Portugal SUMÁRIO Nesta comunicação é descrita e apresentam-se os resultados da aplicação do método hierárquico, na avaliação do risco de dum edifício industrial da Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da Meia Serra, Ilha da Madeira, Portugal. Depois de atribuídos os pesos das variáveis dos diferentes níveis da hierarquia, foram definidos o grau de implementação das medidas (M) para o cenário inicial (situação actual) e depois para outros dois cenários, analisando assim o grau de eficácia na segurança contra com a melhoria das medidas. Palavras-chave: risco,, industria, avaliação, método hierárquico. 45 Autor correspondente Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Rua Luís Reis Santos. Polo II da Universidade. 3030-788 Coimbra. PORTUGAL. Telef.: +351 239 797237 Fax: +351 239 797242. e-mail: jpaulocr@dec.uc.pt 429

Emanuel N. Ferreira, João P. Rodrigues e António L. Coelho 1. INTRODUÇÃO Os s nas instalações de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) não fogem à regra das demais instalações industriais podendo assim ocorrer por presença de substâncias inflamáveis no seu processo de funcionamento, ou máquinas que desenvolvem falhas por falta de manutenção, erro de operação ou manutenções não autorizadas, por pontas de cigarros acesas, por equipamentos eléctricos utilizados inadequadamente, por trabalhos a quente, por vandalismo, etc. Um numa estação de tratamento de resíduos sólidos é de difícil extinção e pode ter consequências devastadoras. A Figura 1 mostra a Estação de Tratamento de RSU da Meia Serra na Ilha da Madeira, onde se identifica o edifício industrial. Este edifício é de construção mista, sendo os pisos inferiores em betão armado com algumas paredes em alvenaria pintadas, ficando a restante estrutura suportada por pilares e vigas de aço, sem protecção ao fogo, as paredes e cobertura revestidas com chapa ondulada, sendo que alguns dos pilares de aço arrancam da cota de soleira do edifício. Figura 1: Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos da Meia Serra. Identificação do edifício industrial As vias de evacuação encontram-se identificadas na Figura 2 com os números de 1 a 6, sendo que a escada 1 (E1) é exterior enclausurada e protegida, a E2 é interior não enclausurada e não protegida, a E3 é exterior não enclausurada mas protegida, a E4 tem características idênticas à E2, a E5 é exterior não enclausurada e não protegida e a E6 é uma escada exterior enclausurada protegida. Os caminhos horizontais nesta instalação são os típicos das instalações industriais; normalmente têm 1 UP, os troços rectos são curtos, as mudanças de direcção e de nível são constantes, confrontando com alguns obstáculos [1, 2]. Normalmente as pessoas que frequentam estes espaços são as pessoas que lá trabalham, pelo que conhecem o edifício. A instalação tem cerca de 100 trabalhadores, labora 24 horas por dia em três turnos, trabalhando no turno diurno cerca de 70 pessoas e no turno nocturno cerca de 10 pessoas. Os meios de comunicação internos são rádios portáteis (15 un), telefones internos, intercomunicadores e altifalantes que permitem o contacto com a sala de comando e outros locais da instalação. 430

O método hierárquico na avaliação do risco de em estações de tratamento de residuos sólidos urbanos Parte II Aplicação do método N Figura 2: Implantação do edifício industrial A instalação não se encontra integralmente protegida contra mas sim localmente de acordo com os riscos. As salas de baixa e média tensão, sala de comando e engenharia e a sala de baterias encontram-se protegidas por um sistema de extinção automático por gás, o inergen; os transformadores por sistema de sprinklers constituídos por difusores de água pulverizada, a fossa de resíduos por monitores de água/espuma, etc. [3]. 2. O MÉTODO HIERÁRQUICO Para definir do grau (G) de implementação das medidas (M) é necessário um conhecimento profundo da instalação bem como o conhecimento dos vários sistemas e equipamentos de segurança existentes. A atribuição destes valores torna-se menos complexa que a atribuição dos pesos visto que existem valores ou condições definidos, bastando para tal escolher na folha de cálculo, o valor que se adapta ao item em análise. Além do cenário inicial (cni) criou-se um cenário 1 (cn1) com a melhoria das medidas M4, M9, M11, M13, M15, M16, M17, M18 e M19, associando a cada uma os respectivos custos, e um cenário 2 (cn2) com a melhoria da medida M10 e respectivo custo. Grau de Implementação das Medidas Cenário inicial O grau de implementação (G), das medidas (M) existentes no edifício industrial, toma o valor unitário quando a medida se encontra completamente implementada e o valor zero quando não se encontra implementada ou não é passível de implementar. Foram tomadas as seguintes considerações na aferição do grau de implementação das medidas de segurança actualmente existentes (cni), na aplicação do MH [4]: M1 cni Reacção ao fogo dos materiais de construção. Os materiais de revestimento não contribuem ou contribuem pouco para o flashover. São na generalidade incombustíveis (metal e betão), G1 cni =0,75; M2 cni Resistência ao fogo da estrutura. A estrutura resistente do edifício industrial é mista. Os elementos metálicos não possuem protecção ao fogo. Como os pilares e vigas apresentam uma massividade alta, admitiu-se que o tempo da capacidade de carga actuante andará entre os 30 e 45 min. Foi calculada a densidade de carga de modificada do edifício através do cálculo probabilístico, cujo valor é 894 MJ/m 2, de acordo com o Despacho n.º 2074/2009 de 15 de Janeiro [3]. De acordo com o Quadro X do Decreto-Lei n.º 220/2008 de 12 de Novembro 431

Emanuel N. Ferreira, João P. Rodrigues e António L. Coelho [1] é atribuída ao edifício industrial a 2ª categoria de risco (CR). De acordo com o Quadro IX da Portaria n.º 1532/2008 de 29 de Dezembro [2] temos um tempo para a capacidade de carga requerido de 90 min, pelo que existe sensivelmente metade da resistência necessária para os elementos da estrutura metálica, G2 cni =0,50; M3 cni Resistência ao fogo das paredes interiores. As paredes interiores na generalidade são construídas com blocos de betão de 20 cm de espessura com as juntas estanhadas, sem reboco, pintadas em ambas as faces. As paredes interiores da sala de comando e de engenharia, sala de quadros de baixa tensão são rebocadas a estuque em ambas as faces. Estes elementos possuem uma resistência ao fogo EI 120, pelo que o grau de implementação desta medida será G3 cni =1. Esta medida está completamente implementada não sendo passível de melhoria; M4 cni Dimensão dos compartimentos. A implementação desta medida é avaliada pelo quociente entre o número de compartimentos efectivos e o número de compartimentos desejados. Da análise realizada, temos 15 compartimentos no edifício industrial sendo que apenas 8 se encontram isolados, G4 cni =0,53; M5 cni Características e localização das aberturas na fachada. As paredes envolventes do edifício industrial não possuem aberturas. A distância dos vãos sobrepostos na sala de comando, sala de quadros de baixa tensão, são superiores a 1,10 m pelo que se admite que não haverá propagação do pelas fachadas, G5 cni =1. Esta medida está completamente implementada não sendo passível de melhoria; M6 cni Distância entre edifícios adjacentes. Nas proximidades e do lado da fachada Oeste existem o edifício dos silos a 5 m desta fachada e a subestação a 15 m, G6 cni =0,60; M7 cni Geometria dos caminhos de evacuação. Esta medida tem a ver com a tipologia dos caminhos de evacuação, a sua dimensão e layout, sinalização nestas vias e a reacção ao fogo dos revestimentos. A atribuição de coeficientes a estes parâmetros deu origem a G7 cni =0,62; M8 cni Acessos dos bombeiros. A acessibilidade dos bombeiros é avaliada em função do tempo que os bombeiros levam para alcançar o local menos acessível onde potencialmente se possa desenvolver um. Admitindo que os bombeiros ao chegarem ao local podem deslocar-se a 30 m/min na horizontal e 15 m/min a subir escadas, demorariam cerca de 4 min a subir as escadas e 1 min na horizontal para chegarem ao ponto mais desfavorável da instalação, G8 cni =0,25. É difícil melhorar esta medida visto que os bombeiros para aceder pelo interior do edifício têm de utilizar as escadas interiores para chegar ao local; M9 cni Meios de detecção de. O grau de implementação desta medida é avaliado com base na fiabilidade e densidade dos detectores. Tendo em conta o tipo de detectores e a sua quantidade obtemos G9 cni =0,60; M10 cni Meios de extinção de. Esta medida é avaliada pela existência de sistemas automáticos de extinção a água e equipamentos portáteis. Considerando sistemas de água nebulizada nos compartimentos de maior risco (turbina/gerador) e equipamentos de extinção em todos os pisos (carretéis e extintores), obtemos G10 cni =0,20; M11 cni Sistema de controlo de fumo. A avaliação desta medida tem em conta se a activação do sistema é automática ou manual e o tipo de sistema, mecânico ou natural. A ventilação é mecânica na zona da turbina/gerador, sala de comando e engenharia e sala de quadros de baixa tensão. Na restante instalação a desenfumagem processa-se naturalmente com exutores na cobertura accionados manualmente. Adoptando o coeficiente de activação manual e extracção natural obtemos G11 cni =0,40; M12 cni Alarme e sinalização de emergência. A instalação na generalidade possui iluminação de emergência nas vias de evacuação com kits de emergência (lâmpada florescente com 1,20 m) e sinalização de emergência apoiada em blocos autónomos permanentes nas saídas e vias de evacuação. O alarme é dado por sirenes de alarme convenientemente distribuídas pela instalação e/ou mensagem falada em toda a instalação. Adoptando os coeficientes para os parâmetros descritos obtemos G12 cni =1; M13 cni Brigada de bombeiros da empresa. A implementação desta medida é aferida tendo em conta o número de pessoas treinadas, nível de treino, equipamento disponível para o combate 432

O método hierárquico na avaliação do risco de em estações de tratamento de residuos sólidos urbanos Parte II Aplicação do método e tempo de permanência no local. O pessoal que trabalha na instalação tem formação básica em primeira intervenção, não possuindo equipamento específico (vestuário, ARICA-Aparelho Respiratório de Circuito Aberto, mangueiras, etc.) nem formação profissional em combate a s, sendo uma lacuna grave visto que o tempo de chegada ao local pelos bombeiros da corporação mais próxima situa-se perto dos 30 min (admite-se que o tempo razoável de chegada à instalação seja entre os 10 e 15 min). Admitindo a presença por turno de duas pessoas (treino não profissional, 1ª intervenção com extintores), obtemos um grau de implementação G13 cni =0,30; M14 cni Bombeiros da localidade. A implementação desta medida é aferida pelo tempo que demora a corporação mais próxima, Bombeiros Municipais de Santa Cruz a chegar ao local. Vamos admitir que os bombeiros chegam num tempo até 30 min, pelo que G14 cni =0; M15 cni Manutenção dos sistemas de segurança de. Esta medida tem em conta a manutenção dos sistemas de segurança de e a inspecção dos caminhos de evacuação. A manutenção dos equipamentos de segurança é feita duas vezes por ano e a inspecção dos caminhos de evacuação trimestralmente. Atribuindo os respectivos coeficientes a estes parâmetros obtemos G15 cni =0,88; M16 cni Formação em segurança contra. A formação específica nesta área ao pessoal da Estação é fraca. Não são também realizados simulacros de, G16 cni =0,20; M17 cni Plano de emergência e simulacros. Existe um plano de emergência interno ainda não aprovado, G17 cni =0,40; M18 cni Manutenção e vigilância. Existe um plano de manutenção, em que os equipamentos críticos são analisados e reparados durante a paragem anual de duas semanas em cada uma das duas linhas de incineração, no entanto julga-se ser possível a criação de um registo com o levantamento dos elementos/sistemas críticos com a calendarização das manutenções, sinais de alerta de degradação (vibrações, ruídos anómalos, etc.). Na instalação não existe planeamento para o desenvolvimento da actividade ou parte da actividade em caso de ruptura da instalação devido ao (por exemplo, aterro sanitário de emergência), G18 cni =0,20; M19 cni Manutenção periódica do edifício. Esta medida tem em conta a manutenção das várias instalações técnicas, bem como dos sistemas de segurança contra. As instalações técnicas são revistas pelo menos uma vez por ano e as de segurança contra duas. Adoptando os coeficientes para os parâmetros descritos obtemos G19 cni =0,53. Os valores acima indicados e os correspondentes às alterações introduzidas nos cenários 1 e 2 foram introduzidos na folha de cálculo do IST, cujos quadros mais relevantes se apresentam nesta comunicação. O grau de implementação das actuais medidas conduziram a um índice de eficácia, E(PO) cni =0,48, conforme indicado noquadro 1. Quadro 1 Índice de eficácia do cenário inicial Medidas PO Reduzir o risco de Cenário inicial - influencia ponderada (eficácia) de cada medida na OB1 OB2 OB3 OB4 OB5 protecção do Salvaguarda dos dos edifício do continuidade ocupantes bombeiros conteúdo da actividade 433 OB6 do ambiente M1 Reacção ao fogo 0,054 0,011 0,010 0,006 0,009 0,012 0,005 M2 Resistência ao fogo da 0,036 0,007 0,008 0,005 0,007 0,006 0,004 estrutura M3 Resistência ao fogo das 0,065 0,012 0,015 0,009 0,012 0,011 0,007 paredes interiores M4 Tamanho dos 0,028 0,007 0,006 0,004 0,005 0,005 0,003 compartimentos M5 Características e localização das aberturas nas fachadas 0,053 0,011 0,012 0,007 0,009 0,009 0,005

Emanuel N. Ferreira, João P. Rodrigues e António L. Coelho M6 Distância entre edifícios 0,012 0,002 0,002 0,003 0,003 0,002 0,001 M7 Geometria dos caminhos 0,016 0,008 0,003 0,001 0,002 0,002 0,001 de evacuação M8 Acessos dos bombeiros 0,012 0,002 0,002 0,002 0,003 0,002 0,001 M9 Meios de detecção de 0,026 0,009 0,004 0,004 0,004 0,003 0,002 M10 Meios de combate ao 0,012 0,002 0,002 0,002 0,002 0,002 0,001 M11 Controlo de fumo 0,022 0,005 0,004 0,003 0,003 0,004 0,002 M12 Sinais de alarme e 0,018 0,009 0,003 0,001 0,002 0,002 0,002 emergência M13 Brigada de bombeiros 0,016 0,003 0,004 0,002 0,003 0,003 0,002 da empresa M14 Bombeiros da 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 localidade M15 Manutenção dos 0,017 0,004 0,004 0,002 0,003 0,003 0,002 sistemas de segurança contra M16 Educação para a 0,016 0,003 0,003 0,002 0,003 0,003 0,002 segurança contra M17 Planeamento e treino de emergência 0,021 0,007 0,004 0,002 0,003 0,003 0,002 M18 Manutenção e vigilância 0,017 0,003 0,003 0,002 0,003 0,004 0,002 M19 Inspecções periódicas 0,042 0,009 0,008 0,005 0,007 0,009 0,004 Índice Eficácia E(PO) cni= 0,48 Após a análise correspondente ao cenário inicial vamos proceder à análise do cenário (cn1) que consiste nos graus de implementação das medidas do cenário inicial com o incremento das medidas a seguir indicadas. Cenário 1 Vamos agora neste cenário incrementar o grau de implementação de algumas medidas registando os custos correspondentes em k. Os valores monetários indicados são indicativos, visto que se revelou de difícil obtenção os orçamentos reais para a melhoria da maior parte das medidas propostas. M4 cn1 Dimensão dos compartimentos. Vamos propor o isolamento da sala de AVAC, sala de preparação de ureia e a sala de IIRHM. O grau de implementação vem G4 cn1 =0,73 com um custo de 10 k. M9 cn1 Meios de detecção de. Vamos propor a instalação de detectores de ao longo dos caminhos de evacuação. G9 cn1 =1 com um custo de 6 k. M11 cn1 Sistema de controlo de fumo. Vamos propor a activação do sistema de forma automática e a extracção de fumo por meios mecânicos, G11 cn1 =0,80 com um custo de 36 k. M13 cn1 Bombeiros da empresa. Vamos para cada turno, propor a criação de uma brigada de composta por três bombeiros com treino e equipamentos profissionais, G13 cn1 =1 com um custo de 49 k. M15 cn1 Manutenção dos sistemas de segurança de. Vamos propor a inspecção dos caminhos de evacuação mensalmente, G15 cn1 =1 com um custo de 0,24 k. M16 cn1 Formação em segurança contra. Vamos propor a disponibilização de informação de segurança escrita, G16 cn1 =0,80 com um custo de 15 k. M17 cn1 Planeamento da emergência e simulacros. Vamos propor a existência de um plano de emergência com a definição dos caminhos de evacuação e localização dos equipamentos de segurança e a realização de simulacros periodicamente, G17 cn1 =0,80 com um custo de 18 k. M18 cn1 Manutenção e vigilância. Vamos propor a elaboração de um documento com a identificação dos equipamentos críticos da instalação com as diversas medidas de manutenção requeridas e respectiva periodicidade. Entende-se como equipamento crítico os órgãos e os sistemas sujeitos a maior desgaste quer eléctricos, mecânicos ou outros e que possam ser 434

O método hierárquico na avaliação do risco de em estações de tratamento de residuos sólidos urbanos Parte II Aplicação do método causa de acidente, e/ou explosão devido a funcionamento inadequado. Vamos propor ainda um plano de reconstrução em caso de, G18 cn1 =0,80 com um custo de 30 k. M19 cn1 Inspecção periódica do edifício. Vamos propor que as instalações técnicas sejam revistas pelo menos duas vezes por ano em vez duma, G19 cn1 =0,65 com um custo de 40 k. Quadro 2 Índice de eficácia do cenário 1 Medidas PO Reduzir o risco de Cenário 1 - influencia ponderada (eficácia) de cada medida na OB2 OB3 OB4 OB5 protecção Salvaguarda dos do edifício do conteúdo continuidade bombeiros da actividade OB1 dos ocupantes 435 OB6 do ambiente M1 Reacção ao fogo 0,054 0,011 0,010 0,006 0,009 0,012 0,005 M2 Resistência ao fogo da 0,036 0,007 0,008 0,005 0,007 0,006 0,004 estrutura M3 Resistência ao fogo das 0,065 0,012 0,015 0,009 0,012 0,011 0,007 paredes interiores M4 Tamanho dos 0,039 0,009 0,008 0,005 0,007 0,006 0,004 compartimentos M5 Características e 0,053 0,011 0,012 0,007 0,009 0,009 0,005 localização das aberturas nas fachadas M6 Distância entre edifícios 0,012 0,002 0,002 0,003 0,003 0,002 0,001 M7 Geometria dos 0,016 0,008 0,003 0,001 0,002 0,002 0,001 caminhos de evacuação M8 Acessos dos bombeiros 0,012 0,002 0,002 0,002 0,003 0,002 0,001 M9 Meios de detecção de 0,044 0,015 0,007 0,006 0,007 0,006 0,004 M10 Meios de combate ao 0,012 0,002 0,002 0,002 0,002 0,002 0,001 M11 Controlo de fumo 0,043 0,011 0,009 0,006 0,007 0,007 0,004 M12 Sinais de alarme e 0,018 0,009 0,003 0,001 0,002 0,002 0,002 emergência M13 Brigada de bombeiros 0,053 0,009 0,013 0,0027 0,010 0,009 0,006 da empresa M14 Bombeiros da 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 localidade M15 Manutenção dos 0,020 0,005 0,004 0,002 0,003 0,003 0,002 sistemas de segurança contra M16 Educação para a 0,065 0,014 0,012 0,007 0,011 0,014 0,007 segurança contra M17 Planeamento e treino 0,041 0,013 0,009 0,004 0,006 0,005 0,004 de emergência M18 Manutenção e vigilância 0,069 0,013 0,013 0,008 0,013 0,015 0,007 M19 Inspecções periódicas 0,052 0,012 0,010 0,006 0,009 0,011 0,005 Índice Eficácia E(PO) cn1= 0,70 O grau de implementação destas medidas conduziram a um índice de eficácia das medidas de segurança, E(PO) cn1 =0,70, conforme indicado no Quadro 2. Cenário 2 O cenário 2 é uma reprodução do cenário 1 com a adição da cobertura total com sprinklers. M10 cn2 Meios de extinção. Vamos propor a cobertura total com sprinklers. G10 cn2 =0,80 com um custo de 500 k. O grau de implementação desta medida conduziu a um índice de eficácia das medidas de segurança, E(PO) cn2 =0,74, conforme documenta o Quadro 3.

Emanuel N. Ferreira, João P. Rodrigues e António L. Coelho Medidas Quadro 3 Índice de eficácia do cenário 2 PO Reduzir o risco de Cenário 2 - influencia ponderada (eficácia) de cada medida na OB1 dos ocupantes OB2 protecção dos bombeiros 436 OB3 do edifício OB4 do conteúdo OB5 Salvaguarda continuidade da actividade OB6 do ambiente M1 Reacção ao fogo 0,054 0,011 0,010 0,006 0,009 0,012 0,005 M2 Resistência ao fogo da 0,036 0,007 0,008 0,005 0,007 0,006 0,004 estrutura M3 Resistência ao fogo das 0,065 0,012 0,015 0,009 0,012 0,011 0,007 paredes interiores M4 Tamanho dos 0,039 0,009 0,008 0,005 0,007 0,006 0,004 compartimentos M5 Características e 0,053 0,011 0,012 0,007 0,009 0,009 0,005 localização das aberturas nas fachadas M6 Distância entre edifícios 0,012 0,002 0,002 0,003 0,003 0,002 0,001 M7 Geometria dos 0,016 0,008 0,003 0,001 0,002 0,002 0,001 caminhos de evacuação M8 Acessos dos bombeiros 0,012 0,002 0,002 0,002 0,003 0,002 0,001 M9 Meios de detecção de 0,044 0,015 0,007 0,006 0,007 0,006 0,004 M10 Meios de combate ao 0,048 0,009 0,009 0,007 0,010 0,008 0,005 M11 Controlo de fumo 0,043 0,011 0,009 0,006 0,007 0,007 0,004 M12 Sinais de alarme e 0,018 0,009 0,003 0,001 0,002 0,002 0,002 emergência M13 Brigada de bombeiros 0,053 0,009 0,013 0,0027 0,010 0,009 0,006 da empresa M14 Bombeiros da 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 localidade M15 Manutenção dos 0,020 0,005 0,004 0,002 0,003 0,003 0,002 sistemas de segurança contra M16 Educação para a 0,065 0,014 0,012 0,007 0,011 0,014 0,007 segurança contra M17 Planeamento e treino 0,041 0,013 0,009 0,004 0,006 0,005 0,004 de emergência M18 Manutenção e 0,069 0,013 0,013 0,008 0,013 0,015 0,007 vigilância M19 Inspecções periódicas 0,052 0,012 0,010 0,006 0,009 0,011 0,005 Índice Eficácia E(PO) cn2= 0,74 De seguida é indicado o Quadro 4 com o resumo do grau de implementação das medidas e respectivos custos para cada um dos cenários. Quadro 4 Resumo do grau de implementação das medidas e respectivo custo Medidas Grau de implementação (inicial) Grau de implementação (cenário 1) Custo de implementação cenário 1 (k ) Grau de implementação (cenário 2) Custo de implementação cenário 2 (k ) M1 Reacção ao fogo 0,75 0,75 0 0,75 0 M2 Resistência ao fogo da 0,50 0,50 0 0,50 0 estrutura

O método hierárquico na avaliação do risco de em estações de tratamento de residuos sólidos urbanos Parte II Aplicação do método M3 Resistência ao fogo das 1 1 0 1 0 paredes interiores M4 Tamanho dos 0,53 0.73 10 0,73 10 compartimentos M5 Características e 1 1 0 1 0 localização das aberturas nas fachadas M6 Distância entre edifícios 0,60 0,60 0 0,60 0 M7 Geometria dos caminhos 0,62 0,62 0 0,62 0 de evacuação M8 Acessos dos bombeiros 0,25 0,25 0 0,25 0 M9 Meios de detecção de 0,60 1 6 1 6 M10 Meios de combate ao 0,20 0,20 0 0,80 500 M11 Controlo de fumo 0,40 0,80 36 0,80 36 M12 Sinais de alarme e 1 1 0 1 0 emergência M13 Brigada de bombeiros da 0,30 1 49 1 49 empresa M14 Bombeiros da localidade 0 0 0 0 0 M15 Manutenção dos sistemas 0,88 1 0,24 1 0,24 de segurança contra M16 Educação para a 0,20 0,80 15 0,80 15 segurança contra M17 Planeamento e treino de emergência 0,40 0,80 18 0,80 18 M18 Manutenção e vigilância 0,20 0,80 30 0,80 30 M19 Inspecções periódicas 0,53 0,65 40 0,65 40 Custo= 204,24 Custo= 704,24 Na Figura3 é indicada a classificação da eficácia das medidas na redução do risco de. M12-Sinais de alarme e emergência M15-Manutenção dos sistemas de segurança de M6-Distância entre edifícios M7-Geometria dos caminhos de evacuação M14-Brigada de bombeiros da localidade M9-Meios de detecção de M8-Acessos dos bombeiros M17-Planeamento e treino de emergência M13-Brigada de bombeiros da empresa M4-Tamanho dos compartimentos M5-Características e localização das aberturas nas fachadas M11-Controlo de fumo M10-Meios de combate ao M3-Resistência ao fogo das paredes interiores M2-Resistência ao fogo da estrutura M1-Reacção ao fogo M19-Inspecções periódicas M16-Educação para a segurança de M18-Manutenção e vigilância 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0,08 0,09 Medidas Eficácia Figura 3: Classificação da eficácia das medidas na redução do risco de (PO) 437

Emanuel N. Ferreira, João P. Rodrigues e António L. Coelho 3. CONCLUSÕES No cenário 1 com o reforço das medidas M4, M9, M11, M13 e M15 a M19 e com um custo total de implementação estimado de 204 240, obtemos um incremento de eficácia de E(PO) cni =0,48 para E(PO) cn1 =0,70 sendo que as medidas com maior eficácia na redução do risco de são a M18 Manutenção e vigilância, M16 Educação em segurança de e M19 Inspecções periódicas ao edifício, conforme indica a Figura 3. No cenário 2 adicionando a cobertura total do edifício com uma rede de sprinklers M10, obtemos um índice de eficácia de E(PO) cn1 =0,70 para E(PO) cn2 =0,74, ou seja, obtivemos um incremento na eficácia do conjunto do sistema de segurança de de 5,7% com um custo de 500 000, o que representa um custo elevado para uma eficácia tão baixa, comparativamente ao cenário 1. A cobertura total com sprinklers, segundo esta abordagem, seria uma medida a explorar só em última análise. Tendo em conta os orçamentos estimados as medidas com maior eficácia por cada k despendido são M15 Manutenção dos sistemas de segurança de, M16 Educação em segurança de, M9 Meios de detecção de e M18 Manutenção e vigilância. A folha de cálculo do IST dá maior importância aos sistemas mistos, que se adaptem às funções de cada compartimento, nomeadamente de água nebulizada, gás, espuma, etc. em detrimento da cobertura total com sprinklers. A principal vantagem deste método é a identificação e a quantificação das medidas mais eficazes que podem contribuir para diminuir o risco de, independentemente do seu custo e também a indicação das medidas de segurança que trazem maiores benefícios tendo em conta o investimento realizado, podendo verificar-se que algumas medidas de mais baixo custo permitem no entanto um maior retorno sob o ponto de vista da eficácia da segurança contra. 4. REFERENCIAS [1] Decreto-Lei n.º 220 Regime jurídico da segurança contra em edifícios, 2008, Portugal. [2] Portaria n.º 1532 Regulamento técnico de segurança contra em edifícios, 2008, Portugal. [3] Despacho n.º 2074 Critérios técnicos para determinação da densidade de carga de modificada, 2009, Portugal. [4] Ferreira, E.N. Avaliação do Risco de Incêndio em Estações de Tratamento de Resíduos Sólidos O Caso da Estação da Meia Serra na Ilha da Madeira, Tese de Mestrado, Universidade de Coimbra, 2010. [5] Fonseca, J. B. Sistema pericial fogo Manual do Utilizador, 1989, ITI 84, LNEC. 438