ARMAZENAMENTO SECUNDÁRIO, PARTE 2

Documentos relacionados
Armazenamento Secundário. SCE-183 Algoritmos e Estruturas de Dados II

Armazenamento Secundário

Dispositivos de Armazenamento. Prof. Flávio Humberto Cabral Nunes

Hardware: Componentes Básicos. Sistema de Computador Pessoal. Anatomia de um Teclado. Estrutura do Computador. Arquitetura e Organização

Processamento de Dados aplicado à Geociências. AULA 1: Introdução à Arquitetura de Computadores

Resumo. l Hierarquia de Armazenamento l Discos Magnéticos l Mapeamento de Endereços l Tempos de Acesso l Exemplos l Referências

Sistemas Operacionais Gerência de Dispositivos

RAID Redundat Arrays of Inexpensive Disks

Organização e Arquitetura de Computadores. Ivan Saraiva Silva

Sistemas Operacionais

Infraestrutura de Hardware. Entrada/Saída: Armazenamento

Arquitetura de Computadores Armazenamento Secundário

Armazenamento Secundário. SCE-183 Algoritmos e Estruturas de Dados II

ASUS anuncia a família Transformer Book Chi

Fundamentos de Arquivos e Armazenamento Secundário

SISTEMAS OPERACIONAIS. 3ª. Lista de Exercícios

Unidade 1: O Computador

Notas da Aula 16 - Fundamentos de Sistemas Operacionais

Arquitetura e Organização de Computadores

armazenamento (escrita ou gravação (write)) recuperação (leitura (read))

Arquitetura de referência de Streaming sob demanda para desktop (ODDS) DELL

Microprocessadores. Memórias

ARQUITETURA DE COMPUTADORES. Professor: Clayton Rodrigues da Siva

Sistemas Operacionais

Visão geral do sistema de memória de computadores

Arquitetura de Computadores Armazenamento Secundário

Memória. Memória Secundária

Sistemas Operacionais

Sistema de arquivos. Dispositivos com tecnologias variadas. CD-ROM, DAT, HD, Floppy, ZIP SCSI, IDE, ATAPI,... sistemas de arquivos em rede

Organização de Computadores 1

UFRJ IM - DCC. Sistemas Operacionais I. Unidade IV Gerência de Memória Secundária. Prof. Valeria M. Bastos 18/06/2012 Prof. Antonio Carlos Gay Thomé

Hardware. Objetivos do Capítulo

Índices* Professora Rosane Minghim. * Baseado no material de Leandro C. Cintra e M. C. F. de Oliveira. Fonte: Folk & Zoelick, File Structures.

Sistemas Computacionais e Hardware. Disciplina: Informática Prof. Higor Morais

Controlador de DMA. Gustavo G. Parma

Sistemas Operacionais. Rodrigo Rubira Branco

RAID. Propõe o aumento da confiabilidade e desempenho do armazenamento em disco. RAID (Redundant Array of Independent Disks )

Arquitetura de Computadores I

Sistemas Operacionais

Estruturas do Sistema de Computação

Roteiro... Sistemas Distribuídos Aula 4. Troca de mensagens. Comunicação entre processos. Conceitos de SD, vantagens e desvantagens

Informática I. Aula Aula 19-20/06/06 1

Fundamentos de Sistemas Operacionais

Arquitetura e Organização de Computadores

Introdução à Organização de Computadores Memória Secundária

Entrada e Saída Transmissão Serial e Paralela

Introdução à Informática

Disciplina: Introdução à Engenharia da Computação

Introdução à Informática. Alexandre Meslin

Introdução. Hardware (Parte III) Universidade Federal de Campina Grande Departamento de Sistemas e Computação. joseana@computacao.ufcg.edu.

Introdução à Engenharia de Computação

ORGANIZAÇÃO DE COMPUTADORES MÓDULO 10

Repositório Estável. Raul Ceretta Nunes

Capítulo 5 Gerência de Dispositivos

ARQUITETURA DE COMPUTADORES

Universidade Tuiuti do Paraná UTP Faculdade de Ciências Exatas - FACET Tecnologia de Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Hardware de Computadores

Sistemas Operacionais

Experiência 04: Comandos para testes e identificação do computador na rede.

William Stallings Arquitetura e Organização de Computadores 8 a Edição

Flávia Rodrigues. Silves, 26 de Abril de 2010

- Campus Salto. Disciplina: Sistemas de Arquivos Docente: Fernando Santorsula

ENG1000 Introdução à Engenharia

Veeam Endpoint Backup FREE

RAID 1. RAID 0 2. RAID 1

O Sistema de Computação

Gerenciamento de Entrada e Saída Hélio Crestana Guardia e Hermes Senger

Introdução à Organização de Computadores Memória Secundária

Arquitetura e Organização de Computadores I

Lista de Exercícios 1

EA960 Redundância e Confiabilidade: RAID

Sistemas Operacionais Entrada / Saída. Carlos Ferraz (cagf@cin.ufpe.br) Jorge Cavalcanti Fonsêca (jcbf@cin.ufpe.br)

SW DE E/S INDEPENDENTE DE DISPOSITIVO

Dispositivos de Armazenamento em massa. José Roberto B. Gimenez

FORMATAÇÃO DE DISCO SETORES

Aula 02: Tendências Tecnológicas e Custos

SGBD. Membros: Leandro Cardoso Aguiar. Murillo Parreira. Rafael Gondim Peixoto

Entrada/Saída. E/S Mapeada na Memória. Dispositivos de E/S. FACENS - Faculdade de Engenharia de Sorocaba. emitir comandos para os dispositivos

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG 008 Fenômenos de Transporte I A Profª Fátima Lopes

Motivação. Sumário. Hierarquia de Memória. Como registramos nossas histórias (num contexto amplo)?

Memória principal; Unidade de Controle U C P. Unidade Lógica e Aritmética

Setores Trilhas. Espaço entre setores Espaço entre trilhas

Arquitectura de Computadores II. Interface com Periféricos

Conceitos Básicos. Conceitos Básicos Memória

UCP. Memória Periféricos de entrada e saída. Sistema Operacional

Introdução. Aula 02. Estrutura de Dados II. UFS - DComp Adaptados a partir do material da Profa. Kenia Kodel Cox

Gerenciador de Entrada/Saída

Gerenciamento de Entrada e Saída. Ciclo 6 AT1. Prof. Hermes Senger

Atualizada em 29/01/

ORGANIZAÇÃO E ARQUITETURA DE COMPUTADORES I: MEMÓRIA EXTERNA RAÍ ALVES TAMARINDO RAI.TAMARINDO@UNIVASF.EDU.BR

Registradores de uma CPU. Registradores de uma CPU - Acumulador

DESCRITIVO TÉCNICO PLATAFORMA PCS

Evaristo Wychoski Benfatti Fernando Nunes Bonifácio ARMAZENAMENTO EM DISCO, ESTRUTURAS BASICAS DE ARQUIVOS E HASHING

HARDWARE INFORMÁTICA. Prof.: MARCIO HOLLWEG

O Sistema de Computação

Direto. ao Ponto. Comunicação Inverter Protocol entre PLC FX e Inversor Série 700 N o. DAP-PLCFX-05. Rev. A

TECNÓLOGO EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS PROGRAMAÇÃO DE COMPUTADORES I

Gerenciamento de Memória Minix 3.1.7

Sistema de Memórias de Computadores

Transcrição:

ARMAZENAMENTO SECUNDÁRIO, PARTE 2 Professora Rosane Minghim PAE 2012: Rafael M. Martins 2012 Baseado em: Leandro C. Cintra e M.C.F. de Oliveira Fonte: Folk & Zoelick, File Structures

Disco como gargalo 2 Discos são muito mais lentos que as redes ou a CPU Muitos processos são disk-bound, i.e, CPU e Muitos processos são disk-bound, i.e, CPU e rede têm que esperar pelos dados do disco

Técnicas p/ minimizar o problema 3 Multiprogramação: CPU trabalha em outro processo enquanto aguarda o disco Stripping: o arquivo é repartido entre vários drives (paralelismo) RAID (redundat array of inexpensive disks): http://linas.org/linux/raid.html

Técnicas p/ minimizar o problema 4 Disk cache: blocos de memória RAM configurados para conter páginas de dados do disco. Ao ler dados de um arquivo, o cache é verificado primeiro. Se a informação desejada não é encontrada, um acesso ao disco é realizado, e o novo conteúdo é carregado no cache. RAM Disk: simula em memória o comportamento do disco mecânico

Fitas Magnéticas 5 Fitas: permitem acesso seqüencial muito rápido, mas não permitem acesso direto Compactas, resistentes, fáceis de transportar, mais baratas que discos Usadas como memória terciária (back-up, arquivo-morto, etc.)

Organização dos dados na fita 6 Posição de um registro é dada por um deslocamento em bytes (offset) relativo ao início do arquivo Posição lógica de um byte no arquivo corresponde diretamente à sua posição física relativa ao início do arquivo

Superfície da fita 7 A superfície pode ser vista como um conjunto de trilhas paralelas, cada qual sendo uma seqüência bits. 9 trilhas paralelas (1 frame): 1 byte + paridade (em geral, paridade ímpar, i.e., o número de bits = 1 é ímpar) 1 frame = 1 byte (8 bits em 8 trilhas) + paridade

Superfície da fita 8 Fita de 9 trilhas

Superfície da fita 9 Frames são agrupados em blocos de dados de tamanhos variados, os quais são separados por intervalos (interblock gaps) sem informações Intervalos são necessários para viabilizar parada/reinício

Medidas de comparação 10 Densidade: bpi - bytes per inch Ex: 6.250 bpi Velocidade: ips - inches per second Ex: 200 ips Tamanho do interblock gap : inches Ex: 0.3 inches 1 inch (polegada) ~ 2,5 cm.

Estimativa do tamanho de fita necessário 11 EX: armazenar em fita 1.000.000 de registros com 100 bytes cada. Suponha fita com 6.250 bpi, com intervalo entre blocos de 0.3 polegadas. Quanto de fita é necessário? Sejam: b = comprimento físico do bloco de dados (pol.) g = comprimento físico do intervalo (pol.) n = número de blocos de dados S = comprimento de fita necessário (espaço físico) é dado por: S=n*(b+g)

Estimativa do tamanho de fita necessário 12 Supondo 1 bloco = 1 registro: S=1.000.000*(100/6.250+0.3) S=316.000 pol ~ 7.900 m Supondo 1 bloco=50 registros n=1.000.000/50=20.000 blocos b=5000/6250 ~ 0.8 pol S=20.000*(0.8+0.3)=22.000 pol ~ 492 m Comprimentos típicos de fitas: 91 a 1.000 m

Estimativa do tamanho de fita necessário 13 1 registro por bloco 50 registros por bloco

Estimativa de tempos de transmissão 14 Taxa nominal de transmissão de dados=densidade (bpi)*velocidade (ips) Ex: Fita de 6.250 bpi e 200 ips taxa transmissão = 6250*200=1.250 KB/s Não parece muito ruim, mas... não é a taxa efetiva! Porque?

Jornada de um byte 15 O que acontece quando 1 programa escreve um byte p/ um arquivo em disco? write(arq,&c,1)

Jornada de um byte 16 Operações na memória O comando ativa o S.O (file manager), que supervisiona a operação: Verifica se o arquivo existe; se tem permissão de escrita, etc. Obtém a localização do arquivo físico (drive, cilindro, cluster ou extent) correspondente ao arquivo lógico Determina em que setor escrever o byte. Verifica se esse setor já está no buffer de E/S (se não estiver, carrega-o...)

Jornada de um byte 17 Operações fora da memória Processador de E/S aguarda a disponibilidade do recurso p/ poder efetivamente disparar a escrita no disco Controlador de disco verifica se drive está disponível p/ escrita instrui drive p/ mover cabeça de L/E para trilha/setor corretos Disco rotaciona, o setor (e o novo byte) é escrito

Jornada de um byte 18 P é movido para um buffer de saída P é lido do buffer e enviado ao controlador

Gerenciamento de buffer 19 Buffering: permite trabalhar com grandes quantidades de RAM para armazenar informação sendo transferida, de modo a reduzir o nº de acessos ao dispositivo de memória secundária

Buffer como gargalo 20 Suponha um sistema que utilize um único buffer. Em um programa que realiza, intercaladamente operações de leitura/escrita o desempenho seria muito ruim (Porque?). Os sistemas precisam de, no mínimo, 2 buffers: 1 p/ entrada, 1 p/ saída

Buffer como gargalo 21 Mesmo com 2 buffers, mover dados de e para o disco é muito lento, e os programas podem ficar I/O bound Para reduzir o problema: Multiple buffering Double buffering Buffer pooling

22 FIM