Tempo Caracteriza o desencadear dos fatos. Tempo cronológico ou tempo da história - determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos

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Transcrição:

Tempo Caracteriza o desencadear dos fatos. Tempo cronológico ou tempo da história - determinado pela sucessão cronológica dos acontecimentos narrados. Tempo histórico - refere-se à época ou momento histórico em que a ação se desenrola. Tempo psicológico - é um tempo subjetivo, vivido ou sentido pela personagem, que flui em consonância com o seu estado de espírito.

Espaço É o local onde acontecem os fatos, onde as personagens se movimentam. Espaço físico: é aquele que caracteriza o enredo; Espaço psicológico: retrata a vivência subjetiva dos personagens;

Personagens São as peças fundamentais, pois sem elas não haveria o próprio enredo. Há a predominância de personagens que se destacam pelos atos heroicos, chamadas de principais, outras que se relacionam pelo seu caráter de oposição, as antagonistas, e as secundárias, que não se destacam tanto quanto as primárias, funcionando apenas como suporte da trama em si.

Narrador Narrador - É aquele que narra a história, atuando como um mediador entre a história narrada e o leitor/ouvinte. Classifica-se em três modalidades: Narrador-personagem - Ele conta e participa dos fatos ao mesmo tempo. Neste caso a narrativa é contada em 1ª pessoa. Narrador-observador - Apenas limita-se em descrever os fatos sem se envolver com os mesmos. Aí predominase o uso da 3ª pessoa. Narrador Onisciente - Esse sabe tudo sobre o enredo e os personagens, revelando os sentimentos e pensamentos mais íntimos, de uma maneira que vai além da própria imaginação. Muitas vezes sua voz se confunde com a dos personagens, é o que chamamos de Discurso Indireto Livre.

Narrador personagem

Narrador observador É como se ele estivesse observando (de fora) as pessoas e narrando o que acontece com elas. O texto é narrado em terceira pessoa. Ela não participa dos fatos.

Narrador Onisciente É aquele que sabe de tudo a respeito das pessoas, inclusive o que elas sentem, pensam mas não dizem. Ela caminhava pela cidade com um olhar aflito, triste, e na verdade sabia que realmente ele não iria voltar... Seu coração era tristonho e infeliz a partir daquele momento em que ele se colocou em um ônibus e partiu sem deixar qualquer resto de esperança em seu vazio e pequeno coração.

Enredo: É o fato em si. Aquilo que ocorreu e que está sendo narrado. Deve ter um começo, um meio e um fim.

Elementos que ajudam na construção do enredo. Trama: Nessa fase você vai relatar o fato propriamente dito, acrescentando somente os detalhes relevantes para a boa compreensão da narrativa. A montagem desses fatos deve levar a um mistério, que se desvendará no clímax.

Elementos que ajudam na construção do enredo. Clímax: é o ponto alto da tensão do drama; também pode ser caracterizado como o momento mais dinâmico e emocionante. Desenlace: é a conclusão da narração, onde tudo ficou pendente durante o desenvolvimento do texto é explicado, e o quebra-cabeça, que deve ser a história, é montado.

Perguntas a serem feitas, durante a produção de um texto. O que aconteceu? (enredo) Quando aconteceu? (tempo) Onde aconteceu? (espaço) Com quem aconteceu? (personagem) Como aconteceu? (trama, clímax, desenlace); Após fazer essas perguntas e responde-las, pode-se iniciar a redação narrativa, onde são incluídos todos esses itens explicado anteriormente.

O verde Estranha é a cabeça das pessoas. Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível. Na época da floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava sobre o passeio um verdadeiro tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do concreto, do cimento, os elementos característicos desta cidade. Percebi certo dia que a árvore começava a morrer. Secava lentamente, até que amanheceu inerte, sem folha. É um ciclo, ela renascerá, comentávamos no bar ou na padaria. Não voltou. Pedi ao Instituto Botânico que analisasse a árvore, e o técnico concluiu: fora envenenada. Surpresos, nós, os moradores da rua, que tínhamos na árvore um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore com um regador. Cheios de suspeitas, fomos até ela, indagamos, e ela respondeu com calma, os olhos brilhando, agressivos e irritados: Matei mesmo essa maldita árvore. Por quê? Porque na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas flores desgraçadas. Exercícios: 1) Por que, no começo do texto, o narrador afirma que "Estranha é a cabeça das pessoas.". 2) Observe a frase: "Na época da floração, ela enchia a calçada de cores." (2º parágrafo). a) Qual é a época da floração? b) O que significa a expressão "enchia a calçada de flores"? 3) Observe a frase: [...] esquecíamos o cinza que nos envolvia [...]" (2º parágrafo). Que cinza era esse ao qual o autor se referia? 4) Por que a árvore parou de florescer? 5) Releia atentamente a seguinte frase e responda às questões: "Surpresos, nós, os moradores da rua, que tínhamos na árvore um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore com um regador." (2º parágrafo). a) Qual é a primeira impressão que temos ao ler que a vizinha regava a árvore todos os dias? b) Essa impressão se confirma no final do texto? Por quê? 6) Por qual motivo a árvore foi morta? 7) Identifique, no texto, os elementos da narrativa abaixo: a) Narrador: b) Espaço: c) Enredo: d) Clímax: e) Desfecho: