CAIXA ECONÔMICA FEDERAL Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 3o. Trimestre 2012 Elaboração:VIFIN CAIXA Vice-Presidência de Finanças SUPLA CAIXA SN de Planejamento Financeiro 1
Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 3º. Trimestre 2012 Setor Externo O saldo do Balanço de Pagamentos, no acumulado em 12 meses, continuou apresentando uma tendência de queda em agosto. Na passagem de janeiro para agosto de 2012, este saldo recuou de US$ 50,5 para US$ 25,7 bilhões, sendo o menor patamar desde outubro de 2009. Com o saldo positivo do balanço de pagamentos as reservas internacionais atingiram US$ 377,2 bilhões em agosto, um aumento de 6,2% em relação ao estoque apurado no início do ano. 2
A balança comercial continua apresentando um desempenho bem abaixo do observado no ano passado, resultado da desaceleração da economia global que prejudica a evolução da exportação. Outro fator que influenciou a balança comercial foi a queda dos preços internacionais das commodities no início desse ano. No ano, o saldo acumulado foi de US$ 13,2 bilhões, com o valor exportado acumulando queda de 3,7% e as importações tendo crescimento de 0,7%. O fraco desempenho das vendas externas ocorreu em função da redução dos preços de exportação aliado a certa estabilidade do mercado. Vale destacar que somente os bens básicos tiveram crescimento do volume exportado no ano, de 3,4%, ao passo que os produtos manufaturados registraram redução de 3,4%. Atividade Econômica Nos últimos quatro trimestres, o crescimento do PIB foi de 1,2%. Neste período, evidenciou-se tanto o bom desempenho do setor de serviços (+1,6%), quanto o preocupante resultado da indústria (-0,4%), em decorrência da fraca demanda internacional. A continuidade do crescimento do consumo das famílias (+2,5%) é um indicativo de que a economia doméstica deve ter um desempenho mais favorável nos próximos trimestres, devido à continuidade das boas condições de emprego e renda e à evolução do mercado de crédito. As perspectivas quanto aos investimentos também são melhores para os próximos meses, após as iniciativas do governo para incentivar este setor. Entre as medidas de estímulo, podemos destacar os incentivos concedidos para a aquisição de máquinas e equipamentos, com redução das taxas de juros de linhas do BNDES. A despeito do desempenho abaixo do esperado para indústria no PIB do segundo trimestre, o resultado da produção industrial já começa a mostrar uma recuperação gradual no terceiro trimestre. Mercado de Trabalho De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE referente ao mês de agosto, a Taxa de Desemprego taxa nacional de desemprego foi estimada em (Em %) 5,3% para o conjunto das seis regiões metropolitanas consideradas na pesquisa, mostrando relativa estabilidade na comparação com o mês de julho (5,4%) e declínio de 0,7 ponto percentual frente a agosto de 2011, quando foi de 6,0%. A população ocupada apresentou expansão de 0,7% em relação a julho e de 1,5% frente a agosto de 2011. Com isso, o nível da ocupação, que corresponde à proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa, foi estimado em 54,0% em agosto de 2012, considerando-se o total das regiões pesquisadas. 3
Inflação Quanto à inflação para 2013, a expectativa é de que as diversas medidas adotadas recentemente pelo governo sejam boas para manter os preços baixos. Dentre estas medidas, ressalta-se a redução nas tarifas de energia elétrica, tanto para as famílias (- 16,2%), quanto para as indústrias (em torno de -20%). Além disso, a expectativa é que haja reversão dos efeitos inflacionários gerados pelos choques recentes de oferta de alimentos. É relevante considerar ainda que o aumento do salário mínimo para 2013 será inferior à observada em 2012. Política Monetária Embora tenha se observado recuo na probabilidade de ocorrência de eventos extremos, o cenário internacional segue apresentando incerteza acima do usual, com perspectiva de baixo crescimento econômico por um longo período. Na Europa, continua elevado o grau de incerteza e o quadro aponta para a manutenção da recessão. Nos Estados Unidos, a recuperação ainda é incipiente e persiste a ameaça de contenção fiscal, o que também dificulta uma retomada mais vigorosa da economia. Dessa forma, a avaliação é que o cenário internacional é desinflacionário no médio prazo devido às perspectivas de baixo crescimento por um período prolongado nos principais blocos econômicos, em que pese choques negativos de oferta no curto prazo. A economia doméstica deve ganhar fôlego nos próximos trimestres, com influência das medidas de estímulo recentemente adotadas pelo governo e aumento na Formação Bruta de Capital Fixo. Com relação à dinâmica dos preços, é relevante considerar que diversas medidas adotadas recentemente pelo governo devem exercer um papel relevante em conter a evolução dos preços, principalmente em 2013. Dentre essas medidas, pode-se citar a redução nas tarifas de energia elétrica e desoneração da folha de pagamentos para quarenta setores da economia. 4
Cenário Setor automobilístico no Brasil Janeiro a setembro de 2012 A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores divulgou, o desempenho da indústria automobilística referente a setembro e de janeiro a setembro de 2012. De janeiro a setembro de 2012, em comparação com o mesmo período de 2011 a produção de veículos diminuiu 5,7% e o licenciamento de veículos aumentou 4,0%. Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores 5