AVALIAÇÃO DO FINANCIAMENTO, DO GASTO E DA GESTÃO DE RECURSOS DOS SUS

Documentos relacionados
Prestação de Contas 1º trimestre Indicadores de Saúde

Cadastro metas para Indicadores de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde - Prioridades e Objetivos Estado: GOIAS

O Orçamento por Desempenho como ferramenta para gestão e avaliação da política de saúde no município de São Bernardo do Campo, no período 2006 a 2012

METAS PACTUADAS DOS INDICADORES DE PACTUAÇÃO TRIPARTITE E BIPARTITE PARA O ANO DE 2017

A EXECUÇÃO DO GASTO PÚBLICO EM SAÚDE E O CUMPRIMENTO DAS METAS GOVERNAMENTAIS

GABINETE DO MINISTRO PORTARIA Nº 2.669, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2009 Publicada no DOU de 06 de novembro de 2009

Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação de Acompanhamento e Avaliação da Atenção Básica

Pactuação de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores

ANEXO I - Situação da circulação do vírus Ebola.

Brasília-DF, abril de 2012.

RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO

É Possível avaliar se a Saúde de Assis vem melhorando, a partir da análise do Orçamento e do Planejamento?

1. IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO

Seminário Preparatório da Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde 5 de agosto de 2011

Noções sobre o financiamento e alocação de recursos em saúde

Prefeitura Municipal de Ibotirama publica:

SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS Conjuntura do financiamento Responsabilidade de gestão

Painel de Indicadores Estratégicos de Vigilância em Saúde

Brasília, 27 e 28 de outubro de 2010.

PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE SAÚDE

O SUS NA PERSPECTIVA DO CONASEMS. I FÓRUM NACIONAL PRÓ SUS 03 e 04 de outubro de 2016 Brasília / DF

SECRETARIA DE SAÚDE DE VIDEIRA PACTUAÇÃO DE INDICADORES

PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE ANO:

MUNICÍPIO DE IBIPORÃ

Investimentos em Saúde em Ribeirão Preto

PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO À

SIOPS - SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE ORÇAMENTOS PÚBLICOS EM SAÚDE. MUNICÍPIO:Barra de Guabiraba

CIR LITORAL NORTE. Possui 4 municípios: Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba

CARTILHA DE ORÇAMENTO FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE

Projetos de Lei PPA e LOA 2018

ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM SAÚDE. Sistema Único de Saúde - SUS: Constituição Federal, Lei Orgânica da Saúde - Lei nº de 1990 e outras normas

CIR DE ITAPEVA. Pertencente ao Departamento Regional de Saúde DRS de Sorocaba

Segunda-feira, 26 de Novembro de 2018 Edição N 937 Caderno III

Programação Anual de Saúde 2017 (PAS 2017)

Programa de Avaliação para a Qualificação do SUS

Vigilância = vigiar= olhar= observar= conhecer.

Saúde Coletiva - Pactos Pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão.

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

RELATÓRIO DETALHADO DO QUADRIMESTRE ANTERIOR 1º E 2º QUADRIMESTRE

1. IDENTIFICAÇÃO DO MUNICÍPIO

IBGE: Censo Demográfico. Elaboração: RESBR. População no Censo Total de pessoas residentes em domicílios.

Prefeitura Municipal de Correntina publica:

Princípios basilares da organização legal do SUS e o contexto atual

PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE 2016

PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO E A

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

O papel do controle interno na fiscalização do gasto público em Saúde

Prestação de Contas 3º Trimestre 2009

CIR DE VALE DO RIBEIRA

RREO - ANEXO 12 (LC 141/2012, art. 35) R$ Receitas Realizadas Atualizada Receitas para apuração da aplicação em Ações e Serviços Públicos de Saúde

Quarta-feira, 06 de Fevereiro de 2019 Ano I Edição nº 22 Página 1 de 7 Sumário

O SUS EM SÃO PAULO E OS MUNICÍPIOS

Prefeitura Municipal de Piatã publica:

POLÍTICA DE SAÚDE DA MULHER

PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE 2018

XXVII Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São

PMAQ Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica

MUNICÍPIO DE FLORÍNEA.

Secretaria Saúde Pública de Cambé

ENFERMAGEM LEGISLAÇÃO EM SAÚDE

CARTILHA DE ORÇAMENTO FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE

UFPE-CAV CURSO DE SAÚDE COLETIVA

ASSESSORIA PARA ESTUDO SOBRE APURAÇÃO DO FINANCIAMENTO E GASTO PÚBLICO EM SAÚDE NO ESTADO DE SÃO PAULO PRODUTO 2:

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PREFEITURA MUNICIPAL DE MOSSORÓ SECRETARIA MUNICIPAL DA CIDADANIA GERÊNCIA EXECUTIVA DA SAÚDE

Ano 8, nº 05, 03 de Abril/2013. Indicadores para Diagnóstico Sintético da Saúde

Alteração da tipologia do indicador passando a ser específico para municípios (o Sistema SISPACTO terá procedimentos ambulatoriais de média

FINANCIAMNETO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SUS. Salvador - Fevereiro 2017

Prefeitura Municipal de Andaraí publica:

RELATÓRIO RIO ANUAL DE GESTÃO 2015

REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS

ASSESSORIA PARA ESTUDO SOBRE APURAÇÃO DO FINANCIAMENTO E GASTO PÚBLICO EM SAÚDE NO ESTADO DE SÃO PAULO PRODUTO 3:

Saúde Coletiva Prof (a) Responsável: Roseli Aparecida de Mello Bergamo

Política Estadual de Fortalecimento d a da Atenção Primária 1

Indicadores para Diagnóstico de Saúde da Cidade de São Paulo

Financiamento da Saúde. Fortaleza, 15 de maio de 2015.

Financiamento e Fundeb. Encerramento do ano letivo e planejamento ª VIDEOCONFERÊNICIA DE APERFEIÇOAMENTO COLETIVO

AUDIÊNCIA PÚBLICA CMRJ PLDO SMS. Secretaria Municipal de Saúde Secretária Ana Beatriz Busch de Araújo Maio de 2019

Sistema de Apoio a Elaboração do Relatório de Gestão SARGSUS

Expressam resultados em saúde alcançados na SMS, a partir das diretrizes da Programação Anual da Saúde (PAS) 2016 (aprovada pelo CMS em 28/04/2016).

PROGRAMA DE QUALIFICAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE PQA -VS

SIOPS. Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde

Pacto de Gestão do SUS. Pacto pela Vida. Pacto em Defesa do SUS

MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria-Executiva Departamento de Apoio à Gestão Descentralizada

MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO: UMA ESTRATÉGIA PARA MUDANÇA DE ATITUDE DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NOSSA SENHORA DO SOCORRO SERGIPE 2007

Contextualização. Desmonte das iniciativas conduzidas pelos governos federal e estadual no financiamento de programas urbanos

O MODELO DE SAÚDE CATALÃO Uma experiência de reforma Principais conceitos e instrumentos. CHC - Consorci Hospitalari de Catalunya Setembro 2011

Proposta de Indicadores Globais

Sífilis Congênita DADOS EPIDEMIOLÓGICOS NACIONAIS

SECRETARIA DE SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA DE COORDENAÇÃO GERAL DIRETORIA GERAL DE PLANEJAMENTO GERÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA E PARTICIPATIVA

MUNICÍPIO DE TAIÚVA.

16/4/2010 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE

RELATO DE EXPERIÊNCIA AVALIAÇÃO PARA MELHORIA DA QUALIDADE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: A EXPERIÊNCIA DO

Pacto pela Saúde no. desafios. Maringá,, 23 de agosto de 2007

Prefeitura Municipal de Jacobina publica:

DO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ

Sífilis Congênita no Recife

EVOLUÇÃO ORÇAMENTÁRIA RECENTE MINISTÉRIO DA SAÚDE. Elaborado para 3º Fórum de Debates Novo Regime Fiscal, Organizado pelo Conasems

DESAFIOS PARA O SUS NO CONTEXTO DO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO E SUA CRISE

SEMINÁRIO INTEGRADO DO PARANÁ 20 ANOS DO COMITÊ DE PREVENÇÃO DE MORTALIDADE MATERNA 10 ANOS DE MORTALIDADE INFANTIL. 24, 25 e 26 de novembro de 2.

* PRESTAÇÃO DE CONTAS 3º QUADRIMESTRE DE AUDIÊNCIA PÚBLICA 28 / 02 / 2013 Águas de Chapecó

Transcrição:

AVALIAÇÃO DO FINANCIAMENTO, DO GASTO E DA GESTÃO DE RECURSOS DOS SUS Áquilas Mendes Prof. Dr. Livre-Docente de Economia da Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP e do Programa de Pós-Graduação de Economia Política e do Departamento de Economia da PUC-SP

DOIS PROBLEMAS DO SUS DUAS DIMENSÕES Financiamento e Gasto Gestão dos Recursos Orçamentários-Financeiros

Avaliação do financiamento e gasto do SUS : o potencial do siops

POTENCIALIDADES: 1 - POSSIBILIDADE DE ESTUDO E ACOMPANHAMENTO: Parte-se do reconhecimento da importância do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS) como instrumento de gestão, de suporte para a tomada de decisão, que incorpora metodologias de monitoramento e avaliação do SUS.

2 - PERMITE O ACOMPANHAMENTO DA CAPACIDADE DE FINANCIAMENTO E GASTO Estudos desenvolvidos: Estudo dos municípios paulistas enquadrados em gestão semiplena e plena do sistema (MENDES, 2005); Apuração do Gasto SUS Regionalizado no Estado de São Paulo (MENDES et al., 2008); Observatório de Saúde da Região Metropolitana de São Paulo (Portal Observa Saúde. SP Eixo Financiamento e Gasto, Mendes et al., 2010). Estudo de viabilidade econômico-financeira dos municípios. SES/SP (Mendes, 2014/2015). Estudo sobre Apuração do Financiamento e gasto público em saúde no Estado de São Paulo elaborado ao Cosems/SP (MENDES, 2016)

O POTENCIAL DO SIOPS: CAPACIDADE DO FINANCIAMENTO E GASTO DO SUS MUNICIPAL Objetivo: desenvolver instrumentos de acompanhamento da capacidade de financiamento e gasto do SUS realizado pelos municípios, por meio dos indicadores do SIOPS, com vistas à verificação: - do comportamento das finanças municipais, em geral, e - da identificação de um padrão de gasto em saúde e das transferências federais e estaduais, de forma a potencializar a capacidade de análise dos gestores municipais no processo de pactuação do SUS.

O POTENCIAL DO SIOPS: CAPACIDADE DO FINANCIAMENTO E GASTO DO SUS MUNICIPAL Desenvolvimento: Uso dos Indicadores SIOPS para 2009 a 2013, com valores corrigidos pelo IGP-DI/FGV, dez. 2013. - Todos eles analisados em termos de per capita

O POTENCIAL DO SIOPS: CAPACIDADE DO FINANCIAMENTO E GASTO DO SUS MUNICIPAL TRÊS EIXOS DE ANÁLISE: - FONTES (Receita) DO GASTO - MAGNITUDE DO GASTO - DIREÇÃO DO GASTO

O POTENCIAL DO SIOPS: DUAS DIMENSÕES DE ANÁLISE RECEITA E DESPESA Receita: verificação da capacidade da receita municipal (FONTES), compreendendo dois aspectos: 1 - Capacidade da receita disponível 2 Comportamento das Transferências SUS

O POTENCIAL DO SIOPS: ANÁLISE DA RECEITA Receita: 1 - diagnóstico da capacidade da receita disponível, incluindo os impostos de arrecadação própria dos municípios (IPTU e ISS, principalmente) e as transferências constitucionais (ICMS e FPM, principalmente). contribui para o esclarecimento sobre o reforço das finanças próprias e os graus de autonomia e disponibilidade de recursos dos municípios para sustentarem o gasto SUS

O POTENCIAL DO SIOPS: ANÁLISE DA RECEITA Receita: Indicadores Evolução da Receita Disponível (impostos + transferências constitucionais); Evolução do Grau de Dependência da Receita Disponível em relação aos - Impostos, - Transferências constitucional ICMS - Transferência constitucional FPM.

O POTENCIAL DO SIOPS: ÁNALISE DA RECEITA Receita: 2 Verificação do comportamento das transferências SUS do governo federal e do governo estadual, os quais permitem dimensionar o grau de dependência para o desenvolvimento do sistema de saúde no âmbito do município.

O POTENCIAL DO SIOPS: ANÁLISE DA RECEITA Receita: Indicadores Evolução da Participação das Transferências SUS no total de recursos transferidos para o município; Evolução da Participação das Transferências da União SUS no total de recursos transferidos para a saúde no município; Evolução das Transferências União SUS per capita dos municípios.

O POTENCIAL DO SIOPS: ANÁLISE DO GASTO GASTO: 1 Magnitude do Gasto 2 Direção do Gasto

O POTENCIAL DO SIOPS: ANÁLISE DO GASTO 1 Magnitude do Gasto: Indicadores Evolução do Gasto Total per capita em Saúde; Evolução do Gasto per capita em Saúde com recursos municipais; Percentagem da Receita Própria aplicada em saúde nos municípios, conforme a EC n. 29/2000.

O POTENCIAL DO SIOPS: ANÁLISE DO GASTO 1 Direção do Gasto: Indicadores Evolução da Participação da Despesa com Pessoal na despesa total com saúde; Evolução da Participação da Despesa com Serviços de Terceiros na despesa total com saúde; Evolução da Participação da Despesa com Medicamentos na despesa total com saúde; Evolução da Participação da Despesa com Investimentos na despesa total com saúde.

O POTENCIAL DO SIOPS: ANÁLISE DO GASTO 1 Direção do Gasto: E, ainda, Despesas com saúde por subfunção: - Atenção Básica; - Assistência Hospitalar e Ambulatorial; - Suporte Profilático e Terapêutico; - Vigilância Sanitária; -Vigilância Epidemiológica; - Alimentação e Nutrição;

O POTENCIAL DO SIOPS: SÍNTESE DOS INDICADORES PARA ANÁLISE

ALGUNS RESULTADOS: EXEMPLOS DO ESTUDO MENDES (2014, 2015)

ALGUNS RESULTADOS: EXEMPLOS DO ESTUDO MENDES (2014, 2015)

ALGUNS RESULTADOS: EXEMPLOS DO ESTUDO MENDES (2014, 2015)

ALGUNS RESULTADOS: EXEMPLOS DO ESTUDO MENDES (2014, 2015)

ALGUNS RESULTADOS: EXEMPLOS DO ESTUDO MENDES (2014, 2015)

ALGUNS RESULTADOS: EXEMPLOS DO ESTUDO MENDES (2014, 2015)

ALGUNS RESULTADOS: EXEMPLOS DO ESTUDO MENDES (2014, 2015)

ALGUNS RESULTADOS: EXEMPLOS DO ESTUDO MENDES (2014, 2015)

ALGUNS RESULTADOS: EXEMPLOS DO ESTUDO MENDES (2014, 2015)

ALGUNS RESULTADOS: EXEMPLOS DO ESTUDO MENDES (2014, 2015) EVOLUÇÃO SINTÉTICA DA CAPACIDADE DE FINANCIAMENTO E GASTO PER CAPITA DO SUS MUNICIPAL

ALGUNS RESULTADOS: EXEMPLOS DO ESTUDO MENDES (2014, 2015)

1. A CAPACIDADE DA RECEITA DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E O GASTO EM SAÚDE 1.2. A evolução do Grau de Dependência da Receita Disponível em relação aos Impostos Tabela 1: Evolução dos Impostos per capita do Governo do Estado de São Paulo 2012 a 2014

Entre 2013 e 2014, as despesas com ações e serviços de saúde (SES/Fundações/Autarquias) cresceram apenas 3,7%, passando de R$ 18.746,7 milhões para R$ 19.441,7 milhões. Juros e encargos aumentaram 8,7%. 1. A CAPACIDADE DA RECEITA DO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO E O GASTO EM SAÚDE 1.3 A evolução da despesa do governo do ESP: o comprometimento com a dívida e o superávit primário Tabela 2: Despesas do Governo do Estado de São Paulo, segundo categorias econômicas e grupos de natureza de despesa, 2012 a 2014.

INDICADORES REFERENTES À CAPACIDADE DE FINANCIAMENTO E GASTO DA SES/SP 4.1 Indicadores do Gasto em Saúde conforme o SIOPS Tabela 16 Indicadores do Gasto em Saúde per capita e da Receita Disponível per capita do Governo do Estado de São Paulo 2012/2013/2015

DIREÇÃO DO GASTO Gasto por Categoria Econômica; Gasto por Programa Orçamentário; Gasto por elemento de despesa e fontes Gasto por projetos e atividades Gasto por Unidades Gestoras Executoras Gasto por DRS, a Municípios, a Entidades Filontrópicas, Aplicações Diretas; Gasto por OSSs

Avaliação da Gestão dos Recursos do SUS

FIGURA 1: CICLO DAS FUNÇÕES INTEGRADAS DA GESTÃO PÚBLICA Planejamento PPA, PS, PAS, LDO. Avaliação Relatório de Gestão / SIOPS Orçamento LOA compatível com Planejamento Gestão Controle Público Conselho de Saúde/Sociedade Acompanhamento Execução orçamentária Fundo de Saúde - cumprimento das metas e ações do PPA/LDO Controle Interno Prestação de Contas TCE Resultados em SAÚDE Mendes (2005)

O ORÇAMENTO POR DESEMPENHO O PERFORMANCE BUDGET Robinson (2008) apresenta o PB como um procedimento ou mecanismo ligando os fundos providos pelo setor público e os resultados alcançados, considerando para tanto as informação sobre o desempenho dos programas de governo e a utilização dessa informação pelos tomadores de decisão. O principal objetivo do PB é aprimorar a alocação e a eficiência dos recursos públicos. Assim a informação sobre o desempenho dos gastos e os recursos alocados são funções centrais neste tipo de orçamento. 38

O ORÇAMENTO POR DESEMPENHO O PERFORMANCE BUDGET Recursos: como número de professores, escolas construídas, livros distribuídos, etc. Embora esses elementos não representem indicadores de performance, podem prover valiosas informações para controle de custos e para a elaboração de outros indicadores. Se o número de pessoas atendidas por determinado programa de governo está bem aquém daquilo que fora esperado, certamente medidas corretivas devem ser tomadas. Outputs: sua medida é fundamental porque representa o resultado imediato. É interessante observar que na maioria das vezes apenas há atenção na questão do resultado imediato e a partir daí se tiram conclusões. 39

O ORÇAMENTO POR DESEMPENHO O PERFORMANCE BUDGET Eficiência: Em conceito econômico significa output por unidade monetária, no entanto, quando avaliamos programas de governo a resposta não pode ser tão simples. Os programas de governo devem atender a outros critérios além da mera questão quantitativa. Aspectos com efeitos redistributivos devem ser avaliados e muitas vezes passam ao largo de avaliações dos órgãos ou instâncias de controle. Assim, eficiência não é um conceito absoluto, deve relacionar-se ao programa que está sendo avaliado. Outcomes: Representam um passo adiante na avaliação dos programas de governo. São indicadores mais amplos dos verdadeiros resultados, avaliando se o programa está tendo uma função transformadora da sociedade. São fundamentais para sinalizar ao governo se os objetivos estão sendo alcançados e quais medidas corretivas podem ser tomadas (p. 721). 40

O ORÇAMENTO POR DESEMPENHO O PERFORMANCE BUDGET Resumo das mais recentes reformas implementadas - PB País Ano Reforma Propósito Austrália 2006 Canadá 2005 Revisão das despesas do exercício Gestão, recursos e resultados estruturais Dar um maior papel para o Ministério das Finanças em identificar e gerenciar as avaliações Definir resultados estratégicos para todas as entidades e de vincular recursos, medidas de desempenho e os resultados reais para todos os programas Implementar o regime de competência e orçamento no setor da administração central. Desenvolver planos estratégicos que serão Contabilidade do exercício e Dinamarca 2004-07 orçamentação Coréia do Desenvolvimento de planos 2006 Sul estratégicos atualizados a cada três anos Políticas orientadas para a Fornecer ao Parlamento um documento Holanda 2001 orçamentação por programas orçamentário mais transparente Suécia 2001 Projeto de lei do Orçamento Ligar os objetivos das políticas às despesas 2000, Ajudar a alocar recursos para as principais Revisão dos gastos gerais e Reino Unido 2001 e prioridades e ajudar os departamentos a contratos de serviço público 2004 planejar com antecedência. Estados Unidos 2002 Ferramenta de Avaliação de Programas Fonte: OECD (2007 tradução nossa, p. 26) Ajudar a avaliar a forma como os programas estão sendo executados 41

EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DO PB Relação de indicadores estabelecidos para a categoria Recursos do Orçamento por Desempenho, segundo subfunção em São Bernardo do Campo de 2006 à 2012 2006 Subfunção Indicador A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 301 - Atenção Básica 301 - Atenção Básica 301 - Atenção Básica 301 - Atenção Básica 305 - Vigilância Epidemiológica Média anual de consultas medicas por habitante nas especialidades básicas Cobertura da primeira consulta odontológica programática Proporção da população cadastrada pela estratégia saúde da família Percentual de famílias com perfil saúde beneficiarias do programa bolsa família acompanhadas pela atenção básica Cobertura vacinal por tetravalente em menores de um ano de idade 2007 2008 2009 2010 2011 2012 1,6 1,7 1,66 1,7 0,87 1,7 - - - - - - - 4,8 11 4,1 11,5 6,22 11,5 5,65 - - - - - - 7,43 7,43 6,47 7,43 5,33 7,43 5,7 18 8,95 30 36,8 50 47,77 - - - 45,8 42,77 45,8 46,49 47 31,07 48 53,78 58 61,95 95,59 95 97,5 95 99 95 97,5 95 75,94 95 97,01 95 93,7 Outras Taxa de cobertura CAPS por 100 subfunções mil habitantes Outras Índice de contratualização de subfunções unidades conveniadas ao sus 1 Meta proposta 2 Resultado alcançado (-) Sem registro - - - 0,26 0 0,26 0,24 - - 0,92 0,59 1 1,03 100 100 100 100 100 - - - - - - 75 75 Fonte: Elaboração própria 42

Relação de indicadores estabelecidos para a categoria Outputs do Orçamento por Desempenho, segundo subfunção em São Bernardo do Campo de 2006 à 2012 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Subfunção Indicador A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 301 - Atenção Básica 302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial 302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial 302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial 302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial 302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial 306 - Alimentação e Nutrição 1 Meta proposta 2 Resultado alcançado (-) Sem registro Taxa de internação por diabetes mellitus e suas complicações na população de 30 anos e mais Taxa de internações por acidente vascular cerebral (AVC) Taxa de cura de hanseníase nos anos das coortes Taxa de cura de casos novos de tuberculose bacilífera Proporção de partos cesáreos Taxa de internação hospitalar de pessoas idosas por fratura de fêmur Percentual de crianças menores de cinco anos com baixo peso para idade 1,52 1,3 11,4 9,7 4,08 9,7 5,4 3,6 1,51 3 2,16 - - 21,5 21,5 20,7 20,7 19,7 20,7 20,1 7,2 4,79 7 6,79 - - 86,1 80 100 90 85 90 91,3 90 79,3 90 100 89 95 87,6 85 81,8 85 81,8 85 75,7 85 19,8 85 83 85 42,6 57,8 46,2 36,1 38,4 33,8 38,4 35,2 - - - - 43 37,1 - - - 13,7 12,1 13,7 14,4 14,1 12 13,9 14,4 14 14 - - - 3 3,5 3 2,63 2,6 1,75 3 2,5 - - Fonte: Elaboração própria 43

Relação de indicadores estabelecidos para a categoria Eficiência do Orçamento por Desempenho, segundo subfunção em São Bernardo do Campo de 2006 à 2012 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Subfunção Indicador A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 Razão entre exames preventivos do 301 - Atenção câncer do colo do útero em mulheres Básica de 25 a 59 anos e a população feminina 0,14 0,2 0,11 0,2 0,06 0,2 0,1 0,15 0,04 0,18 0,18 0,4 0,5 nesta faixa etária 301 - Atenção Proporção de nascidos vivos de mães Básica com 7 ou mais consultas de pré-natal 80,4 80 77,8 75 80,5 75 81 80,5-80,8 81,3 80 80,4 301 - Atenção Média anual da ação coletiva Básica escovação dental supervisionada - 3,5 1,3 3,5 1,49 3,5 0,52 - - 3,11 3,17 3,2 2,09 301 - Atenção Média mensal de visitas domiciliares Básica por família - 0 0,78 1 0,77 1 0,66 - - - - - - 302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial 302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial 302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial 303 - Suporte Profilático e Terapêutico 305 - Vigilância Epidemiológica 305 - Vigilância Epidemiológica 305 - Vigilância Epidemiológica 305 - Vigilância Epidemiológica 305 - Vigilância Epidemiológica 305 - Vigilância Epidemiológica 1 Meta proposta 2 Resultado alcançado (-) Sem registro Taxa de notificação de casos de paralisia flácida aguda - PFA em menores de 15 anos Percentual de seguimento/tratamento informado de mulheres com diagnóstico de lesões intraepiteliais de alto grau do colo do útero Razão entre mamografias realizadas nas mulheres de 50 a 69 anos e a população feminina nesta faixa etária, em determinado local e ano. Proporção de casos de hepatites b e c confirmados por sorologia Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil investigados Proporção de doenças exantemáticas investigados oportunamente Proporção de óbitos não fetais informados ao sim com causa básica definida Números de casos de sífilis congênita notificados Proporção de investigação de óbitos infantis Proporção de casos de doenças de notificação compulsória (DNC) encerrados oportunamente após notificação 1,44 1 0 2 2 2 0 - - - - - - - - - 100 3,69 100 88,6 80 59,8 85 87,7 86 82,1 - - - - - - - 0,18 0,15 0,2 0,21 0,4 0,42 - - - 95 85 95 97 95 95,5 95 98,8 - - 93,9 75 94 75 77,2 75 75 80-90 96,8 95 80 100 80 96,4 80 88,5 80 93,9 - - - - - - 99,3 95 99,6 95 99,1 95 99 95-95 99,2 95 81 10 18 4 3 - - - 7 10 11 19 28 21 - - - 30 53,3 30 65,9 - - - - 95 87 - - - 80 91,2 80 89 80 90,3 88 95,9 90 97,9 Fonte: Elaboração própria 44

Relação de indicadores estabelecidos para a categoria Outcomes do Orçamento por Desempenho, segundo subfunção de São Bernardo do Campo de 2006 à 2012 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Subfunção Indicador A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 P 1 A 2 302 - Assistência Hospitalar e Ambulatorial 303 - Suporte Profilático e Terapêutico Outras subfunções Outras subfunções Outras subfunções 1 Meta proposta 2 Resultado alcançado (-) Sem registro Taxa de letalidade por febre hemorrágica de dengue Taxa de mortalidade por aids Coeficiente de mortalidade infantil Coeficiente de mortalidade neonatal Coeficiente de mortalidade neonatal tardia - - - 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5,58 6 0 3,1 0 3,1 0 1 0 1,2 3,67 3,3 2 12,5 12,5 12,5 - - - - - - 12 10 9,9 9,4 7,64 7,25 8,08 7,7 7,8 7,7 6,9 - - 7,45 6,29 - - 2,64 2 5,04 4,7 4,2 4,7 6 - - 4,54 3,74 - - Fonte: Elaboração própria 45

Artigo enviado à RAP aguardando aceite

Obrigado! aquilasn@uol.com.br