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Transcrição:

Ciclo de conferências Questões-chave da educação Conferência Em causa: aprender a aprender Sessão de abertura 11 de outubro de 2011 Intervenção do Reitor da Universidade de Aveiro, Prof. Doutor Manuel Assunção É com o maior gosto que recebemos hoje, na Universidade de Aveiro, a sessão inicial de uma nova iniciativa da Fundação Francisco Manuel dos Santos o ciclo de conferências designado Questões-chave da Educação. É uma ação a que me ligam, aliás, diretamente duas situações pessoais: foi com o hoje Ministro Nuno Crato, meu ex-colega enquanto estudante, que o evento, foi combinado; e o Sr. Alexandre Soares dos Santos é Presidente do Conselho Geral da UA e alguém que comigo colaborou de uma maneira muito intensa e amiga. Gostaria de realçar a importância desta iniciativa, sobretudo em dois aspetos. 1

Em primeiro lugar realço a importância da participação da sociedade civil no debate sobre as questões centrais para o desenvolvimento de Portugal e, deste modo, para a definição e construção do futuro. Um debate informado, alargado e construtivo, que envolva e dinamize a participação, deve basear-se num conhecimento aprofundado da realidade. Tal só é possível dispondo de informação de qualidade, facilmente acessível e, mais importante, em formato que permite a sua compreensão pelas pessoas. A PORDATA e as publicações da Fundação Francisco Manuel dos Santos são disto bons exemplos, diria excelentes exemplos. Estes princípios são, também, centrais à atuação da Universidade de Aveiro, que tem feito da parceria com a sociedade uma das suas principais marcas e pela qual é, justamente, reconhecida. Transferência de conhecimento nos diversos domínios de atuação Ciências e Tecnologias, Ciências Sociais, Artes formação e informação, divulgação científica e debate, são práticas que fazem parte da nossa maneira de ser enquanto Universidade. 2

Mais pode, e deverá, claro ser feito! Em particular neste momento difícil que Portugal atravessa, em que os desafios são grandes e em que o elevado ritmo de mudança, a incerteza e a imprevisibilidade são os traços mais marcantes. A Universidade de Aveiro vai contribuir, de forma ainda mais empenhada, para o debate, e para a definição dos caminhos que vão definir o nosso futuro comum. E temos, aqui em Aveiro, características singulares para o fazer pela diversidade de áreas em que trabalhamos; pela elevada interdisciplinaridade que possuímos e que possibilita novos olhares sobre a sociedade; pela qualidade do trabalho realizado; pelo pioneirismo e criatividade que demonstrámos. Isto leva-me ao segundo aspeto que gostaria de realçar e que constitui o tema desta ciclo de conferências: Questões-chave da educação. A formação de professores foi uma das primeiras áreas eleitas pela Universidade de Aveiro, nos anos 70, ciente que estava da importância da educação, por um lado, e das necessidades então existentes em matéria de formação de professores. 3

Para além desta vertente específica, o aprender a aprender é, naturalmente, uma questão fundamental para uma instituição que já é, e se quer cada vez mais, em linha com as necessidades e tendências internacionais, uma instituição de aprendizagem ao longo da vida. O papel dos diferentes intervenientes no processo de aprendizagem, com a inerente definição da responsabilidade própria de cada um estudante, professor, tutor, parceiro; as caraterísticas e necessidades de um público cada vez mais diverso; e as condições existentes para desenvolver este processo, são fatores que influenciam o percurso individual e o que habitualmente se designa por sucesso escolar. Temos ainda muito que fazer, para fazer de Bolonha o que Bolonha deve ser: centrar o processo de aprendizagem no estudante. Mas temos vindo a dar passos firmes neste sentido. Implementámos um sistema de garantia de qualidade, envolvendo os diferentes atores internos; temos vindo a estimular o apoio tutorial, de proximidade, por docentes e alunos de níveis mais avançados; e, neste ano letivo, temos um conjunto de iniciativas 4

que designamos por piloto de Bolonha em quatro unidades desta Universidade. Consideramos que a partilha de experiências e a contribuição, de cada um, com os seus conhecimentos, com as suas perspetivas e com a sua prática são decisivos para o nosso País. O vosso evento só vem ajudar à nossa determinação. Muito obrigado pela presença de todos. 5